APRESENTAÇÃO
| Autor | Audrey Vidal Pereira, Cristina Portela da Mota |
| Páginas | 6-12 |
GÊNERO|Niterói|v.18|n.2|6|1. sem.2018
APRESENTAÇÃO
Audrey Vidal Pereira
Organizador
Cristina Portela da Mota
Organizadora
O Dossiê Gênero e Saúde, publicado neste número da Revista Gênero, visa
apresentar um conjunto de artigos de pesquisadores que ampliam o repertório temático
desta área do conhecimento e muito contribuem para o debate contemporâneo.
O aumento considerável da produção técnico-científica e a necessidade
de análise e validação dessa produção têm apontado alguns desafios. Nessa
perspectiva, por meio de estudos que permitam averiguar o estado da arte em
algumas áreas é possível indicar tendências e temáticas pertinentes a futuras
investigações assim como aferir a situação em que se encontram na atualidade.
A categoria gênero tem sido difundida no âmbito acadêmico desde a década
de 1980. No Brasil, a difusão das discussões de gênero ocorreu nos anos
90, a partir da tradução do texto de Joan Scott: Gênero: uma categoria útil
para análise histórica, tornando-se um marco referencial para a produção e
atuação feminista no país.
Os estudos sobre a questão de gênero se inter-relacionam e perpassam outras
temáticas. Nessa direção, observa-se que os mesmos podem se dar por meio de
abordagens na área da saúde, nos aspectos que tratam da questão de raça/etnia,
classe, trabalho e educação.
O século XXI parecia ser a possibilidade de uma “era da intolerância aos
intolerantes”. No entanto, em breve espaço de tempo, mostrou-se pelo menos
no âmbito ocidental, uma retomada de posições que se apresentaram resistentes
aos diálogos, às diversidades e às pluralidades dos modos de existir. A partir de
uma transparência explícita, discursos racistas, xenofóbicos, homofóbicos e
intolerantes às diversidades religiosas e de gênero, reafirmaram, por exemplo,
uma visibilidade de assertivas radicais e desmedidas como as de Donald Trump
p.006-012
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