Debates - 23 DE AGOSTO DE 2022 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação27 Agosto 2022
SeçãoCaderno Legislativo
sábado, 27 de agosto de 2022 Diário Of‌i cial Poder Legislativo São Paulo, 132 (157) – 7
E, além de apoiarem essa imposição, eu lembro também
que a Maju Coutinho, que é âncora aqui do “Jornal Hoje”,
disse, com tom de deboche, com um tom jocoso, para esse
mesmo povo que, infelizmente, passou fome durante a pan-
demia e agora está vendo todas as consequências nefastas
trazidas pelo lockdown de João Doria, olhou para a cara desse
mesmo povo e disse: “o choro é livre”.
Para ela é fácil dizer isso. Foi trabalhar todos os dias duran-
te a pandemia. Para ela é fácil dizer isso, recebendo lá seus
milhares de reais em salário, assim como o William Bonner e
Renata Vasconcellos.
Enquanto isso, a população nas favelas, das ruas da cidade
de São Paulo e do estado de São Paulo, estava desesperada,
sem saber o que fazer para pagar o aluguel, para pagar a conta
de luz, a conta de água.
Quantas vezes eu entrei com projetos de decreto legislativo
aqui nesta Assembleia, para que nós pudéssemos flexibilizar a
questão da quarentena? Está aqui, não precisam nem acreditar
em mim. Eu mesmo imprimi e trouxe, para todos verem todos
os decretos legislativos que eu trouxe para esta Casa de Leis,
para que a gente pudesse flexibilizar as quarentenas e, absolu-
tamente, a base do governo aqui ignorou.
Então, a população do interior do interior do estado de São
Paulo, daqui da Capital, da Grande São Paulo, quando forem
atrás de voto - quando a galera for atrás de voto - pergunte a
este deputado estadual o que ele fez durante a pandemia.
Se lutou contra as imposições ditatoriais do governo Doria,
do governo Rodrigo Garcia, ou simplesmente resolveu abrir
mão disso, e permitiu que essa quantidade gigantesca de
desempregados hoje existisse no estado de São Paulo, e permi-
tiu que a população passasse fome, e permitiu que a população,
infelizmente, passasse por esse desespero que nós estamos
vivendo.
Lembrem-se. Quando forem bater na porta da sua casa
pedindo voto, veja se não foi o político do “fique em casa”, ou
o político que lutou pela liberdade da população paulista, pela
liberdade da população brasileira. Porque, na hora do “vamos
ver”, ah, senhores, é muito fácil.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Chamo à tribuna o deputado Caio
França. (Pausa.) Deputado Paulo Fiorilo. Vossa Excelência tem o
prazo regimental de cinco minutos.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Sra. Presidenta, Srs. Deputados, quem nos acompanha da
tribuna, na TV Alesp.
Quero aproveitar aqui o Pequeno Expediente. Sei que a
deputada Janaina Paschoal já o fez aqui nesta tribuna, mas
acho que é importante que a gente destaque o evento ocorrido
na semana passada, na terça-feira, com o GRULAC, grupo de
cônsules da América Latina e do Caribe, mais os três reitores
das universidades estaduais, da USP, da Unesp e da Unicamp, a
Comissão de Relações Internacionais e a Mesa desta Casa.
A Comissão de Relações Internacionais patrocinou um
acordo internacional, que vai possibilitar alunos da América
Latina e do Caribe estudarem aqui em São Paulo, alunos daqui
de São Paulo estudarem em países da América Latina, assim
como o intercâmbio de professores.
A deputada Janaina, que é professora, e é membro da
Comissão de Relações Internacionais, esteve presente. Um
evento ímpar. Acho que é o primeiro evento internacional que
esta Casa patrocina. Eu tenho certeza que não será o único e
nem o último.
Ao contrário: nós temos condições, deputado Conte Lopes,
de, no próximo período, em breve, assinarmos mais parcerias.
Tem já um curso de francês para os funcionários da Casa sendo
construído. Temos a possibilidade de um curso de italiano.
Isso vai fortalecer muito as nossas relações internacionais
e tenho certeza de que, a partir do ano que vem, a gente vai
ter uma guinada do ponto de vista da relação e da concepção
do país com os outros países do mundo, o que vai possibilitar
atrair mais gente e o Brasil se colocar como parceiro internacio-
nal importante.
Estiveram aqui, para registro, as representações consulares
da Argentina, do Chile, da Colômbia, de Cuba, Equador, México,
Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai. O coordenador do GRULAC,
o cônsul Luis Ávalos, do Paraguai, que coordena temporaria-
mente o GRULAC, assinou junto com os reitores, com este pre-
sidente da Comissão de Relações Internacionais e com a Mesa
desta Casa esse ato de parceria em uma área tão importante
que é a Educação. Se a gente conseguir avançar, com certeza
vamos dar passos importantes.
Aliás, naquele mesmo ato, a gente teve uma assinatura da
USP com a UNA, que é a universidade do Paraguai, para medi-
cina, o que vai possibilitar a formação de médicos paraguaios
aqui no Brasil, na USP, que é uma das universidades... As três
universidades são reconhecidas internacionalmente. Então,
demos um passo importante e uma contribuição única para
este Parlamento.
Vamos continuar trilhando esse caminho, em que pese,
no Estado... Como disse o deputado Giannazi, a gente tem
conversado muito, em especial com os professores, por conta
da política desse governo do Rodrigo/Doria - para fazer aqui
uma menção ao deputado Giannazi -, que tem extorquido os
trabalhadores, em especial aqueles que estão aposentados,
que estão já com uma situação difícil, que viram o aumento do
Iamspe e estão vendo a sua situação piorar.
Não há, em nenhuma cidade que visitei... O deputado
Giannazi, o deputado Conte e a deputada Janaina possivelmen-
te também têm feito essas visitas. Pessoas nos procuram para
reclamar da situação que estão vivendo com esse arrocho que o
Governo do Estado impôs aos trabalhadores.
Temos aqui o Decreto nº 22, tem outro decreto, o decreto
do Giannazi, o decreto da Bebel. Esse semestre foi uma luta
para avançar, para tirar da Comissão de Finanças, para trazer
ao plenário, e eu espero, deputado Giannazi, que, ao fim desse
processo eleitoral, a gente possa aprovar o fim desse confisco,
dando um pouco mais de fôlego aos aposentados e pensionis-
tas que estão sofrendo por conta desse governo do PSDB, que
vai ser encerrado de forma melancólica.
Até porque, se a gente olhar o que eles fizeram com as ins-
tituições do estado, se a gente olhar os institutos estaduais, em
especial na pesquisa, a Sucen... Agora fiquei sabendo, deputado
Giannazi - é bom a gente depois checar -, que eles estão recu-
ando da extinção da CDHU. Interessante, né? Fizeram um cava-
lo de batalha aqui para extinguir e agora estão repensando.
É uma pena, porque a CDHU tem uma importância muito
grande na construção de moradias populares. Parece-me que,
depois de cometer o erro, depois de assassinar os institutos,
agora o governo tenta ressuscitar a CDHU, que deveria ter
mantido para que a gente pudesse continuar construindo casas
populares.
Bom, é isso, Sra. Presidenta. Solicito que encaminhem este
discurso ao cônsul, ao embaixador do Paraguai, que representa
o GRULAC, assim como vamos encaminhar os termos assinados
pela Mesa, pela Presidência e pelos representantes do GRULAC
e das três universidades.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à assessoria que proceda
aos encaminhamentos conforme pleiteado pelo parlamentar na
tribuna e registro aqui novamente a importância desse encontro
para a ciência, para a educação, para os estudantes brasileiros
e de toda a América Latina.
Sigo aqui com a lista dos oradores inscritos de forma
suplementar chamando novamente à tribuna o nobre deputado
Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Sra. Deputada, presidente, deputada Janaina Paschoal,
Major Mecca. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento. (Pausa.)
Deputado Coronel Nishikawa. (Pausa.) Deputado Conte Lopes.
Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. CONTE LOPES - PL - Sra. Presidente, Sras. Deputadas,
Srs. Deputados, André do Rap, um dos maiores traficantes do
Brasil, foi solto pelo Supremo.
Não sei, nobre deputada Janaina Paschoal, V. Exa., que é
candidata ao Senado, se eu posso falar isso aqui, ou se não
posso. A senhora, que é professora de Direito: eu posso falar
que André do Rap foi solto pelo Supremo, ou não? Ou eu posso
entrar em cana? Posso? Eu estou no plenário.
Até o velho da Havan, foram na casa do velho da Havan,
porque ele vai fazer um golpe. Empresários fazendo golpe. A
Maria do Pó, que nós ouvimos aqui, há 20 anos atrás, que foi
uma das maiores bandidas, está fugida. Mas não, agora tudo é
golpe. Eu nunca vi uma coisa dessas.
Até o Bolsonaro, ontem, na Globo. O seu Bonner: “Você
não vai aceitar as urnas?” O Bolsonaro, ele falou: “Se eu perder,
eu não vou aceitar. Mas vou fazer o quê?”
O deputado Paulo Fiorilo, do PT, e o deputado Carlos
Giannazi, não deixaram eu ficar aqui, eu vou ter que ir embora.
Agora, eu não vou gostar de perder, ninguém gosta de perder. É
verdade. Porque a gente trabalha.
Está aí o nosso amigo Wagner, motoqueiro. Sábado eu
estava na Cruzeiro do Sul, fazendo um trabalhinho, pedindo
voto, como eu já falei nesta Casa. Está na hora de pôr o exérci-
to nas ruas. O exército de eleitores, para pedir voto.
Não adianta ficar esperando o golpe. Não tem nem cabi-
mento uma coisa dessas. Até o Datafolha, fazendo uma pesqui-
sa: quem é a favor da democracia e quem é a favor da ditadura.
Se você é a favor da ditadura, tem que ir para o hospício.
A primeira eleição que eu disputei, foi em oitenta e seis. O
Bolsonaro, foi em 88, vereador do Rio. Disputou não sei quantas
eleições para deputado. E todo mundo sabe que, na eleição,
você ganha ou você perde. Você perdeu, você vai embora. “Ah
não, mas se o PT ganhar, vai ter uma revolução”. É bem mais
fácil trabalhar para o PT não ganhar.”
Mas perdemos para a Erundina em oitenta e oito. Eu
estava na frente, com o Paulo Maluf prefeito. No último dia, a
Erundina ganhou a eleição. Nós não aceitamos também, mas
fomos embora. Perdemos, fomos dormir.
O Maluf perdeu a eleição. O Lula disputou duas eleições
para presidente. A Dilma, mais duas. Eu não vi nenhuma guerra.
Eu não vi a tropa do Exército, Marinha e Aeronáutica.
Não estou entendendo mais nada. Nós estamos procuran-
do golpe onde? O cara falar, no “zap”, o empresário, alguém
falar, ou a gente falar... Porque, o que está acontecendo hoje,
com o velho da Havan, amanhã pode acontecer com a gente. É
bom colocar isso aí.
Qualquer um que falar besteira no “zap”, com um amigo,
com o tio, com o avô: “Espera aí, o que você escreveu, o que
você falou? Você está favorável ao golpe”. Prende o cara. O
que é isso?
Eleição não é isso. Eleição é pedir voto, é trabalhar, é ir
para a rua. Acho que esse é o trabalho. Ontem, inclusive, esti-
vemos na zona leste de São Paulo, com o candidato ao governo,
Tarcísio de Freitas, muito bem recebido. Que, nas pesquisas, está
aí, o Haddad com 33, ele com 23, e o atual governador, Rodrigo
Garcia, do PSDB, que tem duas ONGs para controlar o trabalho
policial, fora as câmeras, né?
Ele tem duas ONGs, a Sou da Paz, que controla o que a
polícia pode fazer ou não. Isso aí deve ter sido criado pelo
Doria, e ele, como é igual ao Doria, aceitou. Agora, de vez em
quando, ele: “Não, bandido comigo, levantou arma para a polí-
cia, está morto”. Não está, Rodrigo. Não mente para o soldado,
não mente para o policial civil, para o policial militar, para o
policial penal.
Um tenente da Rota, o tenente Bezerra, e dois cabos
da Rota perseguiram um sequestrador armado de fuzil. Esse
sequestrador atirou contra os dois. O tenente Bezerra e os dois
cabos revidaram, é trabalho policial. O bandido morreu. Sabe o
que aconteceu, governador Rodrigo Garcia, do PSDB? O tenente
Bezerra e os dois cabos foram para a cadeia. Não é preso no
quartel não, foram para a cadeia.
O Sr. secretário de Segurança, General Campos, o comando
da polícia, sei lá, prendeu os dois. Sabe por quê? Porque, na
hora do tiroteio, eles não conseguiram ver o bandido ser balea-
do, a câmera não pegou isso.
Então, para a alegação da Secretaria de Segurança Pública,
da política de Segurança Pública de Rodrigo Garcia, que é igual
a João Doria, eles taparam as câmeras e então foram presos
por isso. Não pelo enfrentamento, não pelo enfrentamento,
simplesmente porque as câmeras que eles tinham no peito não
gravaram o tiroteio.
Obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista dos ora-
dores inscritos, chamo à tribuna o deputado Adalberto Freitas.
(Pausa.) Deputado Coronel Telhada. (Pausa.) Deputado Enio
Tatto. (Pausa.)
Iniciando a leitura da Lista Suplementar de oradores inscri-
tos, chamo à tribuna o nobre deputado Delegado Olim. (Pausa.)
Deputado Luiz Fernando. (Pausa.) Deputada Márcia Lia. (Pausa.)
Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado Sebastião Santos.
(Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Nobre deputado
Douglas Garcia. Vossa Excelência tem o prazo regimental de
cinco minutos.
O SR. DOUGLAS GARCIA - REPUBLICANOS - SEM REVISÃO
DO ORADOR - Cumprimentar aqui a nobre deputada Janaina
Paschoal, presidente que dirige os trabalhos, assim como os
demais deputados desta augusta Casa de Leis.
Senhores, eu subo a esta tribuna hoje depois do dia bas-
tante conturbado que foi ontem, principalmente na parte da
noite. Nós tivemos as redes sociais bastante agitadas, a popu-
lação brasileira revoltada diante das cenas lamentáveis vistas
na Rede Globo de Televisão, mas principalmente por causa da
mentira deslavada, Renata Vasconcellos mentindo na maior
cara de pau, dizendo que a Rede Globo de Televisão orientou a
população a ficar em casa se puder. “Fique em casa, se puder”.
Colocaram ali um termo a mais nessa famosa frase, né?
Fique em casa se puder. Mentira. Uma das maiores mentiras
já contadas na Rede Globo de Televisão, na rede esgoto de
televisão.
A maior parte dos artistas da Rede Globo, dos atores da
Rede Globo, apoiou medidas ditatoriais como as do governo do
estado de São Paulo, que fechou o comércio e deixou o povo
passando fome. Foi isso que eles fizeram.
Não foi “se puder”, foi uma imposição que foi colocada
através do Governo do Estado, assim como muitos outros
governos aqui no nosso Brasil, mas o símbolo que foi o Gover-
no do Estado dentro desta ditadura sanitária trouxe ao estado
de São Paulo, infelizmente, essa mácula, essa imagem de um
estado ditatorial que reprime e tira das pessoas os seus direitos
fundamentais. Isso foi feito por intermédio do governo Doria
junto com o Rodrigo Garcia, esse mesmo que hoje está aí
pedindo voto.
Meu recado à população paulista: Rodrigo Garcia fechou o
comércio do estado de São Paulo, junto com João Doria, quando
a população mais precisava trabalhar para trazer desenvolvi-
mento comercial ao estado de São Paulo, para trazer sustento
às suas famílias, para colocar o pão de cada dia na sua mesa.
Então, se hoje nós estamos passando por uma situação
economicamente delicada, principalmente no estado de São
Paulo, a responsabilidade é sim, de João Doria e de Rodrigo
Garcia. Para eu ter que ouvir da “Rede Globo” que “se puder,
fique em casa”. Não, senhores, o que aconteceu foi uma dita-
dura. O que aconteceu no estado de São Paulo foi ridículo, foi
nojento.
23 DE AGOSTO DE 2022
84ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: JANAINA PASCHOAL e CONTE LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defende a aprovação do PDL 22/20.
4 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - DOUGLAS GARCIA
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - PAULO LULA FIORILO
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
8 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
11 - JANAINA PASCHOAL
Por inscrição, faz pronunciamento.
12 - JANAINA PASCHOAL
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de
lideranças.
13 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária de 24/08, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Boa
tarde a todos.
Presente o número regimental de Sras. Deputadas e Srs.
Deputados, sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos tra-
balhos. Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão
anterior e recebe o Expediente.
Imediatamente dou por aberto o Pequeno Expediente,
iniciando a leitura da lista dos oradores inscritos, chamando à
tribuna o nobre deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Giannazi. Vossa Exce-
lência tem o prazo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Sra. Presidente, deputada Janaina Paschoal, Srs. Deputa-
dos, Sras. Deputadas, público aqui presente e telespectador da
TV Assembleia, mais uma vez da tribuna da Assembleia Legis-
lativa faço um apelo para que os deputados e deputadas façam
gestões junto ao presidente da Assembleia Legislativa para que
possamos aprovar o nosso PDL nº 22.
O projeto de decreto legislativo acaba, revoga, anula o
confisco das aposentadorias e pensões que está matando os
nossos aposentados e os nossos pensionistas, que viola a dig-
nidade humana de milhares de pessoas, viola o direito à vida,
à saúde, à integridade física e psicológica de mais de 600 mil
pessoas que estão hoje nessa situação.
Lembrando que esse confisco foi colocado em prática no
estado de São Paulo através do Decreto 65.021, de 2020, edi-
tado no auge da pandemia pelo ex-governador Doria/Rodrigo
Garcia.
O confisco continua, deputado Conte Lopes, e a Assembleia
Legislativa fica inerte, no sentido de que ela pode dar uma
resposta, ela pode aprovar o projeto e derrubar esse confisco, já
que o governador disse que não vai revogar.
Ele firmou uma posição dizendo que talvez, só ano que
vem, após as eleições, caso ele seja eleito - tomara que não
- ele talvez estude a revogação. Não acredito, porque se ele
tivesse alguma intenção, ele já teria feito a revogação. Ele pode
revogar a qualquer momento, caso ele tenha interesse político,
mas não tem.
As condições já estão todas dadas para que a Assembleia
Legislativa não seja mais um puxadinho do Executivo, do Palá-
cio dos Bandeirantes, para que a Assembleia Legislativa, que
tem que ser um poder independente, autônomo, realize a sua
função, cumpra o seu compromisso com a população, não com
o Executivo, que cooptou boa parte da Assembleia Legislativa
através dos cargos, das emendas parlamentares, não as imposi-
tivas, mas as outras.
Porque no estado de São Paulo também há um orçamento
secreto, dessas emendas que são dadas para a base do Gover-
no, para os parlamentares da base do Governo. Nós sabemos
de tudo isso, já denunciamos, inclusive.
Eu protocolei um pedido de CPI, não colhi as assinaturas
ainda, não tenho todas as assinaturas para investigar a farra
das emendas parlamentares na Assembleia Legislativa, que é a
cooptação que o governo faz, sempre fez, historicamente falan-
do, mas nunca fez de uma forma tão intensa e grande como
nessa gestão Doria/Rodrigo Garcia.
Nesse sentido nós apelamos, rogamos aos deputados, às
deputadas para que a gente possa derrubar o confisco. O PDL
22, todos sabem, está pronto para ser votado, já foi aprovado
em todas as comissões, tem parecer favorável, tem 53 assi-
naturas de deputados e deputadas pedindo para que ele seja
pautado no requerimento que já foi entregue ao presidente da
Assembleia Legislativa.
As condições estão todas dadas, não tem nem como obs-
truir mais, porque ele está em regime de urgência, já existem
os votos. Se nós temos 53 deputados, nós já temos a maioria da
Assembleia Legislativa defendendo que o projeto seja pautado
e, logicamente, aprovado, mas nós nem precisamos, deputado
Fiorilo, dos 53 votos, nós só precisamos de 48 deputados pre-
sentes no plenário e, desses 48 presentes, apenas 25 votos.
Repito, as condições estão todas dadas para que a Assem-
bleia Legislativa cumpra o seu papel em defesa dos aposenta-
dos e pensionistas do estado de São Paulo, que, repito, estão
morrendo, não estão mais conseguindo comprar o remédio, a
comida, a alimentação, não conseguem mais sustentar os seus
filhos, não conseguem mais pagar o tratamento médico.
Inclusive há casos já, que chegam ao nosso mandato e,
com certeza, aos mandatos de vários deputados e deputadas,
e pessoas já tentando suicídio, por conta desse confisco das
aposentadorias. Então, é importante que o PDL 22 seja votado
em caráter de extrema urgência.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. E, uma vez mais, apoio o requeri-
mento de Vossa Excelência.
As cidades que eu visito, as entrevistas que dou, sempre
sou questionada sobre esse ponto. Eu digo, invariavelmente,
que se há um tema na Assembleia que une todos os parla-
mentares, é uma questão suprapartidária, é esse: reverter essa
injustiça. Muito obrigada.
Seguindo com a lista dos oradores inscritos, Janaina Pas-
choal. Sigo na Presidência. Não farei uso da palavra neste
momento. Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
desta noite. Se hoje comemoramos o Dia do Maçom, temos que
dar o devido valor àqueles que sempre estão de pé e à ordem
para executar qualquer tarefa que for necessária em benefício
da humanidade.
Para tanto, com a colaboração do Instituto Conservador
do Brasil e do Instituto Nacional para o Desenvolvimento dos
Municípios, ambas as entidades dirigidas por maçons, esta-
mos fazendo algo inédito, que é a outorga de um diploma de
reconhecimento para cada uma dessas 1.669 lojas ativas pelo
trabalho e dedicação de todos os obreiros, de cada uma delas.
Isso fará chegar aos irmãos de todos os recantos deste
estado, o nosso querido estado de São Paulo, a mensagem de
que nós temos muita gratidão a todos eles, agora herdeiros da
história e da tradição dos nossos heroicos maçons do passado,
não somente isso, mas também a responsabilidade de se dedi-
car cada vez mais na construção de um Brasil melhor e mais
fraterno.
Isso posto, vou me abster de falar sobre o bicentenário da
Independência como fato histórico ocorrido há 200 anos, uma
vez que já existem muitas obras escritas por doutos pesquisa-
dores de História, maçons ou não, que já o fizeram e com muito
mais competência e conhecimento de causa que eu.
Por essa razão, neste momento, quero reiterar o propósito
desta solenidade, que é honrar os maçons do passado e seus
feitos em favor da criação e desenvolvimento da nossa Pátria
Brasil, reconhecer os trabalhos do maçons do presente e,
principalmente, avaliar a situação existente à luz da doutrina
maçônica para apontar os rumos que devemos tomar no futuro
para cumprir o juramento que todos fizemos na nossa iniciação,
tornar feliz a humanidade, trabalhando na edificação de um
mundo mais justo e perfeito.
Tomando essa linha, hoje não falaremos da plêiade de
irmãos que registraram seus nomes em nossa história, não
porque eles não mereçam, mas, quanto mais marcante momen-
to em que o Brasil comemora os 200 anos da Independência,
acredito que seja hora de honrar os milhares de irmãos que
coadjuvaram em todas as batalhas, mas que não tiveram seus
nomes grafados nas pranchas e nas colunas da glória.
Hoje não falaremos de datas, acontecimentos ou de feitos
pretéritos, mas com a devida permissão dos irmãos quero falar
um pouquinho do futuro citando a situação presente.
Para tanto, faz-se necessário lembrar que a doutrina maçô-
nica preconiza um conjunto de valores necessários para que
a evolução humana e social seja um movimento, um processo
perene rumo à perfeição.
Todavia, hoje o que vemos são esses valores sendo vilipen-
diados, todos os dias, por atos de violência intelectual, física ou
moral, e ainda mais sendo mostrados nos meios de comunica-
ção de forma ostensiva.
E isso com o claro objetivo de causar o caos social para a
implantação de uma nova Ordem, em que não existirá a liber-
dade para nada, nem mesmo liberdade para se pensar.
Aqueles maçons que praticam o rito escocês antigo e acei-
to e passaram pelos graus 15, 16 sabem do que eu estou falan-
do e sabem também que isso é muito sério. Para tanto, meus
irmãos, os inimigos do progresso, da paz e da liberdade estão
fazendo uso de ferramentas de retórica, incluindo as citadas
pela grande filosofia alemã de Arthur Schopenhauer, em sua
obra “A arte de argumentar ou como vencer um debate sem ter
razão”, livro que eu recomendo a todos, os que desejam enten-
der como estão nos calando e nos dominando, empurrando-nos
para um poço de mediocridade intelectual e moral.
Também, para ilustrar o processo em curso nessa instala-
ção de uma nova Ordem, cito duas obras de George Orwell, “A
revolução dos bichos”, onde vemos claramente que no discurso
todos os bichos são iguais, mas, na prática, uns bichos são
mais iguais do que os outros, e “1984”, onde nos é mostrado
o mundo submetido a um monitoramento ostensivo, a uma
censura opressiva e a uma patente ausência de liberdade com o
falacioso argumento da felicidade coletiva.
Meus irmãos, se tivermos um pouco de atenção iremos
notar que praticamente já implantaram como verdade a ser
seguida o conceito do politicamente correto, em que não se
admite mais opiniões contrárias ao preconizado em preconcei-
tos definitivos pelo grupo controlador dessa situação.
Esses controladores já estão tirando nossa liberdade de
expressão e logo, também, a nossa liberdade de pensamento.
estão nos dominando e nós nos deixamos ser dominados.
Tudo isso está acontecendo, e com o nosso consentimento,
porque equivocadamente estamos acatando a máxima de que
a maçonaria não se mete em política, mas estamos nos esque-
cendo de que o maçom, enquanto construtor social, é um ser
eminentemente político.
Por essa razão, pela nossa inanição, pelos defensores do
politicamente correto, estão dominando as nossas casas polí-
ticas e assim criando um estamento legal, onde o que estará
em vigor serão regras que não permitirão a manutenção de
uma ordem social sustentável, o que acarretará, em um futuro
próximo, na implantação do caos, que terminará em nossa sub-
missão, como já dissemos aqui.
Meus irmãos presentes, este ano se reveste de uma impor-
tância ímpar, porque no bicentenário da nossa Independência
histórica nos obriga, maçons do Brasil, lutarmos novamente
pela nossa liberdade, agora não mais pela liberdade com rela-
ção ao domínio de Portugal, mas sim contra o domínio daque-
les que querem usurpar nossas liberdades individuais e destruir
os valores virtuosos que nos foram ensinados pelos nossos pais
e reafirmados no seio dos nossos templos.
Além do bicentenário da Independência, 2022 é ano de
eleições, pelas quais decidiremos o futuro que queremos. Por
essa razão, os maçons não podem se omitir do processo eleito-
ral, porque nunca a nossa forma de ver e viver o mundo esteve
tão ameaçada.
A polarização política vigente é de total interesse daqueles
que, semeando o caos, querem conquistas a grande leva de
ignorantes e analfabetos políticos para dominar as casas legis-
lativas e implantar as ditas ideologias progressistas.
Por isso, como é dito no livro da lei, temos que orar e vigiar.
Por essa razão, peço aos maçons, aos seus familiares, membros
de lojas que se engajem nessa eleição, colaborando com os sete
candidatos da nossa sublime Ordem, para que eles logrem êxito
nessa luta da virtude contra o vício.
Vamos defender a liberdade, a igualdade e a fraternidade,
vamos trabalhar com todas as nossas forças para construir um
mundo justo e perfeito, para a glória do grande arquiteto do
universo, que é Deus, vamos resgatar a ordem para o progresso.
Para terminar, quero dizer a todos os irmãos e aos presen-
tes que não podemos abandonar nossa missão de praticar a
verdadeira caridade, sempre com fé em nosso trabalho e nunca
perdendo a esperança de um mundo melhor. Muito obrigado.
(Palmas.)
Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às
autoridades, à minha equipe, aos funcionários do serviço de
som, da taquigrafia, da fotografia, do serviço de atas, do ceri-
monial, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa,
da TV Alesp e das assessorias policiais, à nossa banda da Polícia
Militar, bem como a todos que, com as suas presenças, colabo-
raram para o pleno êxito desta solenidade.
Antes de dizer que está encerrada a solenidade, eu queria
convidar a todos para um ágape no Salão dos Espelhos da
nossa Assembleia.
Está encerrada esta solenidade. Muito obrigado. (Palmas.)
* * *
- Encerra a sessão às 21 horas e 35 minutos.
* * *
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
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sábado, 27 de agosto de 2022 às 05:04:55

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