Ciência e Técnica com Humanidade, Uma Polêmica Principiológica

AutorEdna Raquel Hogemann
Páginas161-169
Ciência e Técnica com Humanidade,
uma Polêmica Principiológica
Edna Raquel Hogemann
RESUMO: Ness a obra em homenagem a o grande mestre Reis Friede, o
presente ensaio reflete criticamente sobre o progresso ampliado dos pode-
res da ciência e às indagações a respeito dos limites da atuação do ser huma-
no em experimentos envolvendo o próprio ser humano, seus tecidos, órgãos
e fluidos, bem como as questões que envolvem a sustentabilidade do planeta
e do meio ambiente. Em especial, os limites éticos das pesquisas genéticas
em seres humanos, se devem existir e quais seriam esses limites. O certo,
entretanto, é que a resposta ética necessária à elucidação dessa questão – até
os dias de hoje – não logrou a profundidade, a amplitude e a riqueza que o
tema em estudo requer, não obstante, estejam em franco desenvolvimento
tanto a bioética quanto o biodireito. Do ponto de vista deontológico, tais
proibições procuram suas fontes de justificação junto aos direitos humanos
básicos. Nessa perspectiva, em que se procura nos direitos humanos o argu-
mento contrário ou limitador ao avanço das pesquisas científicas, encon-
tram-se valores fundamentais como a liberdade e a dignidade humana, de
um lado e de outro o princípio da liberdade da pesquisa científica que, ine-
gavelmente, funciona como elemento propulsor da investigação científica
humana, despontando no vértice da polêmica principiológica.
Palavras-chave: Ciência; progresso; técnica; liberdade; bioética; cau-
tela.
Introdução
Inegável considerar que essa discussão sobre os avanços obtidos, em es-
pecial no campo da biotecnologia, aponta para algumas questões profundas
que atormentam o ser humano ao longo de sua existência, entre elas, a busca
da imortalidade através dos avanços científicos. A ciência necessariamente
precisa estar a serviço da melhoria da qualidade de vida do ser humano e não
da degradação de sua condição ou do ambiente que o cerca; razão pela qual,
ela deve cumprir a tarefa da redução quiçá da supressão, e não do aprofun-
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