Debates - 14 DE SETEMBRO DE 2021 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação22 Setembro 2021
SectionCaderno Legislativo
24 – São Paulo, 131 (176) Diário Of‌i cial Poder Legislativo quarta-feira, 22 de setembro de 2021
14 DE SETEMBRO DE 2021
28ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: PAULO LULA FIORILO, RICARDO MELLÃO e
ANDRÉ DO PRADO
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - PAULO LULA FIORILO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CASTELLO BRANCO
Tece críticas às saídas temporárias de presos em feriados.
Afirma que o benefício aumenta a criminalidade no País.
Pede revisão da lei de execução penal. Lista os projetos de
lei contra a criminalidade aprovados nesta Casa e vetados
pelo governador. Discorre sobre a atuação do senador
Major Olímpio.
3 - CORONEL NISHIKAWA
Faz eco ao discurso do deputado Castello Branco contra as
saídas temporárias. Repudia discursos de deputados contra
outros parlamentares. Exibe vídeo de homenagem recebida
pelo Instituto Cultural Niten por difundir a tradição samurai e
a cultura japonesa no Estado. Discorre sobre a cultura oriental.
4 - CAIO FRANÇA
Para comunicação, reafirma seu respeito à cultura e
comunidade oriental. Explica seu discurso quando
da sanção do Dia do Samurai, alegando indignação ao
veto do governador a projeto que proporcionaria mais
transparência à Cross. Pede desculpas pela fala.
5 - DR. JORGE LULA DO CARMO
Comenta a participação em audiência pública
para o debate do Orçamento de 2022. Pede por mais
investimentos na região do Alto Tietê. Repudia os cortes no
orçamento em diversas pastas. Discorre sobre as obras do
monotrilho. Considera o modelo caro e ineficiente.
6 - JANAINA PASCHOAL
Reflete sobre o poder das plataformas digitais e liberdade
de expressão. Afirma que as mídias devem excluir
apenas as postagens referentes a crimes. Discorre sobre
disseminação de fake news na internet. Comenta a
publicação de medida provisória que altera o marco civil
da internet.
7 - CONTE LOPES
Comenta a saída temporária de presos em regime
semiaberto. Lembra o tempo em que trabalhou como
policial nas ruas. Cita crimes contra políticos. Reflete sobre
a instalação de câmeras nos coletes dos policiais.
8 - ALEX DE MADUREIRA
Para comunicação, pede um minuto de silêncio pelo
falecimento do empresário Celso Silveira Mello, sua família
e tripulação em queda de avião, em Piracicaba.
9 - PRESIDENTE PAULO LULA FIORILO
Presta solidariedade às famílias das vítimas do acidente.
10 - CORONEL TELHADA
Lamenta o falecimento do tenente da Polícia Militar da
Bahia, Matheus Greco de Carvalho Marinho Queiroz, em
ação. Exibe e comenta vídeo com a queda do avião do
empresário Celso Silveira Mello, em Piracicaba. Exalta o
trabalho dos bombeiros e policiais em acidentes. Mostra
vídeo de acidente com carro “off road”. Reflete sobre
a importância do uso do cinto de segurança. Critica a
saída temporária de presos. Cumprimenta o município de
Presidente Prudente pelo aniversário.
11 - MAJOR MECCA
Lamenta o suicídio de um policial em quartel de Tarumã.
Pede avaliação psicológica de agentes durante estágio de
aperfeiçoamento. Discorre sobre as dificuldades da família
de policial que ficou tetraplégico, após ser baleado em
tentativa de assalto. Lembra promessas de campanha
do governador, que não foram cumpridas. Tece críticas à
atuação do governador.
12 - RICARDO MELLÃO
Assume a Presidência.
13 - PAULO LULA FIORILO
Presta homenagem a Dom Frei Paulo Evaristo Arns, que
celebraria 100 anos em 14 de setembro. Discorre sobre sua
atuação no período da ditadura militar. Reflete sobre a vida
e os feitos de Dom Paulo. Considera a figura um exemplo
de resistência. Tece críticas ao governo federal.
14 - PRESIDENTE RICARDO MELLÃO
Faz o aditamento à Ordem do Dia da sessão extraordinária
já convocada para hoje. Convoca segunda reunião
extraordinária, a realizar-se em 14/9, dez minutos após o
fim da primeira.
15 - PROFESSORA BEBEL LULA
Comenta os efeitos da PEC 32/20 para o funcionalismo
público. Reflete sobre a importância de servidores
concursados. Afirma ser contra as provas individuais para
demissões. Considera que o resultado do serviço depende
das condições de trabalho oferecidas. Lembra greve, em
2013, pedindo mais concursos.
16 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, pede que a Mesa encaminhe seu
discurso à CNBB e à Mitra.
GRANDE EXPEDIENTE
17 - LETICIA AGUIAR
Cumprimenta guardas municipais presentes na Casa.
Destaca a importância e especialidades das guardas
municipais. Comenta ocorrência no dia 13/09, em São José
dos Campos. Comemora inclusão dos guardas municipais
em programa habitacional.
18 - DOUGLAS GARCIA
Mostra-se contrário à obrigatoriedade da vacinação. Afirma
que a imunização compulsória retira o livre arbítrio da
população. Destaca que essa obrigatoriedade pode ser a
porta de entrada para um regime totalitário.
19 - PROFESSORA BEBEL LULA
Pelo art. 82, menciona audiência pública a respeito do
PLC 26, ocorrida no dia 13/09. Afirma que a contratação
de funcionários públicos temporários é precária. Condena
reajustes tributários em relação aos salários de servidores
aposentados e pensionistas. Mostra-se favorável à
vacinação contra a Covid-19. Menciona projetos de lei que
pretendem vetar os reajustes dos salários de aposentados
e pensionistas.
20 - JOSÉ AMÉRICO LULA
Pelo art. 82, menciona mortes em Portugal por conta
da peste bubônica. Relata a importância do isolamento
no surto citado. Destaca a importância dos protocolos
de segurança contra a Covid-19. Mostra-se a favor da
obrigatoriedade da vacina. Cita os 100 anos do nascimento
de Dom Paulo Evaristo Arns.
21 - DOUGLAS GARCIA
Pelo art. 82, mostra-se contrário ao posicionamento do
deputado José Américo em relação à obrigatoriedade da
vacinação.
22 - DOUGLAS GARCIA
Para comunicação, comenta ação ajuizada contra ele
por falta do uso de máscara em plenário, que teria sido
arquivada.
23 - PAULO LULA FIORILO
Para comunicação, questiona a Presidência sobre a possível
revogação do uso de máscara em plenários. Destaca a
importância do uso da máscara durante os trabalhos nesta
Casa.
24 - PROFESSORA BEBEL LULA
deputado Giannazi, ela chegou uma e meia da tarde, só con-
seguiu uma maca, uma cama, sei lá, às duas e meia da manhã.
Para quem teve um AVC, estava com o corpo já adormecido,
entendeu, isso é uma vergonha.
E eu, como membro da Comissão de Saúde, vou requerer
que a presidente chame esse diretor aqui para ver. Isso é um
pouco do que a gente viu naquele momento, você imagina
o resto que está acontecendo naquele hospital, que já tem
denúncias e mais denúncias a respeito desse Iamspe. Então
quero deixar registrada aqui a minha indignação com o trata-
mento que as pessoas têm nessa porcaria de hospital.
Obrigada, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - Pela ordem, deputado Giannazi. Antes, porém, gostaria que
a fala da deputada Edna Macedo fosse encaminhada ao supe-
rintendente do Iamspe, as notas taquigráficas desta sua fala.
Deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL – PARA COMUNICAÇÃO
- Antes de pedir o levantamento da sessão, Sr. Presidente, quero
me associar ao que disse a deputada Edna Macedo. É grave a
situação do Iamspe, deputada. Vossa Excelência tem toda a razão.
Agora, o governo não investe no Iamspe, o governo, depois
que foi aprovado, deputado Gil Diniz, o PL 529, o governo lavou
as mãos, o governo não investe mais um centavo no funciona-
mento do Iamspe, nos convênios pelo Interior, nos convênios
com os hospitais regionais, com as clínicas, com os laboratórios,
muito menos o hospital do Iamspe, que está sucateado.
Os funcionários lá são bons, são dedicados, mas não tem
funcionários, porque eles não chamam os aprovados do con-
curso, não realizam novos concursos públicos, então há uma
defasagem, faltam funcionários no Iamspe. Então a causa dessa
crise do Iamspe é que não há financiamento, Sr. Presidente, é
grave a situação.
E dizer, só para concluir, que nós continuamos o nosso PDL
22, Sr. Presidente, que tem que ser votado imediatamente, a
luta contra o confisco dos aposentados e pensionistas é uma
luta importante aqui na Assembleia Legislativa. A Alesp tem
uma dívida importante, ela tem que fazer uma reparação e
derrubar o confisco, o PDL 22.
Aquela emenda de plenário que foi apresentada pelo
governo sabotou a aprovação do PDL no momento em que ele
estava em votação, no final de dezembro, Sr. Presidente. Aquela
emenda já foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça
e está agora na Comissão de Administração Pública e, depois,
na Comissão de Finanças, então ela está avançando.
E a Alesp, agora com os trabalhos presenciais, não pode
encerrar este semestre sem dar uma satisfação aos aposenta-
dos e pensionistas. E essa satisfação é a derrubada do confisco
criminoso do governador Doria aos nossos servidores aposen-
tados e pensionistas, que estão, Sr. Presidente, já passando
fome, não conseguindo mais fazer o tratamento médico, não
conseguem mais comprar o remédio, e já há notícias de tenta-
tivas de suicídio, deputada Edna Macedo, deputado Gil Diniz,
deputado Nascimento, porque as pessoas não conseguem mais
sobreviver, pessoas já de idade, da terceira idade. A situação é
muito grave.
Então faço um apelo à Assembleia Legislativa de São Paulo
para que ela não falte aos aposentados e pensionistas e corrija
esse grave erro que ela cometeu - não nós, nós votamos contra
a reforma da Previdência -, mas que ela faça uma reparação em
relação a esse gravíssimo erro.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO -
Presidente, só corroborando com as palavras da deputada Edna
Macedo e do deputado Giannazi. Assino contigo, Edna, esse
requerimento para o diretor ou o superintendente vir aqui à
Comissão de Saúde explicar esse descaso no Iamspe.
Lembrando que foi majorado o desconto dos nossos fun-
cionários públicos aqui em São Paulo em 50%: pagavam 2%,
agora subiu para 3%, salvo engano. E os dependentes também
pagam. Então nada mais justo que a Assembleia convocar o
superintendente, a diretoria do Iamspe para dar explicações a
este Parlamento.
Presidente, só para finalizar, ainda repercutindo ontem
as manifestações, vi no Twitter do Ciro Gomes, a terceira via,
aquela via que o Partido Novo foi aplaudir ontem na Paulista,
tinha uma deputada do PSOL - deputado Giannazi, com todo
o respeito - a deputada Isa Penna estava lá aplaudindo. Eu sei
que a galera era "volta, Lula", mas agora é "bota o Ciro".
E o Ciro coloca aqui, "levantamento realizado por profes-
sores da Universidade de São Paulo apontou Ciro Gomes como
candidato preferido do público que foi ao ato 'Fora, Bolsonaro',
ontem, na Paulista". Ainda bem, não é? Já pensou se nessa
manifestação eu encontrasse os "bolsominions", deputada
Edna Macedo? Ainda bem que aclamaram ali o Ciro, para o
pavor do João Doria, do Amoêdo e do Sergio Moro.
E ele segue aqui, deputado Giannazi, parece até piada: a
presença de Ciro gerou mais reações positivas. Antonio Tabet,
aquele do Porta dos Fundos, postou que Ciro foi o vencedor
do ato. "Foi aplaudido por quem lá esteve, fugiu do rótulo de
intolerante e ainda marcou território como nome da tal terceira
via para eleitores fora da bolha do PDT".
Parabéns, Partido Novo, parabéns, Sergio Victor, Ricardo
Mellão, Daniel José, Heni Ozi, deputados que eu respeito, agora,
que fizeram um papelão, ontem, na Avenida Paulista, aplaudin-
do peças como Ciro Gomes. Então está aí o troféu de bobo da
corte a esses nobres parlamentares.
Obrigado, presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PARA COMUNICAÇÃO -
Só para um esclarecimento ao deputado Gil Diniz, dizendo que
o PSOL, nosso partido, não participou das manifestações. Nós
soltamos uma nota clara em relação a isso. Nós não nos asso-
ciamos ao MBL, ao Partido Novo, que são partidos que sempre
se colocaram contra o povo brasileiro.
O grande ato será no dia dois de outubro. Esse será um
dado e nós queremos todos os segmentos que lutam em defe-
sa, de verdade, da democracia e que defendem o impeachment
do presidente Bolsonaro. Então esse vai ser no dia dois de
outubro.
Esse ato da terceira via, da Faria Lima, do mercado finan-
ceiro, do Partido Novo, esse ato não foi apoiado pelo PSOL, nem
pelos movimentos sociais. Quem foi, foi em nome próprio, a
pessoa pode participar.
Nós respeitamos todas as pessoas que foram lá, a popu-
lação que foi participar nós respeitamos, agora, com os orga-
nizadores nós temos sérias divergências, principalmente com o
Partido Novo e o MBL.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Havendo acordo entre
as lideranças e não havendo mais nenhum orador inscrito, eu
solicito o levantamento desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - Sras. e Srs. Deputados, esta Presidência, cumprindo deter-
minação constitucional, adita à Ordem do Dia:
* * *
- NR - O aditamento à Ordem do Dia da 28a Sessão Ordi-
nária foi publicada no D.O. de 14/09/2021.
* * *
Havendo acordo entre as lideranças, antes de dar por
levantados os trabalhos, convoco V. Exas. para a sessão ordiná-
ria de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia
da última quinta-feira.
Está levantada a presente sessão.
Boa tarde a todos, que Deus abençoe a todos vocês.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 52 minutos.
* * *
Não, porque essa mensagem aditiva traz pequenos avan-
ços, por conta da mobilização e da pressão, mas não suficientes
ainda. Nós queremos a retirada imediata do PLC 26. O governo
retira a redução dos salários dos professores categoria “O”, que
estava no projeto original, no PLC 26. Primeiro que isso já era
inconstitucional. É um absurdo o governo atacar a isonomia
salarial dos professores da rede estadual, dos professores cate-
goria “O”, deputado Gil Diniz.
O professor categoria “O”, pelo projeto do governo, ia ter
um salário inferior ao do professor categoria “F”, do professor
efetivo, do professor estável, pela Constituição de 88. Ele ia
realizar o mesmo trabalho, só que ia ter uma redução de 10%
do salário. Isso era inconstitucional e é.
Então o governo recuou por conta da pressão. Ele prorroga
os contratos dos professores da categoria "O", admitidos pela
Lei 1.093 e, também, dos servidores do quadro de apoio escolar
até o final do ano que vem, porque, em tese, esses contratos
seriam encerrados até o final do ano. Então ele prorroga, na
verdade, através da mensagem aditiva, esses contratos.
Agora, é importante, logicamente, mas o correto é o gover-
no chamar os aprovados nos concursos públicos existentes,
sobretudo o concurso de agente de organização escolar. Nós
temos mais de 26 mil cargos vagos nessa área e o governo, ao
invés de fazer a chamada imediata dos aprovados, vai prorro-
gando as contratações precarizadas.
E muitos desses servidores que estão trabalhando no con-
trato precarizado já foram aprovados no concurso. Eles podem
ser chamados e efetivados. Mas haverá, então, a prorrogação
até o ano que vem dos professores, dos docentes e, também,
dos servidores do quadro de apoio escolar.
Para os agentes de organização escolar ainda, o governo
cria uma nova referência. É um absurdo. O agente de organiza-
ção escolar tem um salário-base, deputado Gil Diniz, deputado
Conte Lopes, de 1.056 reais.
É o salário de um agente de organização escolar. Para ele
subir um pouco, ter alguma evolução, alguma progressão na
carreira, para ganhar 50 reais a mais, 33 reais a mais, acho
que ele vai ter que fazer até curso de pós-graduação, curso
técnico, curso de graduação e curso de pós-graduação. Olha
que absurdo.
É lógico que é importante que haja evolução, também do
ponto de vista dos cursos realizados, mas tem que melhorar
muito esse salário, no mínimo dobrar o salário-base de todos os
servidores do quadro de apoio escolar.
Mesmo assim, o governo só contempla uma parte, os
agentes de organização escolar, os agentes de serviço. Agora,
por exemplo, os secretários de escola, esses não serão contem-
plados e nem os auxiliares administrativos. Esses não serão
beneficiados por esse projeto, Sr. Presidente.
Tem mais, o projeto cria também - aí é um absurdo - diz
o seguinte: que o professor que sofreu alguma penalidade por
qualquer tipo de ato ilícito nos últimos cinco anos não poderá
trabalhar no projeto de Educação Integral. É um absurdo total,
Sr. Presidente, esse procedimento da Secretaria da Educação.
Então nós continuamos na luta, porque não foi alterada,
por exemplo, a questão do abono de permanência, que foi redu-
zido drasticamente. Ele continua reduzindo. Na verdade, essa
mensagem aditiva não mexeu nisso.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, só para
continuar, eu gostaria de continuar falando pela vice-liderança
da Minoria, só para encerrar aqui, mais cinco minutos, o meu
pensamento, o meu pronunciamento.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - É regimental, deputado Giannazi. Prossiga.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Obrigado,
Sr. Presidente. É rápido.
Então não muda a questão do fim da licença, da pecúnia
para licença-prêmio, tem a questão das faltas abonadas, tem
a questão das faltas injustificadas. Nada disso foi alterado pela
mensagem aditiva. Então os servidores de todo o estado conti-
nuam sendo extremamente prejudicados.
Nós somos contra esse PLC 26, mesmo com as mudanças
feitas nós vamos fazer oposição a esse projeto, Sr. Presidente,
contra a farsa da reforma administrativa do Doria, que não é
muito diferente também da farsa da reforma administrativa do
governo federal, do Bolsonaro, a PEC 32.
Inclusive, amanhã, haverá uma grande manifestação aqui
em São Paulo, dentro do calendário de luta contra a farsa da
reforma administrativa federal. Nós estaremos amanhã, às 14
horas, no centro de São Paulo, na frente da prefeitura, com
todas as entidades, fazendo essa manifestação contra a PEC 32.
Também, logicamente nós vamos pautar, debater e pressionar
para que seja aprovado o nosso PDL 22 contra o confisco dos
aposentados e pensionistas.
Para concluir, Sr. Presidente, eu queria aqui rapidamente
registrar o recebimento de um documento e, também, de con-
versas que nós estamos fazendo com os estudantes da Fame-
ma, que é a Faculdade de Medicina de Marília, que eu já venho
acompanhando há um bom tempo.
É uma faculdade subfinanciada, embora a Assembleia, em
2006, tenha aprovado uma lei importante aqui no plenário, a
Lei 12.188, que vincula, Sr. Presidente, a Famema a uma das
três universidades do estado de São Paulo, para que ela tenha
um financiamento adequado, porque ela vive precarizada.
Mesmo assim, ela oferece qualidade de ensino e de aten-
dimento à população. Ela é responsável pelo atendimento - seu
hospital, na verdade, das clínicas - com seus residentes e tudo
mais, é uma faculdade que atende mais de 62 municípios da
região de Marília, é uma faculdade estratégica na área da
Saúde em toda aquela região, mas é subfinanciada. E os alu-
nos estão preocupadíssimos, Sr. Presidente, porque continua o
sucateamento.
E agora eles estão reivindicando que as aulas práticas
sejam oferecidas, porém, não tem professores. Os professores
ou foram demitidos, ou saíram, porque as condições são cada
vez mais difíceis.
E, também, da falta de estrutura. Por exemplo, o laborató-
rio de anatomia da faculdade virou um necrotério, olha só que
absurdo. Tem que investir na infraestrutura da faculdade.
É preocupante a falta de professores. O quadro de docen-
tes está muito desfalcado, Sr. Presidente. Olha só, aqui pelo
documento: faltam professores na área de microbiologia, de
urgência e emergência, de biologia molecular, de oncologia,
de histologia, de ginecologia, faltam professores de fisiologia,
de biofísica, de dermatologia, de saúde do adulto em língua
inglesa.
Enfim, Sr. Presidente, faltam professores de várias áreas,
em várias disciplinas, de uma faculdade, repito, importante e
estratégica na formação de profissionais da Saúde, na área de
medicina e de enfermagem também, um curso muito bom de
enfermagem na Famema. Agora, não tem investimento.
Então o governo tem que cumprir a lei que acabei de citar
aqui, Sr. Presidente, a lei que foi aprovada, repito, pelo plenário,
a Lei 12.188, de 2006. Essa lei é uma lei importante e tem que
ser cumprida para que haja financiamento do governo estadual.
Era isso, Sr. Presidente. Nós exigimos que a lei seja cumpri-
da e que o governo invista, de fato, na Faculdade de Medicina
de Marília.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
A SRA. EDNA MACEDO - REPUBLICANOS - PARA COMUNI-
CAÇÃO - Eu quero deixar registrado nesta Casa que na sexta-
-feira próxima passada a minha funcionária passou mal aqui no
Círculo Militar. Ela estava almoçando - ela tem 41 anos - e teve
um AVC. E ela foi, graças a Deus... as colegas a levaram direto
para o Iamspe, onde ela foi atendida, lá no pronto-socorro.
Mas eu quero deixar aqui registrada a vergonha que é
esse hospital, que cobra um absurdo dos funcionários públicos,
a vergonha que é o hospital. Ela só foi conseguir uma maca,
E agora queriam mudar, para a pessoa ser proibida de ser
candidata. Agora, o bandido pode. O criminoso condenado
pode, o cara financiado pelo crime organizado, pelos PCCs da
vida, aí pode. Então, realmente é tudo um absurdo.
Uma briga dessa, e o governador do estado entrando nessa
briga, participando do Copom. “Todo mundo vai ser vistoriado”,
dizia o Sr. João Doria. Os policiais... Pera aí, o senhor fez uma
festa ontem e não foi ninguém, só o senhor pulando lá.
Apesar de que o senhor está doente né, mas o senhor
pulou lá direitinho, com a bandeirinha do Brasil. Está certo que
o discurso é meio errado, no meu modo de ver, né. “Vamos der-
rubar o presidente”. Não vamos derrubar.
O senhor tem que fazer um discurso para ganhar a eleição.
O senhor é candidato a presidente da República - se conseguir
se viabilizar no PSDB, né. Se conseguir, porque o Aécio Neves e
outros aí não estão aceitando muito, não.
E outra: precisa ter cacife eleitoral. Para prefeito, o senhor
teve uma vez; a gente até acompanhou, participei da eleição
do ano em que o senhor ganhou a eleição. Abandonou com um
ano, foi a governador.
Volto a repetir: Geraldo Alckmin cacifou, jogou pesado
contra Andrea Matarazzo, que é um homem sério, hein. Mas
não, Geraldo Alckmin: “não, esse é o meu candidato”. E foi pra
rua, foi, tal, tal, tal.
E agora nem candidato a governador pelo PSDB Geraldo
Alckmin está conseguindo sair. Foi governador duas vezes, hein,
eleito duas vezes. Ele não está conseguindo sair.
Então, é bom colocar aí como pensa o governador João
Doria. Agora, querer proibir os policiais de se manifestar, ir
para o Copom, ficar no Copom o dia inteiro para acompanhar
as manifestações, como se fosse uma guerra. Agora, sei lá, foi
pouca gente na manifestação deles.
E volto a dizer: Amoedo, Ciro Gomes, Mandetta, vários
candidatos, ele, Doria e um monte de políticos estão vendo os
deputados colocarem aqui... Vários políticos, de todo o Brasil,
aqui na Paulista... O que eles acharam? Que eles aqui têm mais
gente do que quando foi na presidência do presidente Bolsona-
ro? Então não houve.
E volto a repetir: nós não estamos numa guerra, João
Doria. Eleição tem que se ganhar. No ano que vem tem eleição,
sim. Vamos apresentar os candidatos. Está aí; o PSOL deve ter
candidato, o Lula deve ser candidato. Foi impedido da última
vez, não saiu candidato. E não foi o Bolsonaro que impediu que
ele saísse. Não foi o Bolsonaro, não.
Então, hoje qual é a ideia que tem Doria e os demais?
“Vamos cassar o Bolsonaro, impeachment, e daí vamos nós
correr sozinhos contra o Lula”. Pô, a política não é assim, não é
como vocês querem, não é bem assim, não.
A terceira via não é bem assim. Financiar jogo de futebol
de salão masculino, feminino; era Petrobras, era não sei o quê,
Banco do Brasil, Correio, né. O Correio fazendo propaganda
para quê, o Correio concorre com quem? Porque normalmente
você faz propaganda para vender o seu produto contra alguém,
né. O Correio faz para quê, a Petrobras faz para quê?
Então, é um negócio meio do outro mundo. Mas se gastava
muito. E agora, evidentemente, esse pessoal está sem essa
verba, infelizmente. Então, ficam inventando candidatura.
O Huck era o grande candidato do Fernando Henrique, vol-
tou para o Caldeirão; só que o Caldeirão foi para domingo, não
é mais de sábado. Tem outros apresentadores.
É prefeito, ele vai; nós vamos lá, tal, tal, bate palma. Agora
vai ser governador; esse aí mesmo, vamos lá. Senador, o cara
de novo. Aí, a mulher dele: “o senhor não pode ser candidato”.
A mulher dele já veio falar: “eu não quero que você...”.
Mas dizia o velho Paulo Maluf: “ô Conte Lopes, o cara ganha
um milhão por mês, vai sair de apresentador da televisão para
ganhar 20 conto, para ser prefeito de São Paulo, e ficar toman-
do pau o dia inteiro?”.
Então, é fácil falar. Eu participei de vários programas de
televisão a vida inteira. Participava. Então, qual é o objetivo? É
a audiência. Vamos lá, audiência; a audiência está ótima. Ama-
nhã, a gente volta e fala a mesma coisa - tendo audiência, está
bom. Não precisa resolver nada. Só que no mundo da política
tem que resolver.
Então, minha gente, eu só acho isso. Não entendo o Doria
gritando - vai derrubar. Como derrubar? Quer derrubar, derruba
na eleição, se você se viabilizar como candidato. É assim que é
a política. Ninguém é obrigado a ganhar eleição; nem o Bolso-
naro, nem o Doria, nem o Lula. Mas tem que disputar a eleição.
Tenho muitos amigos aí que estão pensando que o pre-
sidente vai pegar o Exército... O que é isso? O Bolsonaro... Eu
tenho 32 anos de vida pública, o Bolsonaro tem 30. Eu entrei
em 86, ele entrou em 88, como vereador. Então, ele não está no
Exército, como alguns acham.
As pessoas escrevendo lá, porque hoje os caras... O que
tem de cara forte, valente nesse negocinho de Zap; o cara, lá do
pijamão dele, vai resolver os problemas do Brasil e do mundo.
Mas não é bem assim; a política é essa. Agora, João Doria, toma
cuidado que não é por aí, não. Não é derrubando.
Pelo contrário, acho que no momento nós temos que
apoiar aqueles que se elegem. Porque hoje o cara se elege
governador, prefeito, presidente, no outro dia já querem derru-
bar o cara através da Justiça. Quem consegue trabalhar desse
jeito? Onde vai parar o Brasil, São Paulo e o resto?
Então, ficam aí as nossas colocações, Sr. Presidente.
Obrigado.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - Esgotado o tempo do Grande Expediente.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - Pela ordem, deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente, eu gostaria
de utilizar a tribuna pelo Artigo 82 do Regimento Interno, pela
liderança do PSOL.
O SR. PRESIDENTE - TENENTE NASCIMENTO - SEM PARTI-
DO - É regulamentar, deputado Giannazi. Enquanto o deputado
Giannazi se dirige à tribuna, eu queria aqui falar ao deputado
Conte Lopes: eu também fiquei muitos anos sem votar.
Só tínhamos que trabalhar e conferir as urnas durante mais
de uma semana e até 15 dias. Fazíamos aquele expediente de
24 por daqui a pouco, porque nós conferíamos papelzinho por
papelzinho, dando segurança às sessões de votação.
Então, o cabo, o soldado não poderia votar. E agora nós
temos a prerrogativa não somente de votar, como também essa
nova regulamentação, para que possam guardas civis, policiais
militares; enfim, todos aqueles dos órgãos de Segurança pos-
sam realmente exercer o direito de cidadania - votar e ser vota-
do. Muito obrigado ao nosso presidente, Jair Messias Bolsonaro.
Com a palavra, o deputado Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Pre-
sidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, telespectador da TV
Assembleia. De volta a esta tribuna, Sr. Presidente, após uma
ampla mobilização, uma ampla pressão dos servidores públicos
do estado de São Paulo, das suas entidades representativas e
também das nossas intervenções, já no plenário, denunciando
a farsa da reforma administrativa do Doria, que é representada
pelo PLC 26, protocolado recentemente aqui na Assembleia
Legislativa, o governo apresentou um aditamento, uma men-
sagem aditiva, agora no dia oito de setembro, que é uma
alteração no PLC 26.
Uma alteração, na verdade, que não contempla as reivindi-
cações feitas e não contempla as emendas que nós apresenta-
mos a esse nefasto PLC 26, que na verdade tem que ser retirado
aqui da Assembleia Legislativa, porque ele representa um ver-
dadeiro atentado aos direitos e aos benefícios dos servidores
estaduais. Mas o governo acha que só com essa mensagem
aditiva os servidores vão encerrar a sua mobilização.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no
portal www.imprensaoficial.com.br
quarta-feira, 22 de setembro de 2021 às 05:03:54

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT