Balanço - VOTORANTIM CIMENTOS S.A

Data de publicação09 Abril 2021
SectionCaderno Empresarial
sexta-feira, 9 de abril de 2021 Diário Of‌i cial Empresarial São Paulo, 131 (66) – 5
Votorantim Cimentos S.A.
CNPJ/MF nº 01.637.895/0001-32
Demonstrações
Financeiras 2020
Relatório da Administração
Submetemos à apreciação o Relatório da Administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras
individuais e consolidadas (DFs) da Votorantim Cimentos S.A. (VC ou Companhia), relativas ao exercício f‌indo em
31 de dezembro de 2020, preparadas conforme práticas contábeis adotadas no Brasil, que inclui os pronunciamentos
emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), e conforme as normas internacionais de relatório
f‌inanceiro International Financial Repor ting Standards (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards
Board (IASB) e interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (IFRIC).
1. Cenário macroeconômico: A economia brasileira, assim como a economia global, foi impactada pela pandemia
da COVID-19 no ano de 2020, principalmente devido às restrições de mobilidade como meio de diminuir a
propagação do vírus. Como consequência, a expectativa de retração na atividade econômica brasileira foi de
4,4% em 2020, de acordo com o relatório Focus de 31 de dezembro de 2020. Para o setor de cimento, o ano
foi surpreendentemente positivo considerando as situações de mercado. O mercado totalizou 60,8 milhões de
toneladas de cimento vendidas em 2020, um aumento de 10,9% em comparação com o ano anterior, retornando
aos níveis de venda de 2016, de acordo com a Associação Brasileira de Cimento, SNIC. A indústria observou uma
forte demanda, impactando a dinâmica de preços positivamente, e a Companhia conseguiu responder rapidamente
o movimento de mercado, mantendo a reposição regular e a qualidade dos produtos. As principais razões para o
aumento de volume são decorrentes do auxílio emergencial do governo federal, mudança no perf‌il de consumo,
construção civil como serviço essencial durante o período de pandemia e menor patamar histórico da taxa de juros.
Combinada com a construção civil, a autoconstrução foi um elemento surpresa para a retomada das vendas em
2020 e, após julho, contribuiu para o crescimento da demanda de cimento. O ano de 2021 registrou início favorável
com forte demanda em janeiro e fevereiro, níveis de preços sólidos e é projetado um aumento de 1% para o setor
de cimento ao longo do ano, de acordo com o SNIC. A Associação Brasileira de Cimento também destaca um
cenário de incerteza para 2021, principalmente com a expectativa do término do auxílio emergencial pelo governo
federal, campanha de vacinação, crescimento esperado da taxa de desemprego e aumento da inf‌lação no país. O
mercado de cimento nos Estados Unidos e no Canadá continuou sólido no ano de 2020, recuperando dos impactos
da pandemia principalmente durante os meses de março e abril. O recém presidente eleito Joe Biden introduziu um
pacote de estímulos econômicos e um plano de iniciativas em infraestrutura, o qual, se aprovado, pode impactar
positivamente o setor de cimento. Para 2021, a Portland Cement Association (PCA) projeta um crescimento de 0,8%
no consumo de cimento. Na Espanha, o consumo de cimento diminuiu 10% em 2020 em comparação com 2019, de
acordo com a associação de cimento do país, Of‌icemen (Agrupación de fabricaciones de cemento de España). Essa
queda é resultado da interrupção das construções durante o primeiro semestre devido às restrições da pandemia
do coronavírus, parcialmente mitigada pela recuperação das obras ao longo do ano. Para 2021, a Of‌icemen espera
que o consumo de cimento f‌ique entre -3% e +3%. Na Turquia, o volume de vendas foi melhor no segundo semestre
resultando em um crescimento no consumo de cimento de 22,6% em 2020, de acordo com a Associação de
Fabricantes de Cimento da Turquia. Adicionalmente, foi um dos países em que a COVID-19 teve menos impacto no
portfólio da Companhia, também devido às severas crises econômicas que o país já estava vivendo pré-pandemia.
No entanto, mesmo com melhores volumes, o mercado continua reprimido e é esperado que continue um cenário
desaf‌iador para o ano. Em Marrocos, de acordo com L’Association Professionnelle des Cimentiers (APC), em
2020 as vendas domésticas caíram 10% comparando com 2019. No segundo semestre de 2020, o país teve um
sólido volume de vendas depois de um fraco primeiro semestre. É esperada a contração econômica do país em
6,3% em 2020, impactada pela COVID-19 e, para 2021, é projetado um crescimento de 4,9% do PIB, de acordo
com o último relatório do FMI1, o que pode ajudar a recuperação do mercado de cimento. Na Tunísia, a pandemia
do novo coronavírus interrompeu completamente o mercado de cimento local por dois meses na primeira metade
do ano, houve uma queda no consumo de cimento de 9,6% em 2020, comparando com 2019, de acordo com a
União Arábica de Cimento e Material de Construção (AUCBM). No segundo semestre, as operações da Votorantim
Cimentos foram normalizadas e o volume de vendas e preços foram se recuperando gradativamente durante os
meses. O cenário continua desaf‌iador no país devido à instabilidade política e vulnerabilidade econômica. De
acordo com o último relatório do FMI, a taxa de crescimento projetada da Tunísia para 2021 é de 4%, suportando a
recuperação do nosso mercado. Na Bolívia, a dinâmica de mercado foi gradativamente se recuperando na segunda
metade do ano, mas devido aos severos protocolos de isolamentos no primeiro semestre, uma queda de 26,5% no
consumo de cimento foi registrada até novembro de 2020, comparado ao mesmo período de 2019, de acordo com
o Instituto Nacional de Estatística (INE). O país elegeu Luis Arce como presidente, que está atualmente trabalhando
em algumas medidas para a recuperação econômica e preparando um plano econômico para médio e longo prazo.
No Uruguai, o volume de vendas e os preços foram fortes devido ao baixo impacto econômico que a pandemia
teve no país comparado aos demais países vizinhos da região, juntamente com o positivo impacto da dinâmica de
mercado local. A operação da Votorantim Cimentos teve uma boa performance ao longo de 2020. De acordo com
a Camera de Industrias del Uruguay (CIU), em 2020 o consumo de cimento cresceu 7,7% no país. Na Argentina, o
volume de vendas foi impactado pelas restrições da COVID-19, mas foi possível aumentar os preços acompanhando
a inf‌lação do país, suportando as margens locais. A atividade econômica foi impactada pela pandemia, mas
também pelos desaf‌ios da macroeconomia e da política local. Durante 2020, o consumo de cimento caiu 11,5%
em comparação com 2019, de acordo com Associación de Fabricantes de Cemento Portland (AFCP). De acordo
com a Associação, é esperado que o consumo de cimento aumente 5,7% em 2021. Coronavírus (COVID-19): Em
razão da pandemia mundial declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) relacionada ao Coronavírus
(COVID-19), que vem afetando o Brasil e diversos países no mundo com riscos graves à saúde pública e impactos
na economia mundial, a Companhia informa que, de acordo com sua Política de Gestão de Riscos, aprovada por
seu Conselho de Administração, instituiu, por meio de sua Comissão Corporativa de Gestão de Crises, um Plano
de Resposta à pandemia. Com isso, tomou medidas preventivas e de mitigação dos seus efeitos, em linha com as
diretrizes estabelecidas pelas autoridades de saúde nacionais e internacionais. Dessa forma, a Companhia visa
atenuar, ao máximo possível, eventuais impactos no que se refere à saúde e segurança dos nossos empregados,
familiares, parceiros e comunidades, bem como minimizar o impacto em nossas operações e negócios. A Comissão
Corporativa de Gestão de Crises trata o assunto da COVID-19, suas consequências e efeitos colaterais com uma
equipe multidisciplinar, de forma coordenada e centralizada com todas as diretorias da Companhia. Adicionalmente,
a Companhia avalia frequentemente os impactos da COVID-19 junto aos clientes, fornecedores e demais credores.
Neste cenário, a Companhia vem monitorando os efeitos nas principais estimativas e julgamentos contábeis críticos,
bem como outros saldos com potencial de gerar incertezas e impactos nas informações f‌inanceiras divulgadas.
A área de Relações com Investidores está disponível para responder eventuais dúvidas ou questionamentos.
2. Resultado: A receita líquida consolidada totalizou R$ 16,7 bilhões em 2020, um aumento de 29% em relação a
2019, explicado principalmente pelos maiores volumes e preços, especialmente nas operações do Brasil (VCBR) e
da América do Norte (VCNA), e impacto positivo com a depreciação do real nas demais regiões. A receita líquida
da VCBR teve aumento de 23%, de R$ 6,4 bilhões em 2019 para R$ 7,9 bilhões em 2020, principalmente em
função de maiores volumes e preços, alinhado ao crescimento do mercado comparado com o ano anterior. Na
VCNA, a receita líquida alcançou R$ 5,4 bilhões, um aumento de 43% na comparação anual, como resultado de
forte performance operacional, desvalorização do real e preços sólidos nos EUA e no Canadá, juntamente com o
inverno ameno enfrentado no começo de 2020. Na região da Europa, Ásia e África (VCEAA), as receitas líquidas
aumentaram 22% quando comparado a 2019 e chegaram a R$ 2,6 bilhões devido ao aumento de demanda na
Turquia e a melhores preços na Espanha e na Tunísia, ambos consequência da recuperação do mercado após
as restrições no primeiro semestre devido à COVID-19, que impactou em diferentes momentos e intensidades de
cada país, e o impacto positivo da desvalorização do real, que mitigou a queda de volume da Espanha, Marrocos
e Tunísia. A receita líquida da VCLatam e demais regiões aumentou 25% quando comparado a 2019, de R$ 657
milhões para R$ 823 milhões, como resultado de forte volume e melhores preços no Uruguai e preços estáveis na
Bolívia, o que parcialmente mitigou a queda de volumes no mercado boliviano. O CPV consolidado aumentou 20%
em relação a 2019, atingindo R$12,8 bilhões, na sua maior parte explicado pelo impacto cambial nas operações
estrangeiras e aumento de volume na maioria das regiões, gerando um maior investimento em matéria-prima,
energia e manutenção. Esse aumento foi parcialmente mitigado pela redução de custos da execução do plano de
contingência em virtude da pandemia. As despesas com vendas e administrativas consolidadas totalizaram R$ 1,8
bilhão, 9% superior frente às registradas em 2019, impulsionadas pela depreciação do real frente ao dólar, pelas
despesas relacionadas à COVID-19 e parcialmente mitigadas pelas iniciativas de redução de custos como parte
do plano de contingência. O EBITDA ajustado consolidado atingiu R$ 3,8 bilhões em 2020, um aumento de 43%
em relação a 2019, com margem EBITDA de 23%. A VCBR apresentou EBITDA ajustado de R$ 1,6 bilhão, um
aumento de 47% em relação ao ano anterior, explicado principalmente por maiores volumes e preços de vendas
de cimento desde junho, sólida performance em produtos adjacentes e redução de custos devido às iniciativas do
plano de contingência. O EBITDA ajustado na VCNA alcançou R$ 1,5 bilhão em 2020 contra R$ 1,1 bilhão em 2019,
um aumento de 43%, principalmente devido ao impacto positivo de variação cambial, melhores volumes e preços
favoráveis, e condições amenas de inverno no começo de 2020. A VCEAA apresentou em 2020 EBITDA ajustado
de R$ 528 milhões, um aumento de 21% em comparação com 2019, impactado positivamente pela depreciação do
real e pelas medidas de redução de custos relacionadas ao plano de contingência, que amenizaram os impactos
da COVID-19 nos principais mercados da região (Espanha, Marrocos e Tunísia). O EBITDA ajustado da VCLatam e
demais regiões teve um aumento de 97%, partindo de R$118 milhões em 2019 para R$ 233 milhões em 2020. Uma
dinâmica positiva de mercado no Uruguai e a redução de custos mitigaram o cenário macroeconômico desaf‌iador e
de muitas restrições de, aproximadamente, dois meses na Bolívia devido à pandemia da COVID-19.
3. Liquidez e endividamento: No f‌inal do quarto trimestre de 2020, a dívida bruta da Companhia era de R$ 12,2
bilhões2, 12% maior em comparação com o f‌inal de 2019, principalmente devido à variação cambial de moeda
estrangeira. Excluindo a variação cambial, a dívida bruta teria diminuído 8% e a dívida líquida teria diminuído
mais de 20% em comparação a dezembro de 2019 como resultado da disciplina f‌inanceira e plano de gestão de
endividamento da Companhia, executado durante o ano de 2020. Em 2020, alinhado com a gestão de endividamento
da Companhia, durante o primeiro trimestre a Votorantim Cimentos renegociou as condições contratuais de duas
dívidas sobre a Lei 4.131/1962, no total de USD 150 milhões, estendendo o prazo de vencimento de 2023 para
2025. Em complemento, a Companhia amortizou parcialmente a 8ª emissão pública de debênture no montante
de R$ 113 milhões, referente à parcela que venceria em 2023. A Votorantim Cimentos também negociou um novo
contrato de dívida sobre a Lei 4.132/1962, no valor total de USD 50 milhões, com vencimento para março de 2025.
No segundo trimestre, a Votorantim Cimentos sacou parcialmente USD 200 milhões da linha rotativa de crédito
de USD 500 milhões, a qual foi pré-paga no trimestre seguinte. Os recursos foram usados para amortizar o Euro
Bond da Votorantim Cimentos International com vencimento em 2021. A linha de crédito rotativa estava totalmente
disponível no f‌inal de 2020. Durante o primeiro semestre, sendo parte da estratégia da Companhia de aumentar a
posição de liquidez durante um cenário de incerteza, a linha de crédito rotativo (Committed Credit Facility), de USD
290 milhões, foi totalmente sacada. Durante o segundo semestre foi pré-paga grande parte da linha de crédito,
sendo que USD 126 milhões foram pagos no f‌inal de setembro e USD 152 milhões no quarto trimestre, USD 12
milhões permaneceram em uso pela Companhia. No f‌inal do ano, a liquidez da Companhia estava reforçada com
USD 778 milhões por meio da disponibilidade das duas linhas de crédito rotativas. Em dezembro, a Companhia
pré-pagou o Euro Bond da Votorantim Cimentos International com vencimento em 2022. Os recursos foram
originados de novos contratos de dívida na VCEAA e caixa próprio da Companhia. O plano de gerenciamento
de dívida durante 2020 teve como objetivo a redução de vencimentos de curto e médio prazos. No f‌inal de 2020,
a Companhia manteve uma forte liquidez de caixa com 37% de posição de caixa em moeda forte, o que diminui
o risco com a depreciação do real e viabiliza a Companhia a cumprir com as suas obrigações f‌inanceiras pelos
próximos 4,8 anos. A Votorantim Cimentos apresentou um índice de dívida líquida/EBITDA Ajustado de 1,96x ao
f‌inal de 2020, uma redução de 0,97x em relação a 2019, em conformidade com a política f‌inanceira da Companhia.
A positiva evolução da taxa de alavancagem é resultado da forte performance do EBITDA e da expressiva geração
de caixa livre de R$ 2,7 bilhões, que compensaram o impacto da desvalorização do real na dívida bruta.
4. Investimentos e desinvestimentos: Durante o ano de 2020, o CAPEX da Votorantim Cimentos totalizou R$
1.136 milhões, 2% menor quando comparado ao ano passado, principalmente em decorrência da execução do
plano de contingência e da postergação de CAPEX como resultado das ações da Companhia frente à pandemia
da COVID-19. A redução de despesas foi parcialmente mitigada pela depreciação do real. Os projetos de expansão
foram 10% do total do CAPEX, especialmente relacionado ao investimento na planta de moagem de Pecém (CE).
O projeto de Pecém foi interrompido durante alguns meses de 2020 devido à pandemia, retornou às obras em
setembro e é esperado que seja inaugurado no primeiro semestre de 2021. Projetos de não-expansão foram 90%
do total do CAPEX. Em setembro de 2020, o Conselho de Administração aprovou uma expansão de CAPEX para
unif‌icar as linhas de clínquer com um novo moinho vertical e o despacho em Minas, no Uruguai. A otimização
da planta visa aprimorar a ef‌iciência estrutural, o consumo de energia e reforçar a liderança em custos. Em
dezembro de 2020, a Votorantim Cimentos anunciou uma combinação de negócios entre a Companhia e suas
subsidiárias integrais, Votorantim Cimentos International S.A. (“VCI”) e St. Marys Cement Inc. (Canada) (“SMCI”),
e com a Caisse de dépôt et placement du Québec (“CDPQ”), investidor institucional de longo prazo, por meio
de sua participação na McInnis Holding Limited Partnership (“McInnis Holding”). A operação resultará em uma
companhia sediada em Toronto, no Canadá, que irá deter os ativos combinados da SMCI e McInnis Cement Inc.,
subsidiária da McInnis Holding. A conclusão da operação está sujeita ao cumprimento de condições precedentes,
incluindo a aprovação por autoridades regulatórias no Brasil, nos Estados Unidos da América e no Canadá. As duas
companhias continuarão a operar como negócios separados até o fechamento da transação.
1 FMI (Fundo Monetário Internacional)
2 inclui efeito da IFRS 16
Balanço Patrimonial - Exercícios Findos em 31 de Dezembro - Em milhares de reais
Controladora Consolidado
Ativo Nota 2020 2019 2020 2019
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa E1 107.487 418.279 2.356.830 2.252.160
Aplicações financeiras E2 1.851.628 633.856 2.046.479 759.256
Instrumentos financeiros derivativos D3.1.3 13.895 21.053 494
Contas a receber de clientes E3 401.622 320.796 1.031.396 675.346
Estoques E4 482.518 459.871 1.914.812 1.667.730
Tributos a recuperar E5 327.527 186.697 483.826 292.004
Imposto de renda e contribuição social a recuperar 48.754 50.196 72.775 67.263
Adiantamentos a fornecedores 1.761 2.537 15.607 50.750
Dividendos a receber E6 102.259 37.835 9.010
Contas a receber da alienação de investimentos 96 20 46.257 84.736
Outros ativos 28.501 30.241 130.382 112.987
3.366.048 2.140.328 8.119.417 5.971.736
Ativos classificados como mantidos para venda E27 3.071 6.256 143
3.369.119 2.140.328 8.125.673 5.971.879
Não circulante
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras E2 20.097 19.655 20.097 19.655
Instrumentos financeiros derivativos D3.1.3 588.270 100.573 966.447 185.201
Tributos a recuperar E5 452.844 857.999 768.514 1.264.016
Imposto de renda e contribuição social a recuperar E14 (f) 641.998 641.998 642.325 642.325
Adiantamentos a fornecedores 8.450 16.698
Imposto de renda e contribuição social diferidos E14 8.927 151.407 278.347 380.645
Partes relacionadas E6 11.213 42.981 3.748 24.312
Depósitos judiciais E7 57.114 105.599 132.590 182.937
Contas a receber da alienação de investimentos 10.524 7.824 39.988 67.924
Securitização de recebíveis E3 (e) 148.935 140.292
Benefícios de plano de pensão E17 138.525 40.426
Outros ativos 33.360 36.506 212.515 178.396
1.824.347 1.964.542 3.360.481 3.142.827
Investimentos E8 9.501.107 7.211.751 1.235.947 1.006.862
Imobilizado E9 4.723.170 4.863.592 14.131.795 12.877.133
Intangível E10 657.624 724.186 8.064.152 6.457.744
Direito de uso sobre contratos de arrendamento E11 79.785 104.677 533.989 537.431
16.786.033 14.868.748 27.326.364 24.021.997
Total do ativo 20.155.152 17.009.076 35.452.037 29.993.876
Controladora Consolidado
Passivo e patrimônio líquido Nota 2020 2019 2020 2019
Circulante
Empréstimos e financiamentos E12 2.697 373.637 223.247 539.814
Instrumentos financeiros derivativos D3.1.3 20.827 5.180 36.681 15.103
Arrendamento E11 4.727 12.150 105.383 101.405
Risco sacado a pagar E13 284.309 150.042 1.032.027 552.049
Fornecedor e outras contas a pagar 1.048.257 978.996 2.670.866 2.191.381
Salários e encargos sociais 209.371 148.048 548.308 355.597
Imposto de renda e contribuição social a recolher 50.658 28.803
Tributos a recolher 96.881 79.917 260.842 206.414
Partes relacionadas E6 2.274
Adiantamento de clientes 11.329 7.608 50.279 25.499
Dividendos a pagar E6 85.149 107.220 87.305 156.094
Uso do bem público - UBP E16 41.034 35.382
Outros passivos 203.427 182.831 287.959 256.744
1.966.974 2.047.903 5.394.589 4.464.285
Passivos relacionados a ativos mantidos para venda E27 1.676 1.501
1.966.974 2.047.903 5.396.265 4.465.786
Não circulante
Empréstimos e financiamentos E12 2.589.159 1.983.352 11.375.659 9.840.157
Instrumentos financeiros derivativos D3.1.3 457.404 23.908 719.876 110.382
Arrendamento E11 78.888 94.822 448.810 444.646
Imposto de renda e contribuição social diferidos E14 744.792 568.360
Partes relacionadas E6 775.572 379.087 16.881 121.547
Provisões e depósitos judiciais E15 629.938 773.823 1.169.832 1.183.317
Uso do bem público - UBP E16 584.128 483.100
Plano de pensão E17 364.809 226.672
Securitização de recebíveis E3 (e) 76.576 64.026
Outros passivos 138.842 85.040 310.103 211.478
4.669.803 3.340.032 15.811.466 13.253.685
Total do passivo 6.636.777 5.387.935 21.207.731 17.719.471
Patrimônio líquido E18
Capital social 7.723.353 7.719.402 7.723.353 7.719.402
Reservas de lucros 3.548.783 3.091.616 3.548.783 3.091.616
Ajustes de avaliação patrimonial 2.246.239 810.123 2.246.239 810.123
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores 13.518.375 11.621.141 13.518.375 11.621.141
Participação dos acionistas não controladores 725.931 653.264
Total do patrimônio líquido 13.518.375 11.621.141 14.244.306 12.274.405
Total do passivo e patrimônio líquido 20.155.152 17.009.076 35.452.037 29.993.876
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
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sexta-feira, 9 de abril de 2021 às 00:38:08
Demonstração do Resultado - Exercícios Findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma
Controladora Consolidado
Nota 2020 2019 2020 2019
Operações continuadas
Reapre-
sentado
(Nota A4)
Reapre-
sentado
(Nota A4)
Receita líquida dos produtos vendidos
e dos serviços prestados E19 5.747.165 4.675.797 16.739.835 13.026.664
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados E20 (4.436.918) (4.081.327) (12.816.231) (10.688.888)
Lucro bruto 1.310.247 594.470 3.923.604 2.337.776
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas E20 (390.278) (408.695) (707.615) (713.713)
Gerais e administrativas E20 (495.715) (448.321) (1.061.486) (909.602)
Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas E22 39.572 359.252 (113.603) 701.300
(846.421) (497.764) (1.882.704) (922.015)
Lucro operacional antes das participações
societárias e do resultado financeiro 463.826 96.706 2.040.900 1.415.761
Resultado de participações societárias
Equivalência patrimonial E8 314.151 467.710 51.089 188.708
Realização de outros resultados abrangentes
de investidas E18 108.194 108.194
314.151 575.904 51.089 296.902
Resultado financeiro líquido E23
Receitas financeiras 183.196 337.679 279.409 546.624
Despesas financeiras (366.892) (368.767) (1.347.010) (1.239.666)
Resultado dos instrumentos financeiros derivativos 136.041 (71.237) 278.935 (76.549)
Variações cambiais, líquidas (138.612) (20.846) (276.529) (42.172)
(186.267) (123.171) (1.065.195) (811.763)
Lucro antes do imposto de renda
e da contribuição social 591.710 549.439 1.026.794 900.900
Imposto de renda e contribuição social E14 (198.699) (55.542) (590.578) (295.009)
Lucro líquido do exercício proveniente de
operações continuadas 393.011 493.897 436.216 605.891
Operações descontinuadas
Lucro (prejuízo) das operações descontinuadas E27 (114) (15.061) 1.248 (56.651)
Lucro líquido do exercício 392.897 478.836 437.464 549.240
Atribuível a:
Acionistas da Companhia 392.897 478.836
Participação de não controladores 44.567 70.404
Lucro líquido do exercício 437.464 549.240
Quantidade média ponderada de ações, em milhares 9.539.071 9.467.439
Resultado básico e diluído por lote de mil ações, em reais 41,19 50,58
Das operações continuadas 41,06 56,56
Das operações descontinuadas 0,13 (5,98)
As notas explicativas da Administração são parte integrante
das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Demonstração dos Fluxos de Caixa - Exercícios Findos em 31 de Dezembro
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
Nota 2020 2019 2020 2019
Fluxo de caixa das atividades operacionais
Reapre-
sentado
(Nota A4)
Reapre-
sentado
(Nota A4)
Lucro antes do imposto de renda e da
contribuição social 591.710 549.439 1.026.794 900.900
Lucro (prejuízo) das operações descontinuadas E27 (c) (114) (15.061) 1.248 (56.651)
Ajustes de itens que não representam alteração
de caixa e equivalentes de caixa
Depreciação, amortização e exaustão 412.554 412.129 1.421.036 1.222.107
Equivalência patrimonial E8 (3) (314.151) (467.710) (51.089) (188.708)
Realização de outros resultados abrangentes
de investidas E18 (d) (108.194) (108.194)
Provisão de impairment de ativos E22 16.144 14.849 215.422 13.730
Ganho (perda) líquido na venda de imobilizado
e intangível E22 28.570 (952) 33.918 (25.886)
Ganho na diluição de participação societária E22 (4.100) (4.100)
Provisão de perda estimada com crédito
de liquidação duvidosa E3 (c) 10.192 23.784 27.107 47.753
Provisão (reversão) para obsolescência de estoques E4 (b) (1.645) (4.917) (23.391) 157
Constituição (reversão) de provisões de
processos cíveis, trabalhistas e fiscais E15 (b) (15.744) 30.313 22.141 35.204
Valor justo de instrumentos financeiros -
Compromisso firme E22 9.731 (1.050) 11.824 (1.275)
Reconhecimento de crédito da exclusão do ICMS
da base de cálculo de PIS/COFINS E22 (i) e
E23 (i) (415.317) (732.604)
Componentes do resultado financeiro 70.969 204.706 845.795 968.119
Demais itens que não afetam caixa (12) (10.867) (8.542) 612
808.204 207.052 3.522.263 2.071.164
Decréscimo (acréscimo) em ativos
Contas a receber de clientes (88.923) 29.245 (216.520) 229.417
Estoques (21.002) (7.757) 86.463 (53.429)
Tributos a recuperar 203.424 106.423 200.180 90.850
Partes relacionadas (13.280) 1.733 (24.013) (75.661)
Depósitos judiciais 22.064 310.579 26.721 313.410
Securitização de recebíveis 23.846 (68.558)
Demais créditos e outros ativos 5.155 25.543 13.756 (10.655)
Acréscimo (decréscimo) em passivos
Fornecedores 69.261 69.939 203.704 210.508
Risco sacado a pagar 134.267 (27.527) 379.471 (105.552)
Salários e encargos sociais 61.323 (22.975) 147.788 (19.302)
Adiantamento de clientes 3.721 (1.505) 21.629 (6.666)
Tributos a recolher 12.980 (22.523) 43.870 (77.799)
Pagamentos de processos tributários, cíveis e trabalhistas (32.670) (23.618) (69.073) (46.340)
Demais obrigações e outros passivos 64.667 16.487 (105.200) 110.740
Caixa proveniente das operações 1.229.191 661.096 4.254.885 2.562.127
Juros pagos (88.654) (128.711) (689.990) (701.162)
Prêmio pago na recompra de bonds E23 (104.176) (171.616)
Imposto de renda e contribuição social pagos (236.089) (222.521)
Caixa líquido proveniente das atividades operacionais 1.140.537 532.385 3.224.630 1.466.828
Fluxo de caixa das atividades de investimentos
Aplicações financeiras (1.176.311) 931.173 (1.227.122) 908.192
Recebimento pela venda de imobilizado e intangível 8.764 14.166 44.020 70.160
Recebimento pela venda de investimentos 5.577 80.871 167.133
Recebimento de dividendos 73.000 99.293 129.553 65.168
Aquisição de imobilizado e intangível E9 e E10 (275.524) (424.980) (1.136.367) (1.143.777)
Aquisição de investimento líquido de
caixa recebido da investida (92.828)
Partes relacionadas 32.222 20.070 (794)
Efeito caixa das movimentações de capital
em investidas A3.2 e
A3.11 (937.763) (2.998.701) (3.379) (1.792)
Caixa líquido aplicado nas atividades
de investimentos (2.275.612) (2.353.402) (2.112.424) (28.538)
Fluxo de caixa das atividades de financiamentos
Captações de recursos E12 (d) 249.000 348.330 3.956.056 1.649.909
Liquidação de empréstimos e financiamentos E12 (d) (153.262) (83.727) (5.094.500) (4.936.599)
Liquidações de arrendamento E11 (c) (46.867) (42.364) (179.107) (141.451)
Instrumentos financeiros derivativos D3.1.3 82.041 (103.610) 105.279 (117.016)
Aumento de capital social 2.000.000 2.000.000
Aumento de participação de acionistas não controladores 6.148
Redução de participação de acionistas não controladores (8.318)
Dividendos pagos a não controladores (194.051) (59.638)
Partes relacionadas 693.371 (441.882) (37.416) 751
Caixa líquido proveniente das (aplicado nas)
atividades de financiamentos 824.283 1.676.747 (1.452.057) (1.597.896)
Decréscimo em caixa e equivalentes de caixa (310.792) (144.270) (339.851) (159.606)
Efeito de oscilações nas taxas cambiais 444.521 49.876
Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício 418.279 562.549 2.252.160 2.361.890
Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício 107.487 418.279 2.356.830 2.252.160
Principais transações que não afetaram o caixa
Redução de capital social de controlada
por meio de liquidação de mútuo A3.2 290.363
Aumento de capital social da Companhia E18 (b) (i) 7.162
Cisão parcial de terrenos para a controladora VSA E18 (b) (ii) (3.211)
As notas explicativas da Administração são parte integrante
das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Demonstração do Resultado Abrangente - Exercícios Findos em 31 de Dezembro
Em milhares de reais
Controladora Consolidado
Nota 2020 2019 2020 2019
Lucro líquido do exercício 392.897 478.836 437.464 549.240
Outros componentes do resultado abrangente do exercício
a serem posteriormente reclassificados para o resultado
Variação cambial de investidas localizadas no exterior E18 1.085.716 (69.641) 1.260.307 (125.621)
Ajuste de inflação para economias hiperinflacionárias E18 338.301 247.239 338.301 247.239
Variação cambial em hedge accounting de investimentos
no exterior E18 (33.046) 123.720 (33.046) 123.720
Realização outros resultados abrangentes de investidas E18 (108.194) (108.194)
Participação em outros componentes do resultado abrangente E18 (532) (6.984) (1.342) (6.984)
1.390.439 186.140 1.564.220 130.160
Outros componentes do resultado abrangente que não
serão reclassificados para o resultado
Remensurações com benefícios de aposentadoria em investidas E18 9.126 (7.259) 7.818 (7.259)
Risco de crédito de dívidas avaliadas ao valor justo E18 36.551 36.551
45.677 (7.259) 44.369 (7.259)
Outros componentes do resultado abrangente do exercício 1.436.116 178.881 1.608.589 122.901
Total do resultado abrangente do exercício 1.829.013 657.717 2.046.053 672.141
Das operações:
Continuadas 1.829.127 672.778 2.044.805 728.792
Descontinuadas (114) (15.061) 1.248 (56.651)
1.829.013 657.717 2.046.053 672.141
Atribuível aos acionistas:
Controladores 1.829.013 657.717
Não controladores 217.040 14.424
2.046.053 672.141
Os itens na demonstração do resultado abrangente são apresentados líquidos de impostos. Os efeitos fiscais de
cada componente do resultado abrangente estão apresentados na Nota E18 (d).
As notas explicativas da Administração são parte integrante
das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido - Exercícios Findos em 31 de Dezembro - Em milhares de reais
Atribuível aos acionistas controladores
Reservas de lucros Participação
Capital De incentivos Ajustes de avaliação Lucros dos acionistas Patrimônio
Nota social fiscais Legal Retenção patrimonial acumulados Total não controladores líquido
Em 1º de janeiro de 2019 5.719.402 1.264.088 529.222 932.865 631.242 9.076.819 721.658 9.798.477
Resultado abrangente do exercício
Lucro líquido do exercício 478.836 478.836 70.404 549.240
Outros componentes do resultado abrangente E18 (d) 178.881 178.881 (55.980) 122.901
178.881 478.836 657.717 14.424 672.141
Contribuições e distribuições para acionistas
Aumento de capital social 2.000.000 2.000.000 2.000.000
Redução de participação de não controladores VCEAA (1.648) (1.648)
Redução de participação na controlada VCNNE (6.175) (6.175) 7.796 1.621
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva de incentivos fiscais E22 143.857 (143.857)
Constituição de reserva legal E18 (c) 23.942 (23.942)
Dividendos deliberados E18 (c) (107.220) (107.220) (88.966) (196.186)
Retenção de lucros 197.642 (197.642)
2.000.000 143.857 23.942 197.642 (478.836) 1.886.605 (82.818) 1.803.787
Em 31 de dezembro de 2019 7.719.402 1.407.945 553.164 1.130.507 810.123 11.621.141 653.264 12.274.405
Em 1º de janeiro de 2020 7.719.402 1.407.945 553.164 1.130.507 810.123 11.621.141 653.264 12.274.405
Resultado abrangente do exercício
Lucro líquido do exercício 392.897 392.897 44.567 437.464
Outros componentes do resultado abrangente E18 (d) 1.436.116 1.436.116 172.473 1.608.589
1.436.116 392.897 1.829.013 217.040 2.046.053
Contribuições e distribuições para acionistas
Aumento de capital social E18 (b) (i) 7.162 7.162 7.162
Aumento (redução) de participação na controlada VCNNE E8 (b) (i) 4.072 4.072 (7.973) (3.901)
Cisão parcial de ativos para controladora VSA E18 (b) (ii) (3.211) (3.211) (3.211)
Aumento (redução) de capital social de minoritários E8 (b) (v) (vi) 1.634 1.634 (6.051) (4.417)
Destinação do lucro líquido do exercício
Constituição de reserva de incentivos fiscais E22 32.655 (32.655)
Constituição de reserva legal E18 (c) 19.645 (19.645)
Efeito de liquidação de partes relacionadas na cisão da VC LATAM 36.493 36.493 36.493
Reversão de dividendos deliberados em anos anteriores E18 (c) (i) 107.220 107.220 107.220
Dividendos deliberados E18 (c) (85.149) (85.149) (130.349) (215.498)
Retenção de lucros 368.374 (368.374)
3.951 32.655 19.645 404.867 (392.897) 68.221 (144.373) (76.152)
Em 31 de dezembro de 2020 7.723.353 1.440.600 572.809 1.535.374 2.246.239 13.518.375 725.931 14.244.306
As notas explicativas da Administração são parte integrante das demonstrações financeiras individuais e consolidadas
6 – São Paulo, 131 (66) Diário Of‌i cial Empresarial sexta-feira, 9 de abril de 2021
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sexta-feira, 9 de abril de 2021 às 00:38:08

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