Balanço - CELGENE BRASIL PROD. Farmacêuticos LTDA

Data de publicação24 Dezembro 2022
SeçãoCaderno Empresarial
sábado, 24 de dezembro de 2022 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 132 (241) – 3
Celgene Brasil Produtos Farmacêuticos Ltda.
CNPJ 17.625.281/0001-70
Demonstrações Contábeis - Exercícios Findos em 31 de Dezembro de 2021 e 2020 (Valores expressos em milhares de reais)
Balanços Patrimoniais Nota 31/12/21 31/12/20
Ativo/Circulante 315.909 239.113
Caixa e equivalentes de caixa 4 96.342 87.690
Contas a receber 5 83.797 55.633
Estoques 6 86.185 50.973
Impostos a recuperar 7 49.140 38.791
IR e CS a recuperar 7a 5.219
Adiantamentos 11 349 639
Despesas antecipadas 96 168
Não circulante 8.046 7.257
Direito de uso 9 492 320
IR e CS diferidos 8.a 5.688 4.342
Imobilizado 10 1.827 2.523
Intangível 39 72
Total do ativo 323.955 246.370
Balanços Patrimoniais Nota 31/12/21 31/12/20
Passivo e Patrimônio Líquido/Circulante 44.270 38.953
Fornecedores 605 449
Arrendamento mercantil 9 492 172
Salários, provisões e contribuições sociais 4.229 5.920
Obrigações tributárias 4.697 3.595
Partes relacionadas 12 7.198 20.437
Provisão para IR e CS 8.b 24.660 7.487
Provisões 2.389 893
Não circulante 124.944 122.142
Arrendamento mercantil 9 148
Partes relacionadas 12 124.944 121.994
Patrimônio líquido 154.742 85.275
Capital social 13 89.530 88.958
Reserva de capital (572)
Lucros/Prejuízos acumulados 65.784 (3.683)
Total do passivo e patrimônio líquido 323.955 246.370
Demonstrações do Resultado Nota 31/12/21 31/12/20
Receita líquida 15 404.863 245.864
Custo dos produtos vendidos 16 (214.259) (136.374)
Lucro bruto 190.604 109.490
Receitas (despesas) operacionais
Gerais e administrativas 17 (34.090) (31.905)
De vendas (10.471) (14.288)
Despesas com marketing 18 (4.742) (3.587)
Com pessoal 19 (24.515) (31.889)
Outras despesas/receitas operacionais 659 173
Despesas com impostos e tributos (3.175) (2.863)
Lucro prejuízo operacional antes do
resultado financeiro 114.270 25.131
Resultado financeiro
Despesas financeiras 20 (8.050) (2.779)
Receitas financeiras 20 531 323
Lucro antes do IR e da CS 106.751 22.674
IR e CS
Corrente 8.a (38.629) (7.487)
Diferido 8.b 1.346 (1.032)
Lucro líquido do exercício 69.468 14.155
Demonstração do Resultado Abrangente 31/12/21 31/12/20
Lucro líquido do exercício 69.468 14.155
Outros resultados abrangentes – –
Resultado abrangente total do exercício 69.468 14.155
Demonstrações das
Mutações do
Patrimônio Líquido Capital
social
subscrito
Capital
social
a inte-
gralizar
Reserva
de
capital
Prejuízos
acumu-
lados
Total do
patri-
mônio
líquido
Em 31/12/2019 748 (572) (17.839) (17.663)
Lucro líquido (prejuízo)
do exercício 14.155 14.155
Aumento de capital 88.782 – 88.782
Em 31/12/2020 89.530 (572) (3.684) 85.274
Lucro líquido (prejuízo)
do exercício 69.468 69.468
Aumento de capital – – –
Em 31/12/2021 89.530 (572) 65.784 154.742
Demonstração dos Fluxos de Caixa Notas 31/12/2021 31/12/2020
Fluxos de caixa das atividades operacionais
Lucro (prejuízo) antes do IR e CS 106.751 22.674
Depreciação e amortização 630 4.807
Provisão (reversão) para devedores duvidosos 5 1.367 902
Provisão (reversão) para perdas dos estoques 6 7.754 5.556
Encargos financeiros (partes relacionadas) 7.750 2.527
Encargos financeiros (arrendamento mercantil) 9 197
(Acréscimo) e decréscimo de ativos:
Contas a receber (29.531) (15.343)
Estoques (42.966) (29.378)
Impostos a recuperar (10.349) (16.180)
IR e CS a recuperar 5.219 (3.215)
Imposto diferido (1.346) 1.032
Direito de uso (172) 4.297
Adiantamentos a fornecedores 290 10.604
Despesas antecipadas 72 29
Acréscimo e (decréscimo) de passivos:
Fornecedores 156 42
Obrigações trabalhistas (1.691) (664)
Obrigações tributárias 18.275 8.382
Partes relacionadas (18.040) 11.725
Provisões 1.496 (330)
Caixa líquido oriundos das atividades operacionais 45.666 7.664
IR e CS corrente e diferido (37.284) (8.519)
Caixa líquido oriundo das atividades operacionais 8.382 (855)
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Venda/Aquisições de bens do ativo
imobilizado e intangível 99 192
Baixas de bens do ativo imobilizado e intangível – –
Caixa líquido aplicado nas (gerado pelas)
atividades de investimentos 99 192
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Aumento de capital 88.782
Pagamento arrendamento mercantil 9 172 (4.680)
Caixa líquido (aplicado nas) gerado
pelas atividades de financiamento 172 84.102
Aumento/(Redução) no caixa e equivalentes de caixa 8.653 83.439
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 87.690 4.250
Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício 96.343 87.690
Aumento/(Redução) no caixa e equivalentes de caixa 8.653 83.440
Notas Explicativas às Demonstrações Contábeis
1. Contexto operacional: A Celgene do Brasil Produtos Farmacêuticos
Ltda. (“Sociedade”) foi constituída em 2013, com sede na cidade de Vargem
Grande Paulista, Estado de São Paulo, na Rua Trindade, 125 e tem como
objeto principal a comercialização atacadista de medicamentos e drogas de
uso humano. A Celgene é uma Sociedade biofarmacêutica global, focada na
descoberta, desenvolvimento e comercialização de terapias inovadoras
para pacientes com câncer, doenças imunoinflamatórias e outras necessi-
dades médicas não atendidas. A Sociedade é controlada pela BMS Pharma-
ceuticals International Holdings Netherlands B.V., que detêm 99,99% de
participação. No Brasil, a Celgene possui um escritório administrativo em
São Paulo, um armazém em Cajamar e um Laboratório de Controle de Qua-
lidade operando de acordo com as normas de BPF locais e requerimentos
Celgene. Ainda, possui liderança em Programas de Gestão de Risco para
garantir o acesso seguro aos pacientes. Em meados de 2017 ao início de
2018, a ANVISA concedeu o registro dos primeiros medicamentos da
Celgene no Brasil: Abraxane® [paclitaxel (ligado a albumina)], Revlimid®
(lenalidomida). 2. Apresentação das demonstrações contábeis: 2.1. De-
claração de conformidade: As demonstrações financeiras foram elabora-
das e estão apresentadas em conformidade com as práticas contábeis ado-
tadas no Brasil, abrangendo os pronunciamentos técnicos e as orientações
e as interpretações técnicas emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos
Contábeis - CPC e aprovados pelo Conselho Federal de Contabilidade -
CFC. A Administração confirma que todas as informações relevantes apre-
sentadas nestas demonstrações financeiras estão sendo evidenciadas e
que correspondem às utilizadas por ela na sua gestão. 2.2. Base de men-
suração: As demonstrações contábeis da sociedade foram preparadas com
base no custo histórico (exceto quando exigido critério diferente) e ajustadas
para refletir a avaliação de ativos e passivos mensurados a valor justo ou
considerando a marcação a mercado, quando tais avaliações são exigidas
pelas normas contábeis. 3. Sumário das principais práticas contábeis: As
principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstra-
ções contábeis estão descritas a seguir: a) Caixa e equivalentes de caixa:
Correspondem ao caixa, saldos positivos em conta movimento, aplicações
financeiras resgatáveis no prazo de até 90 dias das datas de contratação e
com risco insignificante de mudança no rendimento pactuado, e prontamen-
te conversíveis em caixa. b) Contas a receber de clientes: As contas a rece-
ber de clientes são registradas pelo montante nominal e realizável dos títu-
los decorrentes das vendas de produtos. A Sociedade apresenta a rubrica
de contas a receber, no ativo circulante líquida das verbas a repassar de
fabricantes. Um recebível representa o direito da Sociedade a um valor de
contraprestação incondicional (ou seja, faz-se necessário somente o trans-
correr do tempo para que o pagamento da contraprestação seja devido).
c) Provisão para perdas de créditos esperadas para contas a receber de
clientes: A provisão para perdas de créditos esperadas é constituída quando
existe uma evidência objetiva de que a Sociedade não será capaz de recu-
perar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das con-
tas a receber e não houver seguro de crédito correspondente contratado. A
Sociedade utiliza uma matriz de provisão para calcular a perda de crédito
esperada para contas a receber de clientes. As taxas de provisão aplicadas
são baseadas em dias de atraso para agrupamentos de vários segmentos
de clientes que apresentam padrões de perda semelhantes (como, por
exemplo, tipo de produto ou tipo de cliente e risco de crédito, entre outras).
A matriz de provisão baseia-se inicialmente nas taxas de perda histórica
observadas pela Sociedade. A Sociedade revisa a matriz de forma prospec-
tiva para ajustá-la de acordo com a experiência histórica de perda de crédito
e expectativa de deterioração de crédito. Por exemplo, se há expectativa de
deterioração de condições econômicas previstas no próximo ano (por exem-
plo, a taxa de desemprego), o que pode levar a um aumento na inadimplên-
cia no setor de varejo, as taxas de perda históricas são ajustadas. A avalia-
ção da correlação entre as taxas de perda histórica observadas, as
condições econômicas previstas e as perdas de crédito esperadas são uma
estimativa significativa. A quantidade de perdas de crédito esperadas é sen-
sível a mudanças nas circunstâncias e nas condições econômicas previstas.
A experiência histórica de perda de crédito da Sociedade e a previsão das
condições econômicas também podem não representar o padrão real do
cliente no futuro. d) Estoques: Os estoques são avaliados ao custo médio de
aquisição ou de produção, não excedendo o seu valor de mercado. As pro-
visões de baixa rotatividade e obsolescência são constituídas quando não
há expectativa de realização destes estoques. Além disso, a provisão para
ajuste ao valor de realização é estabelecida quando existe uma evidência
objetiva de que a Sociedade não será capaz recuperar os custos incorridos
nos produtos revendidos. e) Imposto de renda e contribuição social - corren-
tes: As alíquotas de imposto e as leis tributárias usadas para calcular o
montante são aquelas que estão em vigor na data do balanço patrimonial.
No Brasil, a tributação sobre o lucro compreende o imposto de renda e a
contribuição social. O imposto de renda, sob forma de tributação pelo lucro
real, é computado sobre o lucro tributável pela alíquota de 15%, acrescido
do adicional de 10% para os lucros que excederem R$ 240 mil no período
de 12 meses, enquanto que a contribuição social é computada pela alíquota
de 9% sobre o lucro tributável, reconhecidos pelo regime de competência,
portanto as adições ao lucro contábil de despesas temporariamente não
dedutíveis ou exclusões de receitas temporariamente não tributáveis, consi-
deradas para apuração do lucro tributável corrente, geram créditos ou débi-
tos tributários diferidos. f) Imposto de renda e contribuição social - diferidos:
Tributos diferidos são gerados por diferenças temporárias na data do balan-
ço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores contábeis. Tri-
butos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças tributá-
rias temporárias, exceto quando o tributo diferido passivo surge do
reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transação
que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não
afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e sobre as diferenças
temporárias relacionadas com investimentos em controladas, em que o pe-
ríodo da reversão pode ser controlado e é provável que estas diferenças não
sejam revertidas no futuro próximo. Tributos diferidos ativos são reconheci-
dos para todas as diferenças temporárias dedutíveis, créditos e perdas tribu-
tários não utilizados, na extensão em que seja provável que o lucro tributável
esteja disponível para que estas diferenças possam ser realizadas, e crédi-
tos e perdas tributários não utilizados possam ser utilizados, exceto quando
o tributo diferido ativo relacionado com a diferença temporária dedutível é
gerado no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que
não é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta o
lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal. O valor contábil dos tributos dife-
ridos é revisado em cada data de balanço e baixado na extensão em que
não é mais provável que lucros tributáveis estarão disponíveis para permitir
que todo ou parte do ativo tributário diferido venha a ser utilizado. Impostos
diferidos ativos são revisados a cada data do balanço patrimonial e são re-
conhecidos na extensão em que se torna provável que lucros tributáveis fu-
turos permitirão que os ativos tributários diferidos sejam recuperados.
Tributos diferidos ativos e passivos são reconhecidos no ativo e passivo não
circulante e são mensurados à taxa de imposto que é esperada de ser apli-
cável no ano em que o ativo será realizado ou o passivo liquidado, com base
nas taxas de imposto (e lei tributária) que foram promulgadas na data do
balanço patrimonial. O tributo diferido relacionado a itens reconhecidos dire-
tamente no patrimônio líquido também é reconhecido no patrimônio líquido,
e não na demonstração do resultado. Itens de tributo diferido são reconheci-
dos de acordo com a transação que o originou, no resultado abrangente ou
diretamente no patrimônio líquido. Os tributos diferidos ativos e passivos são
apresentados líquidos se existe um direito legal ou contratual para compen-
sar o ativo fiscal contra o passivo fiscal e são relacionados e sujeitos à mes-
ma autoridade tributária. g) Tributos sobre as vendas: Receitas, despesas e
ativos são reconhecidos líquidos dos impostos sobre vendas, exceto: Quan-
do os impostos sobre vendas incorridos na compra de bens ou serviços não
forem recuperáveis junto às autoridades fiscais, hipótese em que o imposto
sobre vendas é reconhecido como parte do custo de aquisição do ativo ou
do item de despesa, conforme o caso; Quando os valores a receber e a pa-
gar forem apresentados juntos com o valor dos impostos sobre vendas; e O
valor líquido dos impostos sobre vendas, recuperável ou a pagar, é incluído
como componente dos valores a receber ou a pagar no balanço patrimonial.
As receitas de vendas estão sujeitas à tributação pelo ICMS às alíquotas
vigentes em cada região e à tributação pelo PIS e COFINS na modalidade
não cumulativa às alíquotas de 2,10% e 9,90%, respectivamente, exceto
quando algum produto tiver alíquota diferente. h) Moeda funcional e de apre-
sentação das demonstrações contábeis: A moeda funcional da Sociedade é
o Real (BRL), mesma moeda de preparação e apresentação das demons-
trações contábeis da Sociedade. As transações em moeda estrangeira são
inicialmente registradas à taxa de câmbio da moeda funcional em vigor na
data da transação. Os ativos e passivos monetários denominados em moe-
da estrangeira são convertidos para a moeda funcional (Real - BRL)
usando-se a taxa de câmbio vigente na data dos respectivos balanços patri-
moniais. Os ganhos e perdas resultantes da atualização desses ativos e
passivos verificados entre a taxa de câmbio vigente na data da transação e
os encerramentos dos exercícios são reconhecidos como receitas ou despe-
sas financeiras no resultado. i) Intangível: Ativos intangíveis adquiridos se-
paradamente são mensurados ao custo no momento do seu reconhecimen-
to inicial. Após o reconhecimento inicial, os ativos intangíveis são
apresentados ao custo, menos amortização acumulada e perdas acumula-
das de valor recuperável. Ativos intangíveis gerados internamente não são
capitalizados e o gasto é refletido na demonstração do resultado no exercí-
cio em que for incorrido. A vida útil de ativo intangível pode ser definida ou
indefinida. Ativos intangíveis com vida definida são amortizados ao longo da
vida útil econômica e avaliados em relação à perda por redução ao valor
recuperável sempre que houver indicação de perda de valor econômico do
ativo. O período e o método de amortização para um ativo intangível com
vida definida são revisados no mínimo ao final de cada exercício social. Mu-
danças na vida útil estimada ou no consumo esperado dos benefícios eco-
nômicos futuros desses ativos são contabilizadas por meio de mudanças no
período ou método de amortização, conforme o caso, sendo tratadas como
mudanças de estimativas contábeis. A amortização de ativos intangíveis
com vida definida é reconhecida na demonstração do resultado na categoria
de despesa consistente com a utilização do ativo intangível. j) Perda por re-
dução ao valor recuperável de ativos não financeiros: A Administração revisa
anualmente o valor contábil líquido dos ativos com o objetivo de avaliar
eventos ou mudanças nas circunstâncias econômicas, operacionais ou tec-
nológicas que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperá-
vel. Sendo tais evidências identificadas e o valor contábil líquido exceder o
valor recuperável, é constituída provisão para desvalorização ajustando o
valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável de um ativo
ou de determinada Unidade Geradora de Caixa (UGC) é definido como sen-
do o maior entre o valor em uso e o valor líquido de venda. Na estimativa do
valor em uso do ativo, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados
ao seu valor presente, utilizando uma taxa de desconto antes dos impostos
que reflita o custo médio ponderado de capital para o segmento em que
opera a UGC. O valor líquido de venda é determinado, sempre que possível,
com base em contrato de venda firme em uma transação em bases comuta-
tivas, entre partes conhecedoras e interessadas, ajustado por despesas
atribuíveis à venda do ativo, ou, quando não há contrato de venda firme, com
base no preço de mercado de um mercado ativo, ou no preço da transação
mais recente com ativos semelhantes. Nas datas dos balanços não foram
identificados fatores que indicassem a necessidade de constituição de pro-
visão para o valor recuperável de ativos. k) Outros ativos e passivos (circu-
lantes e não circulantes): Um ativo é registrado no balanço patrimonial quan-
do for provável que seus benefícios econômicos futuros serão gerados em
favor da Sociedade e seus custos ou valor puder ser mensurado com segu-
rança. Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando a Socieda-
de possui uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento
passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para li-
quidá-lo. São acrescidos, quando aplicável, dos correspondentes encargos
e das variações monetárias ou cambiais incorretos. As provisões são regis-
tradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido. Os ati-
vos e passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou
liquidação é provável que ocorra nos próximos 12 meses. Caso contrário,
demonstrados como não circulantes. l) Provisões: Provisões são reconheci-
das quando a Sociedade tem uma obrigação presente (legal ou não forma-
lizada) em consequência de um evento passado. É provável que benefícios
econômicos sejam requeridos para liquidar a obrigação, e uma estimativa
confiável do valor da obrigação possa ser feita. Quando a Sociedade espera
que o valor de uma provisão seja reembolsado, no todo ou em parte, por
exemplo, por força de um contrato de seguro, o reembolso é reconhecido
como um ativo separado, mas apenas quando o reembolso for praticamente
certo. A despesa relativa a qualquer provisão é apresentada na demonstra-
ção do resultado, líquida de qualquer reembolso. Se o efeito do valor tempo-
ral do dinheiro for significativo, as provisões são descontadas utilizando uma
taxa corrente antes dos tributos que reflete, quando adequado, os riscos
específicos ao passivo. Quando for adotado desconto, o aumento na provi-
são devido à passagem do tempo é reconhecido como custo de financia-
mento. m) Ativos e passivos contingentes: As práticas contábeis para regis-
tro e divulgação de ativos contingentes são as seguintes: (i) Ativos
contingentes praticamente certos são reconhecidos somente quando há
garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado.
(ii) Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em
nota explicativa. A Sociedade é parte de diversos processos judiciais e ad-
ministrativos. Provisões são constituídas para todas as contingências refe-
rentes a processos judiciais para os quais é provável que uma saída de re-
cursos seja feita para liquidar a contingência/obrigação e uma estimativa
razoável possa ser feita. A avaliação da probabilidade de perda inclui a ava-
liação das evidências disponíveis, a hierarquia das leis, as jurisprudências
disponíveis, as decisões mais recentes nos tribunais e sua relevância no
ordenamento jurídico bem como a avaliação dos advogados externos. As
provisões são revisadas e ajustadas para levar em conta alterações nas
circunstâncias, tais como prazo de prescrição aplicável, conclusões de ins-
peções fiscais ou exposições adicionais identificadas com base em novos
assuntos ou decisões de tribunais. Os passivos contingentes avaliados
como de perdas possíveis são apenas divulgados em nota explicativa e os
passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisio-
nados e, tampouco, divulgados. n) Empréstimos: Custos de empréstimos
diretamente relacionados com a aquisição, construção ou produção de um
ativo que necessariamente requer um tempo significativo para ser concluído
para fins de uso ou venda são capitalizados como parte do custo do
correspondente ativo. Todos os demais custos de empréstimos são registra-
dos em despesa no período em que são incorridos. Custos de empréstimos
compreendem juros e outros custos incorridos por uma entidade relativos ao
empréstimo. Na Demonstração dos Fluxos de Caixa, os juros pagos são
apresentados na atividade de financiamento conforme facultado pela NBC
TG 03 (R3) - Demonstração dos Fluxos de Caixa CPC 03 (R2). o) Reconhe-
cimento de receita: A receita compreende o valor faturado pela venda de
produtos, deduzidas dos descontos inerentes do negócio. É mensurada com
base no valor justo da contraprestação recebida, excluindo descontos, aba-
timentos e impostos ou encargos sobre vendas. A receita é reconhecida na
extensão em que for provável que benefícios econômicos serão gerados
para a Sociedade e quando possa ser mensurada de forma confiável, usual-
mente quando a propriedade dos produtos é transferida ao comprador, em
sua entrega. Em atendimento ao CPC 47/IFRS 15, a Sociedade reconhece
os incentivos e bonificações pagos aos clientes como deduções de venda, e
aplica o modelo de cinco etapas para contabilizar a receita proveniente de
contrato com cliente e determina que a receita seja reconhecida em um va-
lor que reflita a contraprestação que a entidade espera receber em troca da
transferência de bens ou serviços para um cliente. A norma exige que as
entidades exerçam julgamento, levando em consideração: (i) A identificação
do contrato com o cliente; (ii) A identificação das obrigações de desempe-
nho; (iii) A determinação do preço da transação; e (iv) A alocação do preço
da transação. O reconhecimento da receita mediante o atendimento da obri-
gação de desempenho. p) Ajuste a valor presente: Os ativos e passivos mo-
netários de longo prazo são atualizados monetariamente e, portanto, estão
ajustados pelo seu valor presente. O ajuste a valor presente de ativos e
passivos monetários de curto prazo é calculado, e somente registrado, se
considerado relevante em relação às demonstrações contábeis tomadas em
conjunto. Para fins de registro e determinação de relevância, o ajuste a valo
r
presente é calculado levando em consideração os fluxos de caixa contratu-
ais e a taxa de juros explícita e, em certos casos, implícita, dos respectivos
ativos e passivos. De acordo com o contrato de empréstimos, o valor princi-
pal em aberto incorrerá em juros a uma taxa flutuante reajustada mensal-
mente. q) Instrumentos financeiros: Um instrumento financeiro é um contrato
que dá origem a um ativo financeiro de uma entidade e a um passivo finan-
ceiro ou instrumento patrimonial de outra entidade. Ativos financeiros: Reco
-
nhecimento inicial e mensuração: Ativos financeiros são classificados, no
reconhecimento inicial, como subsequentemente mensurados ao custo
amortizado, ao valor justo por meio de outros resultados abrangentes e ao
valor justo por meio do resultado. A classificação dos ativos financeiros no
reconhecimento inicial depende das características dos fluxos de caixa con-
tratuais do ativo financeiro e do modelo de negócios da Sociedade para a
gestão destes ativos financeiros. Com exceção das contas a receber de
clientes que não contenham um componente de financiamento significativo
ou para as quais a Sociedade tenha aplicado o expediente prático, a Socie-
dade inicialmente mensura um ativo financeiro ao seu valor justo acrescido
dos custos de transação, no caso de um ativo financeiro não mensurado ao
valor justo por meio do resultado. Mensuração subsequente: A mensuração
subsequente dos instrumentos financeiros ocorre a cada data do balanço
patrimonial de acordo com a classificação dos instrumentos financeiros nas
seguintes categorias: • Ativos financeiros ao custo amortizado (instrumentos
de dívida); • Ativos financeiros ao valor justo por meio de outros resultados
abrangentes com reclassificação de ganhos e perdas acumulados (instru-
mentos de dívida); • Ativos financeiros designados ao valor justo por meio de
outros resultados abrangentes, sem reclassificação de ganhos e perdas
acumulados no momento de seu desreconhecimento (instrumentos patrimo-
niais); • Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado. Ativos finan-
ceiros ao custo amortizado (instrumentos de dívida). Esta categoria é a mais
relevante para a Sociedade. A Sociedade mensura os ativos financeiros ao
custo amortizado se ambas as seguintes condições forem atendidas: • O
ativo financeiro for mantido dentro de modelo de negócios cujo objetivo seja
manter ativos financeiros com o fim de receber fluxos de caixa contratuais;
• Os termos contratuais do ativo financeiro derem origem, em datas especi-
ficadas, a fluxos de caixa que constituam, exclusivamente, pagamentos de
principal e juros sobre o valor do principal em aberto. Os ativos financeiros
ao custo amortizado são subsequentemente mensurados usando o método
de juros efetivos e estão sujeitos a redução ao valor recuperável. Ganhos e
perdas são reconhecidos no resultado quando o ativo é baixado, modificado
ou apresenta redução ao valor recuperável. Ativos financeiros ao valor justo
por meio do resultado: Ativos financeiros ao valor justo por meio do
resultado compreendem ativos financeiros mantidos para negociação,
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no
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