Debates - 5 DE FEVEREIRO DE 2021 4ª SESSÃO ORDINÁRIA

Data de publicação11 Fevereiro 2021
SeçãoCaderno Legislativo
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 Diário Of‌i cial Poder Legislativo São Paulo, 131 (25) – 31
retorno às aulas. Cita a CPI contra a Fundação para o
Desenvolvimento do Ensino, por denúncias de corrupção.
Exibe vídeo de dirigente de ensino de Santos cobrando
preparação e limpeza das escolas de professores e
coordenadores. Lista escolas que já suspenderam as aulas
devido à contaminação de alunos e funcionários.
12 - JANAINA PASCHOAL
Convida para audiência pública que visa ao debate
do direito de esterilização voluntária e atualização da
legislação federal, marcada para o dia 08/02, às 10
horas. Cita os convidados confirmados. Discorre sobre
a importância do debate. Comenta a apresentação de
projetos no Senado e Câmara Federal acerca do tema.
Afirma que pretende apresentar projeto de lei nesta Casa
sobre o mesmo assunto.
GRANDE EXPEDIENTE
13 - DOUGLAS GARCIA
Reprova medida da Apeoesp de incentivar a população
a não enviar seus filhos às aulas presenciais. Diz que
essa medida seria uma ação terrorista. Tece críticas à
Universidade de São Paulo. Menciona desentendimento
com o reitor da USP, Vahan Agopyan. Diz que aceitará
convite do reitor para visitar as dependências da
universidade citada. Critica o governo estadual. Defende o
movimento "Escola sem Partido".
14 - CARLOS GIANNAZI
Combate as críticas do deputado Douglas Garcia à USP.
Comenta nota da Faculdade de Educação da universidade
mencionada contra a implantação do programa de escolas
cívico-militares no Estado. Afirma que a adesão da escola
estadual Licinio Carpinelli ao ensino cívico-militar seria
uma medida autoritária. Solicita apoio dos deputados desta
Casa para aprovação do PDL 22/20. Pede apoio ao PDL
1/21, que visa alterar as regras de concessão de isenção
de impostos sobre veículos automotores. Critica medidas
impopulares implantadas pelo governo estadual.
15 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
16 - GIL DINIZ
Denuncia a falta de diversos medicamentos de alto custo
em farmácias do Estado. Faz leitura de matéria que afirma
que o estado de São Paulo não apresentou nenhuma
morte por dengue no ano de 2020. Defende a liberdade de
expressão. Diz ter sido incluído injustamente em inquérito
sobre fake news. Menciona desentendimento de João Doria
com jornalista da Jovem Pan. Relata receber constantes
ameaças pelas redes sociais. Lamenta a suspensão
permanente do canal "Terça Livre" do YouTube. Relata
presença do presidente Jair Bolsonaro na sessão inaugural
do Congresso Nacional.
17 - TENENTE NASCIMENTO
Pelo art. 82, afirma ter comparecido na abertura do ano
legislativo do Congresso Nacional. Elogia a eleição do
novo presidente do Congresso. Defende a prática do ensino
domiciliar no País. Menciona emenda que visava garantir
o acesso ao ensino remoto para alunos e professores. Faz
leitura de indicação que solicita que agentes de segurança
e professores sejam vacinados contra a Covid-19. Pede ao
governador João Doria que inclua esses profissionais no
primeiro grupo a ser vacinado contra a Covid-19 em São
Paulo.
18 - TENENTE NASCIMENTO
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de
lideranças.
19 - PRESIDENTE DOUGLAS GARCIA
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 08/02, à hora regimental, sem Ordem do
Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Coronel
Telhada.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Sras. Depu-
tadas e Srs. Deputados, havendo número de assinaturas regi-
mentais, começamos neste momento esta sessão ordinária, do
dia 5 de fevereiro de 2021, com número regimental de Sras.
Deputadas e Srs. Deputados. Sob a proteção de Deus, portanto,
iniciamos os nossos trabalhos.
Esta Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão ante-
rior e recebe o expediente, iniciando, portanto, o Pequeno
Expediente.
Sras. Deputadas, Srs. Deputados, tem a palavra a nobre
deputada Maria Lúcia Amary. (Pausa.) Deputado Ricardo Mel-
lão. (Pausa.) Deputado Maurici. (Pausa.) Deputado Sargento
Neri. (Pausa.) Deputada Professora Bebel. (Pausa.) Deputada
Adriana Borgo. (Pausa.) Deputada Janaina Paschoal. Vossa
Excelência tem o tempo regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - SEM REVISÃO DO ORA-
DOR - Obrigada, Sr. Presidente. Cumprimento V. Exa., os colegas
presentes em plenário e nos gabinetes, funcionários da Casa, as
pessoas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Ontem eu fui, pela manhã, à Secretaria da Saúde. Tratei
de vários temas. Faço aqui um agradecimento público ao Sr.
Secretário, que me recebeu de maneira muito gentil, atenciosa
e prestou todas as informações que eu solicitei, independen-
temente de eu ter ficado satisfeita, digamos assim, com as
decisões ou não.
Na parte da tarde houve a reunião mensal com o gover-
nador, uma reunião online. Eu faço questão de participar de
todas, diferentemente da avaliação que alguns colegas fazem.
Participar da reunião não significa concordar com o governador.
Significa ocupar todos os espaços para bem defender a
população, levando ao governador os pleitos, as aflições, as crí-
ticas inclusive daqueles cidadãos que escrevem seja por e-mail,
por WhatsApp, por telefone, que nos param nas ruas para pedir
providências.
Nesta reunião com o governador, eu levantei vários temas,
alguns dos temas debatidos na parte da manhã com o secretá-
rio da Saúde. O principal tema, falarei dos outros ainda nesta
tarde, mas o principal tema foi a situação do Hospital Darcy
Vargas, que é um hospital infantil.
Desde a semana passada eu tenho entrado em contato
com a Secretaria. Fui duas vezes pessoalmente à Secretaria
da Saúde. Conversei com associações de médicos, pediátricos,
cirurgiões infantis, voluntários, pacientes, familiares, e as infor-
mações eram todas muito fluidas, muito amplas, nada objetivo.
Na quarta-feira, saiu uma manifestação inclusive, do Sindicato
da Saúde, dizendo que o governo teria recuado da ideia de
vender ou trocar o terreno onde está hoje sediado o Hospital
Darcy Vargas.
Então, ontem, seja de manhã com o secretário, seja à
tarde com o governador, apesar dessa notícia veiculada pelo
sindicato, eu levantei novamente a questão, porque eu queria
ter a certeza de que os pacientes, os familiares, os funcionários,
os voluntários poderiam ficar tranquilos com a manutenção do
hospital no local em que se encontra há anos.
Eu, inclusive, ontem - na verdade eu fiz antes, mas foi
publicado um requerimento de informações no Diário a respeito
desse tema. E eu fiquei surpresa com a resposta do governador.
Deixo aqui registrado que foi muito educado, muito aten-
cioso, mas disse, com todas as letras que não tem volta a
decisão de tirar o hospital do lugar onde ele está. O governador
apresenta esse projeto, essa ideia, como algo muito positivo
para a população e para a sociedade.
Ele diz assim: "Janaina, o hospital não vai deixar de existir.
Ele vai sair dali, que é um terreno num bairro nobre, com difi-
seus absurdos. E ninguém aqui que vai aceitar calado o que o
senhor fala. O senhor jamais vai falar alguma coisa sem que
nós questionemos.
Então, quero deixar claro que aqui tem uma deputada
que vai contra esse governo absurdo, incompetente, que está
matando a população com o vírus, de fome e desempregada.
Muito obrigada, presidente; muito obrigada a todos os que
assistem à Alesp.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obri-
gado, Sra. Deputada.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Pela ordem,
deputada Janaina.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu queria noticiar... É
uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimental.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - PARA COMUNICAÇÃO
- Obrigada. Como eu não tive a oportunidade de me manifestar
na tribuna hoje, queria noticiar aqui que ontem a minha asses-
soria visitou vários prontos-socorros.
Hoje, pela manhã, houve uma reunião com o secretário
da Saúde para tratar de vários temas de interesse da saúde da
população. Agora no início da tarde, tivemos a reunião mensal
com o governador...
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Aliás, ele
está em São Paulo?
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Olha, pela imagem, sim.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Eu ouvi falar
que ele não estava.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Eu não sei; uma reu-
nião virtual. Aparentemente, estava no Palácio.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Perfeito.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Tratamos dos pontos
referentes à Saúde. Amanhã, com detalhes, eu vou externar,
explanar tudo na tribuna, porque tem pontos até em que eu
acabei me manifestando de maneira equivocada e recebi a
informação mais precisa na reunião. Falamos também do fun-
cionamento do comércio. Não somente eu, mas muitos outros
colegas.
Disse o governador que daria boas notícias amanhã, mas
segue defendendo que tem que ouvir de maneira - vamos dizer
assim - estrita, categórica, o comitê. Ele fez um convite, porque
semana passada eu queria levar um grupo de colegas para con-
versar com o comitê. Na reunião, ele fez um convite; eu aceitei
na própria reunião.
Então, quero crer que conseguiremos conversar com esses
especialistas para que as decisões, na linha do que disse a
deputada Valeria, não sejam tomadas só levando em consi-
deração um aspecto da questão. Nós temos que olhar o todo.
Então, amanhã eu passo os detalhes referentes ao HC de Bauru,
referentes ao Hospital Darcy Vargas.
Eu só estou aqui noticiando porque foram muitas reuni-
ões, foram muitas visitas, e a população precisa ter todos os
detalhes, até para poder lutar pelos seus direitos. Obrigada, Sr.
Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
Sra. Deputada.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Presidente, havendo
acordo de lideranças, eu requeiro a V. Exa. o levantamento da
presente sessão.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
Sra. Deputada. É regimental.
Portanto, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, havendo acor-
do de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levanta-
dos os trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, sexta-feira, dia 5 de fevereiro, à hora regimental, sem
Ordem do Dia. Muito obrigado a todos. Está levantada a sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 16 horas e 44 minutos.
* * *
5 DE FEVEREIRO DE 2021
4ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: CORONEL TELHADA, DOUGLAS GARCIA e
GIL DINIZ
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - CORONEL TELHADA
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - JANAINA PASCHOAL
Agradece a recepção do secretário de Saúde em sua visita
à Secretaria. Comenta a participação em reunião virtual
com o governador João Doria. Informa que a venda do
terreno do Hospital Darcy Vargas segue em negociação.
Critica a entrega do terreno à iniciativa privada, em troca
de novo prédio. Defende a manutenção do hospital onde
está. Afirma que irá solicitar reunião com a Procuradoria
Geral da União sobre o caso.
3 - DOUGLAS GARCIA
Endossa o discurso da deputada Janaina Paschoal em
relação ao hospital. Pede esclarecimentos ao governador
sobre o assunto. Critica a exclusão do canal "Terça
Livre", do YouTube. Afirma que solicitou a presença
de representante do Google na Comissão de Ciência,
Tecnologia e Inovação, para esclarecimentos. Defende a
liberdade de expressão. Discorre sobre o que considerou
perseguição aos conservadores no Brasil.
4 - CARLOS GIANNAZI
Tece críticas ao plano de reabertura das escolas no Estado.
Alerta para aumento de contaminação de Covid-19. Lista
escolas que anunciaram suspensão de aulas presenciais
devido ao alto contágio. Repudia a entrevista do secretário
da Educação, Rossieli Soares, na TV Cultura, marcada para
o dia 08/02. Exibe fotos de visita à Escola Estadual Dr.
Francisco Brasiliense Fusco. Critica o estado de conservação
do prédio.
5 - DOUGLAS GARCIA
Assume a Presidência.
6 - CORONEL TELHADA
Informa as comemorações do dia de hoje. Tece críticas
aos cortes de benefícios realizados pelo governo estadual.
Afirma que é candidato à Presidência desta Casa. Reafirma
suas pretensões como presidente. Pede união entre os
parlamentares contra candidatos da base do governo.
7 - JANAINA PASCHOAL
Comenta o fechamento de prontos-socorros de hospitais.
Alerta para o despreparo da estrutura municipal para
atender a demanda. Informa que o secretário de
Saúde garantiu a manutenção da triagem nos prontos
atendimentos antes de encaminhar pacientes à rede
municipal. Pede para que o governo reveja a decisão.
8 - GIL DINIZ
Comenta o número de casos e mortes por Covid-19 no
Estado. Critica o corte de verbas no Orçamento da Saúde.
Cita o aumento de recursos para publicidade. Questiona
as prioridades do governo. Alega que a imprensa não é
imparcial no tratamento com o governador e o presidente.
9 - GIL DINIZ
Assume a Presidência.
10 - DOUGLAS GARCIA
Lembra os projetos de decreto legislativo que protocolou
contra o fechamento do comércio. Critica as medidas
do governador em relação à pandemia de Covid-19.
Defende a reabertura dos setores não essenciais. Alerta
para aglomerações em horários reduzidos. Clama pela
independência deste Parlamento.
11 - CARLOS GIANNAZI
Repudia o sucateamento das escolas municipais e
estaduais. Afirma que não houve preparação da rede para
O deputado Giannazi pediu pela ordem primeiro. Deputado
Giannazi, pois não.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - Presidente, só para usar
a tribuna pelo 82.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - É regimen-
tal. Vossa Excelência se dirija à tribuna. Deputada Janaina, a
senhora vai pedir também? (Voz fora do microfone.) Então eu já
deixo autorizado, senhora.
A SRA. JANAINA PASCHOAL - PSL - Pela ordem, presidente.
Eu queria indicar a deputada Valeria para falar pelo PSL, pelo
Art. 82.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Perfeito.
Então a deputada Valeria Bolsonaro, terminando os cinco
minutos do deputado Giannazi, fará uso da tribuna. Deputado
Carlos Giannazi.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - PELO ART. 82 - Sr. Pre-
sidente, eu gostaria de pedir o apoio de todos os deputados e
deputadas para que possamos aprovar o Projeto de Decreto
Legislativo nº 1, de 2021. Foi o primeiro PDL publicado no
Diário Oficial neste ano de 2021. Nosso PDL 1/21 revoga o per-
verso e nefasto decreto do governador Doria que acabou com a
isenção do IPVA para as pessoas com algum tipo de deficiência.
Esse projeto representa um ataque à dignidade humana
das pessoas com deficiência. Esse decreto é fruto, ainda, da
aprovação daquele nefasto PL do governador Doria, o 529, que
nós votamos contra.
Mas, infelizmente, a base do governo aprovou o PL 529,
que foi o responsável pelo desmonte do estado. Desmontou
parte do Sistema Único de Saúde, extinguindo, por exemplo,
a Sucen. Autorizou o aumento criminoso da contribuição do
Iamspe para os servidores, que foi de 2 para 3 por cento. Enfim,
foi um projeto de arrasa-quarteirão. Uma bomba que arrasou
quarteirões.
O fato é que esse PDL que eu apresentei, o nosso 22, tem
que ser aprovado imediatamente, que é o que acaba com o
confisco das aposentadorias e pensões. Tem esse que também
é muito importante, porque as pessoas perderam a isenção do
IPVA. Isso é muito grave.
Então a Assembleia Legislativa O deputado Gil Diniz disse
uma coisa importante, que a Assembleia Legislativa tem poder
para revogar todas essas medidas nefastas e perversas do
governador Doria. Nós podemos aprovar PDLs.
A Alesp tem a prerrogativa de revogar essas medidas atra-
vés de PDLs, através de projetos de lei. Existem várias maneiras,
do ponto de vista legal, pela Assembleia Legislativa, de anular
essas medidas. O PDL é um desses instrumentos. Ele está dado.
É o PDL 1/21.
Agora nós precisamos do apoio de todos os deputados
e deputadas, porque há um massacre em cima das pessoas
da terceira idade no estado de São Paulo. Eu conheço, por
exemplo, uma professora que se aposentou recentemente. Ela
tem 60 anos. Essa professora me disse o seguinte: “Deputado
Giannazi, eu perdi a gratuidade no transporte público, porque
eu tinha isenção”.
Ela fez 60 agora, ela ia ter isenção. Perdeu isenção no
Metrô, na CPTM, na EMTU e nos ônibus aqui da capital, porque
o Covas faz o mesmo. Essa professora que fez 60 anos há uns
dias atrás vai pagar 3% do Iamspe.
Ela pagava 2% e vai ter um aumento na sua contribuição
do Iamspe, mais um ataque a essa professora. Ela tem um grau
de deficiência e não pagava o IPVA. Então essa professora tam-
bém perde a isenção do IPVA.
Para piorar a situação, ela é vítima também do Decreto
65.021, desse nefasto confisco salarial. Ela foi atacada, essa
professora aposentada, que está ganhando 2.500 reais por
mês. Ela está recebendo quatro ataques ao mesmo tempo, Sr.
Presidente.
Olha que absurdo o que aconteceu aqui no estado de São
Paulo. Então a Assembleia Legislativa agora tem uma dívida
com essas pessoas. Nós temos que revogar todas essas medidas
perversas do desgovernador Doria.
Então faço um apelo à Assembleia Legislativa. Vamos revo-
gar o Decreto 65.021 através do PDL 22, que eu apresentei no
ano passado, 2020, que acaba com o confisco. Vamos aprovar
agora o PDL 1, de 2021, que revoga o fim da isenção do IPVA
para as pessoas com deficiência.
Faço um apelo a todos os deputados e deputadas para que
nós possamos fazer justiça e fazer com que essas pessoas não
sejam mais atacadas no estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sr. Presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
deputado. Deputada Valeria Bolsonaro, V. Exa. tem o tempo
regimental de cinco minutos.
A SRA. VALERIA BOLSONARO - PSL - PELO ART. 82 - Boa
tarde a todos. Obrigada, presidente. O que me traz aqui são
dois assuntos graves, sérios. Por coincidência, contra o gover-
nador do estado de São Paulo, João Doria. O que nós estamos
vendo? Eu tive contato, através dos meus assessores, através
da minha assessoria, com o pessoal da cidade de Aparecida do
Norte. Nós estivemos lá.
O presidente do Sindicato dos Hoteleiros de Aparecida
do Norte e região, Renan Vieira; o presidente do Sindicato dos
Feirantes de Aparecida, João Major; o comunicador da “TV a
Voz do Povo” e ex-vereador Élcio Ribeiro, essas três pessoas
estão lutando pelo direito do comércio da cidade de Aparecida,
para que não vire uma cidade-fantasma. Por favor, a foto que
nós tiramos.
Hoje Aparecida está assim, desta forma, com pessoas que
trabalham e que não podem abrir os seus comércios. Não têm
dinheiro para sustentar os seus filhos, não têm como levar os
seus filhos na escola, não têm leite. Não têm absolutamente
nada. Então, governador João Doria, por favor: não é só o vírus
que mata. A fome e o desemprego também matam, causam
enormes violências na cidade e acabam com as pessoas.
Outro ponto muito sério, e aí não é só com o governador,
mas sim com o conluio do governador com a esquerda, basi-
camente com o PSOL, o PT e etc., que normalmente são as
pessoas que vêm aqui para gritar e falar que elas defendem
os negros, que elas defendem as mulheres. As feministas da
esquerda é aquela gritaria: “Porque o presidente Bolsonaro é
machista, isso e aquilo”.
Estou esperando desde terça-feira que alguma dessas
mulheres tão aguerridas venham aqui falar em defesa da pre-
feita de Bauru, a Suéllen, uma mulher de coragem, uma mulher
negra que foi desrespeitada pelo governador do estado de São
Paulo. Ele a chamou de vassala e de negacionista.
Eu queria ver se fosse o presidente Jair Bolsonaro que
tivesse falado isso, o carnaval, a bagunça, a balbúrdia, a gritaria
que essa esquerda, que não tem nenhum tipo de compromisso
nem com a mulher, nem com os negros, nem com nada a não
ser com elas mesmas, a não ser com as suas ideologias nojen-
tas e com o seu partidarismo absurdo.
Então nós tivemos uma prefeita que foi totalmente desres-
peitada. Pior: agora, esta semana, o senhor João Doria, continu-
ando o seu processo racista, o seu processo de desrespeito, fez
uma reunião com os prefeitos das cidades em volta de Bauru e
não convidou a prefeita. Deixou a prefeita Suéllen de fora dessa
reunião, mostrando o quanto ele desrespeita a autoridade de
uma mulher negra que foi votada, que ganhou uma eleição
democraticamente.
Ele a deixou de fora, e sabe o que ele fez com os prefeitos
vassalos que ali estavam para cumprir com a sua reunião?
Ele colocou, ele devolveu os leitos dos hospitais que ele tinha
fechado agora em janeiro, que era a luta dessa prefeita, a pre-
feita Suéllen. Então, quero deixar aqui: nós fizemos, o gabinete
fez uma moção de repúdio contra o comportamento absurdo
do governador do estado. É inaceitável o tratamento que ele
está dando.
Ele acha que todo mundo tem que baixar a cabeça para
o que ele fala. Então, nós queremos colocar aqui, governador
João Doria: no gabinete no 18 aqui da Assembleia Legislativa
não tem ninguém que vai baixar a cabeça para nenhum dos
do seu histórico de vida e da sua biografia, de pedir a exone-
ração do cargo de secretário de Estado de Agricultura, uma
vez que esse governo só atuou contra o produtor rural paulista
e brasileiro, principalmente quando nós estamos falando na
majoração de impostos de insumos e produtos agrícolas, além
de tantos outros que já foram ditos aqui.
Então eu peço à Sociedade Rural Brasileira, que tem como
integrante o ex-presidente da mesma entidade, Sr. Gustavo
Diniz Junqueira, que eu ombreei à diretoria na última gestão,
que peça para que ele, já que ele não pediu até agora para sair
da Secretaria de Agricultura, deputado Gil Diniz, que a Socie-
dade Rural Brasileira o faça, uma vez que foi ela que colocou,
indicou o nome do Sr. Gustavo Junqueira para a Secretaria de
Agricultura, e o governo vem atacando sistematicamente o
nosso setor.
Queria falar aqui, ainda nesse sentido, que tem muitas pes-
soas, Coronel Telhada, que estão ali, no governo estadual, que
nós conhecemos de longa data, pessoas que ainda, infelizmen-
te, Major Mecca, emprestam a dignidade, a sua história de vida
muito bem construída por vezes no setor público, por vezes no
setor privado, emprestam seu histórico de vida para defender o
governo de um celerado, de um sacripanta, de um pária. Ele vai
sair do governo, deputado Castello Branco, e vai ser um pária
na sociedade. Ninguém quer conviver com esse Sr. João Doria.
Tem pessoas excepcionais que estão no governo e que
deveriam pedir para sair amanhã, ao raiar do dia já deveriam
apresentar a sua casa de exoneração, porque estão empres-
tando a sua dignidade, o seu histórico de vida, os serviços
prestados à sociedade paulista ou brasileira, que estão sendo
totalmente maculados, não por eles, mas pelo governo a quem
eles servem.
Não é possível a gente pertencer - aqui temos insígnias
militares -, não é possível a gente pertencer a um general des-
classificado, desqualificado e querer que ele tenha uma tropa
unida, reunida e trabalhando em prol do bem comum. Não é
possível isso.
Então, peço encarecidamente, eu acho que essas pessoas
que estão me ouvindo sabem quem são. Tem várias pessoas
pelas quais eu tenho extrema admiração que estão no gover-
no estadual e que deviam ter hombridade de sair no dia de
amanhã.
Com relação à censura, deputado Gil Diniz, que o senhor
colocou muito bem aqui, da deputada Bia Kicis, o Major Mecca
também comentou do Allan dos Santos, eu queria mostrar
uma pequena notícia, de 2009. Nesta Casa, o Coronel Telhada
estava aqui. Olha lá. A própria Assembleia Legislativa colocou:
em 2009, um ato solene na Alesp comemorou os 25 anos da
criação do MST. (Voz fora do microfone.) Ah, o Coronel Telhada
estava na Rota, desculpe. É que o senhor já tem história aqui.
Então, em 2009 teve um grande evento na Assembleia
comemorando os 25 anos do MST. Quanto eu convoquei um
ato solene em memória ao presidente Augusto Pinochet, para
mostrar o que ele trouxe de benefício ao Chile, eu fui censu-
rado seletivamente. Seletivamente. Inclusive, a censura até me
ajudou. Chamou mais a atenção do que o próprio evento em si.
Eu ia trazer números e fatos de logística do Chile, que é um
país de geologia mais complicada, como conhece bem o depu-
tado Castello Branco, no aspecto econômico, abertura econômi-
ca. Enfim, era o que eu iria mostrar no dia do ato solene. Mas é
perceptível que há uma seletividade.
Então, fazer ato para o MST é democracia. Um movimento
criminoso. Não tem CNPJ, pratica o esbulho possessório e o
terrorismo. A hora que a gente vai fazer uma exposição, eu fui
tachado de defender nazista, terrorista, assassino, genocida.
Tudo, tudo o que vocês puderem imaginar. Então é óbvio que
a própria Casa está fazendo um rememorando desse ato que
enaltece um movimento terrorista.
Eu queria, finalizando, dizer que eu tenho o maior respeito
pelo deputado Mellão, que estava aqui, e por vários integrantes
do Novo. E eu tenho muito mais respeito por aqueles que foram
expulsos do Novo, como o ministro Ricardo Salles e o Filipe
Sabará. E tenho um grande respeito por vários colegas do Novo,
não só aqui da Casa como de fora, mas o partido em si é moti-
vo de chacota e faz um papelão perante a sociedade ao pedir o
impeachment do presidente Bolsonaro.
Será possível que eles não se deram conta da surra que
eles tomaram na eleição da Mesa da Câmara, agora, em Brasí-
lia, onde 302 votos para o deputado Arthur Lira? Teve deputado
que teve um voto, dois votos, o deputado “Kim Jong”, como diz
a Carla Zambelli, “Kim Jong II”, Kim “Katacoquinho”, pedindo
o impeachment do presidente Bolsonaro, teve dois votos. Ele e
mais um. Acho que alguém deve estar envergonhado lá.
Agora, é tão ridículo isso. É tão ridículo que desacredita as
boas pautas do partido. Você veja: teve o Código de Defesa do
Empreendedor, do Partido Novo, que eu achei excepcional, um
projeto excepcional.
Aí você pega integrantes do partido, não só na esfera
federal, mas estadual, que ficam postando nas suas redes
“impeachment do presidente Jair Bolsonaro”. Ora, deixa de ser
bobo. É bobo.
O Partido Novo primeiro precisa se libertar. O governador
está saindo do casulo. O Partido Novo precisa se libertar do
João Amoedo, mochilinha nas costas, porque, a hora que se
libertar, acho que as pessoas vão ter mais liberdade.
Eu queria, por último, nos últimos 30 segundos que me
restam, dizer que eu não sabia dessa desatenção do secretário
da Saúde para com os deputados da base. Imagine nós. Eu
tenho mais 300 mil reais de emendas para serem pagos para
Santa Casa de Misericórdia de Itapeva, que é um exemplo de
Santa Casa.
É um exemplo de Santa Casa. Quero dizer que eu vou noti-
ficar hoje o secretário de Saúde para pagar a minha emenda. Se
ele não pagar, como já sei que ele não responde, já vou avisar
que vou meter ele no Ministério Público.
Então o senhor Jean Gorynchtein, se ele é mais um vassalo
do governador João Doria, que abana o rabicó a hora que ele
chama, então comigo a coisa é diferente. Eu quero que pague
logo, logo, logo os 300 mil à Santa Casa de Itapeva.
Obrigado, presidente.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Obrigado,
Sr. Deputado.
O SR. GIL DINIZ - SEM PARTIDO - PARA COMUNICAÇÃO
- Presidente, só para corroborar com as palavras do Frederico
d’Avila. É uma censura seletiva.
Inclusive, neste Parlamento, hoje as redes sociais da Assem-
bleia estão comemorando, celebrando a lembrança do nasci-
mento desse grupo terrorista, o MST. Então realmente é uma
censura seletiva. Censura seletiva essa que aconteceu agora
com o Terça Livre, com o jornalista Allan dos Santos. Então
deixo também a minha solidariedade ao Allan dos Santos, ao
Ítalo Lorenzon e a todos que fazem parte do Terça Livre.
O deputado Douglas está convocando - e quero assinar
junto com ele - os representantes do Google para virem se
explicar na Comissão de Ciência e Tecnologia. Por quê? Porque
a gente não pode aceitar essa censura a jornalistas da maneira
que estão fazendo, à luz do dia.
É incrível. Derrubaram um canal do Youtube, o maior canal
conservador que nós temos aqui nas nossas redes sociais. Ima-
gina só, Coronel Telhada, derrubarem as suas redes sociais pelo
senhor postar um vídeo de uma operação da Rota, por exemplo.
Então a gente não pode aceitar essa censura seletiva. O
que nós queremos fazer? É apenas defender a liberdade de
expressão. Então fica aqui o apoio ao Terça Livre e ao jornalista
Allan dos Santos.
O SR. PRESIDENTE - CORONEL TELHADA - PP - Muito obri-
gado. Um minutinho, Srs. Deputados. Está encerrado o Pequeno
Expediente. Perdão, encerrado o Grande Expediente.
Eu só queria fazer um comentário. Infelizmente, muitas
pessoas tinham medo de uma ditadura militar. Acho interessan-
te isso. Nós estamos sofrendo uma ditadura política no sentido
total e horrível da palavra.
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quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021 às 02:44:30

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