Debates - 17 DE OUTUBRO DE 2022 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação21 Outubro 2022
SeçãoCaderno Legislativo
sexta-feira, 21 de outubro de 2022 Diário Of‌i cial Poder Legislativo São Paulo, 132 (194) – 19
Nós não sabemos quais são os interesses que há por trás,
então é necessário cuidar da segurança dos candidatos, sim.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Pela ordem.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Pois
não, deputado.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Gostaria de falar
pelo Art. 82, presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regi-
mental. Vossa Excelência tem o prazo de cinco minutos.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - PELO ART. 82 -
Sra. Presidente, o meu amigo Frederico d’Avila, deputado, está
aqui conosco. Vou falar hoje muito rápido e objetivo. Minha
avó falecida, Dona Maria Quitéria Ferreira de Moraes, ela dizia
assim: “Meu netinho, diz com quem tu andas e direi quem és”.
Minha avó dizia muito isso: “Não anda com quem não
presta, filho. Sai daí. Esse menino não vale nada.” E eu saí de
perto, graças a Deus. Aqueles que não valiam nada hoje estão
mortos ou estão presos. Aí nós temos um camarada que é can-
didato a presidente da República e que me fala exatamente o
que a gente vai ver agora. Solta aí, é rapidinho.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
Pode voltar, meu filho. Pode voltar tranquilo, porque é fari-
nha do mesmo saco. Semana passada, Frederico d’Avila, dois
italianos entraram no complexo e foram baleados.
Qualquer um da gente aqui entra na Paraisópolis agora
para ver o que acontece. Tem muita gente boa lá, a gente sabe
disso, mas é um lugar dominado pelo tráfico. Aí me vem um
candidato a presidente da República: “Eu ando sem arma, ando
sem polícia, sem colete”. É lógico, mas é claro.
Ou eu sou algum jumento que não sei o que estou vendo,
ou a população brasileira precisa acordar um pouquinho mais,
meu filho. Porque um camarada de bem, que não deve nada ao
tráfico, se subir lá, sem nada, ele morre na mesma hora. Mas aí
o camarada não. “Eu vou de novo lá.” “Pode ir.” Juntou com
porco, farelo come, é a mesma coisa, tudo igual.
E agora nós vemos esse caso do nosso próximo governador
do estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que foi visitar a uni-
dade de uma faculdade, um polo, e os camaradas atiram nele.
Recebido a tiro, a bala, sabe por quê? Porque não é mancomu-
nado com o crime, não tem rabo preso com ninguém. Lógico,
traficante não gosta de quem é de bem.
Eu só quero que você, que está do outro lado, entenda uma
coisa. Pelo amor de Deus, nós não merecemos um presidente
que tem um tipo de postura dessa com traficantes.
Nós não merecemos um governador que, infelizmente, não
fez nada e deixou o tráfico dominar no estado de São Paulo. É
uma vergonha. Nós temos comunidades que dizem “aqui nem a
polícia pode entrar”. Como assim? Em São Paulo.
Mas isso vai acabar. Graças a Deus que o nosso Deus
protegeu o nosso governador e toda a sua equipe. Louvado seja
Deus por isso. Porque é a mão de Deus em cima disso.
Mas eu quero deixar uma coisa muito clara para todos os
que estão nos vendo agora, tanto para o presidente da Repú-
blica, que não tem conchavo com o crime, como para o nosso
governador. Eu me orgulho de ter um presidente da República
que não tem conchavo com o crime. Eu me orgulho de ter um
candidato a governador que os bandidos não gostam.
Isso é muito bom, sabia, Frederico? Isso é bom. Eu tenho
vergonha de ver um camarada que foi descondenado querer
voltar a sentar na cadeira, à cena do crime. E ainda tem gente
batendo palmas para esse bandido.
Gente, povo brasileiro, você que estava meio isentão, sabe
como é? Trinta e dois milhões de pessoas não votaram, Frederi-
co d’Avila. Trinta e dois milhões de pessoas, Janaina Paschoal.
Eu ouvi, um dia desses, um camarada dizendo “nem um,
nem outro, eu lavo as mãos”. Não, meu irmão, não é hora de
lavar as mãos não. É hora de tomar posição, é hora de dizer
qual lado você tem, de que lado você está.
Achei maravilhoso ontem no debate, pós-debate, o Sergio
Moro junto com o presidente. Foi homem. A gente tem que
falar o que é certo. Deixou as desavenças de lado, o que passou,
passou, porque ama o País.
Então, população brasileira, você que está isenta, você que
está lavando mão, lembre-se que por causa de um camarada
que lavou as mãos, crucificaram o Senhor Jesus, porque não
teve postura para dizer “não, não quero que mate ele”. Não
lave as mãos não, porque você pode até lavar as suas mãos,
mas as consequências para a futura geração você, seus filhos,
seus netos vão sentir.
Mas graças a Deus que a população está despertando.
Aquele “L” do ladrão está mudando, o jogo está virando. Eu
tenho certeza de que nós vamos reeleger Jair Messias Bolsona-
ro para presidente do nosso País e o nosso próximo governador
Tarcísio de Freitas. E a bandidagem que se cuide.
Muito obrigado, senhores.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - PARA COMUNICAÇÃO -
Aproveitando o que disse o deputado Altair Moraes eu queria
dizer o seguinte, que não há mal que sempre dure. E eu sei a
tristeza que é hoje ser policial civil ou policial militar no estado
de São Paulo.
Falta só um pouquinho, viu? Falta só um pouquinho, poli-
ciais civis e militares. O governador Tarcísio vai dar a relevância
e o destaque que vocês merecem, porque a democracia e a
liberdade das pessoas só existem por causa das forças policiais.
Isso no mundo inteiro é a mesma coisa. Os países mais seguros
do mundo, como é Singapura, tem uma polícia extremamente
eficiente, bem paga.
Nós vamos liquidar essas câmeras malditas que colocaram
em vocês, aumentar o efetivo policial, aumentar o efetivo da
PM, da Polícia Civil e fazer, deixar com que vocês desenvolvam
aquilo que vocês sabem fazer melhor, que é proteger São Paulo.
Finalmente, São Paulo vai ter um governador que um dia usou
farda, carregou um fuzil, enfrentou a criminalidade lá no Haiti. E
que não vai permitir que a população paulista seja vilipendiada
por bandidos.
Ele hoje foi vítima dessa bandidagem. Infelizmente, nesta
Casa tem bancadas, inclusive, a próxima bancada tem o depu-
tado Suplicy, que fez uma votação extraordinária, e era o
primeiro a visitar ladrão e bandido na cadeia, quando acontecia
algum crime de vulto.
Obrigado, Sra. Presidente.
O SR. ALTAIR MORAES - REPUBLICANOS - Deixa eu dimi-
nuir, que o cara é muito alto. Pela ordem, Sra. Presidente.
Havendo acordo de lideranças, peço o levantamento da pre-
sente sessão.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É regi-
mental. Eu só queria consignar primeiramente, que obviamente
eu compreendo a indignação dos colegas, justa indignação.
Mas eu só queria consignar que, na comunidade Paraisó-
polis, a esmagadora maioria são trabalhadores, são famílias
respeitáveis. E esse fato isolado, que aconteceu lá, um fato que,
obviamente, precisa ser apurado profundamente, não macula a
honra das pessoas que lá residem. Só para a gente deixar claro,
para quem está acompanhando, que não há nenhum tipo de
generalização.
Pois bem. Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acor-
do das lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados
os nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária
de amanhã, à hora regimental, com a mesma Ordem do Dia da
última terça-feira.
Inclusive, o presidente já convocou Colégio de Líderes para
amanhã, às 11 horas da manhã. Já digo isso de público, porque
muito provavelmente haverá votação nesta terça-feira. Dese-
jando uma boa tarde a todos, está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 42 minutos.
* * *
Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.)
Deputado Marcio Nakashima. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Gambale. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Deputado
Daniel José. (Pausa.) Agora sim, deputado Frederico d’Avila.
Vossa Excelência tem o prazo regimental de dez minutos, por-
que já se trata do Grande Expediente.
O SR. FREDERICO D’AVILA - PL - Sra. Presidente, deputada
Janaina Paschoal, minha professora, estou feliz em revê-la após
a disputa para o Senado Federal.
Estou aqui voltando a esta tribuna para fazer uma reflexão,
junto com a população, do acontecido de hoje pela manhã.
Por coincidência do destino, é a senhora que preside hoje esta
sessão. A senhora, que recebeu inúmeras ameaças enquanto
integrava aquele processo de impeachment contra a presidente
Dilma Rousseff.
A senhora já descreveu ao longo de nossos três anos e
dez meses de mandato as diversas e diversas vezes em que a
senhora foi ameaçada de morte por ocasião da sua participação
no processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Hoje pela manhã, o nosso candidato a governador, Tarcísio
de Freitas, estava na comunidade de Paraisópolis visitando,
se não me engano, um projeto social, uma universidade que
forma, se não me engano, moças, senhoras, para a questão de
beleza - se não me engano, é um curso técnico -, quando foi
alvejado.
Primeiro, estava sendo monitorado por agentes do crime
organizado. Eu já recebi imagens agora de dois indivíduos com
rádio comunicador que estavam em uma moto, e depois recebi
imagens onde vimos e ouvimos rajadas de metralhadora.
Então, a pergunta que eu faço, a reflexão que a sociedade
paulista e brasileira precisa fazer neste minuto: neste momento,
quem os senhores acham que os autores desse atentado contra
o futuro governador Tarcísio de Freitas, quem vocês acham que
esses indivíduos apoiam ou votam?
Quem? Que partido? Qual é o candidato que entra em
qualquer comunidade controlada pelo crime sem nem pedir
autorização? Que usa boné escrito “CPX” e diz que não tem
nada a ver com o crime?
Por outro lado, quem é o candidato que... Os dois, tanto
a governador quanto a presidente da República, quem são os
candidatos que pedem diuturnamente a descriminalização das
drogas, a liberação das drogas, o aborto?
Quem é que a população paulista e brasileira acha que
esses homicidas, que hoje atentaram contra a vida do governa-
dor Tarcísio de Freitas e também de seus correligionários e equi-
pe, em quem vocês acham que esses indivíduos vão votar, vão
fazer campanha, estão fazendo campanha, querem que ganhe
a eleição? Colocaram gente aqui nesta Casa para a próxima
legislatura. Eu só sei que do presidente Bolsonaro não é, nem
do Tarcísio, senão não atiravam contra ele.
Em 2018, dia 6 de setembro, eu estava na cidade de Para-
napanema, mais precisamente no distrito de Campos de Holam-
bra, quando me chegou a notícia, através do então deputado
estadual, hoje senador da República, Flávio Bolsonaro, que o
pai havia sido vítima de uma facada.
Agora, quatro anos e um mês depois, o candidato a gover-
nador do estado de São Paulo, primeiro colocado nas pesquisas,
é vítima de um atentado contra a sua vida numa comunidade
controlada pelo crime organizado.
Quem é que disse em gravação obtida por escutas dentro
dos presídios que nós vimos no ano de 2017 aonde um crimi-
noso dizia numa escuta que: “Nós tínhamos diálogos cabulosos
com o PT; que o presidente Bolsonaro não podia ganhar”?
Então vejam só. Aí você tem um atentado contra a vida do
atual presidente em 2018, agora um atentado contra a vida do
futuro governador do estado em 2022 em circunstâncias dife-
rentes, porém é tudo a mesma coisa; é tudo da mesma origem.
Não se engane, professora Janaina Paschoal, eu ao longo
dessa pré-campanha e campanha que andei o estado inteiro,
campanha que eu fiz para deputado federal, o que eu vi?
Existem basicamente três pilares de apoio ao candidato do
PT e ao Partido dos Trabalhadores. Você tem o crime organiza-
do; você tem o crime de outras formas que não é o crime orga-
nizado, que tem uma construção efetiva de hierarquia, que é o
crime difuso; e você tem aqueles que se locupletam do poder.
Nós vimos aí bilionários, deputado Altair - Armínio Fraga,
André Lara Resende, banqueiros famosos aí - apoiando o
candidato do PT. Por que será? Será que é porque na época do
PT os juros eram abusivos e os bancos nunca ganharam tanto
dinheiro quanto naquela época?
Será que é porque eles tinham acesso à sala do ministro
horas antes ou um dia antes da divulgação da taxa Selic pelo
Copom? Tinham livre acesso ao Banco Central com informação
privilegiada para saber qual rumo o Banco Central ia tomar
com relação ao câmbio?
Aí esse pessoal era comemorado no mercado financeiro
como gênios das aplicações financeiras e agora não têm mais
essa genialidade. Por que será? Não tinha genialidade nenhu-
ma, deputado Altair Moraes; era tudo informação privilegiada.
Então o que nós vemos hoje?
De um lado, o crime organizado - o que mata, o que
trafica, o que rouba, o que estupra, o que faz aborto - e do
outro, o crime do colarinho branco - cobrar juros escorchantes
da população, bilionários, o dono da Natura, Pedro Passos,
apoiando o Lula, Armínio Fraga, Fernando Henrique Cardoso. É
inacreditável!
O Sr. Fernando Henrique mora em um prédio em Higienó-
polis que deve custar doze, quinze milhões de reais o aparta-
mento. E hoje, hoje, tentaram ceifar a vida do nosso candidato
a governador, Tarcísio de Freitas, que vai ganhar as eleições. Já
chegou em primeiro lugar no primeiro turno, que eu falei para
ele no dia 14 de setembro, eu falei para ele que ele iria chegar
em primeiro lugar no primeiro turno.
E agora, por conta desse atentado, a população paulista,
que na sua maioria é trabalhadora, ordeira, São Paulo só é São
Paulo pelos paulistas que nasceram aqui e pelos paulistas que
se fizeram aqui, como o caso do Sr. Altair Moraes, que veio de
Pernambuco.
Meu pai também veio de Pernambuco para cá. E construí-
ram essa maravilha que é São Paulo. E o paulista é trabalhador,
o paulista acorda cedo, e às vezes dorme tarde, e não tem medo
de trabalhar e de construir a pujança que é São Paulo.
Nós não vamos nos curvar perante o crime organizado. E
só para finalizar, professora Janaina, antes do almoço agora,
antes de vir para cá, no trajeto que me trouxe até a Assembleia,
eu passei, infelizmente passei, diante da casa do ex-governador
João Doria, e lá estava uma base comunitária móvel do 23º
Batalhão de Polícia Militar, alocada defronte à casa do ex-
-governador, que nada mais é, fazendo segurança pessoal dele,
da sua casa, da sua família, enquanto o candidato a governador
o estado de São Paulo estava sendo vítima, vítima, de uma
agressão contra a sua vida em Paraisópolis.
É inacreditável. Inacreditável. E tem gente aqui desta Casa,
deputado Altair, que virou o maior carrapato atrás do Tarcísio
agora. Só que eu vou ser o mata-bicheira desse pessoal.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Obviamente esse fato tem que ser
profundamente investigado. Acabei de ver aqui nas notícias que
uma das pessoas responsáveis por esse ataque, por esses dis-
paros na direção do prédio em que se encontrava o candidato
veio a óbito.
Então a identificação de quem seja essa pessoa é muito
importante para esta investigação que precisa ser feita. Inde-
pendentemente de qualquer coisa seria adequado que se
reforçassem a segurança dos candidatos, até porque, em um
pleito difícil como esse, muitas vezes esses fatos acabam tendo
muito impacto.
você que foi lá e tocou o dedão lá e votou. Você votou porque
você quis.
Você vota em quem defende bandido, você vai pagar com
a vida, sua família vai pagar com a vida. Você vai morrer por
causa de um celular. Eu ajudei a prender o sequestrador do
Abílio Diniz.
Eu estava lá. Eu estava lá, não era brasileirinho, como o
Sr. Lula falou, “dez brasileiros”, não. Era um brasileiro. Eram
chilenos, argentinos e canadenses. Eu estava lá, vi o Abílio Diniz
enterrado a dez metros de profundidade. Eu estava lá, eu sou a
história viva disso aí. E agora vai falar que soltou os sequestra-
dores? Então, ou seja, escolhe. É um direito de vocês, escolham
quem vocês quiserem.
Obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado. É isso mesmo, escolha, mas depois não venha recla-
mar para a gente. Que depois vem reclamar para a gente, não é?
Deputada Leticia Aguiar. (Pausa.)
Pela Lista Suplementar, Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Gianna-
zi. (Pausa.) Deputado Conte Lopes. Já falou. Deputado Gil Diniz.
(Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Coronel
Telhada. Já falou.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PRTB - Presidente, na medida
em que não há mais colegas para fazer uso da palavra e haven-
do acordo entre as lideranças presentes, eu solicito o levanta-
mento da presente sessão, Excelência.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regi-
mental, deputada. Obrigado. O acordo é entre nós três, eu, a
senhora e o Conte.
Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo entre
as lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de segunda-
-feira, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Eu quero agradecer às três pessoas que estão na plateia.
Não sei se são da Casa ou não, porque eu não consigo enxergar
de longe, mas obrigado pelo prestígio, deram um brilho. São
três deputados e três presentes, fora a polícia aqui, no local.
Obrigado pela presença. Agradeço a todos os funcionários
da Casa, aos assessores legislativos, à Polícia Militar e à Polícia
Civil pelo apoio nesta semana. Deus abençoe a todos. Um
ótimo final de semana.
Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 14 horas e 36 minutos.
* * *
17 DE OUTUBRO DE 2022
117ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
GRANDE EXPEDIENTE
2 - FREDERICO D'AVILA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Frederico d'Avila.
4 - ALTAIR MORAES
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
5 - FREDERICO D'AVILA
Para comunicação, faz pronunciamento.
6 - ALTAIR MORAES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de
lideranças.
7 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Comenta os pronunciamentos dos
deputados Altair Moraes e Frederico d'Avila. Convoca os
Srs. Deputados para a sessão ordinária do dia 18/10, à hora
regimental, com Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa
tarde a todos. Presente o número de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos tra-
balhos. Esta Presidência dispensa a leitura da ata da sessão
anterior e recebe o expediente.
Imediatamente dou por aberto o Pequeno Expediente,
iniciando a leitura dos oradores inscritos. Chamo à tribuna o
nobre deputado Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.)
Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputado Major Mecca.
(Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.) Deputado Castello
Branco. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Janaina
Paschoal, na Presidência. Não farei uso da palavra.
Encerrada a lista principal do Pequeno Expediente, inicio a
leitura da Lista Suplementar de oradores inscritos, chamando
à tribuna o nobre deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.)
Deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputada Edna
Macedo. (Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado
Castello Branco. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.)
Deputado Altair Moraes. (Pausa.)
Encerrado o Pequeno Expediente, até para que haja tempo,
se algum colega quiser se dirigir ao plenário e fazer uso da
palavra, eu abro o Grande Expediente.
* * *
- Passa-se ao
GRANDE EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Cha-
mando à tribuna o nobre deputado Coronel Telhada. (Pausa.)
Deputado Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputado Itamar Borges.
(Pausa.) Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Gil
Diniz. (Pausa.) Deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado
Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
Chegou um colega. Vai fazer o uso da palavra, colega? Está
certo. Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.) Deputada Leci
Brandão. (Pausa.) Deputado Adalberto Freitas. (Pausa.) Janaina
Paschoal, na Presidência. Não farei uso da palavra.
Deputado Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Conte
Lopes. (Pausa.) Deputado Douglas Garcia. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
(Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Márcia Lia.
(Pausa.) Deputado Teonilio Barba. (Pausa.) Deputada Analice
Fernandes. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Depu-
tada Adriana Borgo. (Pausa.) Seria a vez do colega aqui, que
pediu para aguardar um segundo. Eu vou abrir uma exceção
aqui, ler a lista e voltar no nome dele.
Deputada Dra. Damaris Moura. (Pausa.) Deputado Edmir
Chedid. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.) Deputado
Alex de Madureira. (Pausa.) Deputado Barros Munhoz. (Pausa.)
grande piada, porque é feito por um cidadão que se travestiu
de jornalista e fez um livro terrível, mentiroso, que a vida toda
tentou difamar não só os policiais militares de Rota daquela
época, mas principalmente o nome da Rota.
Só que ele não consegue. A gente sabe que está trabalhan-
do a favor não do bem e da população, não do bem da socie-
dade, mas justamente ao contrário, querendo destruir um dos
maiores ícones da Segurança Pública brasileira, que é a Rota,
Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, e como eles tentaram fazer
com o Bope, destruir o Bope, e não conseguiram.
Aliás, só deram mais nome para o Bope. Com certeza essa
série também não vai nem arranhar a lisura, a imagem da Rota,
porque a população quer a Rota. A Rota é querida pela popula-
ção e temida pelos marginais, e tem que continuar sendo assim.
A Rota não está aí para alisar ninguém. A Rota não está para
passar a mão na cabeça de ninguém.
A Rota está para enfrentar o crime e tanto eu quanto
o capitão Conte Lopes aqui presente, um dos nossos ícones
dentro da Polícia Militar, combatemos firmemente o crime, com-
batemos duramente o crime e nunca baixamos a cabeça para
vagabundo nenhum.
Vagabundo vai em cana. Se puxar arma, vai tomar tiro e se
Deus quiser vai para o inferno para não encher o saco. Simples
assim. E nós sempre tivemos essa linha de um combate de fren-
te, de um combate olho no olho, porque a gente não é de ficar
aceitando vagabundo perto da gente não.
Só que, infelizmente, na sociedade existem pessoas que
gostam de bandido. Tem até partidos que são coniventes com
o crime organizado. Dizem que estão juntos com o crime orga-
nizado e quem está dizendo não sou eu. Foi a revista “Veja”
que veio dizer que um determinado partido aí, um partido das
trevas, corre junto com o crime organizado.
É uma realidade, mas que as pessoas fingem não ver.
que nós que somos patrulheiros de Rota não aceitamos nenhu-
ma crítica infundada contra o nosso batalhão, contra a nossa
querida Rota.
Tenham certeza de que do que depender aqui da gente nós
continuaremos firmes no combate à criminalidade e pela valori-
zação da nossa Rota e da nossa Polícia Militar. Parabéns, Rota.
Que venham muitos e muitos anos pela frente.
Muito obrigado, presidente.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Coronel Telhada.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Novamente
aqui na Presidência dos trabalhos, seguindo na lista de orado-
res inscritos, o próximo orador é o deputado Carlos Giannazi.
(Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado Coronel
Nishikawa. (Pausa.) Deputado Reinaldo Alguz. (Pausa.) Depu-
tado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes.
O SR. CONTE LOPES - PL - Sr. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, primeiramente, cumprimentá-lo pela eleição de
vosso filho, capitão Telhada, e pela expressiva votação. Como
disse a V. Exa., alguém deve ter confundido os nomes aí, então
deu um probleminha na campanha de Vossa Excelência. Mas
são coisas da vida, né?
Eu queria, primeiramente, agradecer os 192.454 votos que
tive na última eleição. A gente quer agradecer os eleitores e
vamos continuar, enquanto Deus nos permitir, trabalhando.
O Coronel Telhada falava a respeito do filme agora, o
“Rota 66”, da “Globo”. O Caco Barcellos escreveu um livro,
o “Rota 66 - A história da polícia que mata” deu um capítulo
todo especial para mim, “O Deputado Matador”. Então eu
também escrevi um livro respondendo a ele, que não adianta
você entrar com um processo, não adianta nada. Vai andar com
o processo aonde? No Supremo? Você vai ganhar da Globo?
Não vai, não é?
Então também escrevi um livro contando as minhas ocor-
rências e que muitas vezes eu fui salvador. Fui salvador, salvei
pessoas na mão de bandidos, que eram reféns de bandidos,
como aquela menininha de Mogi das Cruzes que foi esfaqueada
duas vezes por japoneses, e eu matei os dois. Para a família da
Tábata eu fui salvador, e para as outras famílias, vários casos de
que a gente participou e gente que nos procurou na Rota.
E colocava bem o Coronel Telhada a respeito de uma festa
que houve hoje muito bonita, todo mundo vai lá bater palma na
Rota, inclusive estava também o nosso candidato a governador,
Tarcísio de Freitas.
E outros estavam lá, como o próprio Rodrigo Garcia. Eu
cobrei para o colega Rodrigo Garcia, que foi colega meu aqui
nesta Casa, para que ele tirasse essas câmeras da Rota, que só
protegem o bandido. É verdade, só protege o bandido.
Hoje, assistindo um programa de televisão, eu vejo o
candidato Haddad, do PT, dizendo: “eu vou continuar com as
câmeras”. Eu acho, Haddad, que você vai perder voto para
caramba nisso aí, viu?
Porque enquanto houver câmera no peito de policial da
Rota, dos outros policiais, do Baep, os policiais não vão enfren-
tar bandido. Não é como você falou, Haddad, que é para prote-
ger a vida do policial.
Nós não temos medo de morrer, não. Não. Quando a gente
opta por ir para a Polícia, a gente jura morrer, ter o sacrifício da
própria vida defendendo a sociedade. É o primeiro juramento
do policial.
Não se preocupe com isso, PT, nem Haddad, nem Lula. Mor-
rer em serviço, morrer é consequência da nossa vida policial.
Não se preocupem. Vocês estão é protegendo o bandido, como
eu falei para o Rodrigo Garcia. E ele falou que iria tirar a câme-
ra e não tirou, e se ferrou. E se ferrou.
E eu espero que o povo de São Paulo, principalmente a
periferia de São Paulo, onde eu trabalhei muito tempo com a
Rota, como o Coronel Telhada trabalhou, o Telhadinha também
trabalhou, o filho do Telhada, eleito deputado, e muitos traba-
lharam. Pensem direitinho no que vocês vão escolher.
Na urna é você que escolhe. Veja para que lado você vai,
porque a filosofia de Segurança Pública é ditada pelo gover-
nador do estado com apoio do presidente. Não adianta depois,
Coronel Telhada, vir atrás da gente: “Olha, tem um pancadão”.
E daí? A gente fala com quem, com Jesus Cristo?
Porque entra um governador, põe na Rota quem ele quer;
põe o secretário que ele quer. Daí para a frente, a filosofia de
Segurança é aquela lá. O policial, se enfrenta o bandido com a
câmera dele, ele não tem medo de morrer, não, mas acontece
que se ele mata, o promotor público toca o ferro nele, porque
você só vai ver o polícia atirando, não vai ver o bandido atiran-
do no coitado do policial.
Tivemos isso aí, o policial da Rota aí, tenente Bezerra,
matou um sequestrador com fuzil. Com fuzil. E o tenente Bezer-
ra, mais dois cabos da Rota quiseram um mês atrás, dois meses,
no dia que o Rodrigo Garcia foi lá com o secretário de Segu-
rança e o comando da PM receber medalha da Roda e falar:
“agora, quem levantar a arma para a Rota vai para a cadeia.
Quem levantar arma para policial da PM vai para a cadeia”.
O cara levantou um fuzil. Sabe por que prenderam os dois
policiais? Porque não conseguiram enxergar o policial, grande
professora de direito Janaina Paschoal, atirando no bandido.
Então alegaram que eles taparam as câmeras e a partir daí
eles já foram para a cadeia. Para a cadeia. Não é para o quartel,
preso, não; é para a cadeia. Foram autuados em flagrante por
homicídio. Estou falando aqui a verdade. Ou estou mentindo?
Então você aí, que vai escolher, pensa bem, viu, gente?
Pensa bem no que você está escolhendo para a sua vida. Pensa
o que passa sua mulher e sua filha na mão de bandido na peri-
feria. Pensa nos pancadões. Pensa nos traficantes. Pensa o que
os traficantes fazem. O PCC aqui e o Comando Vermelho no Rio
de Janeiro. Vocês querem? É problema de vocês.
Agora, não vai depois passar a bola para nós. Entendeu?
Não venha depois passar a bola para nós. Você escolheu. Foi
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sexta-feira, 21 de outubro de 2022 às 05:06:55

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