Debates - 27 DE ABRIL DE 2023 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação04 Maio 2023
SeçãoCaderno Legislativo
10 – São Paulo, 133 (73) Diário Of‌i cial Poder Legislativo quinta-feira, 4 de maio de 2023
Quero agradecer a presença de todas e todos aqui, e - foi
dito, pelo presidente Gilberto Dourado, a questão da precariza-
ção. E aí eu queria dialogar com os empresários.
Muitas empresas contratam gatos - e eu tenho acompa-
nhado trabalhadores morrendo, trabalhadores sem direitos
- e eu vou dizer uma coisa: eu vou para cima. Eu acho que nós
temos que ir para cima. Não são os que prestam o melhor ser-
viço. O governo perde, o Estado perde e a classe trabalhadora
perde. E o serviço, a qualidade, também, ela é questionável.
E nós vamos organizar, e eu queria convidá-los - eu vou
trazer o ministro Marinho aqui, vou trazer personalidades do
governo federal, quero trazer o ministro das Comunicações
também para esse debate.
E nós queremos acabar com a precarização, sabe? Nós pre-
cisamos acabar com a precarização, nós precisamos defender
a vida, antes de tudo a vida do trabalhador e da trabalhadora.
E eu tenho visto, e acho que os senhores e senhoras conhe-
cem, situações em que trabalhadoras e trabalhadores mor-
rem porque trabalham em condições extremamente precárias,
naquelas famosas empresas que a gente chama popularmente,
carinhosamente, de gato. Nós precisamos trabalhar isso e eu
quero pedir o apoio de vocês nesse sentido também.
E assumir com o Gilberto o compromisso, Gilberto, de levar
não só para o ministro Marinho, mas também levar no Congres-
so Nacional - quero organizar uma reunião contigo junto com
alguns deputados para que a gente possa trabalhar a regulação
dos operadores de telemarketing, teleatendimento - que de fato
você já tinha me chamado atenção, mas eu sou teimoso, não
é? - que foi um compromisso feito lá na sede do Sintetel pelo
então candidato a deputado Luiz Marinho.
Estávamos nós dois, e ele assumiu esse compromisso
conosco, e, agora, quis Deus e o Lula que ele virasse ministro.
Então, que entre conosco. Vamos cobrar juntos, vamos fazer
uma agenda com ele só para essa situação.
Eu queria dizer a todos que a gente conseguiu convencer o
pessoal - o Almir, que é o tesoureiro do Sintetel e ele contratou
um coquetel que vai ser servido aqui, do lado de fora, naquela
sala que a gente entrou, mas foi uma disputa assim quase
desumana para fazê-lo.
Eu não sei a qualidade, porque ele pagou chorando, Vivien,
pagou chorando, concedeu; sabe aquela negociação? Está bom,
vai. Mas, aí, sai bicudo - foi assim que ele concedeu, Gilberto.
Mas o Sintetel vai oferecer a vocês, convidados, aqui, ao lado
de fora, um coquetel.
Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço as
autoridades. Quero agradecer toda a minha assessoria na figura
da Mônica, que coordenou todo esse processo. Moniquinha e
todos os demais que te ajudaram. Quero agradecer os funcioná-
rios do serviço de som. Muito obrigado.
Quero, também, ao serviço de fotografia, de ata, ao Ceri-
monial da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa,
agradecer a TV Alesp e as assessorias policiais Militares e Civil,
bem como a todos que, com suas presenças, colaboraram para
o pleno êxito dessa solenidade.
Está encerrada essa sessão.
* * *
- Encerra-se a reunião.
* * *
27 DE ABRIL DE 2023
28ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CARLOS GIANNAZI, LUIZ CLAUDIO MARCOLINO,
ANDRÉ DO PRADO, MAJOR MECCA,
AGENTE FEDERAL DANILO BALAS, REIS e
VALDOMIRO LOPES
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO
Assume a Presidência.
4 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - PRESIDENTE ANDRÉ DO PRADO
Assume a Presidência. Dá resposta à questão de ordem
elaborada pelo deputado Gil Diniz no dia 25/04.
6 - CARLOS CEZAR
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CARLOS GIANNAZI
Assume a Presidência.
8 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - PRESIDENTE CARLOS GIANNAZI
Discorre acerca da data-base de reajuste salarial dos servidores
públicos estaduais.
13 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
14 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
15 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
16 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Assume a Presidência.
17 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
18 - REIS
Assume a Presidência.
19 - AGENTE FEDERAL DANILO BALAS
Por inscrição, faz pronunciamento.
20 - VALDOMIRO LOPES
Assume a Presidência.
21 - RAFAEL SARAIVA
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Conte Lopes).
22 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
24 - CONTE LOPES
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
25 - CAPITÃO TELHADA
Pelo art. 82, faz pronunciamento.
26 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
27 - MAJOR MECCA
Para comunicação, faz pronunciamento.
28 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
29 - PRESIDENTE VALDOMIRO LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 28/04, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Carlos Giannazi.
* * *
- Passa-se ao
fugir do salário mínimo um pouco e dar uma condição mais
digna e honesta e cheia de benefícios para os trabalhadores
que, na pandemia, foram os baluartes.
Não ficaram na empresa, mas ficaram em casa. Então acho
que eles merecem todo o respeito e a regulamentação. Acho
que o deputado pode nos ajudar muito encaminhando, aí, algu-
ma bancada lá em Brasília.
Continuaremos por mais noventa, cem, cento e cinquen-
ta anos defendendo as causas que nos fizeram chegar até
aqui, como valorização salarial, segurança e saúde, direitos
da mulher, dos aposentados, negros, população LGBTQIA+ e
de todos aqueles que fazem parte da classe trabalhadora. O
Sintetel é composto de toda a sua diretoria, delegados sindicais
e funcionários.
Antes de dar o obrigado final, de coração mesmo, agradeço
a presença de todos. Agradeço mais ao deputado. Fico feliz,
estou muito feliz e dia 15 de abril é a data - 15 de abril de 1942
-, é a data que nós faremos 81 anos.
Mas, de coração, muito obrigado a vocês das empresas:
muito obrigado pelo respeito, vamos continuar dessa forma que
eu acho que a gente tem um ganho e tem resultado pro traba-
lhador, respeitando ambas as partes.
Meus queridos companheiros e companheiras, vocês são o
ar que eu respiro. Eu estou conseguindo tudo isso porque vocês
existem.
Muito obrigado.
Muito obrigado.
Viva o Sintetel, viva a classe trabalhadora.
Parabéns, Deus abençoe a todos.
Muito obrigado.
Muito obrigado. (Aplausos.).
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT- Eu queria cha-
mar atenção da minha assessoria: nas próximas sessões sole-
nes, eu quero torcida também. Faz favor, aí. Fica bonito.
Bom, gente, terminando já. Eu queria de fato agradecer a
todas, a todos. Estou deputado estadual, iniciando o meu tercei-
ro mandato. Tive a honra, nos dois primeiros mandatos, de ter
sido escolhido pela bancada do Partido dos Trabalhadores para
ser o primeiro-secretário dessa Casa.
Consegui, nesses dois primeiros mandatos, ajudar a pau-
tar… presidi a principal comissão permanente da Casa, que é a
Comissão de Infraestrutura - que por acaso ela discute o tema
de vocês.
Fiz parte da comissão de transporte e comunicações tam-
bém; comunicação estava ao largo - não tinha nada a ver, cami-
nhar ao lado de transportes - e essa Casa tem produzido muito
pouco, essa é a verdade; muito pouco no tocante, sobretudo, a
essas empresas de telecomunicações.
Nós vivemos um momento que, em plena pandemia, essa
Casa aprovou aumento de impostos. Um absurdo, um absurdo,
e aí eu quero dizer da importância desse setor para o desenvol-
vimento do nosso Estado.
O Mauro é amigo de longa data. Tive a honra de conhecer
mais de perto a doutora Vivien, mais de perto o próprio Sintetel.
Tive a honra de ter tido o apoio deles na última eleição e quero
me comprometer com vocês.
Eu acho que tem um debate em Brasília que interessa a
vocês. Interessa a eles, trabalhadores, mas sobretudo às empre-
sas. Que é: o que é que vai sair dessa reforma tributária? Tem
uma lógica de discutir de uma forma com a indústria, mas, na
prestação de serviços, de outra, não é?
E eu vou dizer uma coisa: ou nós vamos para cima, ou o
setor será prejudicado.
Nós precisamos mostrar claro para o nosso governo, para o
meu governo, que nós empregamos mais que a indústria, inclu-
sive. E eu acho que nós temos que ter competência nessa nego-
ciação. Eu quero me colocar à disposição do setor. Eu pretendo
lançar aqui, na Assembleia Legislativa, uma frente parlamentar
em defesa do setor.
Eu - por incrível que pareça - eu sou do Partido dos Tra-
balhadores, e não entrei no PT hoje: eu fui vereador pelo PT,
eu tinha apenas 24 anos de idade. 1989. E achei que já estava
recuperado para sociedade, como ex-vereador.
Aí me botaram, me convocaram para ser deputado; estou
aqui exercendo meu terceiro mandato. Sou empresário e fiz a
opção de defender uma sociedade mais justa, uma sociedade
mais fraterna, igualitária que todos possam ter direitos. Por isso
eu escolhi o PT, eu fui escolhido pelo PT.
E, mais incrível, eu coordeno duas frentes parlamentares
nessa Casa - em defesa da indústria química e em defesa da
indústria farmacêutica. Um trabalho, alguém do Partido dos
Trabalhadores defendendo a indústria.
Porque sem a indústria você não tem trabalho. Você não
tem emprego. E eu sou do ABC, e a indústria química está no
ABC. É ali que está o polo petroquímico. São Bernardo tem uma
indústria química muito forte, Santo André, Mauá, Diadema. E
essa indústria que está indo embora de São Paulo. Assim como
a indústria farmacêutica está indo embora de São Paulo.
A Eurofarma, aqui de Itapevi, acabou de inaugurar em
Montes Claros, em Minas, uma planta de três mil e poucos
empregados. E pasmem: a lógica é que, depois, daqui também
vá para lá. Porque lá em Minas você produz 6% mais barato
que em São Paulo.
As empresas estão saindo daqui de São Paulo, maior esta-
do consumidor desse país, indo se instalar em Minas Gerais,
aqui ao lado da gente. Já foi Kopenhagen, foram tantas outras
empresas. Estão indo para o Paraná, para Santa Catarina,
porque são mais competitivas, produzindo lá o que produziam
em São Paulo.
Então, eu defendo uma reforma tributária. Defendo que
o nosso governo faça uma reforma tributária desonerando a
nossa indústria, o nosso serviço, para que a gente faça o que o
presidente Lula tanto quer, que é gerar emprego e acabar com
a fome.
Se gerarmos emprego, a gente acaba com a fome. Para
isso, nós precisamos investir nas empresas e, aí, as empresas
vão contratar e nós vamos voltar a crescer, vamos voltar a
desenvolver, vamos voltar a empregar, garantindo direitos às
nossas trabalhadoras e trabalhadores.
Então, assim, quero me colocar a disposição de vocês,
queria convidá-los. Eu acho que vocês têm que dar as mãos,
porque, senão, o setor será prejudicado nessa reforma que está
nascendo.
Nós precisamos fazer a disputa no governo. Hoje quem
governa o Brasil não é o Partido dos Trabalhadores. O presiden-
te é do Partido dos Trabalhadores, mas houve uma grande coali-
zão de forças - eu diria de forças do bem - que se juntaram para
tirar aquilo que ali estava acabando com o nosso país. E, agora,
nós precisamos fazer a disputa nesse governo. Eu digo que nós,
do PT, disputamos o governo do presidente Lula.
Então, assim: quero me colocar à disposição de vocês
para abrir espaços junto aos diversos ministérios, um estado
com todos os ministros - sou de casa e tenho uma relação
importante.
Então, quero assim colocar o nosso mandato: quero ajudar,
se vocês precisarem se organizar, a nível de governo federal, a
nível de Congresso Nacional, apresentar, trazer deputados que
possam entrar nessa disputa, sobretudo na reforma tributária.
Se brincarem, vão ser atropelados.
A indústria tá muito unida, muito forte, com gente ao lado
do ministro dizendo o seguinte: “vamos tributar prestadores de
serviço e vamos desonerar a indústria.” Eu quero tributar indús-
tria, também, na proporção que tributarmos os prestadores.
Mas, de fato, eu quero é desonerar, para que a gente possa
gerar mais emprego e, consequentemente, mais desenvolvimen-
to social - que é a minha luta, que é a minha briga - e desenvol-
vimento econômico no nosso País.
graças ao ex-presidente Almir Munhoz. Infelizmente, não pôde
estar presente.
Então, queria aqui que todos os meus companheiros que
conhecem o Almir Munhoz, que trabalham com ele, que a gente
saudasse ele e orasse que, se Deus quiser, ele vai estar bem de
saúde, bem e no meio nosso, aqui, com toda proteção de Deus.
E agradecer aqui as empresas. Uns eu conheço mais, uns
eu conheço menos. Como diz o Luiz Fernando, o Mauro é dono
do negócio, eu só participo. Então quando ele tem negócio para
uma empresa, vou para uma empresa. Então alguns eu não
conheço aqui, eu conheço mais alguns com que eu falo direto.
Às vezes, a doutora Vivien intermedia comigo.
Mas, realmente, estou feliz com vocês. Eu acho que a gente
tem que continuar com essa parceria, com essa seriedade que
a gente sempre teve. E a gente sempre teve grandes avanços,
brigando, respeitando um ao outro com a tolerância possível.
Que o bem comum nosso é o ganho do trabalhador.
E depois do que a doutora Vivien falou aqui, eu fiquei feliz.
Hoje estou feliz. Nos 81 anos agora, dia 15. Como o discurso
dela foi muito bom, agora em abril, com a negociação das pres-
tadoras, eu acho que ela vai abrir o coração, não é?
Então, é a hora dela, é o momento de ela abrir o coração;
agora é hora de ela abrir o coração, eu acho que é o grande
momento. Ela não precisa voltar aqui na tribuna para dizer, mas
eu sei que ela vai abrir esse coração dela.
Bom, eu agora aqui queria ler uma umas considerações,
as coisas do sindicato, um pouco da história do sindicato. Tem
alguns companheiros que não conhecem a história do sindicato,
eu queria contar para vocês.
Sintetel, 81 anos e novos tempos. Em 15 de abril de 1942
nascia, no centro da capital paulista, aquele que viria a ser o
maior sindicato do setor das Américas: o sindicato dos trabalha-
dores em telecomunicações de São Paulo.
Diante do arrocho salarial, total descontentamento pelo
regime de exceção vivido por trabalhadores na década de 1980.
A história deste sindicato é marcada pela grande mobilização
dos trabalhadores telefônicos, que aproveitaram o clima, por
conta das diretas já de 1985: greve da categoria que foi decre-
tada por mais de sete mil trabalhadores. Isso foi no dia 7 de
abril, não é, Mauro? 7 de abril, não é, Cristiane?
Nesses 81 anos de história, o Sintetel acumulou muitas
vitórias e conquistas importantes, como o abono salarial quan-
do não existia décimo terceiro; trinta dias de férias, quando
todos os trabalhadores contavam apenas com vinte; o adicional
de periculosidade; fomos pioneiros na conquista do vale-refei-
ção, só para citar alguns exemplos.
O Sintetel é o maior sindicato da categoria nas Américas.
Hoje, são mais de 250 mil trabalhadores na base, que atuam
em diferentes empresas do setor de telecomunicações. Fruto
do nosso intenso trabalho, no ano passado fizemos nove mil
sócios, graças a esses trabalhadores, diretores de base, delega-
dos e funcionários.
Eu acho que hoje, no Brasil, não sei se tem algum sindicato
que tenha esse trabalho preocupado com a sindicalização. Esses
nove mil foram feitos no ano passado; foi de janeiro a novem-
bro, que nós conseguimos essa sindicalização dos trabalhadores
do setor nosso.
Só neste ano, presente momento, fizemos mais. De agora,
de janeiro até março fizemos mais de dois mil sócios: 2.200
sócios. Parabéns a todos aqueles que contribuíram com esse
excelente resultado. Mais uma vez, eu tenho que elogiar vocês.
Que vocês são meu braço direito e esquerdo e minha perna
direita. Sem vocês a gente não atingiria essas metas.
Muito obrigado a vocês.
Além de lutar pela manutenção e ampliação dos direitos
e conquistas, o Sintetel também oferece benefícios a seus
associados: colônia de férias, clube, atendimento jurídico, entre
outros.
Novos tempos. Hoje, a telecomunicação é a protagonista
da história. Tecnologia 5G é o novo desafio dos tempos. Os
benefícios serão enormes, especialmente para a coletividade.
Com o 5G, a administração pública - governo federal, esta-
dual e municipal - poderá fazer projetos eficientes como ilumi-
nação pública, segurança e controle de tráfego de inteligência.
O 5G ainda vai impulsionar a economia digital, aumentan-
do a produtividade dos mais diversos segmentos econômicos
da competitividade do país, proporcionando produtos e serviços
inteligentes para o consumidor.
Enquanto as quatro primeiras gerações das redes móveis
se esforçam para oferecer comunicação de voz e dados eficien-
te, localizar e conectar pessoas, o 5G promete tudo isso em uma
imersão digital para o usuário, a instituição e a empresa, e per-
mite uma continuidade na transformação digital da sociedade.
Porém, as mudanças de tecnologia precarizaram e extin-
guiram postos de trabalho. A importância de estar inserido
nesse mundo de tecnologia trouxe um mecanismo de novo
modelo tanto em relação às negociações com as empresas,
quanto a realizações das ações de reivindicações e demandas
da categoria.
Uma coisa nós temos que deixar claro, doutora Vivien:
nós entendemos a terceirização. Foi difícil a terceirização. O
Medeiros é do tempo, o cara ainda é pegado. Nós entendemos
a terceirização; para nós, foi uma luta.
Hoje a gente entende a terceirização; a precarização, nós
não entendemos, e a precarização nós não vamos aceitar.
Precarização, quarteirização, fidelização e o gato. Para isso a
gente conta com o apoio de vocês, das empresas que não vão
precarizar.
Temos visto algumas coisas aí - acidentes de trabalho -
tudo fruto da precarização. Isso não pode acontecer no nosso
setor. Setor de ponta, adiantado, eu acho que a gente tem
que aí, doutora, fazer uma frente, fazer junto com o deputado
aí algum seminário, algumas audiências, e que a gente possa
tocar de frente esse projeto aí.
Durante a pandemia do covid-19, o trabalho remoto se
tornou uma necessidade. Todavia, essa tendência não foi pas-
sageira. O formato, para muitas empresas, se tornou normal
e rentável, e mais uma vez o Sintetel foi pioneiro ao negociar
os acordos exclusivos de teletrabalho com medidas protetivas
da categoria.
Ter relações trabalhistas eficazes, aliadas a uma tecnologia
que permita sustentabilidade do trabalho e a valorização da
mão de obra é fundamental. O 5G é um marco das relações
pessoais e corporativas, mas o maior desafio estará na pre-
paração de pessoas e profissionais para lidar com esse novo
momento.
Eu acho que a qualificação profissional, a preparação, é
um dado fundamental. Estivemos já, na Anatel, estivemos em
vários órgãos para gente tentar se preparar aí pro 5G, porque
hoje a mão de obra especializada precisa do 5G.
Mas o maior desafio está na preparação de pessoas nova-
mente para lidar com esse novo momento: acreditamos que
só o investimento em formação profissional, com qualificação
profissional, assegura a manutenção de postos de trabalho,
de forma que o cidadão esteja preparado para novas áreas de
profissão que seguirão num futuro próximo.
As causas trabalhistas são evidentes. Sintetel está atuante
e mantém o objetivo de defender a dignidade e o direito dos
trabalhadores. Ainda hoje, outras categorias lutam para obter
avanços que nós já conseguimos, como cesta básica, vale-
-refeição.
A luta persiste. A regulamentação da profissão do teleo-
perador é um objetivo que o Sintetel busca incansavelmente e,
para além dessas mesas de negociações, buscamos nas bases
de formação os trabalhadores mais conscientes.
Deputado: o teleoperador - precisamos da sua ajuda em
Brasília, e eu acho que nós podemos contar com o seu apoio. Eu
acho que a gente precisa regulamentar o teleoperador para que
a gente possa dar uma condição melhor, que a gente consiga
Eu fui convidado gentilmente pelo Sintetel, e o Ministério
do Trabalho - como eu sou autônomo, eu não informei o Minis-
tério do Trabalho em Brasília que eu estaria aqui.
Mas a razão de existir do Ministério do Trabalho, além das
empresas, são, realmente, os trabalhadores. E o Sintetel, ele
realmente sempre trouxe para a mesa de negociação, sempre
foi muito atuante, e eu gostaria realmente de parabenizar o Sin-
tetel pelos seus anos e pela sua dedicação aos trabalhadores.
Ultimamente - não está acontecendo isso com as empresas
de telecomunicações - mas nós estamos tendo muita dificulda-
de, com as outras empresas, em mesa de negociação. O Minis-
tério do Trabalho, ele foi colocado muito em segundo plano, e
desacreditado por vários outros setores pela política que se fez
recentemente.
Então, eu peço às empresas aqui presentes que continuem
dando a importância que sempre deram; e aos outros sindica-
listas, que voltem a participar juntamente com o Ministério do
Trabalho, porque nós não estamos - o Ministério do Trabalho
não existe para punir ninguém; o Ministério do Trabalho é um
órgão apenas administrativo.
Nós atuamos junto com as empresas e junto com os traba-
lhadores. E é esse o papel que eu gostaria de ver o meu minis-
tério continuar praticando, e dependemos de todos vocês para
que isso seja efetivamente posto em prática.
Parabéns Sintetel, muito obrigado por estar aqui, represen-
tando o Ministério do Trabalho, a entidade de Santo André onde
eu faço parte, obrigado.
O SR. MAURO CAVA DE BRITTO - Eu vou quebrar um pro-
tocolo aqui. Ele é grandão assim, é brutão, mas é gente boa, o
Helcio - viu, Luiz? Desculpa, eu queria também aqui, a Lurdinha,
tomei uma bronca pública da Lurdinha aqui da Telemont.
Cadê você, Lurdinha? A Lurdinha veio de Minas Gerais,
Telemont, a maior prestadora de serviço de telecomunicações
do Brasil, não é? A maior. Em São Paulo, aqui, tem outras gran-
des também.
Muito obrigado pela sua presença, minha querida.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ FERNANDO - PT - Nós delegamos
a ele, Lurdinha, fazer o cerimonial. E em teu nome e em nome
de todos aqueles que não foram citados, eu quero apresentar
as nossas escusas. Mas a gente promete que, no octogésimo
segundo ano do Sintetel, nós vamos citar todo mundo. Até por-
que, Vivien, aí eu vou assumir essa parte.
Gente, eu queria, nesse momento, passar a palavra que
representa todos nós do Sintetel: o nosso presidente. E em
nome dele agradecer, Gilberto, a toda a tua luta, toda a tua
dedicação.
O trabalhador, ele tem uma jornada de trabalho; mas o pre-
sidente, a diretoria do sindicato, não tem não. É correndo para
cima, para baixo, e está em Brasília, e está atrás do deputado
XY, atrás do ministro YZ, correndo.
E então, assim: em teu nome, eu queria apresentar os
nossos agradecimentos, em nome de todos os trabalhadores
e trabalhadoras. E, em teu nome, saudar toda a diretoria. Esse
cara que tem de fato feito um trabalho diferenciado, negociado,
brigado.
A gente vê ele, a Vivien se dando tão bem aqui, não é?
Pensa numa mesa de negociação. E não é só ele, não, ela
também: pensa duas coisas duras. Eu perguntei se, pagando o
ingresso, eles não permitem a gente assistir uma negociação
deles.
Porque a Vivien, como toda mulher, é dura; e o Gilberto
pensa - como todo baixinho, é metido a bravo, não é? Todo
homem baixinho é metido a bravo. Esse aqui é valente e tal.
Então Gilberto, quero te agradecer. O Gilberto, ele é o pre-
sidente do Sindicato dos Trabalhadores de Empresas de Teleco-
municações, o Sintetel. Nessa entidade, o Gilberto atuou como
delegado, diretor adjunto, diretor regional de Campinas, diretor
de relações sindicais e diretor de finanças; simultaneamente,
exerceu a função de diretor de finanças da Fenattel, que é a
Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações,
até ser eleito presidente do Sintetel.
Posteriormente, foi vice-presidente e secretário-geral do
Sintetel. Também presidiu a Contcop, que é a Confederação
Nacional dos Trabalhadores em Comunicações e Publicidade,
por dois mandatos, no período de 2013 a 2021.
Ele também preside a Fenattel, que é a Federação Nacional
dos Trabalhadores de Telecomunicações, e é vice-presidente
do setor ICTS nas Américas, pela UNI Global Union, sindicato
global ao qual o Sintetel é filiado.
Eu quero aqui entregar um certificado simples, que nosso
gabinete organizou, a toda a Mesa - mas, de forma destacada,
representando a Mesa, queria entregar a você. E te parabenizar
pelos 81 anos do Sintetel. (Aplausos.).
Queria, da mesma forma, entregar ao nosso vice-presidente
esse certificado. (Aplausos.). Queria entregar ao ex-santista,
hoje corintiano, Mauro. (Aplausos.).
Em nome de todas as empresas, queria homenagear a
Vivien aqui, também. (Aplausos.).
Queria, para fazer uso da tribuna, o nosso querido presi-
dente, Gilberto Dourado. (Aplausos.).
O pessoal está treinado, vocês repararam?
O SR. GILBERTO DOURADO - Você viu, deputado, como
é que é bom trazer a galera? Só que a minha plateia. Bom,
cumprimentando aqui o deputado, aqui o Mauro, Zé Roberto,
doutora Vivien, as empresas presentes e os meus companheiros
lá de cima, que no dia a dia ajudam a levantar, a trabalhar o
nosso sindicato, o nosso propósito. O esforço que vocês fazem é
muito importante, e a gente só tem a agradecer. Vocês são peça
fundamental nesses 81 anos.
Antes eu vou fazer aqui algumas considerações, depois
eu vou fazer uma leitura aqui, nossa, do sindicato. Primeiro, eu
queria, aqui - me permite o deputado Luiz - eu acho que, assim,
na vida a gente encontra… é igual relacionamento, não é?
Marido e mulher.
Eu acho que eu, que estou nessa lida de líder de sindicato,
Congresso Nacional - já lidei com gente boa, com gente ruim,
com gente falsa, com gente traidora, já lidei com várias espé-
cies - então, realmente fazia tempo que a gente vinha aí lutan-
do, tentando - doutora Vivien também, incansável no Congresso
Nacional, nas lutas, sempre junto - e encontramos aí, de pronto,
um par perfeito para nossa categoria, que possa nos alavancar
aqui, no estado de São Paulo, ou em Brasília, com contatos com
deputados, com senadores, com ministros. É o companheiro
deputado Luiz Fernando.
Eu sou muito grato pelo que você tem feito e nos apoiado.
Acho que você é uma pessoa - você transmite uma coisa, uma
serenidade, um cara tranquilo, acho que em uma hora de ten-
são você fala um negócio - às vezes você fala do Medeiros, do
Pegada, do Mauro - eu acho que isso dá uma segurança para
as pessoas, uma tranquilidade. E você realmente veio a calhar.
Você veio cair nos braços do Sintetel.
Eu acho que essa coisa seja duradoura, que você vai chegar
nos noventa, nos cem junto com a gente e, se Deus quiser, que
seja eleito prefeito de São Bernardo com nossa ajuda e com o
nosso apoio, que você merece. Você realmente é um deputado
da Casa que batalha no dia a dia, luta, atende todo mundo.
Parabéns e muito obrigado por você ter feito por nós.
Agora, a fala do último é difícil: ele não pode esquecer
nada. Se ele esquecer, acabou. Eu queria, aqui, fazer jus a uma
pessoa que não pode estar presente que é o companheiro Almir
Munhoz, companheiro que faz parte de muitas lutas, de todas
essas lutas desses anos todos - 80, 81 anos - e o companheiro
Almir Munhoz, infelizmente, não pôde estar presente. Ele está
cuidando da sua saúde.
Mas é um companheiro que merece ser lembrado, elogiado,
de muitas conquistas, muito trabalho desenvolvido dentro do
sindicato na fase de privatização - que foi uma grande luta, o
companheiro Almir esteve à frente do sindicato, foi um baluarte,
conseguiu levar à frente. O sindicato veio a crescer e isso foi
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
garante a autenticidade deste documento quando visualizado diretamente no
portal www.imprensaoficial.com.br
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