Debates - 18 DE AGOSTO DE 2023 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação24 Agosto 2023
SeçãoCaderno Legislativo
quinta-feira, 24 de agosto de 2023 Diário Ofi cial Poder Legislativo São Paulo, 133 (151) – 23
Imagina se isso vira moda, todo pai entrar armado amea-
çando as professoras, que estão lecionando no ensino funda-
mental? Nós não podemos permitir isso, Sr. Presidente.
Então a punição deve ser exemplar, espero que a Secretaria
de Segurança Pública tome todas as providências, porque tem
aqui o boletim de ocorrência, Sr. Presidente, nós não podemos
tolerar violência nas escolas. É um absurdo.
Nós estamos numa luta no Brasil para pôr fim à violência,
que tem matado as nossas professoras, os nossos alunos, vários
episódios aconteceram e continuam acontecendo.
E vem sempre da mesma vertente, Sr. Presidente, desses
grupos nazifascistas, extremistas, de extrema direita - porque
a direita não faz isso -, esses fanáticos bolsonaristas, todos eles
se afinam com isso, com essa política de ódio de intolerância
de violência.
Um pai entra armado dentro de uma escola, ameaçando as
professoras e questionando o conteúdo pedagógico da escola
com uma arma na mão. É o fim do mundo. Punição para esse pai.
Eu solicito que cópias do meu pronunciamento sejam enca-
minhadas ao secretário de Segurança Pública do estado São
Paulo, por via das dúvidas, porque essa secretaria está tomada
por grupos de extrema direita.
Então eu solicito que cópias do meu pronunciamento sejam
encaminhadas, Sr. Presidente - para que haja de fato a investi-
gação - ao Ministério Público Estadual, para que haja investi-
gação e punição exemplar para esse pai, que entrou armado,
uma pessoa covarde, que entra em uma escola armada, ameaça
professoras e ainda coloca a arma na mão.
Era isso, Sr. Presidente.
Então peço que as cópias sejam encaminhadas imediata-
mente ao secretário de Segurança Pública e também ao Minis-
tério Público Estadual.
Muito obrigado.
O SR. PRESIDENTE - REIS - PT - Na qualidade de presidente
em exercício, defiro o requerimento de V. Exa. para que as
cópias sejam encaminhadas.
Continuando a lista de oradores e oradoras, o próximo
orador é o deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Simão
Pedro. (Pausa.) Deputado Rodrigo Moraes. (Pausa.) Deputado
Lucas Bove. (Pausa.) Deputado Major Mecca. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Ediane
Maria. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado
Paulo Fiorilo. (Pausa.) Deputada Carla Morando. (Pausa.) Depu-
tada Ana Perugini. (Pausa.) Deputado Donato. (Pausa.)
Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Marcos Dama-
sio. (Pausa.) Deputado Eduardo Suplicy. (Pausa.) Deputado Gui-
lherme Cortez. (Pausa.) Deputado Rui Alves. (Pausa.) Deputado
Tenente Coimbra. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputada Letícia Aguiar. (Pausa.) Deputada Marta Costa.
(Pausa.)
Entrando na Lista Suplementar, deputado Delegado Olim.
(Pausa.) Deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.)
Deputada Thainara Faria. (Pausa.) Deputada Solange Freitas.
Tem V. Exa. o tempo regimental de cinco minutos.
A SRA. SOLANGE FREITAS - UNIÃO - SEM REVISÃO DO
ORADOR -Mais uma vez, boa tarde a todos. Hoje, desde as 10
da manhã, está acontecendo uma audiência pública para falar
sobre a privatização de algumas rodovias no litoral e na região
de Mogi das Cruzes.
Eu pude ter uma fala nessa audiência; foram dois minutos
colocando meu ponto de vista como representante da popula-
ção, principalmente das cidades que serão impactadas com essa
mudança, tanto do lado positivo, quanto do lado negativo.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
E quando eu ouvi as explicações da Artesp, colocando
todos os detalhes de como vai ser essa privatização das rodo-
vias, eu continuo com a mesma opinião: pedágio, não.
Os moradores vão sofrer um impacto muito grande se essa
privatização acontecer dessa maneira. E eu posso dar um exem-
plo, como moradora da Baixada Santista: o que vai acontecer
na rodovia Padre Manoel da Nóbrega.
Nós temos até uma arte mostrando os valores dos pedá-
gios que nós vamos ter que pagar se esse sistema for para
frente, se o governador insistir com esse sistema de privatização
das rodovias.
Só para a gente ter um exemplo ali, olha: de Arujá para
Mogi, na consulta pública feita em 2023, o valor do pedágio
vai ficar ao todo 3,40 reais. Mogi-Bertioga: 6,12 reais; Bertio-
ga-Santos, vamos pagar 5,11; Peruíbe-Praia Grande, 10,29;
Miracatu-Peruíbe: 6,24.
Pode deixar ainda esses valores apresentados aqui, porque
quando eu olhei de Peruíbe a Praia Grande, quem é da cidade,
quem é morador da região, quem costuma transitar ali sabe
muito bem o que eu vou estar falando.
Nós não pagamos nada hoje para transitar por ali, e a
partir desse sistema nós vamos desembolsar, para ir de Peruíbe
até Praia Grande, 10,29. Não tem como dizer “sim” ao pedágio.
É impossível, quando a gente vê esses valores. Porque a
Padre Manoel da Nóbrega é, para nós, uma avenida dentro das
cidades; nós temos que passar de um lado ao outro.
Às vezes, para ir ao trabalho, para ir à cidade vizinha, à
casa do amigo, à faculdade, à escola, a gente precisa passar
pela rodovia. A rodovia corta essas cidades. Então é como se
fosse uma avenida grande, uma avenida larga. E a gente vai
ter que pagar para andar nas nossas próprias cidades? Isso é
um absurdo.
E aí tem uma outra explicação: “ah, o morador não precisa
pagar, é só não andar na rodovia, anda nas marginais”. Mas e
o impacto do trânsito nessas marginais, como é que vai ficar?
Em Itanhaém, por exemplo, nesse projeto não tem previsão
de fazer uma duplicação das marginais, e lá o problema é ainda
maior, porque precisaria de outros acessos, muitos acessos,
pelos menos uns 10, para não impactar tanto na vida dos mora-
dores no dia a dia.
Por isso, não dá para dizer “sim” ao pedágio. Nós estamos
lutando contra esse sistema que foi apresentado. O prefeito de
Itanhaém, Tiago Cervantes, que estava na audiência pública e
fez uma fala, vem defendendo a cidade. Parabéns, prefeito, por
estar lá defendendo a população.
Ele disse que, em uma reunião que teve com a Artesp para
falar sobre os problemas e o impacto em Itanhaém, a reunião
terminou assim, ouvindo a seguinte frase: “Vai andar pela rodo-
via estadual, então vai ter que pagar”. Infelizmente a reunião
terminou desse jeito.
Eu sei que o governador Tarcísio é bem sensível à popula-
ção, aos problemas trazidos pela população. Nós estamos repre-
sentando os moradores das cidades que vão ser impactadas e
pedimos para o governador Tarcísio rever esse projeto, rever o
pagamento do pedágio.
Não é justo que nós, moradores, tenhamos que pagar essa
conta. Além de pagar essa conta, vamos ter um impacto muito
negativo dentro das cidades, e os turistas também vão sumir da
região, porque não vão querer pagar pedágio.
Muito obrigada.
O SR. PRESIDENTE - CARLOS GIANNAZI - PSOL - Eu queria
concordar com Vossa Excelência. Nós também estamos nessa
luta denunciando essa privataria bolsotucana, a farra dos pedá-
gios do estado de São Paulo. É um absurdo total a implantação
desses pedágios, agora eletrônicos. Serão pedágios diferen-
ciados, tanto na Baixada Santista como também na região de
Mogi das Cruzes. Nós estamos irmanados nessa luta, deputada
Solange Freitas.
Dando sequência à lista de oradores inscritos no Pequeno
Expediente, agora já na Lista Suplementar, a próxima oradora
é a nobre deputada Leci Brandão, que fará uso regimental da
tribuna.
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e rece-
be o Expediente.
Pela ordem dos oradores inscritos, eu chamo o deputa-
do Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Jorge do
Carmo. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino. (Pausa.)
Deputada Fabiana Barroso. (Pausa.) Deputado Enio Tatto.
(Pausa.) Deputado Reis. O senhor tem o tempo regimental de
cinco minutos para falar.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumpri-
mentar a presidente, cumprimentar todos os deputados e
deputadas, o público presente, os integrantes da Polícia Militar,
da Polícia Civil, da Polícia Penal, da Polícia Técnico-Científica.
Cumprimentar todos os funcionários desta Casa e todos aque-
les e aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Eu quero lembrar aqui e saudar, hoje é o dia dos estagiá-
rios e das estagiárias. E eu sou autor da Lei 16.291, do dia 26
de outubro de 2015, que instituiu, na cidade de São Paulo, o Dia
do Estagiário. Então, a nossa saudação, respeito.
Também dizer que nós conseguimos aqui, nesta Legisla-
tura, deputado Carlos Giannazi, por uma iniciativa também
minha, que pudesse cada gabinete, cada mandato, ter mais um
estagiário de nível superior e mais um estagiário de nível médio.
Então, este ano os Srs. Deputados e as Sras. Deputadas já
estão autorizados a contratar um estagiário de nível superior,
na área da Comunicação, na área do Direito, para auxiliar no
dia a dia o bom funcionamento dos mandatos. A partir do ano
que vem, um estagiário de nível médio.
É o nosso reconhecimento, e também na lógica de que
esses estagiários possam se qualificar, possam conhecer todas
as normas, as regras de funcionamento desta Casa, e se prepa-
rar para prestar um bom trabalho para a nossa sociedade.
Lá na Câmara não foi diferente. Lá também nós aumen-
tamos o número de estagiários. Tanto os estagiários de nível
médio quanto os estagiários de nível superior. Eles prestam um
excelente trabalho na Câmara de São Paulo, e faço também
uma saudação a todos eles. E também os estagiários desta
Casa, e todos os estagiários e estagiárias do nosso País, do
nosso estado, da nossa cidade, a nossa saudação.
Depois vou voltar a falar nesta tribuna. Hoje acho que
dá para a gente fazer até o Grande Expediente. Mas eu quero
também falar sobre a distribuição de câmeras corporais para os
policiais militares.
Está na “Folha de S. Paulo”. O Governo do Estado alocou
cerca de 400 câmeras, de outras unidades, para o policiamento
de trânsito.
Sabem que o policiamento de trânsito é o cartão de visita
da Polícia Militar, assim como o Corpo de Bombeiros, que é
muito bem avaliado.
As câmeras, em que pese que tem esse debate, aqui
mesmo tem vários deputados que são policiais, policiais da
Rota, e que se colocam contra as câmeras corporais, mas elas
também têm feito um excelente trabalho de proteção, de pre-
servação e de prevenção aos nossos policiais.
Muitas vezes, os policiais são agredidos. Inclusive, a Com-
panhia de Engenharia de Tráfego também está adotando esse
instituto das câmeras corporais porque, volta e meia, tem um
agente de trânsito sendo agredido.
As pessoas, às vezes, cometem infrações de trânsito, e não
querem ser corrigidas. Então, quando aquele agente toma a sua
providência, de acordo com a nossa legislação, muitas vezes ele
é agredido.
Então a câmera corporal produz esse efeito de proteção.
Porque ela vai filmar aquela agressão, aquele momento em que
aquela pessoa está agredindo o agente de trânsito, agredindo o
policial de trânsito. E, muitas vezes, no atendimento de ocorrên-
cias policiais também.
Muitas vezes, acontece do policial ser vítima de agressão.
Porque tudo não pode ser na base da bala, e nem da arma.
Então, muitas vezes, o policial vai atender uma ocorrência, uma
desinteligência, ali tem um entrevero, e aquelas pessoas aca-
bam indo para cima do policial. A câmera acaba filmando tudo
isso, e ela vai produzindo provas também em favor do policial,
em favor do agente de trânsito.
Mesmo que o governo, quando estava em campanha,
tenha falado contra as câmeras, mas ele entendeu que real-
mente não dá para tirar as câmeras, e que elas vieram para
ficar. Elas vieram para ficar, e vão continuar, em que pese os
debates nesta Casa, muitas vezes contrários à sua existência,
ao seu uso.
Nesse primeiro momento, a minha fala, Sra. Presidenta.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Muito
obrigada, deputado Reis. Bem lembrado, hoje, o Dia do Estagi-
ário. Parabéns a todos os estagiários. A aqueles que trabalham
comigo, no meu gabinete, meu muito obrigada. E a aqueles que
trabalham nesta Casa, muito obrigada. Que a gente possa con-
tribuir ainda mais para o crescimento profissional deles.
Seguindo a ordem dos oradores inscritos, chamo o deputa-
do Carlos Giannazi. Tem o tempo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, teles-
pectador da TV Assembleia, público aqui presente.
Sra. Presidente, quero manifestar o meu total apoio e
solidariedade a toda a comunidade escolar da EMEF Escola
Municipal de Ensino Fundamental Maria Inês Vieira Machado.
É uma escola que fica em Ribeirão Preto. É uma escola da rede
municipal.
Eu tenho aqui um boletim de ocorrência, dando conta de
que agora, no último dia 16, na quarta-feira, um pai de aluno
praticamente invadiu a escola, armado, ameaçou as professoras
e colocou a arma na mesa.
Ele estava questionando alguns conteúdos que estavam
sendo trabalhados com os alunos, conteúdos programáticos
de acordo com a LDB, de acordo com o Plano Nacional de Edu-
cação, de acordo com o Plano Nacional do Livro Didático e de
acordo com a BNCC.
* * *
- Assume a Presidência o Sr. Reis.
* * *
O pai foi lá, ameaçou a comunidade escolar, criou um cons-
trangimento, um absurdo o que aconteceu, Sr. Presidente, dizen-
do que havia uma possível doutrinação ideológica, está tudo
aqui no boletim de ocorrência, isso é um absurdo, Sr. Presidente.
Depois, ele indagou se o livro... Vou ler aqui, as docentes
disseram que era... Ele estava questionando o livro e quem
tinha autorizado o livro - as docentes, as professoras disseram
que era o livro oficial do Programa Nacional do Livro Didático.
Perguntou qual era o governo que havia autorizado esse livro,
disse o pai, as docentes disseram que era autorizado pelo MEC
na gestão passada, na gestão do Bolsonaro.
É lógico. Esse pai era um bolsonarista de extrema direita,
um desses membros da seita da extrema direita, Sr. Presidente,
deputado Reis, que invadiu a escola, isso é o fascismo brasileiro,
é o protofascismo, Sr. Presidente.
São os bolsonaristas, que insistem nesse movimento, que já
foi sepultado historicamente, do Escola Sem Partido, ameaçan-
do professoras - é um covarde - ameaça professoras armado,
entrou armado dentro da escola, é um absurdo total.
Isto é um boletim de ocorrência. Eu quero, Sr. Presidente,
aqui da tribuna da Assembleia Legislativa, acionar a Secretaria
de Segurança Pública, para que ela tome as devidas providên-
cias, investigue.
E esse pai tem que ser punido rigorosamente, Sr. Presiden-
te, que as penas da lei caiam sobre ele, porque é muito grave
um pai de aluno, de extrema direita, que implanta na escola
uma política de ódio, de medo, cria um terrorismo na escola.
Executivo, que o governador façam a suplementação orçamen-
tária para o Tribunal de Justiça, porque é obrigação do estado
financiar a Justiça, a democratizar o acesso.
É o estado que tem que financiar. Não tem que cobrar
taxa da população, isso é um absurdo, já tem, nós pagamos
impostos.
Então, o estado tem os recursos, Sr. Presidente, tanto é que
quando o Tribunal de Justiça manda, o presidente do Tribunal de
Justiça encaminha o Orçamento para o Executivo, o Executivo
corta pela metade, e daí nós, aqui na Assembleia, apresentamos
emendas para aumentar um pouco, para corrigir a defasagem.
Mesmo assim, como a Alesp é um puxadinho do Governo,
a gente não consegue aprovar essas emendas, e aí o Tribunal de
Justiça fica com o orçamento apertado.
Sobretudo, quero destacar, Sr. Presidente, que a nossa luta
é para que haja o reajuste salarial dos escreventes, dos oficiais
de Justiça. Nossa luta é em defesa dos servidores que traba-
lham lá e que carregam nas costas o Judiciário.
É por isso que nós queremos mais recursos para o Judici-
ário. O Governo tem os recursos, Sr. Presidente. Temos o maior
orçamento estadual de toda a história, o maior orçamento do
Brasil no âmbito estadual.
Então, as condições orçamentárias estão dadas, é fazer o
remanejamento, uma suplementação de 300 ou 400 milhões,
não é nada para o estado. O nosso Orçamento hoje passa dos
317 bilhões de reais. Lembrando que há uma política de renún-
cia fiscal, que é a transferência de dinheiro público para os
grandes grupos empresariais, de aproximadamente 80 bilhões
de reais, Sr. Presidente.
Como que não tem dinheiro para suplementar minimamen-
te esses recursos, para valorizar, sobretudo, os servidores, que
estão lá na ponta atendendo a população: escreventes, auxilia-
res de serviços e os nossos oficiais de Justiça.
Então, fiz essa proposta: vamos todos juntos pressionar o
Tribunal de Justiça, a Ordem dos Advogados do Brasil, deputa-
dos aqui da Assembleia Legislativa, e exigir que o Governo do
Estado financie.
Não pode jogar a conta para que a população pague,
porque seria quase uma reforma tributária, Sr. Presidente, jogar
essa bomba no colo do povo mais pobre, sobretudo, do estado
de São Paulo, que já tem grandes dificuldades de acessar a
Justiça.
Sr. Presidente, fica aqui minha proposta e o apelo ao Tribu-
nal de Justiça, que eu já fiz lá para os representantes do Tribu-
nal de Justiça, para que eles pressionem o Governo do Estado. E
aí não haverá necessidade nenhuma de aprovar esse PL nº 752,
que não pode ser votado aqui na Assembleia Legislativa em
nenhuma hipótese.
Termino, Sr. Presidente, manifestando mais uma vez nosso
total apoio à greve das Etecs e Fatecs do estado de São Paulo.
Infelizmente, este governo está destruindo a Educação: tentou
tirar o livro didático das nossas escolas, está agora atacando
Etecs e Fatecs. Os professores estão com a carreira paralisada,
superlotação de salas, desmontes, de muitas delas, Etecs e
Fatecs, um horror o que está acontecendo lá.
Eu participei de uma assembleia, tenho visitado as Etecs e
Fatecs, Sr. Presidente, porque elas representam a oferta do ensi-
no técnico e tecnológico do estado de São Paulo. No entanto,
não há mais investimento.
O governo está transferindo esse modelo de ensino, de
uma forma fake, mentirosa, para as escolas estaduais, não vai
funcionar. Tem que investir é nas Etecs e Fatecs, que sempre
representaram a oferta da qualidade de ensino nessas áreas do
ensino técnico e tecnológico.
Era isso.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Sr. Presidente, havendo
acordo entre as lideranças, e não havendo mais nenhum orador
para fazer uso da tribuna, solicito o levantamento desta sessão.
O SR. PRESIDENTE - CONTE LOPES - PL - É regimental. Sras.
Deputadas e Srs. Deputados, havendo acordo de lideranças, esta
Presidência, antes de dar por levantados os trabalhos, convoca
V.Exas. para a sessão ordinária de amanhã, à hora regimental,
sem Ordem do Dia.
Está levantada a sessão, agradecendo a presença na
Assembleia Legislativa dos nossos visitantes. Obrigado e um
abraço a todos.
* * *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 25 minutos.
* * *
18 DE AGOSTO DE 2023
84ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: SOLANGE FREITAS, REIS e CARLOS GIANNAZI
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - SOLANGE FREITAS
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE SOLANGE FREITAS
Parabeniza a todos os estagiários pelo seu dia.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - REIS
Assume a Presidência.
6 - SOLANGE FREITAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência. Endossa o pronunciamento da
deputada Solange Freitas quanto à criação de praças de
pedágio na Baixada Santista.
8 - LECI BRANDÃO
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Endossa o pronunciamento da deputada Leci Brandão
a respeito da compra de livros didáticos pelo governo
estadual de São Paulo.
10 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - REIS
Assume a Presidência.
12 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - CARLOS GIANNAZI
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
14 - PRESIDENTE REIS
Defere o pedido. Endossa o pronunciamento do deputado
Carlos Giannazi. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 21/08, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Solange
Freitas.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - SOLANGE FREITAS - UNIÃO - Presen-
te o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Tem a questão dos contratos da empresa dele com a Secre-
taria da Educação, contrato de quase 200 milhões de reais; tem
contratos da empresa dele com o Iamspe, com a Unesp, com o
Hospital Público Regional Estadual aqui da Grande São Paulo. É
um absurdo. Sem contar as questões pedagógicas.
Mas, após oito meses com esse secretário, mais preocupa-
do com suas empresas, com seus negócios e com esse fetiche
que ele tem por livros digitais, por aplicativos... Ele tem um
fetiche, uma fixação por material digital. Não é possível, ele
só fala que tudo se resolve com aplicativo, tudo se resolve, na
Educação, com material digital.
Mas, após muito desgaste, após muita pressão da rede
estadual de ensino, das entidades representativas do Magisté-
rio, das nossas ações aqui na Assembleia Legislativa, ele resol-
veu trabalhar um pouco.
Ele fez uma “live” agora, às 14 horas, e fez alguns anún-
cios. Ele está tão desgastado, ele falou: “Agora tenho que
começar a trabalhar, senão vou cair, o Tarcísio vai me exonerar”.
Então, ele fez alguns anúncios que já deveria ter feito logo
nos primeiros dias de governo e, com isso, a rede está sendo
penalizada até agora. São vários anúncios, mas eu queria desta-
car aqui o primeiro deles, que é a questão das APDs, as famosas
Atividades Pedagógicas Diversificadas.
É o mais grave, talvez, hoje, no Magistério, porque está
matando o Magistério Estadual. Nós, desde o ano passado,
quando foi aprovada essa famigerada Lei nº 1.374, do Rossieli,
do Doria, do Rodrigo Garcia, nós já tínhamos denunciado os
efeitos nefastos dessa lei para o Magistério Estadual. Então, ele
já deveria ter modificado esse artigo da lei.
Nós já vínhamos, desde o ano passado e, sobretudo, quan-
do ele assumiu, exigindo que ele encaminhasse um projeto de
lei para a Assembleia Legislativa revogando esses artigos da Lei
nº 1.374, sobretudo esse, que obrigava o professor a fazer as
APDs nas escolas. Isso não tem o mínimo sentido pedagógico
e atrapalha imensamente a vida dos professores e professoras.
Então, ele veio à Comissão de Educação, foi cobrado por
nós e se comprometeu a enviar o projeto. Tive uma audiência
com ele há mais de um mês, lá no gabinete dele, e ele falou que
mandaria. Eu levei essa questão de novo para ele e ele disse
que mandaria, que enviaria o projeto de lei para a Alesp.
Até agora não chegou nada. Hoje, ele anunciou que vai
enviar o projeto de lei para a Assembleia Legislativa. Então, as
APDs serão flexibilizadas, segundo ele, na “live” feita hoje. Ele
vai encaminhar um projeto de lei para a Alesp.
Quero dizer que, na hora em que chegar, a gente vai votar
em caráter de extrema urgência, esse projeto. Espero que ele
já tenha enviado esse projeto para a Casa Civil, porque, na
verdade, é a Casa Civil que manda o projeto para a Assembleia
Legislativa.
Então, ele tem que cumprir o papel dele e mobilizar a base
aqui do governo para que seja votado, porque nós da oposição
vamos votar favoravelmente em regime de urgência esse proje-
to, porque é uma reivindicação do Magistério estadual.
Tem também a questão da falta-aula, ele disse que tam-
bém vai encaminhar o projeto, talvez no mesmo projeto, logi-
camente, alterando o artigo da falta-aula, na verdade voltando
a ter falta-aula, porque não tem mais, tem falta-dia, se o
professor tem cinco e acontece alguma coisa, ele precisa faltar
a última aula, ele perde as quatro aulas que ele deu. Isso é
uma agressão frontal ao direito trabalhista, é inconstitucional,
inclusive, tem que mandar mesmo o projeto de lei e fazer essa
alteração.
Tem a questão da remoção, ele falou que a secretaria está
trabalhando no concurso, está formulando, elaborando o con-
curso de remoção, que é uma reivindicação importante.
Tem aqui uma informação que eu quero checar, mas é
importantíssima, que é uma reivindicação que nós estamos
fazendo já há um bom tempo sobre o reenquadramento, sobre-
tudo dos secretários, dos agentes de serviço e de servidores que
não foram ainda contemplados no reenquadramento.
Eu me refiro aqui à Lei Complementar nº 1.144, de 2011,
isso é muito importante porque esses servidores estão, na
verdade, com as suas carreiras congeladas, porque são cargos
em processo de extinção, então isso tem que ser corrigido
imediatamente.
Eu já fiz a audiência pública aqui na Alesp e quando estive
com ele há aproximadamente um mês eu levei também essa
reivindicação, então isso é importante. Sei que também esses
servidores estão mobilizados e conversando com a Secretaria
da Educação.
Então, são vários pontos aqui, presidente, que ele men-
ciona, espero que ele faça o encaminhamento, em caráter de
extrema urgência, desse Projeto de lei Complementar alterando
a Lei 1.374, que é a famigerada reforma do Magistério, da
carreira do Magistério, que foi aprovada no ano passado sem
o nosso apoio, porque nós já tínhamos denunciado as perver-
sidades dessa lei.
Mas a hora que esse projeto chegar aqui, espero que ele
chegue rapidamente, nós vamos votar em caráter de extrema
urgência, Sr. Presidente, acho que nem vai ter debate.
A gente vai aprovar rapidamente para que o governador
sancione e flexibilize de fato as APDs, para que a rede estadual
possa ter novamente as faltas-aulas, para que haja o reenqua-
dramento e a valorização de todos os servidores do quadro de
apoio escolar, sobretudo a melhoria salarial, além do enquadra-
mento, reenquadramento, tem que melhorar o salário.
Os servidores do quadro de apoio escolar, Sr. Presidente,
têm os piores salários do funcionalismo público estadual e são
servidores estratégicos para o funcionamento da Educação.
São eles os responsáveis pela abertura e pelo fechamento
das escolas, eles que cuidam lá do pátio da escola, da entrada
e da saída dos alunos, são os responsáveis pela elaboração do
histórico escolar do aluno, do pagamento dos próprios profes-
sores, estão na secretaria, estão no pátio da escola e estão em
todas as áreas.
Eles são fundamentais, mas são massacrados do ponto de
vista salarial, do ponto de vista funcional, do ponto de vista da
jornada de trabalho, então é muito importante Sr. Presidente,
que esse projeto seja encaminhado em caráter de urgência,
porque nós queremos votar.
E para concluir, Sr. Presidente, eu quero também registrar
que hoje nós tivemos uma audiência pública importante aqui
na Assembleia Legislativa, no plenário Paulo Kobayashi, com
a presença de várias entidades representando a advocacia do
estado de São Paulo, a OAB presente, várias subseções do esta-
do, o sindicato dos advogados, a associação dos advogados,
estavam todos lá presentes, deputados e deputadas. Também
representantes, logicamente, do Tribunal de Justiça.
Houve um debate muito interessante, mas eu quero regis-
trar que nós já tínhamos feito algumas audiências públicas
desde quando esse Projeto 752 tinha sido apresentado aqui
na Assembleia Legislativa, dois anos atrás, nós fizemos duas
audiências públicas aqui através do nosso mandato e o projeto
já tinha sido derrotado, não tinha argumento para aprovar esse
projeto.
Só para concluir, Sr. Presidente. E hoje ficou muito mais
claro ainda que não dá para aprovar esse Projeto 752. Eu fiz
uma proposta, Sr. Presidente, porque não queremos atritar com
o Tribunal de Justiça.
A luta nossa não é contra o Tribunal de Justiça, mas eu
alertei os advogados e alertei, sobretudo, o Tribunal de Justiça
de que não podemos cair na armadilha do governo Tarcísio de
Freitas. É uma armadilha. Ele está jogando a advocacia contra
o Tribunal de Justiça e o Tribunal de Justiça contra a advocacia.
Não podemos entrar nesse jogo, Sr. Presidente, porque
temos que montar aqui, criar, eu disse, uma frente ampla, uma
frente única, com a Ordem dos Advogados do Brasil, com o
próprio Tribunal de Justiça, para exigir que o Tribunal, que o
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