Balanço - OURINVEST SECURTIZADORA S.A

Data de publicação04 Fevereiro 2021
SeçãoCaderno Empresarial
quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (22) – 29
Notas explicativas da Administração às demonstrações f‌i nanceiras em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em milhares de Reais, exceto quando mencionado de outra forma)
Demonstração dos f‌l uxos de caixa
exercícios f‌i ndos em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
Demonstração das mutações do patrimônio líquido
exercícios f‌i ndos em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
Demonstração dos resultados
exercícios f‌i ndos em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
Nota 2020 2019
Receita operacional líquida ............................... 18 6.888 11.741
Lucro operacional bruto ................................. 6.888 11.741
Receitas/(despesas) operacionais
Despesas gerais e administrativas .................... 19 (3.463) (3.605)
Resultado f‌i nanceiro líquido .............................. 160 166
(3.303) (3.439)
Resultado antes do Imposto de
Renda e da Contribuição Social ................... 3.585 8.302
Imposto de renda e contribuição
social sobre o lucro .......................................... 20 (829) (1.945)
Lucro líquido do exercício .............................. 2.756 6.357
Quantidades total de ações ............................... 827 827
Lucro por ação do capital social no exercício - R$ 3,33 7,69
As notas explicativas da Administração são parte
integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
Demonstração dos valores adicionados
exercícios f‌i ndos em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
1. Contexto operacional: A Ourinvest Securitizadora S.A. (“Compa-
nhia”) é uma sociedade securitizadora de direitos creditórios do agronegó-
cio e direitos creditórios imobiliários dedicada à aquisição, securitização,
emissão, negociação e prestação de serviços relacionados a direitos credi-
tórios do agronegócio e imobiliários passíveis de securitização. Constituída
em 30 de junho de 2010, sob a forma de Sociedade limitada com nome de
ARP Participações Ltda. em Ata de Reunião dos Sócios realizada em 05 de
agosto de 2010, foi transformada em Sociedade por ações, com prazo de
duração indeterminado e teve sua razão social alterada para Brasil Agrosec
Companhia Securitizadora. Em AGE de 22 de janeiro de 2016 a denomina-
ção social foi alterada para Ourinvest Securitizadora S.A. A Companhia tem
por objeto social: a) Aquisição e securitização de direitos creditórios imobi-
liários e do agronegócio, nos termos da Lei nº 11.076/04, e suas eventuais
alterações posteriores com a consequente emissão de colocação dos Cer-
tif‌i cados Recebíveis Imobiliários (CRIs) e do Agronegócio (CRAs) corres-
pondentes no mercado f‌i nanceiro e de capitais; b) A realização de quais-
quer atividades compatíveis com seu objeto, relativamente a tais direitos
creditórios, aí incluídas, sem limitação, a Administração, alienação e a recu-
peração dos direitos creditórios por ela adquiridos; c) A realização de ope-
rações de hedge em mercados derivativos, visando à cobertura de riscos
de sua carteira de direitos creditórios e créditos do agronegócio. Após a al-
teração de seu objeto social com a inclusão das atividades de securitização
imobiliária, bem como outras soluções administrativas a Companhia já de-
monstra a retomada de seus lucros e a rentabilidade. Impactos do CO-
VID-19 (Coronavírus) nos negócios da Companhia: Desde o f‌i nal de fe-
vereiro de 2020, o mundo vem passando por um surto da doença chamada
COVID-19 (Coronavírus), classif‌i cada como pandemia pela Organização
Mundial de Saúde - OMS. A Companhia está acompanhando os possíveis
impactos em seus negócios e tem trabalhado com a implementação de pla-
nos de contingências para manter a continuidade das atividades operacio-
nais em uma situação de normalidade. Adicionalmente, a Companhia con-
sidera que os impactos da pandemia estão adequadamente gerenciados
até o momento, sem impactos f‌i nanceiros signif‌i cativos aos negócios.
2. Base para elaboração e apresentação das demonstrações f‌i nancei-
ras: 2.1. Autorização: A autorização para emissão das demonstrações f‌i -
nanceiras foi concedida pela Diretoria da Companhia em 03 de fevereiro de
2021. 2.2. Declaração de conformidade: As demonstrações f‌i nanceiras fo-
ram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, as
quais abrangem a legislação societária, os pronunciamentos, as orienta-
ções e as interpretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contá-
beis e as normas emitidas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Base de mensuração - as demonstrações f‌i nanceiras foram preparadas
com base no custo histórico, com exceção dos instrumentos f‌i nanceiros
mensurados pelo valor justo por meio do resultado. Moeda funcional e
moeda de apresentação - estas informações são apresentadas em Real
OURINVEST SECURITIZADORA S/A
CNPJ/MF nº 12.320.349/0001-90
Balanços patrimoniais em 31 de dezembro de 2020 e de 2019 (Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
Demonstração dos resultados abrangentes
exercícios f‌i ndos em 31 de dezembro de 2020 e de 2019
(Valores expressos em Reais mil, exceto enquanto indicado de outra forma)
1 – Contexto Econômico e Setorial: O ano de 2020 se iniciou com uma
expectativa de crescimento moderado, tendo em vista alguns marcos im-
portantes: a aprovação da Reforma da Previdência que colocaria as contas
públicas em um cenário futuro mais favorável; a inf‌l ação, que apesar de es-
tar acima da meta, permanecia sob controle; a taxa básica de juros posicio-
nada em um nível histórico baixo; a retomada de crescimento em alguns
mercados, como por exemplo a indústria imobiliária, contribuindo para re-
dução dos níveis de desemprego. Com a chegada da pandemia, o cenário
de expectativas se reverteu de forma rápida e drástica. O isolamento decre-
tado em várias partes do mundo começou a gerar os primeiros desequilí-
brios econômicos ref‌l etidos inicialmente no saldo da balança comercial bra-
sileira, que apresentou no 1º trimestre de 2020, o pior resultado desde o 1º
trimestre de 2015. Enquanto a economia sofria os primeiros impactos, vá-
rias previsões do PIB começaram a ser feitas. As mais pessimistas projeta-
vam quedas de até 9%. O governo brasileiro tomou algumas medidas ini-
ciais como o Auxílio Emergencial para garantia de renda as classes mais
baixas, além de f‌l exibilização das regras trabalhistas e postergação do pa-
gamento de tributos federais e sobre a folha de pagamento. Estas ações
buscavam reduzir o impacto econômico trazido pelos negócios mais afeta-
dos pela crise em decorrência dos fechamentos compulsórios ou limitação
de funcionamento. Um dos focos do governo foi garantir uma renda mínima
para famílias que certamente seriam atingidas pelo desemprego. Apesar
das diversas polêmicas e crises políticas no gerenciamento de uma situa-
ção inédita, as ações públicas surtiram algum efeito e aos poucos as novas
projeções mostravam que o ano seria ruim, mas bem menos catastróf‌i co do
que inicialmente se esperava. O comércio, por exemplo, previa encerrar o
ano com queda de 8,7% no movimento, porém, após a reabertura, dados
do IBGE divulgados em setembro, mostravam uma projeção de crescimen-
to de 1,9%. O setor de serviços, muito dependente do atendimento presen-
cial, não teve a mesma recuperação. Até setembro, a queda projetada es-
tava em 6% para o ano de 2020, representando o pior número da série his-
tórica. Cabe destacar o comportamento da inf‌l ação até o fechamento do
ano. A alta do dólar e a redução da oferta de produtos elevou o IPCA para
4,52% e o IGP-M para 23,14% no fechamento de 2020. A forte elevação do
IGP-M iniciou uma onda de renegociações de contratos de aluguel, pois se
as famílias e empresas tiveram redução de sua renda, f‌i cou estabelecida
uma realidade onde seria muito difícil a absorção da totalidade das corre-
ções a serem aplicadas. Com tantas situações adversas enfrentadas ao
longo do ano, a sociedade precisou se adaptar e algumas tendências que
surgiram devem se manter ao longo do tempo. São elas: a digitalização dos
processos burocráticos; o Real desvalorizado contribuindo para atrair in-
vestimentos externos; o Banco Central que deve manter a taxa básica em
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
continua...
Ativo Nota 2020 2019
Circulante
Caixas e equivalentes de caixa ......................... 4 5.424 9.060
Outras contas a receber .................................... 5 3 30
Tributos a recuperar ........................................... 6 228 1.440
5.655 10.530
Não circulante
Imobilizado ........................................................ 7 277 253
Intangível ........................................................... 8 2 4
Direitos de uso em arrendamentos ................... 9 622 916
901 1.173
Total do ativo .................................................... 6.556 11.703
Passivo e patrimônio líquido Nota 2020 2019
Circulante
Contas a pagar .................................................. 11 2.016 1.007
Obrigações tributárias ....................................... 12 15 2.268
Pessoal, encargos e benefícios sociais ............. 13 155 163
Arrendamentos a pagar ..................................... 10 419 366
2.605 3.804
Não circulante
Arrendamentos a pagar ..................................... 10 203 550
203 550
Patrimônio líquido
Capital social ..................................................... 15.1 827 827
Reserva de lucros.............................................. 15.2 2.921 6.522
3.748 7.349
Total do passivo e do patrimônio líquido ...... 6.556 11.703
2020 2019
Lucro líquido do exercício ................................. 2.756 6.357
Outros resultados abrangentes ........................ - -
Resultado abrangente do exercício .............. 2.756 6.357
As notas explicativas da Administração são parte
integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
Fluxo de caixa das atividades operacionais 2020 2019
Lucro líquido do exercício ....................................................... 2.756 6.357
Depreciação e amortização .................................................... 454 409
Decréscimo/(acréscimo) nas contas de ativo
Tributos a recuperar ................................................................ 1.212 (1.300)
Contas a receber..................................................................... 27 (5)
Acréscimo/(decréscimo) nas contas de passivo
Contas a pagar ........................................................................ 1.009 1.007
Obrigações tributárias ............................................................. (2.253) 1.719
Pessoal, encargos e benefícios sociais .................................. (9) 78
Arrendamentos a pagar .......................................................... (294) (366)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais .. 2.902 7.899
Fluxo de caixa das atividades de investimento
Aquisições de imobilizado e intangível ................................... (68) (17)
Direitos de uso em arrendamentos......................................... (113) -
Caixa líquido aplicado nas atividades de investimento ... (181) (17)
Fluxo de caixa das atividades de f‌i nanciamento
Dividendos propostos / pagos ................................................ (6.357) (1.509)
Caixa líquido aplicado nas atividades de f‌i nanciamento . (6.357) (1.509)
Aumento líquido/(redução)
caixa e equivalentes de caixa ............................................ (3.636) 6.373
Caixa e equivalentes de caixa
No início do exercício .............................................................. 9.060 2.687
No f‌i nal do exercício ................................................................ 5.424 9.060
Aumento líquido/(redução)
caixa e equivalentes de caixa ............................................ (3.636) 6.373
As notas explicativas da Administração são parte
integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
2020 2019
Receitas .............................................................................. 6.888 11.741
Vendas de mercadorias, produtos e serviços ...................... 6.888 11.741
Insumos adquiridos de terceiros ..................................... (836) (645)
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros ............... (836) (645)
Valor adicionado bruto ...................................................... 6.052 11.096
Depreciação, amortização e exaustão ................................ (454) (409)
Valor adicionado líquido produzido pela Companhia .... 5.598 10.687
Valor adicionado recebido em transferência .................. 401 174
Outras .................................................................................. 401 174
Valor adicionado total a distribuir .................................... 5.999 10.861
Pessoal ............................................................................... 2.387 2.492
Remuneração direta ............................................................ 1.552 1.604
Benefícios ............................................................................ 336 402
FGTS ................................................................................... 46 40
Outros .................................................................................. 453 446
Impostos, taxas e contribuições ...................................... 851 1.978
Federais ............................................................................... 829 1.958
Municipais ............................................................................ 22 20
Remuneração de capitais de terceiros ............................ 5 34
Despesas f‌i nanceiras .......................................................... 5 34
Remuneração de capitais próprios .................................. 2.756 6.357
Lucro líquido do exercício .................................................... 2.756 6.357
Distribuição do valor adicionado ..................................... 5.999 10.861
As notas explicativas da Administração são parte
integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
(R$), que é a moeda funcional da Securitizadora. Uso de estimativas e jul-
gamentos - as demonstrações f‌i nanceiras foram preparadas de acordo
com as normas do CPC, as quais exigem que a Administração faça julga-
mentos, estimativas e premissas que afetam a aplicação de políticas contá-
beis e os valores reportados de ativos, passivos, receitas e despesas. Os
resultados efetivos podem divergir dessas estimativas. As estimativas e pre-
missas, quando necessário, são revistas de uma maneira contínua. Revi-
sões com relação a estimativas contábeis são reconhecidas no próprio pe-
ríodo em quaisquer períodos futuros afetados. As demonstrações f‌i nancei-
ras foram elaboradas no pressuposto da continuidade dos negócios da Se-
curitizadora. 3. Resumo das principais políticas contábeis: As principais
políticas contábeis aplicadas na elaboração destas demonstrações f‌i nan-
ceiras estão def‌i nidas a seguir. Essas políticas vêm sendo aplicadas de
modo consistente a todos os exercícios apresentados nessas demonstra-
ções f‌i nanceiras. 3.1. Apuração do resultado: O resultado das operações
é apurado em conformidade com o regime contábil da competência. A Com-
panhia reconhece a receita, quando aplicável, e somente quando: i) O valor
da receita pode ser mensurado com segurança; ii) É provável que benefí-
cios econômicos-futuros f‌l uirão para a Companhia. Quando critérios espe-
cíf‌i cos tiverem sido atendidos para cada uma das atividades da Companhia.
O valor da receita não é considerado como mensurável com segurança até
que todas as contingências relacionadas com a venda tenham sido transfe-
ridas para o cliente. A Companhia baseia suas estimativas em resultados
históricos, levando em consideração o tipo de cliente, o tipo de transação e
as especif‌i cações de cada operação. 3.2. Caixa e equivalentes de caixa:
Incluem os saldos de caixa, depósitos bancários e aplicações f‌i nanceiras
cujo vencimento seja de até 90 dias da data da aplicação, registradas ao
custo, acrescido dos rendimentos auferidos até a data do balanço, que não
supera o valor de mercado. As aplicações f‌i nanceiras são reconhecidas e
mensuradas pelo valor justo e os resultados f‌i nanceiros auferidos nessas
operações são alocados diretamente ao resultado. 3.3. Ativo circulante:
São apresentados ao valor de custo ou de realização, incluindo, quando
aplicável, os rendimentos e as variações monetárias auferidas. 3.4. Imobi-
lizado: Registrado ao custo de aquisição, deduzido da depreciação acumu-
lada e perdas por redução do valor recuperável, quando aplicável. A depre-
ciação é calculada pelo método linear às taxas da Companhia. 3.5. Intangí-
vel: Os ativos intangíveis compreendem os softwares adquiridos de tercei-
ros, mensurados pelo custo total de aquisição deduzidos das despesas de
amortização. 3.6. Passivos: Reconhecidos no balanço quando a Compa-
nhia possui uma obrigação legal ou como resultado de eventos passados,
sendo provável que recursos econômicos sejam requeridos para liquidá-los.
Alguns passivos envolvem incertezas quanto ao prazo e valor, sendo esti-
mados na medida em que são incorridos e registrados por meio de provi-
são. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimati-
vas do risco envolvido. 3.7. Instrumentos f‌i nanceiros: Os instrumentos f‌i -
nanceiros são inicialmente registrados ao seu valor justo, acrescido, no
caso de ativo f‌i nanceiro ou passivo f‌i nanceiro que não seja pelo valor justo
por meio do resultado, dos custos de transação que sejam diretamente atri-
buíveis à aquisição ou emissão de ativo f‌i nanceiro ou passivo f‌i nanceiro.
Sua mensuração subsequente ocorre a cada data de balanço de acordo
com a classif‌i cação dos instrumentos f‌i nanceiros nas seguintes categorias:
(i) Custo amortizado; (ii) Valor justo por meio do resultado; (iii) Valor justo
por meio do resultado abrangente. Ativos e passivos f‌i nanceiros são com-
pensados e o valor líquido é apresentado no balanço patrimonial quando há
um direito legal de compensar os valores reconhecidos e há intenção de li-
quidá-los em uma base líquida, ou realizar o ativo e liquidar o passivo simul-
taneamente. O direito legal não deve ser contingente em eventos futuros e
deve ser aplicável no curso normal dos negócios e no caso de inadimplên-
cia, insolvência ou falência da empresa ou da contraparte. 3.8. Imposto de
renda e contribuição social: A provisão para imposto de renda, quando
aplicável, é constituída com base no lucro real (tributável) à alíquota de
15%, acrescida do adicional de 10% e a provisão para contribuição social à
alíquota de 9%, conforme legislação em vigor. As antecipações ou valores
passíveis de compensação são demonstrados no ativo circulante ou não
circulante, de acordo com a previsão de sua realização. 3.9. Demonstra-
ções dos f‌l uxos de caixa: As demonstrações dos f‌l uxos de caixa foram
elaboradas pelo método indireto partindo das informações contábeis, em
conformidade com as instruções contidas no CPC 03 – Demonstrações dos
f‌l uxos de caixa. 3.10. Demonstrações de Valor Adicionado (DVA): A legis-
lação societária brasileira requer a apresentação da Demonstração do Va-
lor Adicionado (DVA) como parte do conjunto das informações contábeis in-
termediárias apresentadas pela Companhia. Esta demonstração tem por f‌i -
nalidade evidenciar a riqueza criada pela Companhia e sua distribuição du-
rante os exercícios apresentados. A DVA foi preparada seguindo as disposi-
ções contidas no CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado (DVA) e com
base em informações obtidas dos registros contábeis da Companhia, que
servem como base de preparação das demonstrações f‌i nanceiras.
3.11. Resultado por ação: Calculado de acordo com o CPC 41, o resulta-
do básico por ação é obtido dividindo-se o resultado do exercício atribuído
aos acionistas da Companhia pela média ponderada da quantidade de
ações. 3.12. Pronunciamentos novos ou revisados aplicados pela pri-
meira vez em 2020: Não há novas normas, alterações e interpretações de
normas em 31 de dezembro de 2020.
4. Caixa e equivalentes de caixa 31/12/2020 31/12/2019
Bancos .............................................................. 212 379
Aplicações f‌i nanceiras ...................................... 5.212 8.681
5.424 9.060
Em 31 de dezembro de 2020 e de 2019, as aplicações f‌i nanceiras refe-
Reserva
de lucros
Reserva Lucro
Re- de divi- líquido
Capital serva dendos a do exer-
Notas social legal distribuir cício Total
Saldos em 31 de
dezembro de 2018 ....... 827 165 - - 992
Lucro líquido do exercício - - - 6.357 6.357
Constituição de reservas - - 6.357 (6.357) -
Saldos em 31 de
dezembro de 2019 ....... 827 165 6.357 - 7.349
Lucro líquido do exercício - - - 2.756 2.756
Constituição de reservas - - 2.756 (2.756) -
Distribuição de
dividendos propostos .... 14 - - (6.357) - (6.357)
Saldos em 31 de
dezembro de 2020 ....... 827 165 2.756 - 3.748
As notas explicativas da Administração são parte
integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
níveis reduzidos, incentivando o consumo e barateando o crédito, elemen-
to este essencial para mercados de longo prazo, como o imobiliário e agrí-
cola e; como muitas empresas quebraram no auge da crise, a concorrência
diminuiu porém f‌i cou estabelecido um ambiente competitivo com partici-
pantes mais preparados em termos de gestão e oferta. O ano de 2021 se
inicia com uma série de desaf‌i os. Não deixa de ser um consenso que ape-
nas a possibilidade de uma vacinação em massa da população permitirá a
retomada das atividades econômicas sem surpresas com relação a inter-
rupções necessárias para evitar repiques de contaminação. Do ponto de
vista econômico o Governo terá dois importantes temas a desenvolver. Pri-
meiramente desatar o nó f‌i scal trazido pelo adiamento das reformas (f‌i scal
e administrativa) e pelas medidas de contenção da crise. Em segundo lugar
será preciso controlar a inf‌l ação em um contexto de dólar elevado e ainda
com restrições de oferta de produtos. Os conf‌l itos políticos criados pelo go-
verno durante a gestão da crise do COVID-19 ocuparam muito espaço nas
discussões nacionais e o país acabou f‌i cando carente de uma posição cla-
ra sobre o planejamento com relação aos temas econômicos relevantes.
2 – Contexto Operacional: Como não poderia ser diferente, a atividade do
setor de construção civil foi afetada pela pandemia, porém, o seu desempe-
nho se situou acima da média nacional. Comparando as vendas do primei-
ro semestre de 2020 com o mesmo período de 2019, tivemos uma queda
de 2,2%, o que é menor que as variações negativas observadas no PIB.
Apesar da forte queda dos lançamentos, os empresários do setor se mani-
festaram indicando que esta redução ref‌l etia um “adiamento” e não um
“cancelamento” dos projetos programados. Apesar dos canteiros de obra
terem sofrido interrupções de trabalho, conforme políticas locais de conten-
ção da pandemia, parece não ter havido uma leitura negativa a este respei-
to por parte do comprador. Podemos considerar que a queda da taxa de ju-
ros pode ter tido uma importante contribuição na manutenção das vendas,
tendo em vistas as estimativas de que a cada ponto percentual de queda na
taxa de juros, temos 1 milhão a mais de famílias elegíveis ao f‌i nanciamen-
to imobiliário. Outro ponto de destaque para o setor foi a sua capacidade de
contribuir com a geração de empregos dentro de um cenário adverso. Se-
gundo a ABECIP, apenas na capital paulista o potencial de geração de em-
pregos do setor de construção chega a 200 mil empregos. Entre julho e se-
tembro de 2020, apenas na cidade de São Paulo foram emitidos 306 alva-
rás de construção, o que evidencia um bom potencial de contribuição eco-
nômica do setor. O ponto de atenção é o atual patamar dos custos de cons-
trução. Apesar do custo de mão de obra se manter estável, os insumos ob-
servaram alguns meses de variação positiva ref‌l etidas pelo INCC. Até que
a indústria de materiais recupere os níveis de produção, os custos devem
permanecer elevados e representam um ponto de atenção para os incorpo-
radores. Em um cenário onde há juros baixos barateando o crédito e cha-
mando as famílias para investir em imóveis, portanto havendo demanda e
um bom potencial de crescimento, espera-se que para 2021, o setor imobi-
liário tenha protagonismo na recuperação da atividade econômica, princi-
palmente pelo seu potencial de geração de empregos dentro de uma gran-
de cadeia produtiva. No entanto, como qualquer outro setor, o seu sucesso
também está condicionado a forma como o país vai def‌i nir a sua agenda de
retomada e como f‌i cará o mercado brasileiro. Já o agronegócio brasileiro
não sentiu a crise de 2020 da mesma forma que os demais setores. A ne-
cessidade de bens primários e alimentos manteve a demanda externa
aquecida e a desvalorização do Real criou um diferencial de preço para o
produto brasileiro. Isso traz a projeção do PIB Agropecuário 2020 para o
patamar de crescimento de 1,9% enquanto o PIB nacional deve cair 4,4%.
Enquanto a crise sanitária gerar restrições comerciais em outros países, o
Brasil deve aproveitar o momento para acessar novos mercados mantendo
uma importante liderança em setores como a soja. O mercado de capitais
deve contribuir de forma relevante no f‌i nanciamento das atividades imobi-
liárias e agrícolas, tendo em vista que o baixo rendimento em aplicações de
renda f‌i xa deve criar uma demanda por melhores remunerações, o que
deve promover um oportuno encontro de interesses entre investidores e to-
madores. O ponto de atenção f‌i cará com relação a solvência das empre-
sas, pois há uma tendência de maior seletividade de crédito tendo em vis-
ta o ano difícil de 2020 que consumiu recursos extras e diminuiu a velocida-
de das operações. Em termos de indicadores f‌i nanceiros da Companhia, a
receita líquida do ano de 2020 totalizou R$ 6.888 mil. Já as despesas acu-
muladas para o mesmo período somam R$ 3.463 mil, demonstrando equi-
líbrio operacional. Se compararmos com a receita líquida de 2019 no valo
r
de R$ 11.741 mil e com as despesas operacionais em R$ 3.605 mil, cons-
tatamos que as receitas declinaram cerca de 41% assim como as despesas
caíram 4% ref‌l etindo a retração de mercado observada no ano, que acabou
por reduzir as receitas, porém também viabilizou a redução de gastos atra-
vés da renegociação de contratos, como o aluguel, e economias com des-
pesas de ocupação da sede em decorrência do trabalho remoto (“home of-
f‌i ce”). Não há endividamento f‌i nanceiro pela posição estratégica adotada
pelos sócios em não haver dependência de capital de terceiros para man-
ter o desenvolvimento do plano de negócios da Companhia. Os ativos f‌i du-
ciários totalizaram R$ 1.397 milhões, sem a ocorrência de eventos de ina-
dimplência em suas séries. A Companhia inicia o ano de 2021 com um or-
çamento de crescimento, considerando uma retomada de negócios em li-
nha com as expectativas positivas para o mercado imobiliário e agrícola. A
austeridade de gastos deve se manter até a superação da crise sanitária,
porém, sem a expectativa de redução da atual estrutura.
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações f‌i nanceiras.
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