BALANÃ?O - 4BIO MEDICAMENTOS S.A

Data de publicação10 Março 2021
SeçãoCaderno Empresarial
quarta-feira, 10 de março de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (46) – 71
(Continua)...
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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
O exercício de 2020 foi marcado pela continuação do crescimento da 4Bio, pela consolidação da parceria com a
Raia Drogasil (detentora de 55% do capital da 4Bio) e pela continuação da implementação das ações do
planejamento estratégico (que havia sido definido em 2018). Com isto, estamos construindo as condições para
continuar a crescer de forma acelerada em medicamentos especiais, segmento farmacêutico com maior crescimento
no Brasil e no mundo. Estamos preparados para enfrentar os desafios de crescimento, inovando e encantando os
nossos clientes e fornecedores permanentemente para nos consolidarmos como referência nacional na
comercialização de medicamentos especiais. O foco da Administração continuará voltado para o crescimento com
rentabilidade. A Administração.
Balanço Patrimonial em 31 de Dezembro de 2020 e 2019 - (Em milhares de reais)
ATIVO Nota 2020 2019
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa 6 22.925 4.363
Clientes 7 181.633 139.113
Estoques 8 112.566 80.053
Tributos a recuperar 9 458 7.610
Imposto de renda e contribuição social 10 1.786 2.236
Outras contas a receber 3.019 3.246
Despesas antecipadas 256 578
322.643 237.199
Não circulante
Tributos a recuperar 9 7.839 1.851
Imposto de renda e contribuição social 10 7.674 7.943
Tributos diferidos 24 36.261 20.960
Imobilizado 12 5.009 4.401
Direito de uso em arrendamento 18 2.851 3.922
Intangível 13 2.492 1.681
62.126 40.758
Total do ativo 384.769 277.957
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração do Resultado
Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2020 e 2019
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
Nota 2020 2019
Receita líquida de vendas 21 998.372 833.735
Custo dos produtos vendidos 22 (914.335) (754.822)
Lucro bruto 84.037 78.913
(Despesas) receitas operacionais
Gerais e administrativas 22 (16.739) (14.100)
Comerciais 22 (54.296) (51.521)
Outras (despesas) receitas operacionais,
líquidas 22 (13) 2.656
Lucro operacional antes do resultado
financeiro 12.989 15.948
Resultado financeiro
Despesas financeiras 24 (7.456) (11.151)
Receitas financeiras 24 4.741 8.014
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social 10.274 12.811
Imposto de renda e contribuição social
Corrente 25 -7.944
Diferido 25 15.300 16.943
15.300 24.887
Lucro líquido do exercício 25.574 37.698
Lucro básico e diluído por ação no final
do exercício - R$ 26 22,22 32,75
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração do Resultado Abrangente
Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2020 e 2019
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
2020 2019
Lucro líquido do exercício 25.574 37.698
Outro resultado abrangente --
Total do resultado abrangente do exercício 25.574 37.698
Lucro básico e diluído por ação no final do
exercício - R$ 22,22 32,75
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Demonstração dos Fluxos de Caixa
Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2020 e 2019
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
2020 2019
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro antes do imposto de renda e da contribuição social 10.274 12.811
Ajustes de receitas e despesas não envolvendo
caixa
Depreciações e amortizações 3.346 2.659
Remensuração de arrendamentos (33) -
Resultado na venda ou baixa do ativo imobilizado
e intangível -233
(Reversão) provisão para perdas de créditos esperadas (757) 1.717
Provisão de baixas de estoque 1.079 299
Provisão para demandas judiciais 189 52
Provisões 54 -
Despesas de juros de arrendamento 238 -
Despesas de juros 2.042 539
16.432 18.310
Imposto de renda e contribuição social a restituir -4.122
16.432 22.433
(Aumento) redução de ativos
Contas a receber (41.763) (7.373)
Estoques (33.592) (12.305)
Outras contas a receber 227 (632)
Imposto a recuperar 1.832 (5.670)
Despesas antecipadas 322 (341)
Aumento (redução) de passivos
Fornecedores 42.615 13.290
Salários e obrigações sociais 785 454
Impostos, taxas e contribuições 1.979 939
Outras contas a pagar 1.513 1.309
Juros pagos (226) (1.563)
Imposto de renda e contribuição social pagos -(265)
Caixa líquido (aplicado nas) gerado pelas atividades
operacionais (9.876) 10.275
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Aquisições de imobilizado e intangível (3.233) (3.099)
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento (3.233) (3.099)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Empréstimos tomados de partes relacionadas -12.000
Empréstimos tomados 33.341 -
Pagamentos de empréstimos -(16.905)
Pagamentos de arrendamentos (1.670) (1.323)
Caixa líquido gerado pelas (aplicado nas) atividades
de financiamento 31.671 (6.228)
Aumento de caixa e equivalente de caixa 18.562 948
Caixa e equivalente de caixa
No início do exercício 4.363 3.415
No final do exercício 22.925 4.363
Aumento (redução) de caixa e equivalente de caixa 18.562 948
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Notas Explicativas da Administração às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2020 e 2019
(Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO Nota 2020 2019
Circulante
Fornecedores 14 163.558 120.943
Empréstimos 15 33.453 -
Passivo de arrendamentos 18 1.394 1.442
Salários e encargos sociais 16 6.322 5.537
Tributos a recolher 17 8.221 6.299
Outras contas a pagar 4.478 2.891
Provisão para demandas judiciais 19 189 -
217.615 137.112
Não circulante
Partes relacionadas 11 57.807 56.103
Passivo de arrendamento 18 1.581 2.537
Provisões 223 169
Tributos a recolher 58 -
Outras contas a pagar -75
59.669 58.884
Total passivo 277.284 195.996
Patrimônio líquido 20
Capital social 24.027 24.027
Reserva de lucros 83.458 57.934
Total do patrimônio líquido 107.485 81.961
Total do passivo e patrimônio líquido 384.769 277.957
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - (Em milhares de reais)
Reservas de lucros
Nota Capital
social Reserva
de capital Incentivo
fiscal Legal Estatutária Lucros
acumulados Total
Saldos em 1º de janeiro de 2019 24.027 - 15.485 1.033 3.723 - 44.268
Lucro líquido do exercício - - - - - 37.698 37.698
Reserva de capital - (5) - - - - (5)
Constituição de reserva legal 20.b) - - - 1.885 - (1.885) -
Constituição de reserva de lucro 20.c) - - 35.813 - - (35.813) -
Saldos em 31 de dezembro de 2019 24.027 (5) 51.298 2.918 3.723 - 81.961
Lucro líquido do exercício - - - - - 25.574 25.574
Reserva de capital - (49) - - - - (49)
Constituição de reserva legal 20.b) - - - 1.279 - (1.279) -
Constituição de reserva de incentivo fiscal 20.d) - - 24.295 - - (24.295) -
Saldos em 31 de dezembro de 2020 24.027 (54) 75.593 4.197 3.723 - 107.486
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
1. Contexto operacional: A 4Bio Medicamentos S.A. (“Companhia”) foi
constituída em 2004 e suas atividades concentram-se na comercialização
de medicamentos especiais e correlatos de alta tecnologia (utilizados para
tratar condições graves de saúde ou de ameaça à vida prescritos por espe-
cialistas clínicos), sem manipulação de fórmulas, serviços de aplicação de
medicamentos, fornecimento de infraestrutura de apoio ao paciente, consul-
toria em gestão empresarial, tecnologia de informação, fornecimentos e
gestão de recursos humanos, pesquisa de mercado e de opinião pública e
marketing direto. A Companhia tem sua sede na cidade de São Paulo, Esta-
do de São Paulo, na Rua Pedroso Alvarenga, 58, conjunto 2, Chácara Itaim.
Em 2015, ocorreu a mudança do controle acionário da Companhia onde o
acionista controlador passou a ser a Raia Drogasil S.A. (“Raia Drogasil”),
detendo 55% das ações ordinárias da Companhia. Com a parceria com a
Raia Drogasil em 2015, a Companhia passou a obter ganhos de escala e
ampliação de presença nacional, criando as condições necessárias para
continuar crescendo de forma acelerada. 2. Base de elaboração: a) Decla-
ração de conformidade: As demonstrações financeiras estão de acordo
com a Lei das Sociedades por Ações e foram preparadas conforme normas,
revisões de normas e interpretações emitidas pelas práticas contábeis ado-
tadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pro-
nunciamentos Contábeis (CPC) que estavam em vigor em 31 de dezembro
de 2020, e evidenciam todas as informações relevantes próprias das de-
monstrações financeiras, e somente elas, as quais estão consistentes com
as utilizadas pela Administração na sua gestão. As demonstrações financei-
ras foram elaboradas com base no custo histórico, exceto se indicado de
outra forma. b) Impactos da pandemia Covid-19: Diante do cenário atual
que o país atravessa por conta da pandemia da COVID-19, a Companhia
avaliou perdas de crédito esperadas, levando em consideração todos os fa-
tos e circunstâncias, com o objetivo de verificar se, de fato, houve um au-
mento significativo no risco de crédito ou restrição temporária de liquidez. A
Companhia adotou como premissa a avaliação com base nos saldos de re-
cebíveis em 31 de dezembro de 2020. Nesta data, as modalidades de rece-
bimento da Companhia em relação ao total das vendas acumuladas esta-
vam representadas por: Boletos/Depósitos (91%) e Cartões (9%). Abaixo,
apresentamos a composição dos saldos de contas a receber de clientes em
31 de dezembro de 2020:
Contas a receber Dez/2020 %
Boletos / Depósitos a prazo 167.213 91,2%
Cartões de crédito e débito 16.179 8,8%
Total 183.392 100%
A Administração destaca que embora tenha sido decretado isolamento so-
cial em praticamente todos os Estados, em 31 de dezembro de 2020 não
houve aumento no risco de crédito em relação às contas a receber de clien-
tes ante mesmo período de 2019, não havendo justificativa para qualquer
ajuste na provisão para perdas de créditos esperadas. Ademais, não ocor-
reu fato significativo nos resultados da Companhia que prejudicasse as esti-
mativas contábeis no que se refere a: recuperabilidade dos ativos financei-
ros (caixa e equivalentes, aplicações), realização de estoques, realização de
tributos diferidos, recuperabilidade dos tributos indiretos, covenants, renego-
ciação de contratos de arrendamentos, reavaliação de ativos, receita de
e-commerce e tributos sobre o lucro. Em conformidade com a Deliberação
CVM nº 859/2020, que trata sobre alterações no Pronunciamento Técnico
CPC 06 (R2) – Arrendamento em Decorrência de Benefícios Relacionados
à pandemia da COVID-19 Concedidos para Arrendatários em Contratos de
Arrendamento – a Companhia avaliou que os benefícios oriundos dos des-
contos e prorrogações de vencimentos de aluguéis obtidos em alguns imó-
veis foram pontuais e que não resultaram em alteração na vigência dos
mesmos contratos de arrendamento (Nota 18). 3. Novos procedimentos
contábeis, alterações e interpretações de normas: 3.1. Novos procedi-
mentos contábeis - As seguintes normas contábeis foram adotadas pela
primeira vez para o exercício iniciado em 1º de janeiro de 2020: a) CPC 00
(R2) / Framework – Estrutura Conceitual para a Elaboração e Divulga-
ção de Relatório Contábil Financeiro: O pronunciamento revisado traz
alguns novos conceitos, fornece definições atualizadas e critérios de reco-
nhecimento para ativos e passivos e esclarece alguns conceitos importan-
tes. A Administração entende que essas alterações não tiveram impacto nas
demonstrações financeiras da Companhia. b) CPC 06 (R2) / IFRS 16 – Ar-
rendamentos - Benefícios relacionados à Covid-19 para arrendatários
em contratos de arrendamento: As alterações preveem concessão aos
arrendatários na aplicação das orientações do CPC 06 (R2) sobre a modifi-
cação do contrato de arrendamento, ao contabilizar os benefícios relaciona-
dos como consequência direta da pandemia Covid-19. Como um expediente
prático, um arrendatário pode optar por não avaliar se um benefício relacio-
nado à Covid-19 concedido pelo arrendador é uma modificação do contrato
de arrendamento. O arren datário que fizer essa opção deve contabilizar
qualquer mudança no pagamento do arrendamento resultante do benefício
concedido no contrato de arrendamento relacionada ao Covid-19 da mesma
forma que contabilizaria a mudança aplicando ao CPC 06 (R2) se a mudan-
ça não fosse uma modificação do contrato de arrendamento. A Administra-
ção entende que essa alteração não teve impacto nas demonstrações finan-
ceiras da Companhia, pois as premissas para reconhecimento dos
arrendamentos não foram alteradas em decorrência da Covid-19. c) CPC 15
(R1) / IFRS 03 – Combinação de Negócios: Definição de negócios: As
alterações do CPC 15 (R1) esclarecem que, para ser considerado um negó-
cio, um conjunto integrado de atividades e ativos deve incluir, no mínimo, um
input - entrada de recursos e um processo substantivo que, juntos, contribu-
am significativamente para a capacidade de gerar output - saída de recur-
sos. Além disso, esclareceu que um negócio pode existir sem incluir todos
os inputs - entradas de recursos e processos necessários para criar outputs
- saída de recursos. A Administração entende que essas alterações não ti-
veram impacto sobre as demonstrações financeiras da Companhia. d) CPC
26 (R1) / IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Contábeis e CPC 23
/ IAS 8 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de
Erro: Definição de material: As emendas do CPC 26 (R1) / IAS 1 e do CPC
23 / IAS 8 esclarecem a definição de materialidade e alinham a definição
usada na estrutura conceitual e nas demais normas contábeis. A Adminis-
tração entende que estas emendas não trouxeram impactos significativos
nas demonstrações financeiras da Companhia, pois aplica a orientação téc-
nica OCPC 7 e, com isso divulgando somente informações relevantes. e)
CPC 38 / IAS 39, CPC 40 (R1) / IFRS 7 e CPC 48 (Deliberação CVM nº
854/2020) – Reforma da taxa de juros de referência: A deliberação CVM
854/2020 entrou em vigor a partir de 1º de janeiro de 2020. Trata de altera-
ções nos Pronunciamentos Técnicos CPC 38, CPC 40 (R1) e CPC 48, emi-
tidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), em decorrência da
reforma da taxa de juros de referência, relacionada com a previsão de des-
continuidade do uso da London Interbank Offered Rate (LIBOR) como taxa
de juros de referência após 2021. A Administração entende que não será
impactada pela reforma da taxa de juros de referência pois, até o momento,
não possui ativos ou passivos financeiros atrelados a este índice. 3.2. Nor-
mas emitidas, mas ainda não vigentes: As normas e interpretações novas
e alteradas emitidas, mas não ainda em vigor até a data de emissão das
demonstrações financeiras da Companhia, estão descritas a seguir. A Com-
panhia pretende adotar essas normas e interpretações novas e alteradas,
se cabível, quando entrarem em vigor. a) CPC 11, CPC 50 / IFRS 17 – Con-
tratos de seguro: Em maio de 2017, o IASB emitiu a IFRS 17 - Contratos
de Seguro (norma ainda não emitida pelo CPC no Brasil, mas que será co-
dificada como CPC 50 - Contratos de Seguro e substituirá o CPC 11 – Con-
tratos de Seguro), uma nova norma contábil abrangente para contratos de
seguro que inclui reconhecimento e mensuração, apresentação e divulga-
ção. O foco da IFRS 17 é o modelo geral, complementado por: • Uma adap-
tação específica para contratos com características de participação direta
(abordagem de taxa variável); • Uma abordagem simplificada (abordagem
de alocação de prêmio) principalmente para contratos de curta duração. A
IFRS 17 vigora para períodos iniciados a partir de 1º de janeiro de 2023,
sendo necessária a apresentação de valores comparativos. A adoção ante-
cipada é permitida se a entidade adotar também a IFRS 9 e a IFRS 15 na
mesma data ou antes da adoção inicial da IFRS 17. A Administração enten-
de que essa norma não se aplica as demonstrações financeiras da Compa-
nhia. b) CPC 26 (R1) / IAS 1 – Apresentação das Demonstrações Contá-
beis: Classificação de passivos como circulante e não circulante: Em
janeiro de 2020, o IASB emitiu alterações nos parágrafos 69 a 76 do IAS 1,
correlato ao CPC 26 (R1), de forma a especificar os requisitos para classifi-
car o passivo como circulante ou não circulante. As alterações esclarecem:
• O que significa um direito de postergar a liquidação; • Que o direito de
postergar deve existir na data-base do relatório; • Que essa classificação
não é afetada pela probabilidade de uma entidade exercer seu direito de
Postergação; • Que somente se um derivativo embutido em um passivo con-
versível for em si um instrumento de capital próprio os termos de um passivo
não afetariam sua classificação. As alterações são válidas para períodos
iniciados a partir de 1º de janeiro de 2023 e devem ser aplicadas retrospec-
tivamente. Atualmente, a Companhia avalia o impacto que as alterações te-
rão na prática atual e se os contratos de empréstimo existentes podem exigir
renegociação. 4. Principais práticas contábeis: As principais práticas con-
tábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações financeiras estão
descritas a seguir: a) Vendas de medicamentos: As receitas da Companhia
advêm principalmente da venda de medicamentos para gestoras de planos
de saúde, hospitais e clínicas, pessoa física e jurídica (“clientes”). Para es-
sas vendas, consideradas sem obrigação subsequente de desempenho, as
receitas são reconhecidas no momento em que o controle do ativo é trans-
ferido para os clientes, ou seja, na transferência / entrega no local de destino
definido pelo cliente. As receitas são reconhecidas líquidas de devoluções e
descontos comerciais. Devoluções e cancelamento - Para contratos que per-
mitem ao cliente devolver um item, de acordo com o CPC 47/IFRS 15, a re-
ceita é reconhecida na extensão em que seja provável que uma reversão
significativa não ocorrerá. O valor da receita reconhecida é contabilizado li-
quida das devoluções e cancelamentos esperados. b) Caixa e equivalentes
de caixa: Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e
investimentos temporários de curto prazo, que são prontamente conversí-
veis em um montante conhecido de caixa e estão sujeitos a um insignifican-
te risco de mudança de valor, os quais são registrados pelos valores de
custo acrescidos dos rendimentos auferidos até as datas de encerramento
das demonstrações financeiras, com vencimentos inferiores a 90 dias, não
excedendo seu valor justo ou de realização. c) Aplicações financeiras: Re-
gistradas pelo valor de custo, acrescido dos rendimentos auferidos até as
datas de encerramento das demonstrações financeiras, que não excedem
seu valor justo ou de realização. Possuem carência de resgate superior a 90
dias da data da contratação, com risco de mudança de valor se resgatadas
antecipadamente. d) Contas a receber e provisão para perdas de crédito
esperadas: Perdas de crédito esperadas em clientes são mensuradas por
meio de estimativas ponderadas de probabilidade de perdas de crédito ba-
4BIO MEDICAMENTOS S.A.
CNPJ 07.015.691/0001-46
seados nas perdas históricas e projeções de premissas relacionadas. As
perdas de crédito são mensuradas a valor presente com base em todas as
insuficiências de caixa (ou seja, a diferença entre os fluxos de caixa devidos
à Companhia de acordo com o contrato e os fluxos de caixa que a Compa-
nhia espera receber). As perdas de crédito esperadas são descontadas pela
taxa de juros efetiva do ativo financeiro. A Companhia avalia no final de cada
período do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financeiro ou o
grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos fi-
nanceiros está deteriorado e as perdas por impairment são incorridas so-
mente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou
mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento
de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos
de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros
que pode ser estimado de maneira confiável. De acordo com o CPC 48
/
IFRS 9, as perdas esperadas são mensuradas em uma das seguintes ba-
ses: • Perdas de crédito esperadas para 12 meses: estas são perdas de
crédito que resultam de possíveis eventos de inadimplência dentro de 12
meses após a data do balanço; e • Perdas de crédito esperadas para a vida
inteira: estas são perdas de crédito que resultam de todos os possíveis
eventos de inadimplência ao longo da vida esperada de um instrumento fi-
nanceiro. e) Estoques: Avaliados pelo método do custo médio de aquisição,
ajustados pelo efeito do ajuste a valor presente de fornecedores (compras a
prazo), que não excede seu valor de realização, quando este for menor, in-
cluindo as provisões para cobrir eventuais perdas. O valor líquido realizável
corresponde ao preço de venda estimado dos estoques, deduzido de todos
os custos estimados para conclusão e de custos necessários à realização
da venda. f) Acordos comerciais: Além das compras regulares de produ-
tos, a Companhia negocia com seus fornecedores, oportunidades de venda
diferenciada dos seus produtos. Essas negociações são individuais e distin-
tas entre os fornecedores e podem apresentar características de natureza
complexa. As principais categorias de acordos comerciais são: (i) descontos
financeiros concedidos por laboratórios atrelados à venda ao consumidor e
associados a Programas de Benefícios; (ii) verbas de marketing e publicida-
de; e (iii) abatimentos por metas de volume, auferidos tanto nas compras
quanto nas vendas. À medida em que ocorre a execução operacional do
produto da negociação (veiculação do produto, disposição, venda do produ-
to promovido, direito ao recebimento do valor financeiro acordado etc.), a
Companhia reconhece o ganho auferido com essas negociações reduzindo
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