Apresentação. Sociologia dos mercados e emoção
Autor | Maria Chaves Jardim, Marcia Mazon |
Cargo | Universidade Estadual Paulista (Unesp - Araraquara)/Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) |
Páginas | 7-14 |
DOI: https://doi.org/10.5007/2175-7984.2022.e93402
77 – 14
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APRESENTAÇÃO
Sociologia dos
Mercados e Emoção
Maria Chaves Jardim (UNESP)
Marcia da Silva Mazon (UFSC)
Algumas iniciativas que colocam mercado e emoções em diálogo são
observadas nas ciências sociais desde os clássicos, chegando aos contempo-
râneos. Illouz (2011, p. 7) cita as “[...] numerosas referências aos senti-
mentos e afetos nos clássicos da sociologia: a alienação do trabalho como
perda do vínculo com a realidade, em Marx; os sentimentos religiosos dos
calvinistas como motivação da ação econômica capitalista, em Weber; a
vida neurótica e as atitudes blasé do indivíduo nas metrópoles modernas,
em Simmel; e, por último, a solidariedade social e a efervescência coletiva
em Durkheim.
Além desses clássicos, podemos citar a contribuição de Weber e de
outro clássico, Werner Sombart. Portanto, a emoção aparece como va-
riável central em Weber, sobretudo na A Ética protestante e o Espírito do
Capitalismo, quando Weber (1967) busca compreender a existência singu-
lar de um capitalismo racional, planejado, que fazia uso da contabilidade
racional, cujo ethos existia somente no ocidente. Da mesma forma, obser-
vou que esse ethos se estendia para o Direito, para as artes e para a música,
enm, para todas as esferas da vida social no ocidente, causando perda da
magia e do encanto.
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