BALANÇO - BANCO PINE S/A

Data de publicação11 Fevereiro 2021
SeçãoCaderno Empresarial
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (27) – 5
Banco Pine S.A. e Controladas
Companhia Aberta - CNPJ nº 62.144.175/0001-20
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO - 2020
Prezados acionistas, submetemos à apreciação de V. Sas. as Demonstrações Financeiras Consolidadas do Banco
Pine S.A. relativas ao período encerrado em 31 de dezembro de 2020, elaboradas de acordo com as práticas
contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às Instituições autorizadas a funcionar pelo Banco Central do Brasil.
1. CENÁRIO MACROECONÔMICO: O quarto trimestre de 2020 confirmou a continuidade da recuperação
econômica iniciada no terceiro trimestre no Brasil e, principalmente, no exterior. As médias trimestrais mensais das
vendas domésticas do varejo e da produção industrial cresceram, respectivamente, 1,7% e 1,8% no 4T20 ante o
4T19, e 8,7% e 5,6% em relação ao 3T20, considerando os dados prévios. Na comparação anual, o crescimento da
indústria acelerou, enquanto que a expansão das vendas varejista desaqueceu. Por um lado, a utilização da capa-
cidade instalada na indústria de transformação está elevada, em 80%, maior nível desde o 4T14 e muito acima da
média de 75,8% entre o 2T15 e 1T20. Isso se deve à diminuição parcial da capacidade produtiva na indústria de
transformação, à interrupção na cadeia de oferta doméstica e global e à possível racionalização da produção indus-
trial. Por outro lado, a desaceleração do crescimento anual do comércio varejista no 4T20 pode ser explicada par-
cialmente pelos efeitos da redução do auxílio emergencial de R$600,00 para R$300,00 sobre o consumo das famí-
lias. A recuperação do setor de serviços, por sua vez, vem se apresentando mais lenta desde o terceiro trimestre,
o que se deve ao fechamento de empresas de pequeno a médio portes e pela menor capacidade de oferta do setor.
A sua produção reduziu no 4T20 em relação ao 4T19, mas cresceu em relação ao 3T20. Apesar da recuperação
da produção de serviços, da sua elevada capacidade de absorção de mão de obra e da criação de 140 mil vagas
de trabalho em serviços no trimestre passado, o desemprego continuou subindo no 4T20. Portanto, a recuperação
mensal da indústria, comércio e serviços vem se caracterizando pela ocupação parcial da capacidade produtiva e
pelo forte recrudescimento da inflação, mesmo com uma retomada ainda bastante gradual da demanda. A introdu-
ção acima demarca alguns dos problemas que a economia brasileira tende a enfrentar ao longo do ano, além de
todos os desafios atrelados à pandemia, a exemplo do que ocorre globalmente. A expectativa da alta inflação até o
final do primeiro semestre de 2021 limita o crescimento real do crédito pessoal e corporativo, contribuindo para que
o PIB anual oscile entre 2,5% e 3,0% ante -4,5% no ano passado. Disposto a evitar efeitos mais profundos da infla-
ção sobre a elevação da curva de juros e a consequente desaceleração da taxa esperada de crescimento do PIB
em 2021, o governo brasileiro tem anunciado a intenção de retirar progressivamente os impulsos fiscais que leva-
ram o déficit primário do setor público para 9,5% do PIB em 2020. O governo central parece almejar um déficit pri-
mário de até 3% do PIB no final de 2021. No entanto, os prováveis reajustes dos gastos sociais associados à ele-
vada inflação do ano passado - que atingiu 4,5%, bem acima dos 2,2% contemplados no projeto orçamentário
apresentado em agosto de 2020 - podem custar R$ 35 bilhões adicionais. Esta é uma séria ameaça ao teto de
gastos governamentais em 2021. O impulso fiscal e os elevados déficits primários do governo tendem a manter a
dívida bruta do setor público acima de 90% do PIB em 2021. Estas perspectivas contribuem para que os juros futu-
ros longos - ou seja, os vincendos em janeiro 2025 - permaneçam elevados, entre 6,0% e 6,5%, prejudicando a
perenidade do crédito privado de longo prazo, a rolagem da dívida pública para prazos superiores a três anos, e a
intenção do Banco Central em manter a taxa SELIC em 2% pelo menos até o final de junho de 2021. Apesar da
revisão da inflação de 2021 estar ainda abaixo do centro da meta, 3,75%, a continuidade dos impulsos fiscais e das
restrições setoriais de oferta tendem a levar as projeções para a inflação ao consumidor para perto do centro da
meta no ano e para níveis superiores ao centro da meta em 2022 (igual a 3,5%). Isso pode induzir o Banco Central
a iniciar o processo de elevação da SELIC já em maio e a fixá-la em no máximo 4,0% no final do ano. A expansão
monetária corrente e a manutenção da SELIC abaixo de 4% são importantes para manter a taxa de inadimplência
da pessoa jurídica (PJ) junto ao sistema financeiro privado em até 2,0% e para preservar o crédito com recursos
privados destinados à PJ acima de 14% do PIB, superior à média histórica de 12,7% do PIB entre 2007 e 2019. Este
é um resultado fundamental para que a transmissão da política monetária para o crédito funcione adequadamente,
permitindo que o PIB cresça pelo menos 2,5% em 2021 e 2022. Entretanto, o objetivo do Banco Central em manter
a SELIC relativamente baixa, facilitando o funcionamento do mercado de crédito privado, depende - em última
instância - do ajuste fiscal a ser perseguido nos próximos anos. O sucesso na redução do déficit primário do setor
público é a principal condição para que os juros futuros de longo prazo diminuam do intervalo atual, permitindo a
perenidade do crédito privado. O cenário para a economia global em 2021 se mostra construtivo, revertendo a re-
tração registrada em 2020 decorrente da pandemia, cuja dinâmica continua sendo fator preponderante e, até mes-
mo imponderável no começo de 2021. O desempenho do mercado de capitais tem surpreendido e as empresas
encontram-se relativamente pouco endividadas, com elevado nível de caixa e com o número de recuperações judi-
ciais em linha com a média histórica, apesar da forte contração do PIB. Apesar das preocupações e cautela com o
comportamento da doença e de seus efeitos negativos sobre a atividade global neste início de ano, a base para a
retomada é o processo de contenção da pandemia e, principalmente, de vacinação, que deve ganhar força mundial
nos próximos trimestres. 2. MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO: O ano de 2020 foi marcado pelo desencadear da
pandemia do coronavírus, que trouxe incertezas e grandes desafios para a economia e toda a sociedade brasileira
e mundial. As medidas de isolamento e distanciamento social afetaram de forma particularmente intensa o segmen-
to PJ do país, e a partir de março, a administração do Banco tomou medidas e/ou acelerou iniciativas internas com
o objetivo de assegurar a continuidade dos negócios, proteger o patrimônio do Banco e otimizar sua capacidade de
geração de resultados, ajustando o ritmo das estratégias de crescimento sem perder o foco na segurança dos seus
colaboradores e clientes. O Banco iniciou o exercício de 2020 com boas perspectivas acerca da aceleração do
crescimento da economia brasileira, concomitante à nossa já bem-sucedida estratégia de ampliação da base de
clientes. No entanto, os impactos da pandemia se mostraram intensos, especialmente ao longo do segundo trimes-
tre. Assim, o Banco ativou seu plano de continuidade de negócios, criou o Comitê de Crises e manteve-se totalmen-
te operacional, sem qualquer tipo de interrupção, com 100% dos colaboradores no regime de home office - viabili-
zado pelos investimentos em tecnologia feitos desde 2017. Diante disto, o primeiro semestre do ano foi um período
de ajustes e adaptações, tanto do setor público quanto privado, buscando definir medidas fiscais e monetárias que
mitigassem os impactos causados pela pandemia. Ao decorrer dos meses, o mercado financeiro foi ganhando cada
vez mais maturidade e juntamente com as ações do Banco Central, criou mecanismos de gestão de capital e liqui-
dez para reforçar a solidez do setor. No segundo semestre, parte destas medidas estavam implementadas e geran-
do resultados. Foram criadas oportunidades especialmente para as pequenas e médias empresas, que sofreram
um grande impacto na crise e são muito relevantes para a economia, considerando a sua importância na geração
de empregos. Estes estímulos corroboraram com a estratégia da Companhia, que visa o crescimento do segmento
Empresas, que por sua vez possui toda a capacidade para ser um grande aliado na retomada econômica do país.
Acompanhando a melhora gradativa nos indicadores de atividade econômica, o Banco adotou medidas para conter
custos, gerenciar risco de crédito, preservar caixa e reforçar a liquidez, com objetivo de aumentar a resiliência a
grandes oscilações do mercado, e também permitir a expansão da oferta de produtos de longo prazo aos nossos
clientes. O Banco apresentou uma expansão relevante na Carteira Classificada (Resolução 2.682) em dezembro
de 2020, com um crescimento de 18,0% em relação a setembro e de 12,1% na comparação com os últimos 12
meses, evoluindo tanto no segmento Empresas quanto no Grandes Empresas. Na evolução anual, destacaram-se
a comercialização de produtos voltados para capital de giro, reflexo do processo de capitalização e reestruturação
das empresas, e na comparação com setembro de 2020, notou-se uma retomada nas duplicatas, em resposta ao
reaquecimento do mercado. Também houve um avanço significativo nas originações de crédito, que totalizaram
R$ 1,3 bilhão no 4T20, volume recorde em relação aos trimestres anteriores, dos quais 45% foram referentes ao
segmento Empresas e 55% ao segmento Grandes Empresas. Ao longo de 2020, o Banco continuou investindo na
melhoria da qualidade dos serviços prestados, com objetivo de aprimorar a experiência dos clientes atuais, bem
como sua capacidade de atrair e reter novos clientes, além de ter avançado no desenvolvimento de sua força co-
mercial própria e com parceiros. Em 2020, o Banco desenvolveu um projeto chamado Pine Parcerias, cujo objetivo
é atrair novos clientes por meio da indicação de escritórios especializados, aproveitando assim da sinergia com
outras instituições que possuem longa experiência setorial e regional. O projeto abrange todo o Brasil, oferecendo
o portfólio de produtos do Banco a grupos econômicos que faturam a partir de R$ 50 milhões anualmente. Os es-
forços para melhorar a qualidade dos ativos apresentaram resultados importantes em 2020. A inadimplência acima
de 90 dias permaneceu sob controle durante praticamente todo o ano, encerrando o ano em 0,6%, e com percen-
tual da carteira de crédito classificada entre os ratings AA-C em 91,4% no final de 2020, em comparação a 84,4%
em dezembro de 2019. Essa melhora é reflexo da robustez dos motores de crédito, e reforça a assertividade do
modelo de negócios adotado desde 2017, quando o Banco retornou ao segmento Empresas, praticando maiores
spreads, com foco na qualidade dos ativos e na pulverização do risco. A manutenção da taxa básica de juros, a alta
volatilidade do mercado de capitais durante a crise, e a inclinação da curva de juros mais acentuada incentivaram
os investidores a buscarem ativos mais rentáveis e de longo prazo, refletindo em um crescimento de 26,4% nas
captações em relação a dezembro de 2019. Vale ressaltar que 80% do funding foi originado por pessoas físicas e
possuem vencimento superior a 3 anos, sendo que apenas 2% das captações são com liquidez diária. A resiliência
do Banco ao cenário apresentado em 2020, o balanço sólido e o modelo de negócios bem definido foram essenciais
para que a Companhia atravessasse este período de forma saudável, sem prejuízo na comunicação entre as equi-
pes e ao atendimento aos clientes. O Banco, em conjunto com seus colaboradores, evidenciou sua capacidade de
adaptação e inovação, administrando novos riscos e demonstrando o quanto pode ser aprendido em momentos de
maiores adversidades. Vale mencionar que houve melhorias relevantes no NPS - Net Promoter Score, que encerrou
o ano em 83 pontos, evidenciando a satisfação dos clientes com os serviços prestados. Para 2021, a administração
j
á reforçou os níveis de liquidez para apoiar o crescimento comercial, e continuará buscando manter os níveis ade-
quados de capital, avançando na estratégia de pulverização e expansão do crédito, apoiando a recuperação, cres-
cimento e desenvolvimento dos milhares de clientes que contam com o Pine, certos de que o Banco está prepara-
do e fortalecido para retomar o crescimento sustentável a partir deste ano, tendo como direcional a geração de
valor a todos os stakeholders. 3. PERFIL INSTITUCIONAL: O Banco Pine (B3: PINE4) é um Banco regional brasi-
leiro, de capital aberto, que há mais de vinte anos destaca-se em financiar e assessorar grandes e médias empre-
sas. Sua estratégia baseia-se em conhecer cada cliente profundamente, entendendo seu negócio e seu potencial,
de modo a construir soluções e alternativas financeiras personalizadas, como, serviços de conta corrente, rotativos,
derivativos, cobranças, transferências, f‌ianças, câmbio, comércio exterior, seguros e investimentos. Esta estratégia
requer diversidade de produtos, capital humano qualificado, administração de riscos eficiente e agilidade - caracte-
rísticas consistentemente desenvolvidas pelo Banco. Pine Empresas: Por meio de soluções ágeis e funcionais que
facilitam o dia a dia dos clientes, oferecemos uma ampla variedade de produtos e serviços, além de possibilitar
integrações rápidas e seguras com os sistemas dos nossos parceiros por meio da disponibilidade de várias APIs.
Atendemos grupos econômicos com faturamento anual acima de R$ 10 milhões classificados em dois segmentos:
GRANDES EMPRESAS EMPRESAS
Grupos econômicos com faturamento anual
acima de R$ 500 milhões grupo econômicos com faturamento anual
de até R$ 500 milhões
Pine Online: O Pine Online é uma plataforma totalmente digital de investimentos voltada exclusivamente para pes-
soas físicas, com foco em produtos de renda fixa do próprio Banco, como LCA, LCI e CDB. Não há cobrança de
tarifas, e as opções de investimento são customizadas de acordo com o perfil e necessidade de cada cliente. Mais
informações acesse: www.pine.com/pine-online. 4. DESTAQUES DO PERÍODO: Nesse trimestre também pas-
samos a considerar os efeitos de itens extraordinários no resultado, demonstrando o lucro líquido ajustado por
eventos não recorrentes. Para fins de comparabilidade, o resultado do ano de 2019 também foi ajustado. Para mais
informações, acesse o Relatório de Análise do Resultado do 4T20 disponível no site de RI. • O resultado recorrente
gerencial totalizou R$-33,7 milhões em 2020, melhora de 72,8% em relação a 2019, quando o prejuízo somou
R$-124,1 milhões. • Em 2020, a Margem Financeira Bruta (MFB) totalizou R$ 124,8 milhões, comparado a R$ 26,7
milhões em 2019, crescimento decorrente de maiores receitas oriundas das operações com clientes, atribuído aos
maiores volumes de originação com maiores spreads, principalmente do segmento Empresas. Com isso, a
Net Interest Margin (NIM) com clientes encerrou o ano em 2,1%, comparável a 1,1% em 2019, reflexo dos avanços
na estratégia de mudança no mix de produtos e de segmentos. • As receitas de prestação de serviços e tarifas re-
duziram 5,6% na comparação anual, principalmente devido à redução da comissão de fianças, reflexo da estratégia
de otimização de capital do Banco alinhada a não renovação de cartas fiduciárias após o vencimento. • Manutenção
do patamar de despesas de pessoal e administrativas, que reduziram 4,0% na comparação do acumulado dos últi-
mos 12 meses. • A carteira de crédito classificada (Resolução 2.682), foco do nosso modelo de negócios, totalizou
R$ 3,9 bilhões em dezembro de 2020, crescimento de 12,1% nos últimos 12 meses. • Contínua pulverização do
risco da carteira de crédito consolidada, encerrando o ano com ticket médio de R$ 7,8 milhões e aproximadamente
600 clientes. • Controle dos indicadores de inadimplência, mantendo elevado o Índice de Cobertura para atrasos
acima de 90 dias. • Patamar sólido de liquidez, com caixa livre equivalente a R$ 2,4 bilhões. • Índice de Basileia
encerrou dezembro de 2020 em 11,7%, sendo 10,7% de Capital Nível I. No quadro abaixo consolidamos nossas
informações financeiras gerenciais considerando as reclassificações feitas a partir do resultado contábil.
Variação
RESULTADOS (R$ Milhões) 4T19 3T20 4T20 2019 2020
6
4T19
6
2019
Margem financeira bruta 34,4 24,5 22,5 26,7 124,8 -34,6%
Custo de crédito (24,0) (7,3) (9,7) (64,0) (12,9) -59,4% -79,8%
Receita de prestação de serviços e tarifas 12,8 14,0 10,2 44,8 42,3 -20,5% -5,6%
Despesas administrativas e de pessoal
(inclui PLR) (62,5) (42,4) (60,1) (199,6) (191,6) -3,8% -4,0%
Resultado operacional (46,1) (15,1) (41,3) (180,6) (51,2) -10,4% -71,6%
Lucro líquido/(prejuízo) recorrente (33,1) (11,2) (27,2) (124,1) (33,7) -17,9% -72,8%
Dezem-
bro 19 Setem-
bro 20 Dezem-
bro 20 Variação
BALANÇO PATRIMONIAL (R$ Milhões)
6
Setembro 20
6
Dezembro 19
Total de ativos 10.140,3 12.148,8 13.696,5 12,7% 35,1%
Carteira de crédito expandida 4.308,0 3.962,9 4.527,3 14,2% 5,1%
Grandes Empresas 3.083,2 2.830,4 3.083,3 8,9% 0,0%
Empresas 1.224,8 1.132,5 1.444,0 27,5% 17,9%
Recursos captados 6.698,4 7.287,4 8.467,7 16,2% 26,4%
Patrimônio líquido 841,1 814,7 792,7 -2,7% -5,8%
Variação
INDICADORES DE DESEMPENHO (%) 4T19 3T20 4T20
6
3T20
6
4T19
Net interest Margin (NIM) com Clientes 1,84 2,03 2,70 0,7 p.p. 0,9 p.p.
ROE (% a.a.) (11,2) (5,3) (24,0) -18,7 p.p. -12,8 p.p.
Índice de Basileia 12,3 13,1 11,7 -1,4 p.p. -0.6 p.p.
Índice de Capital Nível I 10,8 11,9 10,7 -1,2 p.p. -0,1 p.p.
Inadimplência (acima de 90 dias) 2,5 0,2 0,6 0,4 p.p. -1,9 p.p.
Índice de Cobertura (acima de 90 dias) 515,9 4.607,7 1.372,3
Dezem-
bro 19 Setem-
bro 20 Dezem-
bro 20 Variação
OUTRAS INFORMAÇÕES
6
Setembro 20
6
Dezembro 19
Colaboradores (quantidade) 434 383 390 1,8% -10,1%
Valor de mercado (R$ milhões) 622,3 380,8 373,4 -1,9% -40,0%
Valor Patrimonial por ação (R$) 5,68 5,50 5,35 -2,7% -5,8%
Resultado consolidado: O resultado recorrente gerencial totalizou R$-33,7 milhões, melhora de 72,8% em relação
ao mesmo período do ano passado. Essa variação reflete (i) o crescimento da Margem Bruta, principalmente nas
receitas recorrentes de crédito e de tesouraria, (ii) a redução no custo de crédito, e (iii) a manutenção das despesas
operacionais. Destaques patrimoniais: Os ativos totais alcançaram R$ 13,7 bilhões ao final de dezembro de 2020,
crescimento de 35,1% em 12 meses, e de 12,7% no quarto trimestre. O patrimônio líquido totalizou R$ 792,7
milhões em 2020. A carteira de crédito classificada (Resolução 2.682), foco do nosso modelo de negócios, totalizou
R$ 3,9 bilhões em Dezembro/20, crescimento de 12,1% nos últimos 12 meses. Essa variação é explicada pela
maior originação de novos créditos a partir do segundo semestre, tanto nos produtos de desconto - reflexo da
retomada da atividade econômica, quanto nos produtos de capital de giro devido à concessão de crédito por meio
do Programa de Capital de Giro para Preservação de Empresas (CGPE), evidenciando como as empresas estão
buscando se capitalizar e se reestruturar para este novo cenário. No trimestre, o crescimento foi de 18,0%, com
movimentos relevantes em ambos segmentos e em todos os produtos, com destaque para as linhas de crédito
ancoradas em recebíveis, capital de giro e trade finance, comprovando nossa resiliência ao cenário apresentado
em 2020. Os créditos classificados entre os ratings AA-C, segundo a Resolução nº 2.682 do Banco Central,
representavam 91,4% da carteira de crédito ao final de dezembro de 2020, ante 84,4% em dezembro de 2019,
ratificando a melhora da carteira e refletindo a qualidade das novas safras e dos processos de concessão de
crédito, além de evidenciar a estratégia de migração da carteira para operações de maior rentabilidade e com mais
garantias atreladas. Captação: O total de captação atingiu R$ 8,5 bilhões em dezembro de 2020, apresentando um
aumento de 26,4% em 12 meses. O portfólio do Banco permanece diversificado e segue alocado em prazos mais
longos, corroborando com o perfil dos ativos de crédito. As captações com pessoas físicas representaram 79,8% do
total de funding, todas originadas por meio das mais de 50 distribuidoras que o Banco opera, ou pelo Pine Online,
plataforma interna de investimentos. Por meio da plataforma foi possível abranger um escopo maior de clientes,
enquanto também auxilia na redução nos custos de captação, oferecendo ainda mais vantagens frente ao mercado.
Índice da Basileia: O Índice de Basileia atingiu 11,7% em dezembro de 2020, sendo que o índice de Capital Nível I
totalizou 10,7%. Este patamar segue adequado com a estratégia do nosso apetite a risco, especialmente de crédito.
Na comparação com setembro de 2020, a redução na Basileia reflete, principalmente, o resultado do período, e o
crescimento no valor dos ativos ponderados pelo risco de crédito, reflexo do crescimento da carteira no último
trimestre. 5. RATINGS: O Banco é classificado por agências nacionais internacionais de rating e as notas atribuídas
refletem seu desempenho operacional, a solidez financeira e a qualidade da sua administração, além de outros
fatores relacionados ao setor financeiro e ao ambiente econômico no qual a companhia está inserida. Segue abaixo
os ratings vigentes da agência Fitch.
Local Global Soberano
BB+ B- BB-
6. RECURSOS HUMANOS: Financiar rápido e servir bem milhares de empresas em benefício das pessoas. Este
é o propósito que motiva o Banco Pine a fazer a diferença no mercado financeiro brasileiro. Em tempos exponenciais,
em que o mundo digital nos transforma, o Banco acredita que as pessoas que são os principais agentes de um
processo transformação, sendo assim, responsáveis diretos pelo sucesso do Banco. Para disseminar este propósito
e estas crenças, o Banco Pine criou o “Pine Pulsa” - a sua declaração de cultura - expressa através dos valores que
acredita serem fundamentais na prática do dia a dia dos seus colaboradores: Pensar Diferente; Seja o Cliente; Se
r
para o Outro; Jogue Limpo e Juntos somos donos. O Banco acredita que a Cultura é fortemente disseminada por
meio do exemplo dos líderes, por isso periodicamente é realizado o Programa de Desenvolvimento da Liderança.
Temas críticos de gestão são abordados, como por exemplo: liderar no modelo home office; conhecer o perfil de
seus colaboradores visando uma gestão mais assertiva; lidar com os desafios da pandemia na liderança; dicas da
prática de feedback; ferramentas tecnológicas de gestão; responsabilidade dos gestores acerca de questões
trabalhistas e legais; igualdade entre homens e mulheres no mercado de trabalho, dentre outros. Mesmo antes da
pandemia, o Banco Pine já adotava o home office. Dado todo o cenário de 2020, intensificou-se rapidamente a
atuação neste modelo de trabalho, oferecendo estrutura tecnológica, expandindo a elegibilidade e oferecendo ajuda
de custo para contribuir com despesas de internet dos colaboradores. O processo de comunicação e educação
corporativa foi adaptado para capacitar líderes e colaboradores em sua atuação durante a pandemia. Além disso, o
tema da saúde esteva na pauta ao longo de todo o ano, trazendo orientações e dicas sobre cuidados da saúde em
diversos aspectos, inclusive com a elaboração da campanha de vacinação contra gripe. Para fomentar a capacitação
contínua, foram criados os Workshops Colaborativos. Ministrados pelos próprios colaboradores, especialistas nos
temas abordados, os demais membros do Banco reuniam-se virtualmente para conhecer mais sobre temas
técnicos, tais como: produtos de investimento; novas tecnologias; estratégias comerciais; metodologias ágeis;
canvas; design thinking; LGPD; PIX; produtos de crédito e derivativos, entre outros. Até o momento foram 22 turmas
com 1.130 participações. Para manter a atualização tecnológica e o incentivo à inovação, foi implementado o
projeto de Educação Online em parceria com uma escola de ensino a distância. Desde então, 62 colaboradores
receberam o benefício, escolhendo quais capacitações desejam. No ano, 192 cursos foram concluídos, totalizando
1546 horas de treinamento. Com intuito de disseminar a estratégia e disseminar os objetivos de negócio do Banco,
foi criada uma metodologia de avaliação de desempenho que contempla os objetivos de negócio, os objetivos
individuais e os valores corporativos. A composição destes três pilares de avaliação, compõem a nota dos
colaboradores. Além disso, foram feitas rodadas de feedback para fornecer direcionamento dos times ao longo do
ano e no final do ciclo, realizando as rodadas colegiadas para captar a percepção dos pares sobre os colegas e com
isso, agregar insumos para desenvolvimento, que devem ser expressos no momento do feedback. Nos temas de
Responsabilidade Social, o Banco Pine estabeleceu parceria com a Instituição Assistencial Lar das Bênçãos,
participando ativamente da campanha de doação de itens para crianças carentes e com o Instituto Reciclar renovou
a parceria por meio do projeto de mentoria de carreira para jovens em situação de vulnerabilidade social.
7. GOVERNANÇA CORPORATIVA: O Banco Pine possui políticas ativas de governança corporativa, em
decorrência do compromisso permanente com seus acionistas e demais partes relacionadas. Entre os diferenciais
de governança praticados pelo Pine, além de integrar o nível 2 de Governança Corporativa da B3, estão:
• Dois membros independentes no Conselho de Administração; • 100% tag along para todas as ações, inclusive as
preferenciais; • Procedimentos de arbitragem para rápida solução em caso de disputas; • Divulgação anual de
resultados em dois padrões contábeis, BR GAAP e IFRS; e • Comitês de Auditoria e Remuneração, composto po
r
membros independentes, que respondem diretamente ao Conselho de Administração. O Banco criou em 2020 uma
comissão específica para estudar estratégias e avaliar todas as oportunidades e melhorias que podem se
r
implementadas acerca do tema ESG. Estas questões já eram consideradas no planejamento estratégico, no
entanto a intenção é aprofundar a compreensão dos impactos desse tema, uma vez que é essencial e muito
relevante para a perenidade dos negócios. Com o amplo e rápido impacto da pandemia do novo coronavírus, as
incertezas acerca da economia mundial impactaram diretamente o mercado de capitais, que vem apresentando
uma volatilidade acima da média em todos os setores. Desta forma, o valor de mercado do Banco foi afetado
negativamente, encerrando dezembro de 2020 em R$ 373 milhões. Nossa base acionária encerrou dezembro de
2020 com 18.034 acionistas, crescimento de 112% nos últimos 12 meses. 8. EVENTOS SUBSEQUENTES:
No início de 2021, o Conselho de Administração da Companhia, aprovou a celebração de um ou mais contratos de
troca de resultados de fluxos financeiros futuros (total return equity swap - “TRS”) com liquidação financeira
(“Operação”), tendo por referência ações de emissão da Companhia, com o objetivo de proteção de balanço
(“hedge”). Os contratos poderão acarretar a exposição em até 5.000.000 (cinco milhões) de ações preferenciais de
emissão da Companhia (PINE4), sendo respeitado o limite estabelecido no artigo 8º da Instrução CVM nº 567/15.
A finalidade da Operação é neutralizar os eventuais efeitos da oscilação das cotações das ações PINE4, no
contexto dos planos de remuneração variável que são pagos aos administradores da Companhia, nos termos da
Resolução CMN nº 3.921, em Reais com cálculo baseado no valor de mercado das ações PINE4. Como se trata de
uma operação TRS com liquidação exclusivamente financeira, a celebração dos contratos de swap não resultará
A IMPRENSA OFICIAL DO ESTADO SA garante a autenticidade deste
documento quando visualizado diretamente no portal
www.imprensaoficial.com.br
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 00:54:28

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