BALANÃ?O - Magazine Luiza s.a

Data de publicação12 Março 2021
SeçãoCaderno Empresarial
sexta-feira, 12 de março de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (48) – 5
MAGAZINE LUIZA S.A.
CNPJ nº 47.960.950/0001-21
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2020
MENSAGEM DA DIRETORIA
O que passou - e o que vem pela frente no Magalu
No Magalu, nos orgulhamos de nossa capacidade inata de mudar. Paradoxalmente, a zona de conforto nunca nos
deixou à vontade ao longo de nossos 63 anos de história. Aprendemos que sempre haverá desafios e que, cada
vez que eles são vencidos, nos tornamos mais fortes. Em mais de seis décadas, tivemos a oportunidade de ver
quase tudo. Mas nada comparado ao cenário que se desenhou a partir de março de 2020.
A maior pandemia em mais de um século nos obrigou a viver muitos anos em apenas um. E, como todas as
empresas, como cada indivíduo, o Magalu foi colocado à prova. Neste espaço, dedicado a fazer um balanço de
2020 e a apontar direções à frente, queremos propor um olhar para tudo o que nossos mais de 40.000
colaboradores fizeram ao longo de um ano que ainda não terminou. Foi um período épico e de resultados
extraordinários, mas sobretudo de profundas e inexoráveis mudanças no mercado e no nosso modelo de negócio.
O que aconteceu nos últimos meses será a base para entender o futuro do ecossistema digital multicanal do
Magalu e as enormes oportunidades que vamos explorar com ele.
2020, 20 de março.
Nesse dia, o Magalu passou a travar sua guerra contra as ameaças e efeitos da covid-19. Pela primeira vez em
mais de seis décadas, todas as lojas físicas da empresa fecharam suas portas. Milhares de funcionários foram
mandados para suas casas. Três prioridades foram adotadas de forma emergencial: a saúde e a segurança de
todas as pessoas que se relacionavam com a empresa, a garantia de continuidade das operações e a manutenção
dos empregos. Uma estava diretamente ligada às outras. Se falhássemos em uma, provavelmente falharíamos em
todas.
O que se viu, a partir do mês de março, foram ações em série, executadas em meses que pareciam ser anos. Para
garantir que nenhum colaborador fosse demitido, o Magalu reduziu os salários dos diretores e conselheiros,
implementou a medida provisória 936, que permitiu a suspensão de contratos de trabalho e a redução de jornada
e salários, e renegociou contratos de aluguel e de prestação de serviços. O caixa, que já era de 7 bilhões de reais,
foi reforçado por uma emissão de 800 milhões de reais em debêntures.
“Com a pandemia, o ecossistema digital do Magalu passou a ser mais exigido e fundamental do
que nunca”
Nosso propósito de digitalizar o Brasil nunca se mostrou tão fundamental. A digitalização era a única forma de,
naquele momento, reativar negócios, preservar empregos e contribuir para o combate da desigualdade, que foi
aprofundada pela pandemia. Acreditamos que, num mundo cada vez mais conectado, não existe inclusão social
sem inclusão digital.
Em abril, lançamos o Parceiro Magalu, uma plataforma digital intuitiva que ajuda empresas ainda analógicas, que
tiveram de fechar suas portas em função da pandemia, a vender online. Em menos de um ano - de abril de 2020
até hoje - 14.000 parceiros se integraram ao ecossistema do Magalu. Foram 14.000 portas digitais abertas. Sem
o Parceiro Magalu, muitos desses negócios não sobreviveriam. A digitalização é um movimento que a pandemia
acelerou, e que vai se fortalecer ao final da covid-19.
Para garantir que nossos clientes tivessem acesso a itens de primeira necessidade, sem sair de suas casas,
reforçamos o #TemNoMagalu com milhares de novos itens, com ênfase nos produtos de mercado: alimentos não
perecíveis e produtos de higiene e limpeza, entregues com isenção da cobrança de frete. Hoje, a categoria
mercado já representa mais de 40% dos itens vendidos no e-commerce do Magalu.
Em 2020, a multicanalidade do Magalu somada à rápida expansão da Logbee tornou possível o crescimento do
ship-from-store, decisivo para que o Magalu garantisse a entrega mais rápida, em qualquer lugar do país. As lojas
físicas foram transformadas em dark stores, nas quais os itens comprados no SuperApp Magalu eram estocados
antes de percorrer a última milha até as casas dos clientes. No quarto trimestre de 2020, 45% de todas as
entregas do nosso e-commerce foram feitas em até 24 horas.
Todas essas ações coordenadas geraram resultados tangíveis. No segundo trimestre, as vendas totais do Magalu
cresceram 49% e o e-commerce avançou 182%. O terceiro trimestre trouxe o maior crescimento da história da
companhia: 81%, graças à força do digital e à reabertura de parte das lojas físicas. Nesse período do ano, o
Magalu pode, finalmente, começar a olhar para fora e, assim, dar prosseguimento à estratégia de construir, peça
a peça, seu grande ecossistema digital de compra e venda.
“Em 2020, as vendas totais do Magalu cresceram 60%. Apenas no quarto trimestre, o e-commerce
avançou 120%”
Em apenas seis meses - de julho a dezembro - foram adquiridas dez empresas - ou dez peças que se encaixavam
perfeitamente no quebra-cabeças criado por nós. (Em fevereiro, o Magalu já havia comprado a Estante Virtual,
reforçando o pilar do TemNoMagalu, com um catálogo de milhões de livros novos e usados.)
A Hubsales permitiu que fábricas passassem a vender diretamente ao consumidor pela plataforma do Magalu. O
site de tecnologia Canaltech e a plataforma de mídia da InLoco aceleraram a estratégia de Ads da empresa. Com
o AiQFome, entramos no mercado de delivery de alimentação e reforçamos a recorrência no SuperApp. A GFL
reforça nossa logística last mile. E com a Stoq, passamos a oferecer soluções de PDV para os varejistas. A
aquisição da ComSchool permite que ofereçamos formação digital para nossos 47 000 sellers. E entramos com
força no mercado de pagamentos ao adquirir a Hub Fintech.
No último trimestre do ano, mesmo com a abertura plena das lojas físicas, o e-commerce continuou a crescer em
ritmo acelerado, mais do que dobrando de tamanho comparado ao ano anterior (120% de crescimento sobre um
aumento de 93% no mesmo período de 2019). As vendas no conceito mesmas lojas avançaram 11% nos últimos
três meses de 2020, a despeito da redução pela metade do auxílio emergencial. Geramos 2 bilhões de reais de
caixa no período (3 bilhões de reais no ano). E aumentamos em 40% o lucro líquido.
A emergência econômica e sanitária trazida pela pandemia de covid-19 fez com que, para os investidores de todo
o mundo, 2020 também fosse um ano marcado por três letras: ESG (Environmental, Social and Governance).
Rapidamente, preocupações relacionadas ao meio ambiente, ao bem-estar da sociedade e aos padrões de
governança tornaram-se imperativos para companhias de todo o mundo. A tragédia que vem ceifando milhões de
vidas - mais de 260.000 apenas no Brasil, até o momento - enfatizou a necessidade de as empresas se
empenharem não só para entregar valor no longo prazo a seus acionistas, mas a todos os seus stakeholders.
Acreditamos que, ao garantir que o Magalu seja uma empresa sustentável e profundamente conectada a seus
stakeholders, daremos melhores retornos no curto e, sobretudo, no longo prazo a nossos acionistas. Temos
consciência que a responsabilidade assumida por uma companhia da dimensão do Magalu é imensa e não se
esgota. Essa responsabilidade só ficou ainda maior desde março do ano passado.
Nesse período, focamos sobretudo no S (social) de nossas ações de ESG. Assumimos o compromisso de não
demitir nos meses mais críticos da pandemia, incluímos milhares de empreendedores na nossa plataforma digital
e trabalhamos para tentar mitigar crises aprofundadas pela covid. O aumento dos casos de violência doméstica
- uma epidemia brasileira - foi uma delas. No Dia Internacional da Mulher, em março, o SuperApp ganhou um
botão de denúncias permanente. A nova versão do botão permite o acesso via chat ao Ministério da Mulher, da
Família e dos Direitos Humanos. Em 2020, o número de denúncias feitas pelo dispositivo aumentou mais de 800%
em relação ao ano anterior. Em agosto, as famílias Trajano e Garcia, controladoras do Magalu, e a companhia
doaram 40 milhões de reais para ações de combate aos efeitos da pandemia (meses antes, os controladores já
haviam doado outros 10 milhões de reais).
Ser sustentável também significa ser diverso, refletir entre quatro paredes a realidade da sociedade na qual se
está inserido. Recentemente, após uma pesquisa, chegamos à conclusão de que tínhamos um problema. Pessoas
negras formavam mais de 50% do total dos nossos quadros de funcionários - mas apenas 14% da liderança. Nos
últimos anos, havíamos tentado abrir as portas do Magalu para negros e negras por meio do programa de trainee.
Não resolveu. Percebemos que esses jovens profissionais nem sequer se candidatavam.
Por isso, em 2020, decidimos abrir um programa de trainees exclusivo para negros. Nossa pretensão nunca foi
servir de exemplo para quem quer que fosse. Jamais tivemos a arrogância de achar que o Magalu resolveria a
questão do racismo no Brasil. Nossa intenção era resolver o nosso problema. Mais de 22.000 jovens de todo o
país se inscreveram. Um capital humano extraordinário. Dezenove deles venceram as etapas de seleção. São
profissionais bem-formados, cheios de energia e resilientes - pessoas para quem, em quase todos os casos,
faltava apenas uma porta aberta. Essa foi a primeira etapa. Nossa missão só será bem-sucedida quando esses
jovens se tornarem executivos e escalarem a hierarquia do Magalu.
Todas essas ações geraram reconhecimento por parte da sociedade. Segundo pesquisa da consultoria global
Interbrand, o Magalu conquistou o nono lugar entre as marcas mais valiosas do Brasil, com o maior crescimento
entre todos os participantes da pesquisa. E em diversas pesquisas fomos consideradas uma das marcas que
melhor lidou com a pandemia.
Fizemos muito em 2020. Nossa equipe foi heróica e está sendo reconhecida por isso. Mas, por mais cruel
que possa parecer, o passado nos credencia, mas não garante o nosso futuro. O que mais importa é o que
faremos amanhã, e depois de amanhã, e ainda depois. Nós estamos preparados para fazer muito. E vamos
fazer cada vez melhor!
2020 foi um ano de enormes conquistas. Há muito mais a conquistar daqui em diante.
Mais do que um ano de colheita, 2020 foi um período de semear nosso ecossistema digital. As sementes que
plantamos no ano passado, orgânicas e inorgânicas, nos credenciaram a explorar quatro grandes vetores de
crescimento - ou o que o mercado chama de TAMs - Total Addressable Markets. Todos a serem explorados dentro
- ou nas adjacências - de um ecossistema que tem como principal propósito a digitalização do varejo brasileiro.
São mercados nos quais a companhia já fincou bandeiras e continuará a investir estrategicamente. Não estamos
falando de iniciativas estanques, mas de negócios que se encadeiam, se potencializam quando combinados e
que refletem a estratégia multidimensional do Magalu. É sobretudo nesse gigantesco mar de oportunidades que
vamos navegar nos próximos anos.
1. NOVAS CATEGORIAS. Hoje o Magalu possui 26 milhões de itens disponíveis em sua plataforma, das mais
diversas categorias, de estoque próprio ou de sellers do seu marketplace. Crescemos e crescemos e crescemos.
E ainda assim há um mercado de 1,2 trilhão de reais em vendas no varejo e de mais 200 bilhões de reais em
alimentação fora de casa para conquistar. Além de continuar crescendo nas categorias principais, que nos
trouxeram até aqui, enxergamos três grandes frentes de oportunidades:
1.1. Produtos de Supermercado. Na categoria de mercado, o Magalu acaba de adquirir a VipCommerce, uma
plataforma de e-commerce white-label criada para atender o varejo alimentar, permitindo que supermercados e
atacarejos vendam online. Com a inserção da empresa no nosso ecossistema, será possível combinar a categoria
de mercado do Magalu (1P) à oferta de milhares de supermercados espalhados pelo Brasil e oferecer ao
consumidor uma cesta completa de produtos - inclusive perecíveis. O segmento de FMCG (“Fast Moving
Consumer Goods”) é um mercado de mais de 500 bilhões de reais por ano no Brasil. Estimamos que as vendas
online da categoria superem os 60 bilhões de reais nos próximos anos.
1.2. Delivery de Restaurantes. A AiQFome, comprada no início de setembro, está presente em 450 cidades, de
21 estados brasileiros. Nesse raio geográfico, ainda limitado, o AiQFome gera um GMV anualizado de quase de
1 bilhão de reais. Seus clientes compram, em média, três vezes ao mês no aplicativo da empresa, gerando 2
milhões de pedidos mensais. O mercado brasileiro de delivery de refeições movimentou 18 bilhões de reais no
ano passado. Se levarmos em conta todo o mercado de alimentação fora de casa, o mercado potencial é de 196
bilhões de reais. Existe, portanto, muito terreno a conquistar.
1.3. Moda e Beleza. A outra frente é a de estilo de vida, formada pelas categorias moda e beleza. Em moda, a
aquisição da Netshoes e Zattini em 2019 marcou a entrada do Magalu no e-commerce da categoria, com
um marketshare relevante. Com a Hubsales, adquirida em 2020, levaremos a digitalização a pólos industriais
de moda, conectando fabricantes diretamente ao consumidor final por meio do nosso marketplace.
A Época Cosméticos, adquirida em 2013, cresceu exponencialmente nos últimos anos e atingiu liderança online
nas categorias de perfumes, make e skincare. As categorias de moda e beleza, juntas, formam um mercado
extremamente pulverizado, ainda pouco digitalizado e com tamanho total de 223 bilhões de reais anuais.
Seu potencial online pode chegar a 67 bilhões em um futuro próximo.
2. RETAIL TECH - MaaS. A estratégia, aqui, é nos tornarmos o sistema operacional do varejo brasileiro. O Magalu
se tornou o grande exemplo de transformação digital ao demonstrar sua capacidade de desenvolver tecnologia -
feita sob medida para quem leva produtos e serviços ao consumidor final. Com iniciativas como o Parceiro Magalu,
o Magalu Pagamentos, o Magalu Entregas e os PDVs (pontos de vendas) da recém-adquirida Stoq, o Magalu
levará soluções de tecnologia e serviços para sellers e para outros milhões de varejistas e restaurantes que ainda
não fazem parte da nossa plataforma - muitos deles com operações ainda 100% analógicas. Hoje existem no
Brasil 5,7 milhões de varejistas formais. Apenas 47.000 deles vendem online por meio de nosso marketplace. No
setor de restaurantes, há mais de 1,6 milhão de estabelecimentos no país. Cerca de 20.000 deles fazem parte da
plataforma da AiQFome.
3. FINTECH. No Brasil, em 2020, foram transacionados 2 trilhões de reais em meios eletrônicos de pagamento,
que incluem cartões de crédito, débito e pré-pago. Desse total, cerca de 41 bilhões de reais em TPV passaram
pelo ecossistema Magalu no último ano - uma pequena fração diante do potencial da companhia. Como parte das
nossas iniciativas nesse mercado, há pouco mais de um ano, lançamos o Magalu Pay, nossa conta digital,
totalmente multicanal e integrada ao SuperApp. De lá para cá, 2,7 milhões de contas foram criadas. Foi só o
primeiro passo. Em dezembro, o Magalu comprou a Hub Fintech, uma plataforma completa de serviços para
contas digitais e cartão pré-pago. A Hub já tem 4 milhões de contas e cartões, que movimentaram cerca de
7 bilhões de reais em 2020. A partir de agora, Magalu Pay, Hub e Luizacred passarão a ser conectados, abrindo
espaço para a criação e a oferta de serviços financeiros digitais - cartão pré-pago, cartão de crédito, empréstimos
para pessoas físicas e jurídicas, seguros e cashback - para nossos clientes e sellers (incluindo os restaurantes da
AiQFome). Tudo feito no mesmo ambiente: o SuperApp.
4. PUBLICIDADE DIGITAL. Em 2020, segundo dados da eMarketer, o mercado de publicidade movimentou 48
bilhões de reais. Anúncios digitais, que contam com a assertividade dos algoritmos e chegam no lugar certo e na
hora certa a cada consumidor, de acordo com suas preferências, necessidades e ocasião, tiveram investimentos
que no ano passado já ultrapassaram 40% do total. Não há dúvidas de que o caminho da publicidade digital é para
o alto, em grande velocidade.
No Magalu, temos o anunciante (nós e nossos sellers) e a audiência (milhões de clientes nos dispositivos digitais
de Magalu, Netshoes, Zattini, Época e Estante Virtual) nas mãos. Para aumentar ainda mais a audiência e a
eficácia do Magalu Ads compramos, há cerca de seis meses, o site especializado em conteúdo de tecnologia
Canaltech e a plataforma de mídia online da Inloco. A partir de agora, o MagaluAds passará a contar com uma
plataforma própria, simples e intuitiva, que ajudará a descomplicar a publicidade online e permitirá que milhares
de sellers e fornecedores do Magalu tenham autonomia para investir e acelerar suas vendas. O serviço oferecido
pelo MagaluAds será uma forma adicional de monetizar a audiência total do Magalu.
Estamos em posição privilegiada para aproveitar essas oportunidades. Temos um Superapp que já conta com 33
milhões de usuários mensais, por meio do qual a grande maioria dos negócios será gerada e concluída. Não
precisaremos gastar tempo e energia para erguer uma operação multicanal. Ela está pronta e madura. Hoje
estamos dando novos saltos na nossa multicanalidade. Vamos conectar as lojas umbilicalmente ao marketplace.
Em 2021, começaremos a transformar parte de nossos pontos físicos em espaços de exposição, venda,
recebimento e entrega de várias categorias de produtos do marketplace. A loja de tijolo e argamassa que tão bem
serve ao 1P colocará todas as suas funcionalidades - exposição dos itens mais procurados na região, estoque,
recebimento e entrega - a serviço do 3P. Nossas lojas também funcionarão como um ponto de captação e de
desenvolvimento de sellers locais, expandindo exponencialmente a plataforma.
Para fomentar todo o ecossistema, 2021 será o ano da logística. O ano do #PiscouChegou. Vamos acelerar
significativamente os investimentos para converter nossas mais de 1 300 lojas em pontos de apoio logístico para
os sellers, aumentar o número de CDs e cross dockings - 63 unidades no final de 2020 - e automatizar essa
infraestrutura. Logística, distribuição e entrega dos produtos vendidos pelos parceiros do marketplace serão um
espelho perfeito do que já acontece com a operação dos produtos próprios.
Iniciamos o ano em ritmo acelerado, com o e-commerce crescendo triplo dígito baixo nos dois primeiros meses
de 20211. Mas a pandemia, infelizmente, ainda não é uma página virada. As medidas de isolamento social - que
se acentuaram no início de março - terão impacto direto na performance das lojas no curto prazo. Com os pontos
físicos fechados2, deixamos de contar com a contribuição das vendas das lojas, ao mesmo tempo em que
continuamos a arcar com boa parte das suas despesas fixas. Os efeitos temporários sobre a rentabilidade são
inevitáveis. Por outro lado, as vendas nos canais digitais tendem a continuar fortes.
Continuamos confiantes com nossas perspectivas. Nossa estrutura de capital é mais robusta do que nunca.
Nossas equipes estão mais preparadas para lidar com as medidas de isolamento e nosso modelo de negócio se
provou muito resiliente à pandemia. E, apesar de estarmos prontos para encarar um presente ainda muito
desafiador, continuamos olhando para o longo prazo, como se exige de uma companhia que persegue a
perenidade.
Agradecemos profundamente nossos colaboradores, que continuam a atravessar conosco dias turbulentos.
E a todos os nossos investidores, fornecedores, parceiros. Nosso muito obrigado a nossos milhões de clientes,
espalhados por todo o Brasil, por acreditarem que podemos, sobretudo quando é mais necessário, fazer parte de
suas vidas.
DESTAQUES DE 2020
Vendas totais cresceram 60%, atingindo R$43,5 bilhões
E-commerce cresceu 131%, atingindo R$28,5 bilhões e 66% das vendas totais
Marketplace cresceu 156%, atingindo R$ 7,7 bilhões e 27% do e-commerce total
EBITDA ajustado atingiu R$1,5 bilhão (margem de 5,2%)
Geração de caixa operacional de R$3,1 bilhões em 2020
Posição de caixa líquido de R$7,3 bilhões em dezembro/20
Ganho consistente de participação de mercado. Em 2020, as vendas totais, incluindo lojas físicas,
e-commerce com estoque próprio (1P) e marketplace (3P) cresceram 59,6% para R$43,5 bilhões, reflexo do
aumento de 130,7% no e-commerce total (sobre um crescimento de 76,0% em 2019) e 0,6% nas lojas físicas
(sobre alta de 17,9% em 2019), mesmo com o fechamento temporário das lojas ao longo do ano em função da
pandemia. Vale destacar a performance das 191 lojas inauguradas nos últimos 12 meses, com vendas acima
das expectativas, elevando o crescimento total das lojas físicas em 7,9 p.p.
E-commerce crescendo em ritmo muito acelerado. As vendas do e-commerce cresceram 130,7% em 2020,
comparado ao crescimento do mercado de 41,4% (E-bit) e representaram 65,6% das vendas totais.
No e-commerce com estoque próprio, as vendas evoluíram 122,6% e o marketplace contribuiu com vendas
adicionais de R$ 7,7 bilhões. O ganho de marketshare novamente foi impulsionado pela excelente performance
do app, que alcançou a marca de 33 milhões de usuários ativos, e a evolução do marketplace, além da entrega
mais rápida e a melhor experiência do varejo.
Margem bruta e despesas operacionais. Em 2020, o lucro bruto ajustado cresceu 29,9%, atingindo R$7,5
bilhões. O forte crescimento das vendas online refletiu em uma maior participação do e-commerce nas vendas
totais - que passou de 45,3% em 2019 para 65,6% em 2020 - e, por consequência, a margem bruta ajustada
diminuiu de 29,1% em 2019 para 25,8% em 2020. Com o forte crescimento de vendas, o percentual das
despesas operacionais ajustadas em relação à receita líquida atingiu 21,0% em 2020, praticamente estável
comparado a 2019, mesmo com o fechamento temporário das lojas ao longo do ano em função da pandemia.
EBITDA e lucro líquido. Em 2020, o elevado crescimento das vendas contribuiu novamente para o EBITDA
ajustado, que atingiu R$1,5 bilhão. Os investimentos adicionais em melhoria no nível de serviço influenciaram
a margem EBITDA ajustada, que passou de 8,3% em 2019 para 5,2% em 2020. Adicionalmente, considerando
a diluição das despesas financeiras, o lucro líquido ajustado alcançou R$377,8 milhões nos 12M20, com
margem líquida de 1,3%.
Forte geração de caixa operacional. O fluxo de caixa das operações, ajustado pelos recebíveis, atingiu
R$3,1 bilhões em 2020 em função dos resultados positivos e da disciplina na gestão do capital de giro. Mais
uma vez, a Companhia apresentou elevado crescimento, com rentabilidade e forte geração de caixa. O ROIC
atingiu 16% nos últimos 12 meses.
Posição de caixa líquido e estrutura de capital. Nos últimos 12 meses, a Companhia aumentou o caixa
líquido ajustado em 1,0 bilhão, que passou de uma posição de caixa líquido de R$6,3 bilhões em dez/19 para
R$7,3 bilhões em dez/20. Na mesma data, a Companhia tinha uma posição total de caixa de R$9,0 bilhões,
considerando caixa e aplicações financeiras de R$2,9 bilhões e recebíveis de cartão de crédito disponíveis de
R$6,1 bilhões.
O Magalu é a maior plataforma de varejo multicanal do Brasil e oferece um amplo sortimento de produtos e
serviços para brasileiros de todas as classes, com a entrega mais rápida e a melhor experiência de compra - seja
nas lojas, no site ou no seu SuperApp, que possui mais de 33 milhões de usuários ativos mensais. A Companhia
possui uma forte presença geográfica, com 23 centros de distribuição e 40 cross-dockings estrategicamente
localizados, e mais de 1.300 lojas distribuídas em 21 estados do país. Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia
contava com 32 milhões de clientes ativos e mais de 40 mil colaboradores.
Estados com Lojas
Centro-Oeste 8%
Sul 23%
Nordeste 23%
Sudeste 42%
Norte 4%
Centros de Distribuição
Alhandra
Recife
Maceió
Fortaleza
Belém
Teresina
Simões Filho
Itabuna
Contagem
Hidrolândia
Campo Grande
Cuiabá Brasília
Ribeirão Preto Extrema
Rio de Janeiro
Ibiporã
Curitiba
Caxias
1.301 lojas
Navegantes
Guarulhos
Louveira
1 Informações preliminares não auditadas ou revisadas por nossos auditores independentes.
2 823 lojas fechadas em 08 de março de 2021.
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO SA garante a autenticidade deste
documento quando visualizado diretamente no portal
www.imprensaoficial.com.br
sexta-feira, 12 de março de 2021 às 11:50:27

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