Características e dificuldades de relacionamento com a chefia em um ministério
| Autor | Wanderley Codo, Analía Soria Batista e Remígio Todeschini |
| Páginas | 325-338 |
Saúde Mental e Trabalho no Serviço Público – 325
Capítulo 3 — CARACTERÍSTICAS E DIFICUL-
DADES DE RELACIONAMENTO COM A
CHEFIA EM UM MINISTÉRIO
Wanderley Codo
Analía Soria Batista
Remígio Todeschini
Classicamenteos relacionamentosentre cheae subordinadossão abor-
dadospor estudosde liderançaAliderança temsido estudadaemtermos de
características individuais e comportamentais do líder, modelos de interação,
regras de relacionamento e poder de envolvimento e persuasão dos subordina-
dos no que se refere aos objetivos, às metas e à cultura organizacional.
Existemtambémoutrasabordagensdiferentescada qualcomsua deni-
çãoDequalquerformatodasnosdizemqueochefeéalguémquesemdúvida
exerce poder sobre seus subordinados, seja por suas características pessoais e
competências, seja por ser admirado, ou seja pela sua posição hierárquica. É ele
que tem por função fazer com que os objetivos organizacionais sejam atingidos,
solucionarconitosaclarardúvidas pontuarospassosaseremseguidosede-
terminar tarefas. Entretanto, em quase todas as abordagens, a ênfase sempre
recai sobre o líder e todos os subordinados são tratados como uma unidade.
Assumeseassimque ochefe temasmesmas interaçõescom todosseus su-
bordinados e que estes, por sua vez, têm a mesma relação com o trabalho como
resultado daquele estilo de liderança.
Não estamos querendo armar que o chefe não seja peça essencial na
performance de seus subordinados, mas que apenas há um exagero na impor-
tânciadadapelaspesquisasaopapeldolíderAssumeseentãoqueoscom-
portamentosdosuperior têmumainuênciamoderadanemporissomenos
importante, para fazer com que seus subordinados atinjam bons desempenhos
ou se sintam satisfeitos, ou insatisfeitos,comotrabalhoAnalum tratamen-
to injusto ou a falta de diálogo e reconhecimento são prováveis redutores de
satisfaçãonotrabalhoquepodemresultaremefeitosnegativostantoàsaúde
como ao bem-estar dos trabalhadores.
Em estudos diagnósticos anteriores, temos encontrado correlações signi-
cativas entre os problemas da relação chefesubordinado e rotina e falta de
controlenotrabalhodesconançaesentimentospersecutóriosdiculdadesnas
relaçõessociaiseouafetivasburnout, entre outras. Todos esses aspectos interfe-
rem na relação do trabalhador com o seu trabalho, comprometendo produtivi-
dade e a qualidade do trabalho desempenhado.
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