Balanço - BIOSEV COMERCIALIZADORA S.A

Data de publicação11 Junho 2021
SeçãoCaderno Empresarial
40 – São Paulo, 131 (110) Diário Of‌i cial Empresarial sexta-feira, 11 de junho de 2021
BIOSEV COMERCIALIZADORA S.A.
CNPJ/MF nº 13.687.183/0001-07
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras da Biosev Comercializadora S.A. relativas ao exercício findo em 31 de março de 2021. A Administração
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE MARÇO DE 2021 (Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 31.03.21 31.03.20
Ativo/Circulante 118.529 167.152
Caixa e equivalentes de caixa 3 65.763 71.482
Instrumentos financeiros derivativos 14 12.835 16.018
Contas a receber 4 27.037 75.951
Impostos a recuperar 5 12.894 3.701
Não Circulante 14.358 4.421
Realizável a longo prazo
IR e CS diferidos 6.1 12.583 4.421
Outros créditos 9 1.775 –
Total do Ativo 132.887 171.573
Nota
explicativa 31.03.21 31.03.20
Passivo e Patrimônio Líquido/Circulante 105.362 136.568
Adiantamentos de clientes no país 54.995 464
Fornecedores 7 12.228 115.604
Impostos e contribuições a recolher 8 2.642 4.448
Instrumentos financeiros derivativos 14 9.952 16.052
Outras obrigações 15 25.545
Não Circulante 6 24.461
Instrumentos financeiros derivativos 14 1.021
Outras obrigações 9 6 23.440
Patrimônio Líquido 27.519 10.544
Capital social 10 55.365 14.365
Reserva de capital 179 179
Prejuízos acumulados (28.025) (4.000)
Total do Passivo e do Patrimônio Líquido 132.887 171.573
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA EXERCÍCIO FINDO EM
31 DE MARÇO DE 2021 (Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 31.03.21 31.03.20
Receita Líquida 11 381.203 335.119
Custo dos produtos vendidos e dos
serviços prestados 11 e 12 (408.965) (335.056)
Resultado Bruto (27.762) 63
Receitas (Despesas) Operacionais (8.455) (5.328)
Gerais, administrativas e de vendas 12 (8.601) (5.347)
Outras receitas operacionais 30
Outras despesas operacionais 146 (11)
Resultado Operacional antes
do Resultado Financeiro (36.217) (5.265)
Receitas financeiras 267 109
Despesas financeiras (442) (904)
Resultado antes da Tributação (36.392) (6.060)
IR e CS 6.2 12.367 2.060
Resultado do Exercício (24.025) (4.000)
Resultado do Exercício por Ação - R$
Básico 13 (0,19692) (0,89941)
Diluído 13 (0,19692) (0,89941)
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
PARA EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2021
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Capital
social Reserva
de capital
Lucros
(prejuízos)
acumulados
Total do
patrimônio
líquido
Saldos em 31/03/2019 6.000 4.544 10.544
Aporte de acionistas 4.000 – 4.000
Aumento de capital 4.365 179 (4.544)
Resultado do exercício (4.000) (4.000)
Saldos em 31/03/2020 14.365 179 (4.000) 10.544
Aporte de acionistas 41.000 – 41.000
Resultado do exercício (24.025) (24.025)
Saldos em 31/03/2021 55.365 179 (28.025) 27.519
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2021
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
Nota
explicativa 31.03.21 31.03.20
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
Resultado do exercício (24.025) (4.000)
Reversão (constituição) da perda estimada
com créditos de liquidação duvidosa 4 (11) 11
Resultado de IR e CS diferidos 6.2 (8.162) (3.482)
(32.198) (7.471)
Redução (aumento) de ativos:
Contas a receber 4 48.925 (23.028)
Instrumentos financeiros derivativos 3.183 (16.018)
Impostos a recuperar 5 (9.193) (3.556)
Outros créditos (1.775) –
41.140 (42.602)
Aumento (redução) de passivos:
Fornecedores 7 (103.376) 77.534
Impostos e contribuições a recolher 8 (1.806) 1.529
Adiantamentos de clientes no país 54.531 (348)
Instrumentos financeiros derivativos 14 (7.121) 17.073
Outras obrigações 2.111 20.082
(55.661) 115.870
Caixa Gerado pelas Atividades Operacionais (46.719) 65.797
Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamento
Aporte de acionistas 41.000 4.000
Caixa Gerado pelas Atividades de Financiamento 41.000 4.000
Aumento (Redução) no Caixa e
Equivalentes de Caixa (5.719) 69.797
Caixa e equivalente de caixa no
início do exercício 3 71.482 1.685
Caixa e Equivalente de Caixa no
Fim do Exercício 365.763 71.482
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
REFERENTES AO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2021
(Em milhares de reais - R$, exceto quando mencionado de outra forma)
1. Contexto Operacional: A Biosev Comercializadora S.A. (“Biosev Comer-
cializadora” ou “Companhia”) é uma sociedade por ações, com sede na
Rodovia Armando Sales Oliveira, Km 346,3, Bloco A, Zona Rural, Fazenda
Santa Elisa Sertãozinho - SP, tem como atividades preponderantes a com-
pra e a comercialização de combustíveis, de bagaço da cana-de-açúcar,
energia elétrica e de açúcar; a exportação e importação de bens e merca-
dorias. Conforme o Despacho nº 58, de janeiro de 2015, emitido pela Agên-
cia Nacional de Energia Elétrica - ANEEL, a Companhia está autorizada a
atuar como Agente Comercializador de Energia Elétrica no âmbito da Câ-
mara de Comercialização de Energia Elétrica - CCEE e fica obrigada a
atender às disposições relativas ao exercício da atividade de comercializa-
ção de energia elétrica. A Biosev Comercializadora é uma subsidiária do
Grupo Louis Dreyfus Company, controlada diretamente pela Biosev S.A.,
que possui 99,99% das ações ordinárias da Companhia. 2. Resumo das
Principais Práticas Contábeis: 2.1 Declaração de conformidade e base
de elaboração: As demonstrações financeiras foram preparadas de acordo
com as Normas Internacionais de Relatório Financeiro (IFRS), emitidas
pelo International Accounting Standards Board - IASB, e as práticas contá-
beis adotadas no Brasil. As práticas contábeis adotadas no Brasil compre-
endem aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronuncia-
mentos e as orientações e interpretações técnicos emitidos pelo Comitê de
Pronunciamentos Contábeis - CPC. A Administração da Companhia deve,
no final de cada exercício social, fazer uso de determinadas práticas contá-
beis que contemplam julgamentos e estimativas a respeito dos valores de
receitas, despesas, ativos, passivos e divulgações de passivos contingen-
tes, as quais não são facilmente obtidas de outras fontes. As estimativas e
as suas respectivas premissas estão baseadas na experiência histórica da
Administração e em outros fatores considerados relevantes. Os resultados
efetivos podem diferir dessas estimativas. A Administração declara que to-
das as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e
somente elas, estão sendo evidenciadas e correspondem as utilizadas pela
Administração na sua gestão. As práticas contábeis aplicadas na prepara-
ção das demonstrações financeiras estão definidas a seguir. Essas práticas
foram aplicadas de modo consistente nos exercícios anteriores apresenta-
dos, salvo disposição em contrário. 2.2 Novas normas, alterações e inter-
pretações de normas: a) Alterações de normas que estão em vigor para o
exercício iniciado a partir de 1º de janeiro de 2020:
Normas Principais exigências Data de entrada
em vigor
IAS 1/CPC 26 Apresentação de Demonstrações
Financeiras. 1 de janeiro
de 2020
IAS 8/CPC 23 Políticas Contábeis, Mudanças nas
Estimativas e Erros Contábeis.
(Emenda: Definição de Material).
1 de janeiro
de 2020
IFRS 3/CPC 15
Combinações de negócios (alteração
definição de negócio). Estrutura
conceitual revisada para relatórios
financeiros.
1 de janeiro
de 2020
IFRS 16/CPC
06 (R2)
Arrendamentos (estabelece
alteração em decorrência de
benefícios relacionados à Covid-19
concedidos para arrendatários em
contratos de arrendamento).
30 de junho
de 2020
A Companhia avaliou as alterações mencionadas acima e não identificou
impactos. b) Normas, interpretações e alterações de normas existentes que
ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela
Companhia (para as quais não se espera impactos significativos quando da
adoção inicial):
Normas Principais exigências Data de entrada
em vigor (exercícios
iniciados a partir de)
Aprimoramento
de normas
Definição de taxas de juros de
referência para aplicação das
normas IFRS 9, IAS 39, IFRS 7,
IFRS 4 e IFRS 16.
1 de janeiro de 2021
IAS 37
Contrato oneroso: Classificação
dos custos relacionados ao
cumprimento de contrato
oneroso.
1 de janeiro de 2022
IAS 16 Imobilizado: Classificação de
itens antes do imobilizado estar
em condições de operação. 1 de janeiro de 2022
IFRS 3 Estrutura conceitual. 1 de janeiro de 2022
Aprimoramento
de normas
IFRS 1
Aspectos de primeira adoção
em uma controlada; IFRS 9 -
Critério do teste de 10% para a
reversão de passivos
financeiros; IFRS 16 - Exemplos
ilustrativos de arrendamento
mercantil e IAS 41 - Aspectos
de mensuração a valor justo.
1 de janeiro de 2022
IAS 1 Classificação de passivos como
circulante ou não circulante. 1 de janeiro de 2023
2.3 Moeda funcional e moeda de apresentação: As demonstrações finan-
ceiras estão apresentadas em milhares de R$ (reais), que é a moeda fun-
cional da Companhia. 2.4 Caixa e equivalentes de caixa: Caixa e equiva-
lentes de caixa incluem dinheiro em caixa, depósitos bancários à vista,
investimentos temporários de curto prazo, sendo que, todas as aplicações
financeiras classificadas nessa rubrica têm disponibilidade imediata na data
em que são efetuadas e/ou vencimento inferiores a 90 dias, e estão regis-
tradas por seus valores atualizados pelos rendimentos auferidos até data
das demonstrações financeiras, sendo que tais valores não excedem os
respectivos valores de negociação. 2.5 Contas a receber e perda estima-
da com créditos de liquidação duvidosa (PECLD):
As
contas a receber
estão registradas pelo valor nominal dos títulos representativos desses cré-
ditos, líquidas das perdas estimadas com créditos de liquidação duvidosa.
• Perdas Estimadas com Créditos de Liquidação Duvidosa (PECLD): O mo-
delo utiliza abordagem dupla, em que a PECLD será mensurada para per-
das de crédito esperadas para 12 meses ou para vida inteira do ativo. A
adoção desta nova metodologia não provocou impacto material no resulta-
do e no patrimônio líquido. O resultado da PECLD é registrado nas rubricas
“Outras receitas operacionais” e “Outras despesas operacionais”, na de-
monstração do resultado. Quando não existe expectativa de recuperação
de numerário adicional, os valores creditados na rubrica “Perdas Estimadas
com Créditos de Liquidação Duvidosa” são revertidos contra a baixa defini-
tiva do título e registrados no resultado conforme previsto pelo CPC 48. A
avaliação dos recebimentos em atraso e das perdas incorridas é realizada
de acordo com o seu vencimento “aging” e vencimento de pelo menos duas
safras passadas. Com isso, determinam-se os percentuais de inadimplên-
cia desde os saldos a vencer até os vencidos há mais de 365 dias. A análise
dos recebimentos em atraso e perdas incorridas é realizada anualmente a
fim de atualizar os percentuais de inadimplência a serem considerados.
Para cada faixa de risco do aging, calcula-se:
% PECLD Perdas
(Recebidos + Perdas)
Onde: Perdas: é o volume de títulos com baixa definitiva referente ao
período histórico analisado.
Recebidos: é o volume de títulos recebidos que estiveram na
condição de vencido da respectiva faixa.
2.6 Outros passivos circulantes e não circulantes: Registrados ao custo,
atualizados monetariamente e líquidos de provisões para não realização,
quando aplicável. • Ajuste a valor presente de passivos: Transações de com-
pras e vendas a prazo, prefixadas, ou outros ativos e passivos, quando
aplicável, são ajustados ao seu valor presente considerando seus respecti-
vos prazos de realização. Para a apuração do cálculo a valor presente, a
Companhia estima os fluxos de caixa futuros provenientes da unidade ge-
radora de caixa, considerando uma taxa de desconto adequada, no julga-
mento da Administração. A Companhia efetuou análise do valor presente
para os ativos e passivos de longo prazo com base nas premissas descritas
acima em 31 de março de 2021, e não identificou ativos e passivos para
reconhecimento de ajuste a valor presente. 2.7 Partes Relacionadas: A
Companhia possui normas e políticas internas que regulam a realização de
transações entre partes relacionadas, a fim de assegurar que transações
com partes relacionadas sejam executadas a preço, condições e custos
usuais de mercado ou, com base nas condições de quaisquer negócios
anteriormente realizados em condições comutativas ou, no caso de ausên-
cia de termos usuais de mercado e de negócio prévio, contratadas em con-
dições comutativas, no melhor interesse da Companhia, e estejam clara-
mente refletidas nas demonstrações financeiras. Para efeitos da política de
transações com partes relacionadas da Companhia, condições de mercado
são aquelas condições para as quais princípios foram observados durante
a negociação, como os princípios de competitividade (preços dos serviços
e condições compatíveis com o mercado, se aplicável ou possível); de ade-
quação (aderência dos serviços prestados aos termos contratuais e res-
ponsabilidades da Companhia, assim como adequado controle de seguran-
ça de informação); e de transparência (adequada divulgação das condições
acordadas e sua adequada aplicação, assim como os seus efeitos nas de-
monstrações financeiras da Companhia). 2.8 Imposto de renda e contri-
buição social: O encargo de imposto de renda e contribuição social corren-
te e diferido é calculado com base no princípio de competência tendo em
conta as leis tributárias promulgadas, ou substancialmente promulgadas,
nas datas das demonstrações financeiras. A Administração avalia, periodi-
camente, as posições assumidas nas apurações de tributos sobre a renda
com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá mar-
gem a interpretações. A Companhia estabelece provisões, quando apro-
priado, com base nos valores estimados de pagamento às autoridades fis-
cais. A despesa com imposto de renda e contribuição social compreende os
tributos de renda correntes e diferidos. Os tributos corrente e diferido são
reconhecidos no resultado, a menos que estejam relacionados à combina-
ção de negócios, ou itens diretamente reconhecidos no patrimônio líquido.
O imposto corrente é o evento a pagar ou a receber esperado sobre o lucro
ou prejuízo tributável do exercício, a taxas decretadas ou substantivamente
decretadas nas datas das demonstrações financeiras e qualquer ajuste aos
tributos a pagar com relação aos exercícios anteriores. O imposto diferido é
reconhecido com relação às diferenças temporárias entre os valores contá-
beis de ativos e passivos para fins contábeis e os correspondentes valores
usados para fins de tributação. O imposto diferido não é reconhecido para a
seguinte diferença temporária: (i) o reconhecimento inicial de ativos e pas-
sivos em uma transação que não seja combinação de negócios e que não
afete nem a contabilidade tampouco o lucro ou prejuízo tributável. O impos-
to diferido é mensurado pelas alíquotas que se espera serem aplicadas às
diferenças temporárias quando elas revertem, baseando-se nas leis que
foram decretadas ou substantivamente decretadas até a data de apresen-
tação das demonstrações financeiras. O imposto de renda e contribuição
social correntes são apresentados líquidos, por entidade contribuinte, no
passivo quando houver montantes a pagar, ou no ativo quando os montan-
tes antecipadamente pagos excedem o total devido nas datas das demons-
trações financeiras. Os ativos e passivos fiscais diferidos são compensados
caso haja um direito legal de compensar passivos e ativos fiscais correntes,
e eles se relacionam a impostos de renda lançados pela mesma autoridade
tributária sobre a mesma entidade sujeita à tributação. Os impostos diferi-
dos ativos sobre prejuízos fiscais e bases negativas da contribuição social
de exercícios anteriores é limitado a 30% e são reconhecidos contabilmen-
te, com base na extensão em que é provável que o lucro tributável futuro
esteja disponível para uso quando do efetivo pagamento e/ou realização
das referidas adições/exclusões das diferenças temporárias, momento em
que estas se tornarão dedutíveis/tributáveis na apuração do lucro tributável,
com base nas premissas e condições estabelecidas no modelo de negócios
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE
PARA EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE MARÇO DE 2021
(Valores expressos em milhares de reais - R$)
31.03.21 31.03.20
Resultado do Exercício (24.025) (4.000)
Resultado Abrangente do Exercício (24.025) (4.000)
da Companhia. Ativos de imposto de renda e contribuição social diferido
são revisados nas datas das demonstrações financeiras e serão reduzidos
na medida em que sua realização não seja mais provável. 2.9 Receitas e
despesas financeiras: As receitas financeiras derivam dos investimentos
temporários de curto prazo, com vencimentos inferiores a 90 dias. As des-
pesas financeiras abrangem despesas com juros sobre empréstimos, líqui-
das do desconto a valor presente das provisões. 2.10 Resultado por ação:
Os resultados por ação básico e diluído são calculados por meio do
resultado líquido do exercício atribuível ao acionista controlador da Compa-
nhia e a média ponderada das ações ordinárias em circulação no respectivo
exercício. 2.11 Instrumentos financeiros: 2.11.1 Classificação: De acor-
do com o CPC 48 (IFRS 9), a classificação inicial dos ativos financeiros
baseia-se no modelo de negócio que a Companhia utiliza para gerenciar
seus ativos financeiros e nas características contratuais dos fluxos de caixa
dos mesmos. Os ativos e passivos financeiros podem ser mensurados em
três categorias: (i) ao custo amortizado; (ii) ao valor justo por meio do resul-
tado; e (iii) ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes. Para
que um ativo financeiro seja classificado e mensurado pelo custo amortiza-
do ou pelo valor justo por meio de outros resultados abrangentes, ele preci-
sa gerar fluxos de caixa que sejam “exclusivamente pagamentos de princi-
pal e de juros” (também referido como teste de “SPPI”) sobre o valor do
principal em aberto. Esta avaliação é executada em nível de instrumento. O
modelo de negócios da Companhia para administrar ativos financeiros se
refere a como ela gerencia seus ativos financeiros para gerar fluxos de
caixa. O modelo de negócios determina se os fluxos de caixa resultarão da
cobrança de fluxos de caixa contratuais, da venda dos ativos financeiros ou
de ambos. As compras ou vendas de ativos financeiros que exigem a entre-
ga de ativos dentro de um prazo estabelecido por regulamento ou conven-
ção no mercado (negociações regulares) são reconhecidas na data da ne-
gociação, ou seja, a data em que a Companhia se compromete a comprar
ou vender o ativo. Os modelos de negócios refletem como a Companhia
administra os ativos financeiros para gerar fluxos de caixa com base em
cenários que a Companhia espera razoavelmente que ocorram. Na tabela a
seguir será apresentada a classificação de ativos financeiros de acordo
com o modelo de negócio adotado:
Modelo de Negócios - Objetivo Classificação
Recebermos pagamentos ao longo da vida do
instrumento Custo amortizado
Manter para negociação ou mensurados ao
valor justo Valor justo por meio do
resultado
Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado:
Os ativos financeiros nesta categoria incluem: i) ativos financeiros mantidos
para negociação adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto
prazo (Fundos de investimento de renda fixa e contas a receber - Recebí-
veis sujeitos à antecipação); ii) ativos financeiros designados no reconhe-
cimento inicial ao valor justo por meio do resultado; e Ativos financeiros
mensurados ao custo amortizado: Os ativos financeiros nesta categoria
incluem: i) Aplicações financeiras e debêntures que lastreiam operações
compromissadas; ii) Caixa e equivalentes de caixa (Depósitos Bancários a
vista, Aplicações financeiras e Debêntures que lastreiam operações com-
promissadas); iii) Contas a receber (Recebíveis pela venda de energia,
recebíveis de clientes que não autorizam a antecipação ou transferência
e títulos utilizados para garantia); e, iv) Outros ativos financeiros. Passi-
vos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado: Os
passivos financeiros nesta categoria incluem: i) Instrumentos financeiros
derivativos, exceto aqueles que estejam designados para contabilidade de
hedge de fluxo de caixa, que são classificados como valor justo por meio
de outros resultados abrangentes. ii) Passivos financeiros designados no
reconhecimento inicial ao valor justo por meio do resultado e que atendam
os critérios do CPC 48 como segue: Um passivo financeiro não mantido
para negociação pode ser designado ao valor justo por meio do resultado
no reconhecimento inicial se: • Tal designação eliminar ou reduzir significa-
tivamente uma inconsistência na mensuração ou no reconhecimento que,
de outra forma, iria surgir. • O passivo financeiro for parte de um grupo
de ativos ou passivos financeiros ou ambos, gerenciado e com seu de-
sempenho avaliado com base no valor justo de acordo com a gestão dos
riscos ou a estratégia de investimentos documentados do Grupo e quando
as informações a respeito do Grupo forem fornecidas internamente com a
mesma base. Passivos financeiros mensurados ao custo amortizado:
Os passivos financeiros nesta categoria incluem: i) Empréstimos e Finan-
ciamentos; ii) Fornecedores; e iii) Outros passivos financeiros. 2.11.2 Re-
conhecimento inicial e subsequente de ativos e passivos financeiros
incluindo derivativos:
Ativos
Financeiros
Instrumentos Financeiros Derivativos são mensura-
dos: Ao valor justo por meio do resultado, exceto para
aqueles designados para contabilidade de hedge de fluxo
de caixa - que são classificados ao valor justo por meio de
outros resultados abrangentes. Instrumentos Financei-
ros não Derivativos são mensurados: i) Ao valor justo
por meio do resultado acrescido dos custos da transação
que sejam diretamente atribuíveis a sua aquisição; ii) Ao
custo amortizado mensurados usando o método de juros
efetivos e estão sujeitos a redução ao valor recuperável.
Ganhos e perdas são reconhecidos no resultado quando o
ativo é baixado, modificado ou apresenta redução ao valor
recuperável; e iii) Ao valor justo por meio de outros resulta-
dos abrangentes exceto para perdas ou reversões de redu-
ção ao valor recuperável que são reconhecidas na de-
monstração do resultado e calculadas da mesma maneira
que para os ativos financeiros mensurados pelo custo
amortizado. As alterações restantes no valor justo são re-
conhecidas em outros resultados abrangentes. No mo-
mento do desreconhecimento, a mudança acumulada do
valor justo reconhecida em outros resultados abrangentes
é reclassificada para resultado.
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