Balanço - Supermercados Irmãos Lopes S/A

Data de publicação16 Abril 2021
SeçãoCaderno Empresarial
20 – São Paulo, 131 (71) Diário Of‌i cial Empresarial sexta-feira, 16 de abril de 2021
Supermercados Irmãos Lopes S.A.
CNPJ nº 45.827.425/0001-07
Demonstrações Financeiras - Exercícios findos em 31 de dezembro de 2020 e 2019 (Em milhares de Reais)
Relatório da Administração: Senhores Acionistas: O Supermercados Irmãos Lopes S.A. (“Companhia”) subme-
te à apreciação de V.Sas. o Relatório da Administração, bem como as Demonstrações Financeiras acompanhadas
do Relatório dos Auditores Independentes referente ao exercício social findo em 31 de dezembro de 2020. O ano
de 2020 foi um período de recuperação de resultados na empresa, fechamos o ano com um Lucro antes do IR e
CSLL de R$19.454 mil, crescimento de 102,9% em relação ao ano anterior. Este ótimo resultado foi fruto de uma
nova política comercial e de operações de loja que nos proporcionou um grande crescimento de vendas no concei-
to mesmas lojas além de uma forte política de controle de custos e despesas. Em relação à pandemia da COVID-19,
a Companhia informa que não sentiu impactos negativos em suas receitas e nem nos níveis de inadimplência do
Cartão Lopes. Desde o início da pandemia a Companhia vem adotando ações e cumprindo todas a legislação re-
lacionada ao tema, com o objetivo de aumentar o nível de proteção de seus clientes e colaboradores, para tanto,
citamos abaixo algumas das ações adotadas durantes este período: • Em lojas: Demarcações de distanciamento
no chão na fila do caixa, medição de temperatura na entrada, aumento na frequência de limpeza de banheiros e
instalações, instalação de proteções de acrílico entre os caixas e os clientes, disponibilização de álcool em gel,
máscaras e protetores faciais, adaptação de refeitórios, aumento da comunicação orientando medidas de proteção,
etc.. • Na Matriz e CD: Implementação do teletrabalho para atividades administrativas, reuniões por vídeo chamada,
adaptação de refeitórios, distribuição de máscaras, adaptação das estações de trabalho com a instalação de placas
de acrílico entre as posições, aumento da comunicação orientando medidas de proteção, etc.. Agradecimentos:
Ao término de mais um exercício, agradecemos aos nossos colaboradores pela dedicação e pela coragem ao en-
frentar este ano de desafios, aos acionistas, clientes, fornecedores e mercado financeiro em geral pela confiança
depositada nos planos empreendidos pelo Supermercados Irmãos Lopes S.A. Guarulhos,14 de abril de 2021.
Balanço patrimonial Nota 2020 2019
Ativo/Circulante 223.349 197.497
Caixa e equivalentes de caixa 5 33.243 32.473
Contas a receber de clientes 6 77.694 53.400
Estoques 7 107.783 106.665
Impostos a recuperar 1.313 2.603
Outros créditos 8 3.316 2.356
Não circulante 268.326 265.064
Depósitos judiciais 21 12.001 10.919
Imposto de renda e contribuição social diferidos 9c 18.156 12.190
Contas a receber 6 1.316 627
Outros créditos 8 1.206 1.559
Ativo de direito de uso 12 170.786 170.920
Imobilizado 10 58.517 61.104
Intangível 11 6.344 7.745
Total do ativo 491.675 462.561
Passivo/Circulante 230.348 226.080
Fornecedores 14 110.134 113.072
Empréstimos e financiamentos 15 28.509 27.238
Obrigações tributárias 16 12.298 9.810
Obrigações trabalhistas 17 13.793 12.956
Provisões trabalhistas 18 17.163 10.173
Imposto de renda e contribuição social a recolher 9.b 1.092
Parcelamentos tributários 19 2.221 2.221
Dividendos a pagar 22 4.024
Outras contas a pagar 20 11.058 10.244
Passivos de arrendamento 12 30.056 40.366
Não circulante 221.454 206.461
Empréstimos e financiamentos 15 39.350 39.907
Parcelamentos tributários 19 8.224 10.446
Provisão para riscos processuais 21 9.103 7.926
Outras contas a pagar 20 6.078 7.496
Passivos de Arrendamento 12 156.184 140.173
Outras provisões 2.515 513
Patrimônio líquido 39.873 30.020
Capital social 22 13.210 13.210
Reserva de capital 24 24
Reserva de lucros 26.639 16.786
Total do passivo e patrimônio líquido 491.675 462.561
Demonstração do resultado Nota 2020 2019
(reclassi-
ficado) (*)
Receita operacional líquida 23 1.308.008 1.185.507
Custo das mercadorias vendidas 25 (988.694) (891.140)
Lucro bruto 319.314 294.367
(Despesas) receitas operacionais
Despesas com vendas 24 (188.996) (191.852)
Despesas gerais e administrativas 24 (116.014) (108.380)
Provisão para perda de crédito esperada 6.b 1.216 8.614
Outras receitas operacionais, líquidas 26 10.012 9.835
Resultado antes das receitas (despesas)
financeiras líquidas e impostos 25.532 12.584
Receitas financeiras 27 22.891 24.375
Despesas financeiras (28.969) (35.590)
(Despesas) receitas financeiras líquidas 27 (6.078) (11.215)
Resultado antes dos impostos 19.454 1.369
Imposto de renda e contribuição social - corrente 9.a (11.299) (745)
Imposto de renda e contribuição social - diferido 9.a 5.966 (766)
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 14.121 (142)
Lucro (prejuízo) por ação 0,04 (0,38)
(*) Vide nota 2.e e para reclassificações quanto ao saldo da abertura.
Demonstração do resultado abrangente 2020 2019
Lucro líquido (prejuízo) do exercício 14.121 (142)
Outros resultados abrangentes
Resultado abrangente do exercício 14.121 (142)
Demonstração das mutações do patrimônio líquido Reservas de lucros
Nota Capital
social Reserva
de capital Reserva
legal Reserva de
lucros a realizar Reservas para
investimentos Total Lucros
acumulados Total
Saldos em 1º de janeiro de 2019 13.210 24 1.778 8.483 6.667 16.928 30.162
Prejuízo do exercício (142) (142)
Absorção do prejuízo do exercício com reserva lucro 22.b (142) (142) 142
Saldos em 31 de dezembro de 2019 13.210 24 1.778 8.341 6.667 16.786 30.020
Ajustes de exercícios anteriores 22.b (244) – (244) (244)
Lucro líquido do exercício 14.121 14.121
Reserva legal 22.b 707 – 707 (707)
Distribuição de dividendos obrigatórios 22.c (4.024) (4.024)
Reserva estatutária - Investimentos propostos 22.b 2.817 2.817 (2.817)
Transferência para lucros a realizar 22.b 6.573 – 6.573 (6.573)
Saldos em 31 de dezembro de 2020 13.210 24 2.485 14.670 9.484 26.639 – 39.873
Demonstração do fluxo de caixa Nota 2020 2019
Fluxo de caixa das atividades operacionais (reclassi-
ficado) (*)
(Prejuízo) lucro líquido do exercício 14.121 (142)
Ajustes por: Depreciação e amortização 10 e 11 12.063 11.358
Depreciação CPC 06 (R2) 10 31.880 29.552
Provisão para riscos processuais 21 (2.195) (1.705)
Imposto de renda e contribuição social - corrente 9 11.299 745
Imposto de renda e contribuição social - diferido 9 (5.966) 766
Reversão de provisão para perdas de estoque 7 (107) (1.140)
Reversão provisão para perda
de créditos esperada 6.b (1.216) (8.614)
Juros provisionados - empréstimos
e financiamentos 15.b 1.391 7.115
Juros provisionados - CPC 06 (R2) 12.b 17.632 18.160
Ajustes de exercícios anteriores (244)
Ajustes Exercícios Anteriores Juros CPC 06 (R2)12.b 68
Provisão limite de crédito 23 513
Provisão Incentivo Longo Prazo 1.977
Custo do imobilizado baixado 10 e 11 79 62
Custo imobilizado baixado CPC 06 (R2) 12 1.424
Arrendamento baixado CPC 06 (R2) 12 (1.525)
80.704 56.670
Variações em: Contas a receber de clientes 6 (23.767) 10.268
Estoques 7 (1.011) (4.682)
Impostos a recuperar 1.290 (988)
Depósitos judiciais 21.d (1.082) (2.730)
Outros créditos 8 (607) 266
Fornecedores 14 (2.938) (23.995)
Obrigações e provisões trabalhistas 17e 18 7.827 239
Obrigações tributárias 16 2.488 1.384
Parcelamentos tributários 19 (2.222) 1.148
Provisão para riscos processuais 21 3.372 (601)
Outras contas a pagar 20 (604) (1.758)
Caixa gerado pelas atividades operacionais 63.450 35.221
Juros pagos 15.b (5.364) (4.261)
Imposto de renda e contribuição social pagos 9. b (10.207) (2.282)
Fluxo de caixa líquido proveniente das atividades
operacionais (*) 47.879 28.678
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Aquisições de imobilizado 10 (5.589) (5.181)
Aquisições de intangível 11 (1.680) (1.878)
Fluxo de caixa liquido utilizado nas atividades
de investimentos (7.269) (7.059)
Fluxo de caixa das atividades de financiamento
Captação de empréstimos e financiamentos10. e 15.b 29.522 22.447
Amortização de empréstimos e financiamentos 15.b (25.720) (20.304)
Pagamento contraprestação CPC 06 (R2) - (*) 12.b (43.642) (38.093)
Pagamento de dividendos 22.c (3.020)
Caixa líquido utilizado nas atividades financiamento (*)(39.840) (38.970)
(Redução) aumento líquido em caixa e equivalentes caixa 770 (17.351)
Caixa e equivalentes de caixa em 1º de janeiro 5 32.473 49.824
Caixa e equivalentes de caixa em 31 de dezembro 5 33.243 32.473
(Redução) aumento líquido em caixa e equivalentes caixa 770 (17.351)
(*) Vide nota 2.e para reclassificações quanto ao saldo de abertura.
Notas explicativas às demonstrações financeiras
1. Contexto operacional: O Supermercados Irmãos Lopes S.A. (“Compa-
nhia”) é uma sociedade anônima de capital fechado, constituída em 1974,
de controle nacional, com sede na cidade de Guarulhos/SP, e tem como
objeto social o exercício de atividades no ramo de supermercado auto ser-
viço, bem como de prestação de serviços de correspondente bancário, de
acordo com o escopo da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN)
nº 3.110/03, podendo efetuar recebimentos e pagamentos, execução de co-
brança de títulos, serviços de controle, inclusive processamento de dados,
das referidas operações; prestação de serviços de inserção digital de recar-
ga de telefones celulares pré-pagos; e, como atividade secundária, explora-
ção de estacionamento para veículos, fornecimento de alimentos, prestação
de serviços de alimentação para consumo local em lanchonetes, casas de
chá , casa de sucos e similares, locação de administração de imóveis, im-
portação de mercadoria para revenda e a participação em outras socieda-
des na qualidade de sócia, acionista ou quotista. A Companhia opera sob
a marca Lopes Supermercados, cuja atividade está presente no Estado de
São Paulo, precisamente nos municípios de Guarulhos, Carapicuíba, Embu
das Artes, Jandira, Osasco, Sorocaba e São Paulo. Em 31 de dezembro de
2020 e 2019, haviam 30 lojas em funcionamento. Durante o exercício corren-
te não ocorreu abertura e/ou fechamento de lojas. Continuidade operacional:
Em 31 de dezembro de 2020, a Companhia apresenta capital circulante
líquido negativo no montante de R$ 7.100 (capital circulante líquido negativo
de R$ 28.583 em 31 de dezembro de 2019), em decorrência dos impactos
da adoção inicial do CPC 06 (R2). O efeito do CPC 06 (R2) sobre o passivo
circulante em 31 de dezembro de 2020 é de R$ 33.346 (R$ 40.366 em 31 de
dezembro de 2020). Dessa forma, conforme estimativas da Administração,
o endividamento oriundo das operações será normalmente liquidado com
a geração futura de caixa pela Companhia, captações de longo prazo que
estão em andamento, ou, se necessário, por meio de aportes financeiros
dos acionistas controladores. Desta forma, a Administração avaliou a capa-
cidade da Companhia em continuar operando normalmente e está conven-
cida de que ela possui recursos para dar continuidade a seus negócios no
futuro. Adicionalmente, a Administração não tem conhecimento de nenhuma
incerteza material que possa gerar dúvidas significativas sobre a sua ca-
pacidade de continuar operando. Assim, estas demonstrações financeiras
foram preparadas com base no pressuposto de continuidade. 2. Base de
preparação: a) Apresentação das demonstrações financeiras: As demons-
trações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis
adotadas no Brasil. A emissão das demonstrações financeiras foi autorizada
e aprovada pela administração na reunião do conselho de administração em
14 de abril de 2021. As práticas contábeis adotadas no Brasil compreendem
aquelas incluídas na legislação societária brasileira e os pronunciamentos,
as orientações e as interpretações técnicos emitidos pelo Comitê de Pro-
nunciamentos Contábeis (CPC) e aprovados pelo Conselho Federal de Con-
tabilidade (CFC). Detalhes sobre as principais políticas contábeis da Com-
panhia estão apresentadas na Nota Explicativa nº 3. Todas as informações
relevantes próprias das demonstrações financeiras, e somente elas, estão
sendo evidenciadas, e correspondem àquelas utilizadas pelo Administrati-
vo na sua gestão. b) Base de mensuração: As demonstrações financeiras
foram preparadas com base no custo histórico, exceto por determinados
instrumentos não financeiros mensurados pelo valor justo por meio do re-
sultado. c) Moeda funcional e moeda de apresentação: Estas demonstra-
ções financeiras estão apresentadas em Real, que é a moeda funcional da
Companhia. Todas as informações financeiras apresentadas em Real foram
arredondadas para o milhar mais próximo, exceto quando indicado de outra
forma. d) Julgamentos, estimativas e premissas contábeis significativas: Uso
de estimativas e julgamentos: i) Premissas e estimativas: As demonstrações
financeiras foram elaboradas com apoio em diversas bases de avaliação
utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis envolvidas na
preparação das demonstrações financeiras foram apoiadas em fatores obje-
tivos e subjetivos, com base no julgamento da Administração para determi-
nação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações financeiras.
A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar
em valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstra-
ções financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo
de estimativa. A Companhia revisa suas estimativas pelo menos anualmen-
te. As principais premissas relativas a fontes de incerteza nas estimativas
futuras e outras importantes fontes de incerteza em estimativas na data de
reporte, envolvendo risco significativo de causar um ajuste significativo no
valor contábil dos ativos e passivos no próximo exercício financeiro, estão
incluídas nas seguintes notas explicativas: • Nota Explicativa nº 6 - Provi-
são para créditos de liquidação duvidosa; • Nota Explicativa nº 7 - Provisão
para perdas de estoque; • Nota Explicativa nº 9 - Reconhecimento de ativos
fiscais diferidos; • Notas Explicativa nº 10 e 11 - Teste de redução ao valor
recuperável e vida útil do imobilizado e intangível; e • Nota Explicativa nº 22
- Reconhecimento e mensuração dos riscos processuais. ii) Julgamento: A
preparação das demonstrações financeiras requer que a Administração faça
j
ulgamentos, estimativas e adote premissas que afetam os valores apre-
sentados de receitas, despesas, ativos e passivos, e as respectivas divul-
gações, bem como as divulgações de passivos contingentes. No processo
de aplicação das políticas contábeis da Companhia, a Administração fez
os seguintes julgamentos que têm efeito mais significativo sobre os valores
reconhecidos nas demonstrações financeiras e estão incluídas na seguinte
nota explicativa: • Nota Explicativa nº 31 - Classificação de arrendamento
mercantil. Mensuração do valor justo: Uma série de políticas e divulgações
contábeis da Companhia requer a mensuração dos valores justos para
os ativos e passivos financeiros e não financeiros. Informações adicionais
de Crédito Lopes. A receita de juros é reconhecida no resultado, por meio do
método dos juros efetivos. As despesas financeiras abrangem despesas
com juros sobre empréstimos, líquidas do desconto a valor presente das
provisões. Custos de empréstimo que não são diretamente atribuíveis à
aquisição, construção ou produção de um ativo qualificável são mensurados
no resultado por meio do método de juros efetivos. c) Caixa e equivalentes
de caixa: Compreendem os saldos de caixa, depósitos bancários à vista e
aplicações financeiras com prazo de resgate de até 90 dias da data da apli-
cação. Essas aplicações financeiras são mensuradas ao valor justo, pos-
suem liquidez imediata, são resgatáveis com o próprio emissor e estão su-
jeitas a um risco insignificante de mudança de valor. d) Benefício a
empregados: i) Benefícios de curto prazo a empregados: Obrigações de
benefícios de curto prazo a empregados são reconhecidas como despesas
de pessoal, conforme o serviço correspondente seja prestado. O passivo é
reconhecido pelo montante que se espera que será pago se a Companhia
tem uma obrigação legal ou construtiva presente de pagar esse montante
em função de serviço passado prestado pelo empregado, e a obrigação
possa ser estimada de maneira confiável. Nenhum benefício de longo prazo
ou pós-emprego é concedido aos empregados da Companhia. e) Imposto
de renda e contribuição social - correntes e diferidos: O imposto de renda e
a contribuição social do exercício corrente e diferido são calculados com
base nas alíquotas de 15%, acrescidas do adicional de 10% sobre o lucro
tributável excedente a R$240 para imposto de renda e 9% sobre o lucro tri-
butável para contribuição social sobre o lucro líquido, e consideram a com-
pensação de prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social, limita-
da a 30% do lucro real. A despesa com imposto de renda e contribuição
social compreende os impostos de renda correntes e diferidos. i) Impost
o
corrente: Ativos e passivos de tributos correntes referentes aos exercícios
corrente e anterior são mensurados pelo valor esperado a ser recuperado
ou pago às autoridades tributárias, utilizando as alíquotas de tributos que
estejam aprovadas no fim do exercício que está sendo reportado nos países
em que a Companhia opera e gera lucro tributável. Imposto de renda e con-
tribuição social correntes relativos a itens reconhecidos diretamente no pa-
trimônio líquido são reconhecidos no patrimônio líquido. A Administração
periodicamente avalia a posição fiscal das situações nas quais a regulamen-
tação fiscal requer interpretação e estabelece provisões quando apropriado.
ii) Imposto diferido: Tributo diferido é gerado por diferenças temporárias na
data do balanço entre as bases fiscais de ativos e passivos e seus valores
contábeis. Passivos fiscais diferidos são reconhecidos para todas as diferen-
ças tributárias temporárias, exceto: • Quando o passivo fiscal diferido surge
do reconhecimento inicial de ágio ou de um ativo ou passivo em uma transa-
ção que não for uma combinação de negócios e, na data da transação, não
afeta o lucro contábil ou o lucro ou prejuízo fiscal; e • Sobre as diferenças
temporárias tributárias relacionadas com investimentos em controladas, em
que o período da reversão das diferenças temporárias pode ser controlado
e é provável que as diferenças temporárias não sejam revertidas no futuro
próximo. Ativos fiscais diferidos são reconhecidos para todas as diferenças
temporárias dedutíveis, créditos e perdas tributários não utilizados, na ex-
tensão em que seja provável que o lucro tributável esteja disponível para que
as diferenças temporárias dedutíveis possam ser realizadas, e créditos e
perdas tributários não utilizados possam ser utilizados, exceto: • Quando o
ativo fiscal diferido relacionado com a diferença temporária dedutível é gera-
do no reconhecimento inicial do ativo ou passivo em uma transação que não
é uma combinação de negócios e, na data da transação, não afeta nem o
lucro contábil nem o lucro tributável (ou prejuízo fiscal); e • Sobre as diferen-
ças temporárias dedutíveis associadas com investimentos em controladas,
ativos fiscais diferidos são reconhecidos somente na extensão em que for
provável que as diferenças temporárias sejam revertidas no futuro próximo e
sobre as premissas utilizadas na mensuração dos valores justos estão in-
cluídas na Nota Explicativa nº 31 - Instrumentos financeiros. e) Revisão da
apresentação de anos anteriores: i) Reclassificação de pagamentos no fluxo
de caixa: No aprimoramento da preparação desta demonstração financeira,
a administração identificou melhorias em certas apresentações do fluxo de
caixa aderentes as considerações do CPC06, no tópico 50 que, por sua vez,
orienta que os pagamentos da parcela principal dos arrendamentos sejam
classificados no fluxo de caixa nas atividades de financiamento. O quadro
a seguir demonstra, nos períodos anteriores, os efeitos da reclassificação
dos pagamentos de principal e juros relativos aos contratos de aluguel do
IFRS16 para as atividades de financiamento.
Demonstração dos fluxos
de caixa - gerado/(aplicado)
31/12/2019
originalmente
apresentado
Efeitos
da reclas-
sificação 31/12/2019
(reclassificado)
Atividades operacionais (9.415) 38.093 28.678
Atividades de financiamento (877) (38.093) (38.970)
(*) Referente aos saldos que anteriormente eram classificados em ativida-
des operacionais. ii) Transferência de depreciações e despesas com pesso-
al ocorridas nos centros de distribuição para custo: No aprimoramento da
preparação desta demonstração financeira, a administração identificou que
certas despesas deveriam ser reclassificadas para o custo, pois, de acordo
com a interpretação do CPC16, atividades como a mão de obra de profissio-
nais do centro de distribuição, bem como, a depreciação relativas a itens de
tais localidades, podem ser classificadas como custo indireto. Sendo assim,
reclassificamos as respectivas despesas para o custo do período que, por
sua vez, foi devidamente apresentado na nota 24 - Despesas por natureza.
O quadro a seguir demonstra, nos períodos anteriores, os efeitos da reclas-
sificação das despesas de depreciação e mão de obra para o custo.
Demonstração do
resultado débito (crédito)
31/12/2019
originalmente
apresentado
Efeitos
da reclas-
sificação 31/12/2019
Custo das mercadorias (reclassificado)
vendidas (873.552) (17.588) (891.140)
Despesas com vendas (205.160) 13.308 (191.852)
Despesas gerais e administrativas (112.660) 4.280 (108.380)
3. Principais práticas contábeis: A Companhia aplicou as políticas contá-
beis descritas abaixo de maneira consistente a todos os exercícios apresen-
tados nestas demonstrações financeiras. a) Receita: i) Venda de mercado-
rias: A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a
receber pela comercialização de produtos e serviços, no curso normal das
atividades da Companhia, atendendo as normas do CPC 47. A receita é
apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos
descontos. A Companhia reconhece a receita quando o seu valor for mensu-
rado com segurança, é provável que benefícios econômicos futuros fluirão
para a entidade e quando critérios específicos tiverem sido atendidos para
cada uma das atividades da Companhia, conforme descrição a seguir. Os
critérios utilizados pela Companhia no reconhecimento da receita de venda
de produtos ocorrem quando as seguintes condições foram satisfeitas:
• A Companhia transferiu ao comprador os riscos e benefícios significativos
relacionados a propriedade das mercadorias e serviços; • A Companhia não
mantém envolvimento continuado na gestão dos produtos vendidos em grau
normalmente associado a propriedade nem controle efetivo sobre tais pro-
dutos; • O valor da receita pode ser mensurado com confiabilidade; • É pro-
vável que os benefícios econômicos associados a transação fluirão para a
Companhia; e • Os custos incorridos ou a serem incorridos relacionados a
transação podem ser mensurados com confiabilidade. As receitas da Com-
panhia advêm, principalmente, da venda de mercadorias nas suas lojas
para clientes finais. Para essa venda, considerada sem obrigação subse-
quente de desempenho, as receitas são reconhecidas no momento em que
o controle do ativo é transferido para os clientes, que ocorre principalmente
no pagamento da compra pelo cliente no checkout das lojas. ii) Comissões
e venda de serviços: A Companhia atua como intermediário na venda de
serviços, tais como: correspondente bancário, recarga de celular e serviços
de carga e descarga. A Companhia, atuando como agente, reconhece a re-
ceita sobre esses serviços e comissões, líquida dos respectivos custos, no
momento em que o serviço tiver sido prestado, quando for provável que os
benefícios econômicos fluirão para a Companhia, e quando puder ser men-
surada de forma confiável. iii) Receita de aluguel: A receita de aluguel de
sublocação de espaço é reconhecida no resultado pelo método linear pelo
prazo do arrendamento. Incentivos de arrendamento concedidos são reco-
nhecidos como parte integral da receita total de aluguéis, pelo período do
arrendamento. A receita de aluguel de propriedade subarrendada é reco-
nhecida como outras receitas. iv) Bonificação: A bonificação recebida de
fornecedores é mensurada com base nos contratos e acordos e é reconhe-
cida pelo regime de competência na rubrica de custos das mercadorias ven-
didas, como redutora. O contrato ou acordo assinado pode ter as seguintes
características: • Contrato comercial - contrato assinado com fornecedor
onde são negociados os seguintes itens: volume de compras dentro do mês,
fidelização, propaganda cooperativada, troca zero, crescimento trimestral,
aniversário, inauguração e espaço de ponta de gôndola/ilha. O percentual
dos itens descritos acima pode variar conforme a negociação individual por
fornecedor; e • Acordo plus - acordo assinado com fornecedores pontual-
mente, de acordo com os seguintes itens: negociação em volume maior,
espaço extra de ilha, ponta de gôndola e ações promocionais. b) Receitas
financeiras e despesas financeiras: As receitas financeiras abrangem recei-
tas de juros sobre aplicações financeiras e juros sobre a operação de Cartão
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sexta-feira, 16 de abril de 2021 às 01:28:03.

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