Debates - 23 DE JUNHO DE 2021 53ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA EM AMBIENTE VIRTUAL

Data de publicação01 Julho 2021
SeçãoCaderno Legislativo
50 – São Paulo, 131 (120) Diário Of‌i cial Poder Legislativo quinta-feira, 1º de julho de 2021
Desde 1968, 1969, quando começou o Metrô de São Paulo,
ele ainda não saiu da cidade de São Paulo. Não chegou a
nenhuma cidade fora da Capital. Isso é incompetência.
Isso é falta de gestão, e que a gente precisa acabar aqui
no estado de São Paulo. Tirar o PSDB, tirar o Doria, e colocar
alguém que seja competente. É essa discussão que a gente
precisa fazer.
Agora, fechar os olhos e falar assim: “vou votar contra,
porque é o Doria quem está pedindo empréstimo”, você está
votando contra a população. Você está votando contra o gover-
no de São Paulo construir casas populares para a população
que precisa. Você está votando contra aumentar o número de
linhas de Metrô, de estações, que é um absurdo, não chega nem
a um quilômetro por ano aqui no estado de São Paulo.
Então, primeiro tem que se informar, para parar de falar
bobagem, como o deputado Douglas falou. Aliás, ele só falou
bobagem, e o deputado Gil Diniz, então, é impressionante.
Ontem, ele fez um discurso aqui, criticando o Doria e o PSDB,
porque acabou com os hospitais de campanha. Só que ele se
esqueceu de que os deputados bolsonaristas invadiram hos-
pitais de campanha, como aqui no Ibirapuera, aqui do lado,
denunciando que os mesmos estavam vazios.
Cabiam 300 pessoas e só tinha 30, quarenta pacientes.
Ele queria que estivesse lotado? Eu queria que hospitais de
campanha estivessem vazios, que não tivesse nenhum paciente.
O Doria terminou com o hospital de campanha, o prefeito de
São Paulo terminou, e as pessoas morreram na fila, porque não
tinha leitos.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Para concluir, por gentileza, deputado.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Terminando, Sr. Presidente,
tem que ter coerência e noção do que está falando. Uma coisa
é fazer oposição ao governo do PSDB, ao Doria, que, realmente,
não têm condições.
Agora, não reconhecer que qualquer estado, qualquer
prefeitura precisa de financiamento, de dinheiro para fazer as
coisas, principalmente para a população mais pobre? Precisa-
mos reconhecer essa realidade.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLI-
CANOS -Obrigado, deputado. Para falar pelo PSOL, deputado
Carlos Giannazi; porém, antes, questão de ordem do deputado
Gil Diniz.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - Pela ordem, presidente.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Qual a questão de ordem, deputado?
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA QUESTÃO DE
ORDEM - Presidente, a minha questão de ordem é baseada no
Art. 188, e eu queria deixar claro que eu estou emocionado com
essa defesa apaixonada do deputado Enio aqui ao PSDB.
Presidente, a minha questão de ordem é em relação aos
apartes, neste momento aqui de discussão, na verdade, de
encaminhamento. Aparte é a interrupção do orador para inda-
gação ou esclarecimento relativo à matéria em debate.
“Parágrafo 1º - O aparte não poderá ultrapassar um minuto.
Parágrafo 2º- A deputada ou deputado só poderá apartear
o orador se ele solicitar e obtiver permissão, e, ao fazê-lo, deve-
rá permanecer de pé diante do microfone”.
Presidente, visto aqui esta defesa apaixonada dos depu-
tados petistas aqui ao PSDB, louvando e glorificando o PSDB...
Eles estão envergonhados, claro. Fazem uma crítica, mas vão
lá e defendem.
O PT, que votou no governo federal, lá na Câmara Federal,
contra, por exemplo, a MP, ali, que levava saneamento básico
para a população, mas, claro, tem que defender, aqui, o PSDB.
E mais, o deputado Enio fez uma ameaça ao povo de São Paulo
agora, dizendo da volta do Fernando Haddad, meu Deus do Céu.
Então, Presidente, meu aparte vai no seguinte ponto. A
gente pode aqui apartear, solicitar o aparte, neste período aqui
de encaminhamento, para fazer aqui um contraponto a essa
defesa apaixonada, emocionante?
Vou até limpar minhas lágrimas, aqui, porque estou emo-
cionado com o Paulo Fiorilo e com o Enio Tatto defendendo o
governo João Doria, coisa que nem o PSDB consegue fazer.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLI-
CANOS - O deputado, presidente Carlão Pignatari, respondeu
ontem esse mesmo questionamento. O aparte tem que ser
solicitado no chat, ou ter a autorização de quem está encami-
nhando, mas, nos encaminhamentos, não cabe aparte, deixando
somente nas discussões.
Neste momento, está encerrado o tempo desta sessão,
lembrando a todas V. Exas. que haverá uma segunda sessão
extraordinária, já convocada pelo Sr. Presidente, daqui a dez
minutos, e o link será o mesmo.
Então, esgotado o tempo da presente sessão, está encerra-
da a presente sessão.
* * *
- Encerra-se a sessão às 17 horas e 30 minutos.
* * *
23 DE JUNHO DE 2021
53ª SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
EM AMBIENTE VIRTUAL
Presidência: WELLINGTON MOURA e CARLÃO PIGNATARI
RESUMO
ORDEM DO DIA
1 - WELLINGTON MOURA
Assume a Presidência e abre a sessão. Coloca em votação
o PL 359/21, salvo emendas.
2 - CARLOS GIANNAZI
Encaminha a votação do PL 359/21, salvo emendas, em
nome do PSOL.
3 - SARGENTO NERI
Encaminha a votação do PL 359/21, salvo emendas, em
nome do SD.
4 - PROFESSORA BEBEL LULA
Para comunicação, comenta o pronunciamento do
deputado Sargento Neri. Elogia o trabalho do grupo
Parlamentares em Defesa do Orçamento.
5 - SARGENTO NERI
Para comunicação, agradece à deputada Professora Bebel
Lula pelas palavras.
6 - GIL DINIZ
Eu usei uma expressão, deputado Gil, que não tem a ver
com o tempo, ela é atemporal. “Bedel” serve para hoje, para
ontem, para quando o senhor estudou, para quando eu estudei.
Se o senhor não sabe, eu vou ajudá-lo. Diz lá o dicionário, que
identifica a palavra “bedel”.
Deputado Gil Diniz, que é um aluno atento, né, importante
isso, porque vai aprendendo, no Parlamento, no debate público.
Se eu achar aqui onde eu “printei” para o deputado Gil, senão,
eu explico pra ele. “Bedel” é aquele que disciplina os alunos.
Vamos lá: “bedel, chefe de disciplina em escolas, censor, disci-
plinador, funcionário subalterno, encarregado de tarefas admi-
nistrativas nas faculdades”.
Deputado Gil, o senhor não pode ser bedel do PT. O senhor
não tem autoridade para isso. O senhor, aliás, deveria se reco-
lher ao seu quadrado, sem partido, sem liderança. Esse é o
problema do senhor.
A segunda questão, é que, assim, a gente vai olhar, o que
vale é o voto. Eu fui olhar os outros empréstimos. Interessante,
porque a bancada do PSL votou, majoritariamente, no emprés-
timo do 836, favorável. Inclusive, de deputados que agora se
arvoram a falar contra o governo, a xingar a oposição.
Aqui, nós estamos fazendo um debate sobre o que inte-
ressa ou não, ao estado, e para aprovar o que é possível ter de
transparência. É esse o debate que nós estamos fazendo.
E estamos cobrando, o tempo todo, do deputado Cama-
rinha, a apresentação dessa lista. Para quê? Para que a gente
possa fiscalizar. E as emendas, que poderão dar mais transpa-
rência ao projeto, depois de aprovado, para que esta Casa de
Leis fiscalize.
Nós não podemos concordar aqui com o argumento que o
deputado Gil apresenta, até porque, deputado Gil, me parece
que a dificuldade de o senhor ter um partido de oposição é
grande, muito grande.
O PSL elegeu os que são bolsonaristas e os que são doris-
tas, me parece que uma parte grande do partido é dorista.
Então, portanto, é um partido que não tem uma posição única,
tem duas.
O senhor saiu do partido, é verdade, foi expulso, como o
senhor gosta de dizer. Quem sabe por motivo, sei lá o quê, para
manter o mandato. Agora, acho que o senhor deveria, de fato,
procurar um partido e fazer oposição. Eu deixo um desafio aqui
para o senhor. A cada representação que o senhor fez no MP, ou
no Tribunal de Contas, ou no Tribunal de Justiça, contra o gover-
nador Doria, eu apresento duas para o senhor.
Eu deixo aqui o desafio, para saber se o discurso do senhor
tem a ver com a prática. Porque falar é fácil. Todo mundo fala,
bate na mesa, grita, chora, e continua esperneando. Então, eu
queria deixar aqui o desafio ao senhor. A gente traz a lista das
representações, e o senhor me mostra a atuação parlamentar
do senhor, além das palavras, e espero que o senhor tenha
incorporado aí “bedel” no seu dicionário.
Muito obrigado, senhor presidente. Eu transfiro agora o
restante do tempo ao deputado Enio Tatto, para que ele possa
concluir seu raciocínio.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Obrigado deputado Paulo
Fiorilo. Agradeço também à minha líder, Professorar Bebel, por
ceder esses preciosos minutos, mas eu queria continuar fazendo
as explicações.
Os deputados Gil Diniz e Douglas Garcia não falaram sobre
o tema e não justificaram a posição deles. Atacaram, atacaram,
atacaram, mas não falaram sobre o empréstimo, sobre o finan-
ciamento.
Tenho diversos requerimentos de convocação de secre-
tários de estado, de diretores, para tratar de obras que foram
prometidas e que não começaram ou que estão inacabadas,
nas áreas de transportes, de habitação, de educação, de saúde...
Por exemplo, a escola que pegou fogo há oito anos, lá no
bairro da Barragem, na zona sul da Capital, que o deputado
Carlos Gianazzi conhece, e que até hoje não foi reconstruída,
para que as crianças possam estudar.
Eu fico imaginando como que vou responder àquela popu-
lação que necessita, principalmente da periferia, que eu luto
tanto, que cobro do governo do estado de São Paulo a recons-
trução da escola?
Eu bato na incompetência do governador Doria e do PSDB,
que há trinta anos governa o estado de São Paulo, e, quando
vem uma proposta de empréstimo, que é do estado de São
Paulo, do povo de São Paulo, vou votar contra?
Como que eu vou explicar e justificar para a população
de Itapecerica da Serra, do Embu-Guaçu, do M’Boi Mirim, do
Campo Limpo, que a gente luta tanto para estender a Linha
5-Lilás, do Metrô, até o Jardim Ângela, para beneficiar aquela
população pobre, que necessita do transporte de massa, e
quando vem um empréstimo aqui, que pode ser gasto, e bem
gasto, voto contra?
Como que eu vou justificar para a população de Parelhei-
ros, Grajaú, no fundão da Zona Sul da Capital, que a gente luta
há quinze anos para estender a Linha 9-Esmeralda, da CPTM,
para chegar até o bairro Varginha, se quando chega o emprés-
timo, voto contra?
Então, para deixar bem claro: a gente não nega a incompe-
tência ou a incapacidade de gestão do governo do PSDB. Mas
agora quando a população de São Paulo precisa de dinheiro
através de empréstimo, de financiamentos, créditos internacio-
nais e nacionais, não podemos votar contra. É uma confusão
tão grande que estão fazendo.
Fiquem sabendo que esse empréstimo aqui não vai ser nem
gasto pelo governo do PSDB e do João Doria. Esse dinheiro vai
ser viabilizado daqui a dois anos, três anos, e, se Deus quiser,
quem estará governando o estado de São Paulo será Fernando
Haddad, do PT. Ele que vai gastar esse dinheiro.
E eu tenho certeza de que ele vai gastar bem, não vai
fazer igual o que governo do PSDB está fazendo. O PSDB pede
empréstimo, em 2008, de um bilhão e novecentos milhões, e
gasta apenas novecentos milhões. Em 2011, a gente aprova
quatro bilhões de empréstimo, e o governo do PSDB consegue
gastar apenas um bilhão e cem milhões.
Em 2012, a gente aprova três bilhões e oitocentos milhões,
e o governo do PSDB consegue gastar 790 milhões. Em 2017,
nós aprovamos sete bilhões e quinhentos milhões, e o governo
do PSDB gasta apenas quatro bilhões.
Em 2018, nós aprovamos sete bilhões e setecentos milhões,
e o governo do PSDB, o João Doria, consegue gastar apenas
dois bilhões e oitocentos milhões. Por isso temos esse amon-
toado de obras inacabadas, de linhas de Metrô inacabadas. O
Metrô não chegou até à região de Taboão da Serra. A linha do
Metrô não chegou no ABC, que foi anunciado, e agora o projeto
acabou.
Então eu tenho responsabilidade, nas reivindicações, no
meu posicionamento político. Essa é uma questão. Isso, para
mim, o meu papel é fiscalizar. É cobrar do Poder Executivo que,
aliás, tenho feito muito, tanto na condição de deputada como
na condição de presidenta da Apeoesp, essa questão referente
às estruturas físicas das escolas estaduais.
Imaginem os senhores que mais de 82% das escolas públi-
cas estaduais não têm condições de ter uma higiene como
manda o protocolo sanitário. Porque não têm pia, não têm mais
que dois banheiros. Isso é pesquisa empreendida pelo Instituto
dos Arquitetos do Brasil e Dieese, empreendida pela Apeoesp.
Então, de qualquer maneira, nós temos que ver saídas. E
saídas, neste caso, precisam de ter financiamento. O próprio
Agente Federal Danilo Balas apresentou demandas que, penso,
têm que fazer parte do detalhamento que o PL deve tratar.
Eu acredito que, desta forma, a gente pode, necessariamen-
te, discutir. E, por que não, no caso, o nosso líder do Governo,
Vinícius Camarinha, apresentar o detalhamento do projeto?
Eu vou parar por aqui porque estou destinando parte do
meu tempo ao nosso deputado Enio Tatto, que compõe a ban-
cada do Partido dos Trabalhadores. E agradeço a oportunidade.
Muito obrigada, Sr. Presidente. Meu tempo restante para o
deputado Enio Tatto.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Posso falar, presidente?
Obrigado, presidente. Obrigado, querida líder da bancada do PT,
professora Bebel. Cumprimento a todos os deputados e depu-
tadas e o público que está nos assistindo, acompanhando esse
debate tão importante.
Aqueles que atacaram o PT, lembro que vocês não sabem
o tanto que é importante ser do PT. Foi falado aqui, o deputado
Danilo Balas, que eu respeito muito, citou a Lei nº 9.790, de 26
de setembro de 1997. Em 1997, o PSDB já estava governando o
estado de São Paulo. O governador era o Mario Covas.
Essa lei é da deputada Professora Maria Lúcia Prandi.
Saudosa deputada Maria Lúcia Prandi, de Santos, da Baixada
Santista. Alguns deputados tiveram o prazer, como eu, de ser
deputado junto com ela.
Portanto, a bancada do Partido dos Trabalhadores já se pre-
ocupava e cobrava a transparência, tanto que a deputada do PT
apresentou essa lei, e foi aprovada no governo de Mario Covas.
Por isso que a gente fez emenda e reivindicou transparên-
cia do governo tucano aqui no estado de São Paulo. Então o PT
tem história. O PT tem 42 anos e herdou um legado, como esse,
da Professora Maria Lúcia Prandi, que já nos deixou.
Qualquer deputado, de qualquer partido, de qualquer
ideologia, usa essa lei de uma deputada do PT, para reivindicar
transparência. Então digo isso para que todos os deputados e
deputados fiquem sabendo dessa lei.
Eu acho que está sendo feita uma grande confusão quando
a gente está discutindo esse empréstimo, esse financiamento.
Primeiro também vou lembrar aos deputados que o estado de
São Paulo só tem condições de fazer esses pedidos de emprés-
timo, que nós estamos debatendo e autorizando, graças ao ex-
-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
Em quase todo o estado de São Paulo, prefeituras estavam
sem condições de pedir empréstimos, financiamento, porque
estavam endividadas. No governo do Haddad, na Prefeitura de
São Paulo, ele conseguiu renegociar a dívida da Capital.
Quando ele conseguiu renegociar a dívida da cidade de
São Paulo, economizando 1 bi e 200 milhões por ano, abriu-se
a possibilidade para todos os municípios fazer empréstimos,
captar créditos que não conseguiam.
O que a gente tem que debater aqui, e os deputados
entenderem, é que o estado de São Paulo precisa de emprés-
timo e de financiamento. Qualquer obra do estado de São
Paulo, ou da prefeitura da cidade que vocês moram, vão olhar
na placa de qualquer obra e vão verificar que é fruto de um
financiamento ou de um empréstimo, porque com recursos
próprios é difícil um estado ou uma prefeitura fazer uma obra,
principalmente obras grandes e necessárias.
Nós, do Partido dos Trabalhadores, estamos criticando,
fazendo oposição à incompetência do governo do PSDB, que há
30 anos governa o estado de São Paulo. Nós estamos fazendo
oposição e colocando que o governo do PSDB, o governo Doria
e os outros são incompetentes na questão de gestão.
Porque, quando eu usei o tempo para discutir o projeto,
falei que, de 2001 até 2020, a Assembleia Legislativa aprovou
84 bilhões em empréstimo e financiamento no estado de São
Paulo.
Pois bem. O governo do PSDB foi tão incompetente que
conseguiu viabilizar apenas 50% deste montante. Viabilizou 42
bilhões de 84 bilhões que nós aprovamos. Esse é o problema.
É a incapacidade, a falta de planejamento do governo do
PSDB. E o que a gente vê é um monte de obras paradas, obras
que foram anunciadas em épocas de eleição, em anos eleitorais
e não eleitorais, e que muitas delas nem começaram.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Para concluir, deputado, por gentileza.
O SR. ENIO LULA TATTO - PT - Então, faça a crítica ao
governo do PSDB, e não faça crítica ao empréstimo, porque o
estado de São Paulo precisa, sim, de empréstimo, de financia-
mento.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Para falar pela Minoria, deputado Paulo Fiorilo. Tem o
tempo regimental, também, de dez minutos.
O SR. PAULO LULA FIORILO - PT - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Deputadas, eu vou
também, aqui, dividir o meu tempo com o deputado Enio, para
que ele possa concluir o seu raciocínio.
Mas eu queria retomar aqui essa discussão, e quero fazer
a partir do final do argumento apresentado pelo deputado Enio
Tatto.
O que está posto aqui é se devemos ou não autorizar ope-
rações de crédito ao Governo do Estado, como se operações de
crédito fossem ao governo só do estado, e não à população do
estado de São Paulo, com obras que são necessárias.
Aqui, nós fizemos duas grandes críticas. Uma, apresentada
pelo deputado Enio, que mostrou, inclusive, no seu voto, voto
apresentado pela bancada do PT, a incapacidade dos governos
do PSDB em executar os empréstimos; e a outra, a falta de
transparência.
Foram duas questões que nós trouxemos para o debate
público. E nos colocamos, desde o início, contrários à aprovação,
sem que, de fato, esse debate fosse feito. O deputado Gil, que
não tem partido - e, no Brasil, nós somos eleitos por partido, e
no Parlamento, são os partidos que representam os seus parla-
mentares -, infelizmente, não pode fazer uso dos dez minutos,
mas eu vou ajudar o deputado Gil.
de São Paulo infringe outro projeto aprovado por esta Casa, e
transformado em lei. Olhe só que contrassenso.
Outro ponto a ser observado muito bem por um colega
aqui desta Casa de Leis, o Art. 1º deste projeto de lei que
votamos hoje traz algo muito genérico, cinco bilhões de reais
em empréstimos, em recursos que serão aplicados em obras,
mobilidade urbana.
Qual mobilidade urbana? Em quais municípios, quais as
regiões metropolitanas, Grande São Paulo, capital, malha rodo-
viária, quais as rodovias. Presidente Carlão Pignatari, precisa-
mos de detalhamento para autorizar nove bilhões de reais para
o governador João Agripino Doria.
Inovação e tecnologia. “Startups”? O que seria essa ino-
vação e tecnologia? Drenagem. Meio Ambiente, objetivando a
sustentabilidade. Parece uma aula de meio ambiente da facul-
dade de Direito, Direito Ambiental. Vamos objetivar a sustenta-
bilidade e a parte habitacional.
Falo aqui sobre as falas do nobre deputado Vinícius Cama-
rinha, líder do Governo, que trouxe alguns detalhes: 60 milhões
para unidade básica de Saúde. Pois bem, esperamos esse
detalhamento.
Cem milhões de reais para a Segurança Pública. Nobre
deputado, temos duas delegacias de polícia no interior que
parecem uma casa do terror. Cidade de Lorena e cidade de Boi-
tuva: delegacias abandonadas, caindo aos pedaços.
Esses valores de reformas já estavam previstos lá atrás. Por
que mais 100 milhões para novas reformas? Oitocentos milhões
para a Tamoios. E o Rodoanel? Tantos milhões e milhões de
reais naquele trecho norte do Rodoanel. Onde está essa obra?
Novecentos e quarenta milhões de reais em recuperação de
rodovias.
Na minha região, estamos amargando a promessa da
SP-079, que liga Sorocaba a Juquiá, e a SP-097, Sorocaba a
Porto Feliz, e a SP-250, que passa pelos municípios de Piedade
e Ibiúna, que transporta 40% dos hortifrutigranjeiros que vão
para o Ceagesp na Capital. É um cinturão verde, a região de
Sorocaba, que está abandonada.
Temos uma cidade chamada Quadra. A cidade de Quadra
está abandonada pelos governos do estado de São Paulo. E
olhe que o último prefeito foi do PSDB, e o vice-prefeito do
PSDB. A cidade de Quadra não tem acesso à Castelo Branco por
via asfaltada. O município está diminuindo em população: 3 mil
e 800 habitantes, 3 mil e 500, 3 mil e duzentos.
A população vai embora da cidade de Quadra. E nós não
temos a visão para os munícipes dessa cidade que não conse-
gue se desenvolver. São nove quilômetros de estrada de terra
ligando o centro da cidade à rodovia Castelo Branco, quilôme-
tro 157. Faço um apelo. Deputado Vinícius Camarinha, além
de Marília, de todo o estado de São Paulo, que V. Exa. trabalha,
que atenda um pedido da cidade de Quadra.
Também, 500 milhões para unidades habitacionais. Temos
duas cidades onde só promessas aconteceram: Pilar do Sul, nós
deveríamos estar entregando - nós não, o Governo do Estado
de São Paulo e o secretário da Habitação - 68 unidades habita-
cionais em setembro agora, de 2021.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Para concluir, deputado, por favor.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Para con-
cluir, presidente, em Pilar do Sul, nem iniciamos a obra. No
Art. 2o desse mesmo projeto, falamos em empréstimos de 250
milhões de dólares norte-americanos para o projeto São Paulo
Mais Digital. E também no Art. 11, parágrafo único, 21 bilhões.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Para concluir, por gentileza.
O SR. AGENTE FEDERAL DANILO BALAS - PSL - Concluindo,
Sr. Presidente. Meu voto é “não” porque não há detalhamento.
Peço aos demais deputados estaduais desta Casa não darem
um cheque em branco, mais um, ao governador João Doria.
Que, com certeza, fará campanha política com essa autorização
dos 9 bilhões de reais.
Muito obrigado, Sr. Presidente. Meu voto é “não”.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Obrigado, deputado Agente Federal Danilo Balas. Quero
passar, para encaminhar pelo PT, à Professora Bebel. Tem o
tempo regimental, deputada.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Sr. Presidente,
antes de eu começar a falar, eu quero saber quanto tempo eu
tenho de fala: 10 minutos?
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Exatamente, deputada, 10 minutos.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - Então eu vou divi-
dir com o deputado Enio. Falo cinco, e ele cinco.
O SR. PRESIDENTE - WELLINGTON MOURA - REPUBLICA-
NOS - Perfeito.
A SRA. PROFESSORA BEBEL LULA - PT - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Vamos lá. Eu estou controlando o meu tempo. Se o
senhor puder me ajudar, por favor.
Eu voltei a essa tribuna, não para responder só ao depu-
tado Douglas. Acho que a gente perde muito tempo com essas
questões. Mas me chamou muito a atenção a forma como abor-
dou o deputado Danilo Balas. Com divergências, é verdade. Nós
temos divergências. É natural, estamos em partidos diferentes,
por isso, divergentes.
Convergentes em muitas coisas. O senhor é servidor públi-
co, eu também sou. Discorda sim, frontalmente, e discordou,
tenho lá a tabela de quem votou a favor e quem votou contra.
O senhor votou contra a Reforma da Previdência. Muito
coerente, portanto, essa luta que fazemos contra o confisco dos
professores aposentados e pensionistas, que é algo que tem
que ser corrigido por esta Casa.
Esta Casa aprovou uma lei, e acho que esta Casa tem que
devolver o salário dos professores aposentados, que já está
congelado há muito tempo. Então é algo que nós temos que
lutar, e lutar conjuntamente.
Convergir e divergir em alguns tempos, isso vai acontecer
nesta Casa. Não vai ser todo mundo pensando igual. Ainda
bem, porque, aí sim, a unanimidade é burra. Não as pessoas. A
unanimidade.
A gente pode ter unanimidade, você constrói um consenso
progressivo. Mas, necessariamente, a gente não tem que con-
cordar 100 por cento. Eu quero dizer que se tem uma coisa que
eu me preocupo muito, é com a estrutura das escolas públicas
estaduais no pós-pandemia.
Se não tiver dinheiro, Agente Federal Danilo Balas, se
não tiver dinheiro, meus companheiros e companheiras desta
Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, para adaptar
as escolas no pós-pandemia, quem vai pagar o preço é a popu-
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quinta-feira, 1 de julho de 2021 às 01:07:29

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