Debates - 13 DE ABRIL DE 2023 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação20 Abril 2023
SeçãoCaderno Legislativo
quinta-feira, 20 de abril de 2023 Diário Of‌i cial Poder Legislativo São Paulo, 133 (65) – 13
Numa sala com 30, ela teve 17 alunos que não foram. Então as
famílias estão com medo.
Então, a extrema-direita protonazifascista bolsonarista do
Brasil... porque a gente não pode esquecer que isso aumen-
tou drasticamente no governo do Bolsonaro, que atacou a
Educação, o governo que estimulou até mesmo que os alunos
gravassem as aulas dos professores, logo no início do governo,
para fazer o controle, dizendo que os professores estavam
doutrinando, o governo que apoiou o movimento da Escola sem
Partido, que na verdade era censura e mordaça nos professores
e na escola.
O governo Bolsonaro que vetou o projeto aprovado no
Congresso, que garantia a internet gratuita em todas as escolas
públicas, o governo Bolsonaro que também vetou o projeto
aprovado no Congresso de distribuição de absorventes para
as nossas alunas das escolas públicas, governo Bolsonaro que
vetou o projeto, inclusive, que autorizava os governos a coloca-
rem psicólogo e assistente social nas escolas.
Então foi um governo contra a Educação pública. Aliás,
todos os governos autoritários, todos os governos que defen-
dem a ditadura, foi assim na ditadura militar, atacam a escola,
sobretudo a escola pública.
Então o dia oito de janeiro, dia da infâmia, dia do ataque
à democracia brasileira, não terminou, agora ele tem a sua
prorrogação atacando as escolas para gerar pânico e medo na
sociedade brasileira.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
- PSOL - Obrigada, deputado Carlos Giannazi. Deputada Dani
Alonso. (Pausa.) Deputada Ediane Maria. (Pausa.) Deputada
Andréa Werner. Tem V. Exa. o tempo regimental.
A SRA. ANDRÉA WERNER - PSB - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Boa tarde às colegas deputadas, boa tarde, presidenta,
boa tarde aos colegas deputados, todos os funcionários desta
Casa e todo mundo que está nos acompanhando de casa pela
TV Alesp.
Aqui nesta tribuna já há alguns dias a gente tem falado do
mesmo assunto porque tem preocupado a todos nós, que é a
segurança nas escolas.
A gente falou aqui da maior presença das forças de Segu-
rança Pública nas instituições de ensino, a gente falou de um
trabalho mais incisivo da inteligência, que, inclusive, é capaz de
barrar os ataques para monitorar essas ameaças, a gente falou
da importância de cuidar da saúde mental dos alunos, dos pro-
fessores e a gente falou, inclusive, de repensar as instalações do
ambiente escolar.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
Esse problema é grave, é urgente e é complexo. É impor-
tante a gente lembrar, inclusive, que não existem soluções
simples para problemas complexos.
E todas essas ideias que estão sendo trazidas aqui são
importantes e podem contribuir de alguma forma para esse
debate que é muito urgente e para esse processo de pensar
em soluções.
Mas ontem eu estava aqui como presidente da sessão e eu
ouvi uma coisa que não contribui para esse debate e que ataca
um grupo da nossa população que não é criminoso. Na verdade,
em geral, é vítima.
Um dos colegas, eu não vou citar o nome porque a minha
ideia é atacar a fala, e não a pessoa, um dos nossos colegas,
quando estava comentando o caso brutal que aconteceu em
Blumenau, disse o seguinte: “Esse cara da machadinha não é
problema social, ele matou quatro crianças porque ele é inim-
putável, ele é um débil mental, ele é um louco.”.
Essa fala é muito perigosa. Débil mental, retardado, mon-
gol e outros adjetivos pejorativos desse tipo foram usados por
muitos anos para se referir a pessoas com deficiência intelec-
tual, esse é o termo correto, pessoas como o meu filho Theo, de
quase 15 anos.
Inclusive o Theo, se houver um ataque na escola dele, ele
vai ser o primeiro que vai ser vitimado, porque ele não sabe
nem fugir, ele não sabe nem identificar uma ameaça. Se ele
tiver desacompanhado, inclusive, que é a realidade da maioria
das crianças e adolescentes nas escolas deste País, adolescentes
e crianças com deficiência, aí é que as chances dele são míni-
mas mesmo.
O ataque que a gente teve na Bahia, no final do ano passa-
do, em setembro, mostra isso. A principal atingida foi uma moça
que era cadeirante. E eu trago aqui dois estudos importantes.
Eu acho que a gente deve falar de números, para não ficar no
achismo, então eu trouxe alguns estudos.
Tem um estudo do governo americano que nos dá dois
números bem importantes. De todos os episódios de violência,
só cerca de 3% podem ser atribuídos a pessoas com algum
transtorno psiquiátrico ou deficiência intelectual. Ao mesmo
tempo, essas pessoas têm dez vezes mais chances de serem
vítimas de violência do que a população como um todo.
O Departamento de Psiquiatria e Dependência Química de
Nova Deli também traz um dado parecido. A dificuldade que as
pessoas com deficiência intelectual podem ter de organizar os
seus pensamentos, de reagir a estímulos que são imprevistos e de
discernir quando as situações são intensas faz com que a capa-
cidade que essas pessoas têm de se proteger seja muito menor.
É o que eu falei, o meu filho, muitas vezes, eu acho que
ele não identificaria uma situação de perigo, portanto, ele nem
fugiria. Nesse estudo, lá de Nova Déli, chegaram a números
assustadores. Até 56% das pessoas com deficiência intelectual,
ou transtornos psiquiátricos, já foram vítimas de violência.
Então, é com muito respeito que estou pedindo que a
gente se atente às palavras que estão sendo usadas na tribuna.
A gente está sendo ouvido pelo Estado inteiro e, às vezes, até
pelo País.
Eu entendo que a intenção não é, conscientemente, atribuir
violência às pessoas neurodivergentes, ou com deficiência, ou
ofender essas pessoas e as suas famílias. Mas essa linguagem
que, muitas vezes, a gente entende como uma linguagem do
cotidiano, de uma conversa com amigos ou que, em espaços
informais, ela passa como inofensiva, ela é uma ferramenta de
desumanização e de estigmatização contra quem é vítima de
violência.
É uma forma de fazer com que essas pessoas sejam vistas
como aquele “outro”, o outro, alguém que a gente deve temer,
alguém que precisa ser separado, alguém que precisa ser exclu-
ído. É uma forma de esconder o fato real: que essas pessoas
não são um perigo para nós. E sim que, via de regra, são elas as
vítimas de exclusão e das maiores formas de violência.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Dando
sequência à lista de oradores inscritos, com a palavra o depu-
tado Donato. (Pausa.) Com a palavra o deputado Guilherme
Cortez. (Pausa.) Com a palavra o deputado Marcos Damasio.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Conte Lopes. (Pausa.) Com
a palavra o deputado Tomé Abduch. (Pausa.)
Com a palavra a deputada Solange Freitas. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Alex de Madureira. (Pausa.) Com a palavra
a deputada Ana Perugini. (Pausa.) Com a palavra a deputada
Marta Costa. (Pausa.) Com a palavra o deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Com a palavra o deputado Jorge Wilson Xerife
do Consumidor.
Entrando agora na Lista Suplementar, com a palavra a
deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Ricardo Madalena. (Pausa.) Com a palavra o deputado Enio
Tatto. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Com a palavra a deputada Paula da Bancada Feminista.
Enquanto V. Exa. se dirige à tribuna, eu gostaria de dizer
que nós recebemos um abaixo-assinado da Escola João Kopke.
É uma escola que fica nos Campos Elíseos. É uma escola antiga
porque ele aborda requintes de segurança que a gente tem que
aperfeiçoar, na verdade, para cuidar melhor das nossas crianças.
Esse programa que cria então, aqui... “Projeto de lei que
cria o Programa de Segurança nas Escolas no Estado de São
Paulo.”, começando pelos detectores de metais na porta das
escolas, que é uma coisa fundamental.
Além disso, a identificação de todos que passam por aque-
le detector de metais: o corpo docente, o corpo discente, na
verdade os funcionários que prestam serviços na escola, todo
mundo que for entrar na escola tem que passar por esses detec-
tores de metais.
Além disso, todos os estabelecimentos de ensino têm
que ser dotados com sirenes com um som especial, diferente
da sirene da polícia, diferente... Um som que, quando ele for
acionado, na vigência de algum problema, as pessoas já saibam
que aquele som é como se fosse um sinal de perigo iminente,
de pânico, de uma situação incontrolável que está acontecendo
dentro daquela escola.
Além disso, a colocação de um botão de pânico. Um botão
de pânico que fique na diretoria, que fique em lugares determi-
nados: na sala dos professores, que fique também na própria
cozinha da escola, na zeladoria.
E as pessoas determinadas já no esquema de segurança.
Ao acionar esse botão de pânico, ele vai acionar, na verdade, ou
a delegacia mais próxima ou o equipamento da Polícia Militar
mais próximo, para que venha em socorro imediato daquela
escola.
* * *
- Assume a Presidência a Sra. Paula da Bancada Feminista.
* * *
A direção e a coordenação do sistema de ensino, ao acio-
nar esse botão de pânico, que também vai transmitir, na verda-
de... Lógico que a colocação de câmeras de segurança é uma
coisa, também, muito importante.
A transmissão online dessas imagens também, ou para a
delegacia mais próxima - que não vai ficar lá 24 horas por dia
fazendo aquilo, porque tem os DVRs que guardam as imagens
do dia e da noite da escola.
Mas no instante da necessidade eminente de perigo, ao
acionar o botão de pânico, já também aciona as imagens online
das câmeras de segurança, que deverão ser instaladas nas
escolas, para que a própria delegacia ou o próprio batalhão da
PM ou a unidade da PM mais próxima, possa saber, exatamen-
te, o que está acontecendo naquele local de ensino.
Também a própria Polícia Militar, e a própria estrutura da
Secretaria da Educação, têm que dar treinamento para alunos,
para professores e para todos os funcionários que trabalham
naquela escola, de como se portar na eminência de um risco
grave para a vida de qualquer um que esteja ali dentro.
Acho que, com isso, a gente cobre todas as lacunas impor-
tantes na segurança das escolas, na segurança das nossas
crianças. Nós vamos dar um exemplo, quer dizer, de aperfei-
çoamento, inclusive, do próprio plano de segurança que eu
fiz quando fui prefeito lá em São José do Rio Preto, que era a
colocação de câmeras para poder, na verdade, visualizar algum
eventual crime ou algum eventual deslize ou algum eventual
furto que acontecesse lá nessa escola.
Acho que, com isso, a gente faz uma cobertura global disso.
Nós vamos dar um exemplo em São Paulo, com a criação desse
plano de segurança das escolas, de como é que a gente pode
melhorar a segurança dos professores, de quem trabalha e dos
nossos queridos alunos.
Muito obrigado, Sr. Presidente, esse era o meu assunto de hoje.
A SRA. PRESIDENTE - PAULA DA BANCADA FEMINISTA -
PSOL - Muito obrigada, deputado Valdomiro. Agora o deputado
Carlos Giannazi. Desculpa. Deputado Capitão Telhada. (Pausa.)
Deputada Carla Morando. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputado Atila Jacomussi. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Simão Pedro.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Rafael
Saraiva. (Pausa.) Deputado Bruno Zambelli. (Pausa.) Deputado
Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Vitão do Cachorrão. (Pausa.)
Deputado Leonardo Siqueira. (Pausa.)
Deputado Carlos Giannazi. Tem, V. Exa., o tempo regimental.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Muito obrigado, Sr. Deputada Paula da Bancada Femi-
nista. Srs. Deputados e Sras. Deputadas, público aqui presente,
quero hoje abordar, novamente, o tema da questão da violência
nas escolas, Sra. Presidente. É sério o que está acontecendo no
nosso Brasil.
Eu queria fazer uma relação muito profunda entre o que
aconteceu no dia 8 de janeiro, agora, de 2023, que é a data da
infâmia que foi, justamente, o ataque às sedes dos três Poderes,
ao Supremo, ao Parlamento e à sede do governo federal.
Todos acompanhando, acompanhava aquele ataque nazi-
fascista da extrema-direita brasileira contra a democracia e
contra a sede dos três poderes, em Brasília, aquele ato contra a
democracia, aquele ato terrorista.
Eu quero dizer que ele continua, ele não terminou, ele
continua vivo na sociedade brasileira. Agora esses grupos desse
segmento atacam as nossas escolas, sobretudo as escolas
públicas do Brasil.
Esses grupos sempre odiaram a escola pública, sempre
odiaram os professores, porque é na escola que o aluno tem a
possibilidade de entrar em contato com uma diversidade; é na
escola que ele tem a oportunidade de entrar com o pensamento
crítico, com uma educação libertadora, libertária, educação
emancipadora.
E esses grupos sabem muito bem disso. Então, agora a
segunda etapa do dia 8 de janeiro, o dia da infâmia, o dia do
terrorismo contra a democracia da extrema-direita. Ele se mani-
festa através dos ataques orquestrados pelas redes sociais, não
só mais pelo subterrâneo, pelo esgoto das redes sociais, mas de
uma forma já aberta.
Não é à toa que o Ministério da Justiça, de uma forma
acertada, e tem todo o nosso apoio, está editando uma medida
para tirar do ar todos os perfis, todas as contas que estão esti-
mulando os ataques às escolas do Brasil. Só o Twitter tem mais
de 511 contas, perfis estimulando ataques às nossas escolas, às
professoras, às crianças e aos adolescentes.
Está lá, e o Twitter disse que não vai retirar, não atendeu ao
apelo do Ministério da Justiça, e é por isso mesmo que o Minis-
tério da Justiça vai tomar medidas mais duras a partir de agora,
multas pesadas para essas empresas multinacionais, internacio-
nais que estão contribuindo com os ataques às nossas crianças,
com as mortes.
Então, queria dizer que o dia 8 de janeiro continua. Tem
aquele livro do Zuenir Ventura, “1968, o Ano Que Não Termi-
nou”, que não acabou. É a mesma coisa aqui, faço analogia,
dia 8 de janeiro, o dia dos ataques à democracia, também esse
dia não terminou e ele tem prosseguimento agora atacando as
nossas escolas.
E a extrema-direita trabalhando agora nos subterrâneos
para disseminar o medo, o clima de terror, o pânico, as ameaças
com discurso do ódio, com discurso que estimula exatamente
a violência, que abre espaço, que estimula os psicopatas, os
franco-atiradores, as pessoas ressentidas. Enfim, essas pessoas
se manifestam. Então é uma orquestração, sim, na nossa opi-
nião, da extrema-direita para gerar o pânico, o medo e o terror,
não só nas escolas, mas em toda a sociedade brasileira.
Eu tenho ido, Sra. Presidente, deputada Paula, quase todos
os dias às escolas, pessoalmente, conversando com as professo-
ras, com os professores da rede municipal, da rede estadual de
ensino, e estão todos com medo, e há uma diminuição drástica
do número de alunos nas escolas.
Muitas escolas, ontem mesmo conversei com algumas
professoras do Ensino Fundamental da estadual, dizendo:
“Olha, ontem, na minha escola, eu tive a falta de 17 alunos”.
Muito obrigada, obrigada sempre ao nosso senador e
nosso deputado Eduardo Suplicy, nosso símbolo da luta pelos
direitos humanos, pela renda mínima de cidadania, que é algo
que parece utópico, mas é a realidade porque o capitalismo, por
si, não se sustenta. Algo inovador há que acontecer.
Muito obrigada.
A SRA. ANA PERUGINI - PT - Presidenta, solicitando aqui o
levantamento da sessão.
A SRA. PRESIDENTE - ANDRÉA WERNER - PSB - Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V. Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental,
sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 13 minutos.
* * *
13 DE ABRIL DE 2023
19ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, PAULA DA BANCADA
FEMINISTA, REIS e CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - VALDOMIRO LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - ANDRÉA WERNER
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência. Pronuncia-se acerca de abaixo-assinado
tratando de insegurança na Escola Estadual João Kopke.
7 - PAULA DA BANCADA FEMINISTA
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Defende a realização de concursos públicos para a admissão
de profissionais da Educação.
9 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Cumprimenta alunos do Colégio Santa Marcelina e da ETEC
Profª. Dra. Doroti Quiomi Kanashiro Toyohara (Pirituba),
presentes nas galerias.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - REIS
Assume a Presidência.
13 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
16 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
19 - CAPITÃO TELHADA
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - REIS
Assume a Presidência.
21 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
22 - PRESIDENTE REIS
Endossa o pronunciamento do deputado Carlos Giannazi.
23 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
24 - PRESIDENTE REIS
Esclarece questionamento feito pelo deputado Conte Lopes
acerca do uso indevido da Polícia Militar em serviços de
segurança privada. Cumprimenta autoridades de Américo
Brasiliense.
25 - FABIANA BARROSO
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - PRESIDENTE REIS
Endossa o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
28 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
29 - PRESIDENTE REIS
Anota o pedido. Tece considerações acerca do pronunciamento
do deputado Conte Lopes sobre questões de segurança pública.
30 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
31 - PRESIDENTE REIS
Defere o pedido do deputado Conte Lopes. Convoca os Srs.
Deputados para a sessão ordinária do dia 14/04, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presente
o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob
a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta Presi-
dência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe o
expediente.
Dando início à lista dos oradores inscritos, com a palavra
o deputado Ricardo Madalena. (Pausa.) Com a palavra o depu-
tado Lucas Bove. (Pausa.) Com a palavra o deputado Delegado
Olim. (Pausa.) Com a palavra a deputada Professora Bebel.
(Pausa.) Com a palavra o deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Paulo Mansur. (Pausa.) Com a
palavra o deputado Itamar Borges. (Pausa.) Com a palavra o
deputado Felipe Franco. (Pausa.) Com a palavra o deputado
Sebastião Santos. (Pausa.) Com a palavra o deputado Caio
França. (Pausa.)
Com a palavra o deputado Valdomiro Lopes, que fará o uso
regimental da tribuna.
O SR. VALDOMIRO LOPES - PSB - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Obrigado, Sr. Presidente. Hoje eu vou usar a tribuna do
Pequeno Expediente para falar de um projeto de lei que apre-
sentei aqui, na Assembleia de São Paulo, nessa segunda-feira,
que visa à segurança nas escolas paulistas.
Por que isso? Parece que a gente sempre está correndo
atrás do prejuízo, mas a verdade é que essas motivações já
são muito antigas. Eu mesmo, quando fui prefeito de São José
do Rio Preto, fiz questão de instalar câmeras de segurança
nas escolas infantis e nas escolas fundamentais, criando um
processo de segurança, mas eu acho que agora esse projeto de
lei que apresento aqui vem de uma forma muito mais completa
forte e a mão amiga, fizeram com esses coitados aí... Dizer que
é terrorista isso?
Por que o Flávio Dino, nosso ministro, não faz a mesma
coisa com esses caras que estão no Twitter, não manda prender
todo mundo? Não estão prendendo todo mundo?
Avozinha com a Bíblia debaixo do braço está em cana por-
que é terrorista. O Exército prendeu e levou lá. É bom colocar:
não fui eu que prendi, não. Foi o Exército que, se tivesse jogado
uma água e mandado embora, eles iriam, como fizeram aqui
em São Paulo. Quando acabou a brincadeira, falaram “Vão
embora” e eles foram.
Ninguém prendeu ninguém aqui em São Paulo. Ou aqui
não tem terrorista? Terrorista só tem em outros estados? Então,
essa é uma realidade. Essa é a minha colocação.
Então, antes veio a deputada dizer que os próprios filhos
não podem ir para a escola. Qual é a situação que nós estamos
vivendo? Somente falando: acho que esta Casa deveria se
debruçar e ir atrás de soluções, não um xingar o outro.
Não adianta nada. Precisamos de solução. Qual é o cami-
nho, onde estão os erros, onde podemos adquirir os acertos?
Infelizmente, a gente vai de mal a pior.
Obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. ANA PERUGINI - PT - Sra. Presidenta, para falar
como líder da Minoria pelo Art. 82.
A SRA. PRESIDENTE - ANDRÉA WERNER - PSB - Vossa Exce-
lência tem a palavra.
A SRA. ANA PERUGINI - PT - PELO ART. 82 - Deputado,
nosso sempre senador Eduardo Suplicy, nosso companheiro de
bancada; deputado Conte Lopes, que me antecedeu na tribuna;
Sras. Funcionárias, Srs. Funcionários, deputadas e deputados
que nos assistem, senhoras e senhores que estão aqui aguar-
dando no plenário, eu tive a oportunidade de ouvir ainda o final
da fala do deputado Conte Lopes falando a respeito da onda de
violência que tem assolado as nossas escolas.
Eu tenho tomado o cuidado de não mencionar nem ins-
trumento, nem nome, nem idade de quem tem praticado esses
atos de violência, até porque entendo que há uma corresponsa-
bilidade velada e muitas vezes explícita na sociedade que tem
gerado essa violência.
Como dizia Carolina: “Se nós aprendermos com os atos
de tortura, nós também aprendemos com os atos de amor”. E
tem nos faltado reverberar os atos de amor que podem banir
essa cultura de violência. É claro que quem comete os atos de
violência precisa ser afastado, precisa ser reeducado, precisa
ser trazido ao centro da sociedade, porque na verdade saiu do
centro de si, saiu do centro de toda a sociedade.
E nesse sentido nós estamos com muita cautela redigindo
uma moção, primeiro, de aplauso, tanto ao presidente Luiz
Inácio Lula da Silva como também ao governador Tarcísio, pela
medida de estudar, de organizar e identificar o que tem gerado
esses atos de violência. Então tanto na esfera federal como
aqui em São Paulo, organizado pela Polícia Civil, 279 focos de
ataques foram reprimidos com essa vigilância.
Em Brasília, a campanha que está sendo feita, o grupo de
organização que perpassa vários ministérios também tem essa
incumbência de identificar, diagnosticar e vacinar o que está acon-
tecendo. E nesse mesmo sentido a moção vem também apelar.
Apelar para que haja uma intensidade maior nos trabalhos
aqui no estado de São Paulo para que não haja mais a notícia
de nenhuma violência na escola. E também apelar ao nosso
presidente Luiz Inácio Lula da Silva que de alguma forma,
respeitando os princípios federativos, incentive e propague isso
por toda a nossa Federação.
Então eu acredito que uma cultura de paz é ainda o que
nos falta e nos últimos tempos - não só nesse último tempo e
não se trata de uma ideologia daqui ou outra de acolá... Eu até
penso, não sou especialista, mas acompanhei em Brasília mui-
tos grupos especialistas quando nós tratávamos da diminuição
ou não da maioridade penal.
E se nós passarmos a escutar aqueles que entendem real-
mente do assunto, eu tenho certeza que nós temos uma chance
muito grande de banir essa violência e de recuperar a escola
como um espaço do aprender, um espaço do relacionamento,
da interação, do acolhimento e da inclusão, e não um espaço
da insegurança.
Eu penso que nesse sentido todos nós precisamos estar
absolutamente do mesmo lado.
Mas o que me traz aqui é a apresentação da frente parla-
mentar que vai discutir o Sistema Cross, que tem reverberado
na imprensa e tem reverberado entre os usuários e que é uma
frente que vai tomar muito trabalho.
Daí o porquê de nós termos apresentado essa frente com
prioridade e depois só então a frente para defender os profis-
sionais da Justiça aqui no estado de São Paulo. Nós temos um
gargalo aqui - nós temos os dados só de dezembro de 2022
-, que trata de uma fila no Sistema Cross de 460 mil pessoas
aguardando uma cirurgia eletiva.
Mas o Sistema Cross, esse sistema que vem oferecer os
recursos que nós temos na saúde pública, no Sistema SUS, sofre
hoje nessa organização, nessa fila dos 460 mil que pode ser
interrompida a qualquer hora, também a fila das urgências, das
emergências, que são também de obrigação da saúde secundá-
ria e terciária.
E a saúde secundária é de corresponsabilidade dos muni-
cípios, do estado e da Federação, e a saúde terciária, aí é do
estado. E aqui no estado de São Paulo nós temos como casos...
Eu acredito que qualquer deputado aqui com certeza já
deve ter presenciado - a própria deputada Andréa, que está pre-
sidindo a nossa sessão - pedidos de socorro com traumatismos
cranianos, com fraturas na coluna decorrentes de acidentes e
que interferem nessa fila das cirurgias eletivas.
O que nós queremos, fortalecendo o SUS, é trazer uma
discussão da transparência desse sistema e de uma eficiência
maior, porque nós não podemos ter uma única fila para aquilo
que acontece de urgência e não podemos ter uma fila aguar-
dando a cirurgia sem data ainda prevista para as pessoas que
estão nessa fila.
Ainda há um gargalo nesse sistema, que muitas vezes passa
pelo não conhecimento do funcionamento nesse processo, que
nem sempre é de conhecimento de todos os profissionais da
Saúde como também dos usuários, que muitas vezes pensam
que estão na fila, mas ainda nem adentraram para a fila.
Tenho o exemplo claro de uma moça com dois nódulos
no seio que achava que estava na fila, mas ela não estava na
fila. Então nós precisamos superar essa mazela. Acredito que
a pandemia e até mesmo todo o processo que a Saúde pública
no nosso Brasil sofreu no governo anterior, em um claro movi-
mento de privatização, deixou todos, todos nós, como diz o pre-
sidente Lula, todas, todos e todes, assombrados com a hipótese
de não termos o sistema público de saúde no nosso Brasil, que
tem profundas desigualdades.
Se há algo que nós precisamos fazer é defender o sistema
SUS. Para isso, nós apresentamos a Frente.
Eu agradeço a todos os deputados e todas as deputadas
que aderiram à Frente para que nós possamos fazer um tra-
balho intenso e chegarmos a um resultado final fortalecendo
o sistema e dando muita transparência ao sistema Cross, para
que possamos de fato não aguardar em uma fila tão grande,
460 mil pessoas.
Quem tem a condição de pagar plano particular, deputada
Andréa, é uma coisa quem; tem condição de pagar um convê-
nio, é outra e quem tem o desespero de saber que precisa do
sistema e que não sabe quando vai ser atendido, correndo risco
de morte, é desesperador.
Precisamos de um tratamento humanizado a esse Sistema
Único de Saúde, o SUS, que é algo que nos torna um país como
referência de um sistema que funciona e que precisa acontecer
com toda a eficácia no nosso estado de São Paulo, nesta Casa,
fazendo a defesa desse sistema onde nós estamos.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no
portal www.imprensaoficial.com.br
quinta-feira, 20 de abril de 2023 às 05:03:24

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