O consumidor, o mercado e a guerra

AutorCristiano Heineck Schmitt
Ocupação do AutorDoutor e Mestre em Direito pela UFRGS. Professor de Direito da PUC-RS. Pós-graduado pela Escola da Magistratura do RS, Secretário-Geral da Comissão Especial de Defesa do Consumidor da OAB/RS, Diretor do Instituto Brasilcon, autor de livros, palestrante e Professor de Curso de Pós-graduação Lato sensu. Advogado.
Páginas371-376
O CONSUMIDOR, O MERCADO E A GUERRA
Cristiano Heineck Schmitt
Doutor e Mestre em Direito pela UFRGS. Professor de Direito da PUC-RS. Pós-graduado
pela Escola da Magistratura do RS, Secretário-Geral da Comissão Especial de Defesa
do Consumidor da OAB/RS, Diretor do Instituto Brasilcon, autor de livros, palestrante
e Professor de Curso de Pós-graduação Lato sensu. Advogado.
Há pouquíssimo tempo, o mundo foi assolado com milhares de perdas de vidas
diante de um inimigo repaginado, um desaf‌iante antigo do ser humano que passou
por um upgrade, e ressurgiu com potência máxima. Foi no segundo semestre de
2019 que a Covid19 – Coronavírus, tendo como epicentro a República Popular da
China, invadiu o mundo, provocando mortes, fechando mercados, gerando fortes
abalos econômicos etc.
Como dito, não era um inimigo desconhecido, mas uma nova cepa, descoberta
em 2019, e por isso, designado de Covid19. Os efeitos do vírus iam desde pequenos
resfriados, até a síndrome respiratória aguda grave (SARS-CoV), essa última respon-
sável por milhares de internações hospitalares pelo globo, com muitos óbitos, ou
pacientes com sequelas graves e ainda não superadas. Até o presente, os números
de óbitos pelo mundo superaram a barreira dos seis milhões de indivíduos, tendo o
Brasil atingido dez por cento deste número, f‌icando logo atrás dos EUA, país com
maior número de óbitos por coronavírus.1
Com o avanço tecnológico na Medicina apresentado pelo f‌inal do século XX e
início do século XXI, foi possível, num curto espaço de tempo, desenvolver imuni-
zantes, vacinas contra a Covid, que passaram a ser aplicadas pelo mundo no segundo
semestre de 2020, tendo o Brasil iniciado esse processo em 17 de janeiro de 2021. Tal
instrumento foi o que mostrou ser o mais ef‌icaz no combate ao vírus (não obstante
as iniciativas de uso de máscaras obrigatório, proibição de aglomerações etc.), acele-
rando uma forte blindagem contra o patógeno. Embora não fosse plenamente ef‌icaz,
tornou-se fundamental ao controle da doença, permitindo às pessoas retomarem
suas vidas gradativamente.
Contudo, nem bem superada ainda a epidemia de Covid19, mas já bem contro-
lada, o mundo sofre um novo revés com a recente invasão da Rússia sobre a Ucrânia.
Além do fator de violações a direitos humanos em sequência, com bombardeios so-
bre a população civil ucraniana, diante de uma guerra absurda e desnecessária (não
que haja motivos para guerras), o cenário reacende o estopim da antiga guerra fria
1. https://especiais.gazetadopovo.com.br/coronavirus/casos-no-mundo/. Acesso em 21.03.2022.

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