Balanço - Germed Farmacêutica Ltda

Data de publicação30 Agosto 2022
SeçãoCaderno Empresarial
terça-feira, 30 de agosto de 2022 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 132 (164) – 3
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Germed Farmacêutica Ltda.
CNPJ/MF nº 45.992.062/0001-65
Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios sociais encerrados em 31 de dezembro de 2021 e 2020 (Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
Balanço Patrimonial Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado
Demonstração do Resultado Abrangente
Demonstração do Fluxo de Caixa
Demonstração das Mutações no Patrimônio Líquido
Nota 2021 2020
Ativo/Circulante 399.129 319.380
Caixa e equivalentes de caixa 9 43.419 39.983
Contas a receber de clientes 10 205.419 129.853
Contas a receber de partes relacionadas 25.d 5.568 50.983
Estoques 11 77.957 55.706
Tributos a recuperar 12 65.560 42.361
Outros recebíveis 1.206 494
Não circulante 67.949 111.527
Tributos a recuperar 12 41.739 64.229
Depósitos judiciais 18 4.884 11.482
Imposto de renda e contribuição social
diferidos 20.a 10.697 24.681
Outros recebíveis 80 80
Outros investimentos 6 6
Imobilizado 13 2.909 1.598
Direito de uso de ativos 14 7.610 9.427
Intangível 24 24
Total do ativo 467.078 430.907
Nota 2021 2020
Passivo/Circulante 62.693 178.466
Passivo de arrendamento 14 3.778 3.002
Fornecedores 15 6.803 2.303
Fornecedores a pagar partes relacionadas 25.d 3.129 22.945
Salários e encargos 16 10.076 5.511
Imposto de renda e contribuição social a pagar 20.c 16.042 13.435
Impostos parcelados 17 8.752 8.703
Tributos a recolher 2.608 942
Dividendos a pagar 25.e 632 97.942
Outras contas a pagar 18 10.873 23.683
Não circulante 39.057 53.060
Passivo de arrendamento 14 4.189 7.110
Impostos parcelados 17 16.040 24.507
Provisão para perdas com processos judiciais 19 18.828 21.443
Total do passivo 101.750 231.526
Patrimônio líquido 21 365.328 199.381
Capital social 10.273 10.273
Reserva de incentivos fiscais 9.975 5.314
Lucros acumulados 345.080 183.794
Total do passivo e do patrimônio líquido 467.078 430.907
Nota 2021 2020
Receita operacional líquida 22 798.219 486.812
Custo das vendas 23 (429.974) (286.122)
Lucro bruto 368.245 200.690
Despesas com vendas 23 (44.027) (26.680)
Despesas administrativas 23 (95.253) (43.173)
Outras despesas operacionais, líquidas 23.942 (694)
Lucro antes do resultado financeiro líquido
e impostos 252.907 130.143
Receitas financeiras 24 2.768 7.682
Despesas financeiras 24 (2.736) (4.214)
Resultado financeiro líquido 24 32 3.468
Lucro antes do IRPJ e da CSLL 252.939 133.611
Imposto de renda e contribuição social 20.b (86.992) (40.840)
Lucro líquido do exercício 165.947 92.771
2021 2020
Lucro líquido do exercício 165.947 92.771
Outros resultados abrangente
Resultado abrangente total 165.947 92.771
Fluxos de caixa das atividades operacionais Nota 2021 2020
Lucro antes do IRPJ e da contribuição social 252.939 133.611
Ajustes de
Depreciação 13/14 3.994 952
Amortização 12 17
(Ganho) perda na alienação de imobilizado 13 (17) 1.226
Baixas direito de uso 14 (790)
(Reversão) provisão para perdas ao valor recu-
perável do contas a receber 10 (2.063) (2.850)
Provisão para obsolescência dos estoques 11 (1.716) 1.176
Provisão para perdas com processos judiciais e
depósitos judiciais 19 (1.981) 3.820
Provisão de juros 1.170
Provisão de devolução 1.017
(Ganhos) perdas cambiais e atualização
monetária não realizados 690 (770)
Variações nos ativos e passivos
Contas a receber de clientes (75.660) (42.138)
Estoques (19.978) 9.153
Contas a receber de partes relacionadas 46.035 160.996
Tributos a recuperar (71.109) 13.465
Outros recebiveis (712) 474
Processos judiciais e depósitos judiciais 5.237 (495)
Fornecedores e outras obrigações 9.065 (3.495)
Tributos a recolher 1.666 109
Impostos parcelados (8.418) (7.981)
Fornecedores a pagar partes relacionadas (19.816) (12.342)
Outras contas a pagar (12.811) 5.885
Caixa gerado nas operações 106.754 260.813
Imposto de renda e contribuição social pagos 20.c (49.562)
Caixa líquido gerado pelas atividades operacionais 106.754 211.251
Fluxos de caixa das atividades de investimentos
Aquisição de ativo imobilizado 13 (1.629) (130)
Aquisição de ativo intangível (12)
Caixa líquido aplicado nas atividades de
investimento (1.641) (130)
Fluxos de caixa das atividades de financiamentos
Pagamento de arrendamentos (4.367) (1.256)
Dividendos pagos (97.310) (226.829)
Caixa líquido aplicado nas atividades de
financiamento (101.677) (228.085)
Aumento (redução) líquido(a) de caixa e
equivalentes de caixa 3.436 (16.964)
Caixa e equivalentes de caixa no
início do exercício 39.983 56.947
Caixa e equivalentes de caixa no
final do exercício 43.419 39.983
Capital social Reserva de Incentivos fiscais Lucros acumulados Total do patrimônio líquido
Em 31 de dezembro de 2019 10.273 – 96.337 106.610
Lucro liquido do exercício 92.771 92.771
Constituição de reserva de incentivo fiscal (Nota 21) 5.314 (5.314)
Em 31 de dezembro de 2020 10.273 5.314 183.794 199.381
Lucro liquido do exercício – 165.947 165.947
Constituição de reserva de incentivo fiscal (Nota 21) 4.661 (4.661)
Em 31 de dezembro de 2021 10.273 9.975 345.080 365.328
1. Contexto operacional – A Germed Farmacêutica Ltda. (a “Empresa”) é
uma empresa que foi constituída em 1964. A Empresa tem por objeto social
a fabricação, comercialização, importação e exportação de produtos, pró-
prios e de terceiros, farmacêuticos, alopáticos, homeopáticos, veterinários,
odontológicos, alimentícios dietéticos, de higiene, de toucador, cosméticos,
perfumes, domissanitários, fitossanitários, insumos farmacêuticos, drogas e
correlatos, síntese de antibióticos, de química fina e industrial. Em 2021,
88% (85% em 2020) das receitas são oriundas de revendas de produtos
substancialmente adquiridos de partes relacionadas e de terceiros e 12%
(15% em 2020) são receitas oriundas de vendas de produtos de produção
própria. A sede social da empresa está localizada na Rodovia Jornalista
Francisco A. Proença, Km 08 – Hortolândia-SP. A Empresa faz parte do
Grupo NC (“Grupo”) utilizando-se dos seus recursos administrativos, opera-
cionais, financeiros e tecnológicos. Parte substancial das operações de
compras é efetuada com partes relacionadas. Adicionalmente, os principais
recebíveis da Empresa são decorrente de vendas à empresas do grupo.
Essas demonstrações devem ser lidas neste contexto. Impactos da Covid-19
(Coronavírus) nos negócios da Empresa: Até o momento as operações da
Companhia não foram impactadas de forma relevante em relação à pande-
mia do COVID-19. O segmento de atuação da Companhia é considerado
essencial e, assim, não teve suas operações interrompidas e está seguindo
as determinações das legislações municipais e/ou estaduais em todo seu
parque fabril e áreas administrativas. Os níveis de estoques da Companhia
permanecem normais e capazes de manter a capacidade produtiva dentro
da normalidade, não tendo sido observada interrupção no fornecimento de
insumos. Em relação aos recebíveis da Companhia, o setor farmacêutico
não sofre, no momento, um aumento da inadimplência e também não houve
alongamento dos prazos de vencimentos, não trazendo assim impactos nes-
tes recebíveis até o momento. A Companhia está tomando todas as medidas
adequadas para prevenir a disseminação do COVID-19, bem como assegu-
rar a continuidade dos negócios durante o período de pandemia. Embora as
operações da Companhia não tenham sido afetadas de forma relevante até
o momento, a administração da Companhia não tem como estimar ou prever
a ocorrência de eventos futuros relacionados à pandemia do COVID-19 que
possam trazer reflexos para a Companhia, mas continuará com o monitora-
mento e avaliação de ações a serem tomadas. 2. Base de preparação e
declaração de conformidade – As demonstrações financeiras foram pre-
paradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil (BR-GAAP),
incluindo os Pronunciamentos Contábeis emitidos pelo Comitê de Pronun-
ciamento Contábil (CPC), e evidenciam todas as informações relevantes
próprias das demonstrações financeiras e somente elas, as quais estão
consistentes com as utilizadas pela administração em sua gestão. A emis-
são dessas demonstrações financeiras foi autorizada pela Diretoria, em 31
de março de 2022. Após a sua emissão, somente os acionistas têm o poder
de alterar as demonstrações financeiras. Detalhes sobre as principais políti-
cas contábeis da Empresa estão apresentados na nota explicativa no.6.
Todas as informações relevantes próprias das demonstrações financeiras, e
somente elas, estão sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utiliza-
das pela administração na sua gestão. 3. Moeda funcional e moeda de
apresentação – A moeda funcional da Empresa é o Real. Estas demonstra-
ções financeiras estão apresentadas em milhares de reais. Todos os saldos
foram arredondados para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de
outra forma. 4. Base de mensuração – As demonstrações financeiras foram
preparadas com base no custo histórico como base de valor, exceto quando
especificado de outra forma. Para mais informações sobre a mensuração
destes ativos e passivos, vide Nota 6 – principais políticas contábeis. 5. Uso
de estimativa e julgamentos – Na preparação destas demonstrações
financeiras a Administração da Empresa utilizou julgamentos e estimativas
que afetam a aplicação das políticas contábeis e os valores reportados de
ativos, passivos receitas e despesas. Os resultados reais podem divergir
dessas estimativas. As estimativas e premissas são revisadas de forma con-
tinua, e as revisões são reconhecidas prospectivamente. As informações
sobre julgamentos, premissas e incertezas de estimativas em 31 de dezem-
bro de 2020 que possuem um risco significativo de resultar em um ajuste
material nos saldos contábeis de ativos e passivos nos próximos exercícios
sociais estão incluídas nas seguintes notas: • Nota explicativa 10 – mensu-
ração da perda de crédito esperada para contas a receber: principais pre-
missas na determinação da taxa média ponderada de perda; • Nota explica-
tiva 11 – reconhecimento e mensuração das provisões dos estoque: princi-
pais premissas na determinação da perda dos estoques, sem movimenta-
ção ou vencidos; • Nota explicativa 19 – reconhecimento e mensuração de
provisões e litígios: principais premissas sobre a probabilidade e magnitude
da saída de recursos, e • Nota explicativa 20.a – imposto de renda e contri-
buição social diferidos: disponibilidade de lucro tributável futuro contra o qual
diferenças temporárias dedutíveis possam ser utilizadas. a) Mensuração do
valor justo: Uma série de políticas e divulgações contábeis da Empresa
requer a mensuração de valor justo para ativos e passivos financeiros e não
financeiros. Ao mensurar o valor justo de um ativo ou um passivo, a Empresa
usa dados observáveis de mercado, tanto quanto possível. Os valores justos
são classificados em diferentes níveis em uma hierarquia baseada nas infor-
mações (inputs) utilizadas nas técnicas de avaliação da seguinte forma. •
Nível 1: preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e
passivos idênticos. • Nível 2: inputs, exceto os preços cotados incluídos no
Nível 1, que são observáveis para o ativo ou passivo, diretamente (preços)
ou indiretamente (derivado de preços). • Nível 3: inputs, para o ativo ou pas-
sivo, que não são baseados em dados observáveis de mercado (inputs não
observáveis). A Empresa reconhece as transferências entre níveis da hierar-
quia do valor justo no final do período das demonstrações financeiras em
que ocorreram as mudanças. 6. Principais políticas contábeis – A
Empresa aplicou as políticas contábeis descritas abaixo de maneira consis-
tente a todos os exercícios apresentados nas demonstrações financeiras.
a) Transações em moeda estrangeira: Transações em moeda estrangeira
são convertidas para Reais pelas taxas de câmbio nas datas das transa-
ções. Ativos e passivos monetários denominados e apurados em moedas
estrangeiras na data de apresentação são reconvertidas para a moeda fun-
cional à taxa de câmbio apurada naquela data. O ganho ou perda cambial
em itens monetários é a diferença entre o custo amortizado da moeda fun-
cional no começo do período, ajustado por juros e pagamentos efetivos
durante o período, e o custo amortizado em moeda estrangeira à taxa de
câmbio no final do período de apresentação. As diferenças de moedas
estrangeiras resultantes da conversão são reconhecidas no resultado.
b) Instrumentos financeiros: O CPC 48 Instrumentos Financeiros é vigente
para exercícios findos a partir de 1º de janeiro de 2018. Esta norma contém
três categorias principais para classificação e mensuração de ativos finan-
ceiros: (i) Custo Amortizado; (ii) Valor Justo registrado por meio de Outros
Resultados Abrangentes; e (iii) Valor Justo registrado por meio do Resultado
do Exercício (categoria residual). A Empresa realizou uma avaliação de
impacto detalhado na adoção da nova norma e identificou os seguintes
aspectos: O CPC 48 apresenta uma abordagem de classificação e mensu-
ração de ativos financeiros que refletem o modelo de negócios em que os
ativos são administrados e suas características de fluxo de caixa. Com rela-
ção aos passivos financeiros, requer que a mudança no valor justo do pas-
sivo financeiro designado ao valor justo contra o resultado, que seja atribuí-
vel a mudanças no risco de crédito daquele passivo, seja apresentada em
outros resultados abrangentes e não na demonstração do resultado, a
menos que tal reconhecimento resulte em uma incompatibilidade na
demonstração do resultado. Mensuração: Os ativos e passivos financeiros
devem inicialmente ser valorados pelo seu valor justo. Os critérios para
determinar o valor justo dos ativos e passivos financeiros foram (i) o preço
cotado em um mercado ativo ou, na ausência deste e (ii) a utilização de
técnicas de avaliação que permitam estimar o valor justo na data da transa-
ção levando-se em consideração o valor que seria negociado entre partes
independentes, conhecedoras da transação e com interesse em realizá-la. A
mensuração posterior de ativos e passivos financeiros segue o método do
valor justo ou do custo amortizado, conforme a categoria. O custo amorti-
zado corresponde: • Ao valor reconhecido inicialmente para o ativo ou pas-
sivo financeiro; • Menos as amortizações de principal; e • Mais/menos juros
acumulados pelo método da taxa de juros efetiva. Os efeitos da mensuração
posterior dos ativos e passivos financeiros são alocados diretamente ao
resultado do período. Ativos e passivos de longo prazo com características
de instrumentos financeiros são registrados inicialmente pelo seu valor pre-
sente. Reconhecimento: As compras e vendas regulares de ativos financei-
ros são reconhecidas na data da negociação, ou seja, na data em que a
Companhia se compromete a comprar ou vender o ativo. Os ativos financei-
ros a valor justo por meio do resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo
valor justo, e os custos de transação são debitados na demonstração do
resultado. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amor-
tizado. Os ganhos ou as perdas decorrentes de variações no valor dos
demais ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado
são registrados na demonstração do resultado nas rubricas “Receitas” ou
“Custos” respectivamente, no período em que ocorrem. Desreconhecimento:
Um ativo financeiro (ou, quando aplicável, uma parte de um ativo financeiro
ou parte de um grupo de ativos financeiros semelhantes) é desreconhecido
quando: • Os direitos de receber fluxos de caixa do ativo expiraram; ou • A
Empresa transferiu seus direitos de receber fluxos de caixa do ativo ou assu-
miu uma obrigação de pagar integralmente os fluxos de caixa recebidos sem
atraso significativo a um terceiro nos termos de um contrato de repasse e (a)
a Empresa transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios do ativo,
ou (b) a Empresa nem transferiu nem reteve substancialmente todos os ris-
cos e benefícios do ativo, mas transferiu o controle do ativo. Um passivo
financeiro é baixado quando a obrigação sob o passivo é extinta, ou seja,
quando a obrigação especificada no contrato for liquidada, cancelada ou
expirar. Quando um passivo financeiro existente é substituído por outro do
mesmo mutuante em termos substancialmente diferentes, ou os termos de
um passivo existente são substancialmente modificados, tal troca ou modifi-
cação é tratada como o desreconhecimento do passivo original e o reconhe-
cimento de um novo passivo. A diferença nos respectivos valores contábeis
é reconhecida na demonstração do resultado. Os ativos financeiros da
Empresa incluem, principalmente, caixa e equivalentes de caixa, contas a
receber de clientes e partes relacionadas. Os passivos financeiros da
Empresa incluem, principalmente, fornecedores, passivos de arrendamento
e partes relacionadas. A Empresa não possui transações de Hedge Accou-
nting em 31 de dezembro de 2021 e 2020. Compensação: Os ativos ou
passivos financeiros são compensados e o valor líquido apresentado no
balanço patrimonial quando, e somente quando, a Empresa tenha atual-
mente um direito legalmente executável de compensar os valores e tenha a
intenção de liquidá-los em uma base líquida ou de realizar o ativo e liquidar
o passivo simultaneamente. Outros passivos financeiros: Os outros passivos
financeiros são mensurados pelo valor de custo amortizado utilizando o
método de juros efetivos. O método de juros efetivos é utilizado para calcular
o custo amortizado de um passivo financeiro e alocar sua despesa de juros
pelo respectivo período. A taxa de juros efetiva é a que desconta exatamente
os fluxos de caixa futuros estimados (inclusive honorários e pontos pagos ou
recebidos que constituem parte integrante da taxa de juros efetiva, custos
da transação e outros prêmios ou descontos) ao longo da vida estimada do
passivo financeiro ou, quando apropriado, por um período menor, para o
reconhecimento inicial do valor contábil líquido. Redução ao valor recuperá-
vel de ativos financeiros: O CPC 48 (IFRS 09) substituiu o modelo de perdas
incorridas por um modelo prospectivo de perdas esperadas. Esta nova abor-
dagem exige um julgamento relevante sobre como as mudanças em fatores
econômicos afetam as perdas esperadas de crédito, que serão determina-
das com base em probabilidades ponderadas. A “provisão para perdas de
crédito esperadas”, é constituída em montante considerado suficiente pela
Administração para cobrir eventuais riscos sobre a carteira de clientes e
demais valores a receber existentes na data do balanço. O critério de cons-
tituição da provisão leva em consideração avaliação do risco associado às
operações e os títulos vencidos há mais de 120 dias, e também com base
na experiência histórica de perdas sobre recebíveis, ajustada para fatores
prospectivos específicos para os devedores e para o ambiente econômico. A
Empresa não espera nenhuma recuperação significativa do valor baixado.
No entanto, os ativos financeiros baixados podem ainda estar sujeitos à exe-
cução de crédito para o cumprimento dos procedimentos da Empresa para
a recuperação dos valores devidos. A Empresa também registra a provisão
para devolução de vendas tendo como base o histórico de suas operações.
A provisão para devolução é constituída de acordo com o escopo do modelo
do CPC 47, sobre reconhecimento de direito a devolução. O cálculo é efe-
tuado considerando o prazo médio de devolução de 45 dias sobre a margem
anual de devoluções. Caixa e equivalentes de caixa: O caixa e equivalentes
de caixa abrangem saldos de caixa e investimentos financeiros com venci-
mento original de curto prazo, os quais são sujeitos a um risco insignificante
de alteração do valor e são utilizados na gestão das obrigações de curto
prazo. Contas a receber de clientes: São registradas ao valor justo e classi-
ficadas como clientes, pois representam direitos fixos e determináveis e não
são cotadas em mercado ativo; são mensuradas ao custo amortizado, para
o qual não há impactos de juros; pelo fato das contas a receber ser liquidado
normalmente em um prazo inferior a 90 dias, os valores contábeis represen-
tam substancialmente o valor presente na data do balanço. Fornecedores:
As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou
serviços que foram adquiridos no curso normal dos negócios, inicialmente
reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo
amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. Na prática, são
normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente. c) Estoques:
Os estoques são demonstrados ao custo ou ao valor líquido de realização,
dos dois o menor. O método de avaliação dos estoques é o da média ponde-
Notas Explicativas às Demonstrações Financeiras
rada móvel. No caso dos produtos acabados e dos produtos em elaboração,
o custo inclui uma parcela dos custos gerais de fabricação baseado na
capacidade normal de operação. O valor líquido de realização é o preço de
venda estimado no curso normal dos negócios, menos os custos estimados
de conclusão e os custos estimados necessários para efetuar a venda. As
provisões para estoques obsoletos e para devolução são constituídas com
base nos critérios divulgados na nota 6.k. d) Imobilizado: O imobilizado é
mensurado pelo seu custo histórico, menos depreciação acumulada. O
custo histórico inclui os gastos diretamente atribuíveis à aquisição dos itens.
Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação
dos resultados com o seu valor contábil e são reconhecidos em “Outras
receitas (despesas), líquidas” nas demonstrações do resultado. Os custos
subsequentes são incluídos no valor contábil do ativo ou reconhecidos como
um ativo separado, conforme apropriado, somente quando for provável que
fluam benefícios econômicos futuros associados a esses custos e que pos-
sam ser mensurados com segurança. O valor contábil de itens ou peças
substituídas é baixado. Todos os outros reparos e manutenções são lança-
dos em contrapartida ao resultado do exercício, quando incorridos. Os terre-
nos não são depreciados. A depreciação de outros ativos é calculada
usando o método linear considerando os seus custos e seus valores resi-
duais durante a vida útil estimada, como segue: Anos
2021 e 2020
Benfeitorias em imóvel de terceiros 30
Máquinas e equipamentos 15
Móveis, utensílios e equipamentos 14
Veículos 5
Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se
apropriado, ao final de cada exercício. O valor contábil de um ativo é ime-
diatamente baixado ao seu valor recuperável quando o valor contábil do
ativo é maior do que seu valor recuperável estimado. Os ganhos e as per-
das de alienações são determinados pela comparação dos resultados com
o seu valor contábil e são reconhecidos em “Outras receitas (despesas),
líquidas” nas demonstrações do resultado. e) Avaliação do valor recuperável
de ativos não financeiros (“impairment”): Os valores contábeis dos ativos
não financeiros da Empresa, que não estoques e ativos fiscais diferidos,
são revistos a cada data de balanço para apurar se há indicação de perda
no valor recuperável. Caso ocorra tal indicação, então o valor recuperável
do ativo é estimado. Para testes de redução ao valor recuperável, os ativos
são agrupados em Unidades Geradoras de Caixa (UGC), ou seja, no menor
grupo possível de ativos que gera entradas de caixa pelo seu uso contínuo,
entradas essas que são em grande parte independentes das entradas de
caixa de outros ativos ou UGCs. O valor recuperável de um ativo ou UGC é
o maior entre o seu valor em uso e o seu valor justo menos custos para ven-
der. O valor em uso é baseado em fluxos de caixa futuros estimados, des-
contados a valor presente usando uma taxa de desconto antes dos impostos
que reflita as avaliações atuais de mercado do valor do dinheiro no tempo e
os riscos específicos do ativo ou da UGC. Uma perda por redução ao valor
recuperável, se houver, é reconhecida se o valor contábil do ativo ou UGC
exceder o seu valor recuperável. f) Arrendamentos: A Empresa aplicou o
CPC 06(R2) – Arrendamentos partir de 1º de janeiro de 2019 utilizando a
abordagem retrospectiva modificada e, portanto, as informações compara-
tivas não foram reapresentadas e continuam a ser apresentadas conforme
o CPC 06(R2). i) Como arrendatário: No início ou na modificação de um
contrato que contém um componente de arrendamento, a Empresa aloca
a contraprestação no contrato a cada componente de arrendamento com
base em seus preços individuais. No entanto, para os arrendamentos de
propriedades, a Empresa optou por não separar os componentes que não
sejam de arrendamento e contabilizam os componentes de arrendamento e
não arrendamento como um único componente. A Empresa reconhece um
ativo de direito de uso e um passivo de arrendamento na data de início do
arrendamento. O ativo de direito de uso é mensurado inicialmente ao custo,
que compreende o valor da mensuração inicial do passivo de arrendamento,
ajustado para quaisquer pagamentos de arrendamento efetuados até a da
data de início, mais quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo arren-
datário e uma estimativa dos custos a serem incorridos pelo arrendatário
na desmontagem e remoção do ativo subjacente, restaurando o local em
que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à condição requerida
pelos termos e condições do arrendamento, menos quaisquer incentivos
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terça-feira, 30 de agosto de 2022 às 05:02:33

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