Debates - 7 DE OUTUBRO DE 2022 $1ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM AO DIA DO REPRESENTANTE COMERCIAL

Data de publicação21 Outubro 2022
SeçãoCaderno Legislativo
14 – São Paulo, 132 (194) Diário Of‌i cial Poder Legislativo sexta-feira, 21 de outubro de 2022
do que ele quer para o negócio dele, se o seu produto faz parte
do que ele quer para o negócio dele.
Agora, mudou. Por isso, não dá mais para a gente ficar
parado, não dá para a gente ser o mesmo de sempre porque a
gente agora tem que encantar esses caras; mais ainda, e mais,
e mais, e mais. Então, agora está lá o foco sob o ponto de vista
dele cliente. Pode trocar, por favor.
Esse quadro explica totalmente o que eu estou falando
para vocês. O pintor é o nosso cliente, o rinoceronte, e eu estou
enxergando aquela árvore maravilhosa com o meu olhar.
Como que eu vou discutir com ele que não é daquele jeito
que ele está vendo? Olha o desgaste que eu vou ter de falar
para ele, que a visão dele daquela árvore está errada.
Olha quanta energia que eu vou demandar, o atrito que eu
vou ter, sendo que essa é a visão dele. Está ali o chifrão dele
na frente, e eu vou querer provar isso ao contrário? Então, isso
sintetiza o momento que nós estamos vivendo. Está joia? Então,
muita atenção. Por isso que eu vou brincar um pouco com
vocês, puxar um pouco a orelha para o quadrante que vai entrar
agora, por favor.
Por que da concorrência? Por que está desse jeito? Por que
o poder voltou para a mão dele? Porque hoje o que mais têm
no mercado é isso: empresas similares, empregando pessoas
similares, que tiveram uma educação similar, exercendo funções
similares, tendo ideias similares, produzindo coisas similares,
com preços similares e ideias similares. Ou seja, está tudo igual.
Eu peço para vocês olharem para essa foto e verem quem
vocês são ali: o laranjinha ou o azulzinho? Quem é você? Onde
você quer estar? Você vai esperar o quê? Vai esperar o Palmei-
ras ter mundial? O que vocês vão esperar para ser o azulzinho?
É agora, gente! É agora, não dá mais! Esperar já foi, está bom?
Troca lá, por favor.
Deputado, o senhor é palmeirense? Eu também, eu tam-
bém. Volta uma teclada, por favor, deixa tudo em branco. Por
isso que o deputado é sábio. Estamos juntos, deputado.
Ali tem duas linhas - perfeito, brincadeiras à parte - a linha
horizontal dos nossos resultados; a linha vertical, o desenvolvi-
mento técnico e pessoal. Não se separa mais, querendo ou não
querendo.
Então, se você se encontra... E eu tenho total certeza de
que numa sexta-feira, sete horas da noite, vocês virem aqui
escutar o Ezio, vocês não estão no quadrante nem um, nem
dois, nem três. Aqui não é para qualquer um. Talvez se fosse
outro dia isso aqui estivesse lotado, mas aqui só tem quadrante
quatro, é certeza disso.
O que é o quadrante um? Se você pegar as duas linhas é
de 0 a 100, certo? Onde o meio ali é cinquenta. O quadrante
um - não tecla nada não. Deixa em branco, por favor - é o
profissional que não fecha meta e não se desenvolve, é aquele
monte de laranjinha lá. Ele não faz o trabalho dele e também
não busca saber o que fazer.
E o Brasil passa por um apagão de talento assustador,
gente! Assustador! Dentro da nossa realidade, vamos falar no
seguinte: quem de nós... Eu usei esse exemplo, vou usar ali de
novo.
Eu tenho as tabelas que a empresa manda para a gente -
em PDF ou Excel, qualquer coisa - e eu tenho um sistema que
eu passo para o cliente usar, um sistema que está totalmente
configurado dentro da política dele. Certo?
Eu vou lá com o comprador, explico a tabela, assim: “se
você não gostar do meu sistema, a tabela é essa.” “Você com-
pra no Mercado Livre?” “Compro.” “Você compra na America-
nas?” “Compro.” “Você compra na Shopee?” “Compro.” “Meu
sistema é igual.
Entra aqui para fazer um pedido.” E o car a entra: “Uau!
Que legal, Ezio! Nossa, facilitou a minha vida.” Beleza, viro as
costas - eu vou ser bonzinho, vou falar três dias - três dias, esse
comprador me liga: “Ezio, quanto custa aquele negócio?”
É só comigo que acontece isso, gente? São só os meus? É
isso gente, é quadrante um de monte. É que nem falar: “vamos
matar um leão por dia?” Matar o leão é fácil, o duro está em
desviar das antas. Está fácil matar o leão, está fácil.
Você pula para o quadrante dois. O quadrante dois é
aquele camarada que está ali, ele dá resultados, ele fecha suas
cotas, suas metas, mas ele não se desenvolve mais. “Está bom,
já sei tudo. Já faz 30 anos que eu sou representante comercial.
Eu comecei aqui antes do gerente. Eu sou amigo do dono da
empresa.”
É o quadrante dois. Quem tem desses caras na equipe?
Está ali o quadrante dois, está tudo certo. Se a empresa for
igual a ele - se a empresa só quer bater a meta, fechar os
números dela e não busca - vai acontecer o mesmo com os dois.
A gente pula para o quadrante três. O quadrante três é
aquele camarada que está vendo a necessidade, ele se desen-
volve, ele busca, ele está buscando curso, ele está aqui, ele
ouviu que tem o curso do Core. O Core está fazendo um traba-
lho sensacional, oferecendo um monte de coisa. Parabéns pelo
site. Eu entrei no site, está lindo o site novo.
Então, o Core está oferecendo um monte de coisa, esse
cara está indo buscar. Só que ele se esquece de trabalhar, ele
se esquece de pôr para acontecer, esquece-se de buscar, está
faltando um pouco da parte técnica, está faltando a mão
na massa. Então, ele se desenvolve, mas ele não está dando
resultado.
E vamos falar de nós: nós estamos no quadrante quatro.
A gente está fechando meta, está buscando se desenvolver, a
gente não para! A gente está cada vez mais, por quê? Porque
está atrás da gente.
Quando virou a pandemia, quem achou que a profissão de
representante comercial iria acabar? Eu fui um. Eu falo: “Agora
vai acabar.” Eu tinha quase certeza, falei: “Esses raios de inter-
net, esse negócio, agora vem com tudo. Agora vão acabar com
a gente.” Eu tinha certeza disso.
Fui lá, catei todos os meus livros de venda. Falei: “vou
tacar fogo em tudo isso aqui, serve para mais nada agora.”
Tinha meus cursos ali, falei: “agora o que eu faço? Como que
eu vou rever? Eu não vou sair de casa, estou preso. Como é que
vai acontecer o negócio.”
Alguns segmentos sofreram assustadoramente, no meu
segmento, graças a Deus, não aconteceu isso. Pelo contrário,
jogou a gente numa zona de conforto maravilhosa. Nós vende-
mos para caramba assistindo sessão da tarde: Rocky 1, 2, 3, 20,
25, 30; Lagoa Azul e tudo mais; e pedido, pedido, pedido, pedi-
do. Nossa Senhora! Viramos até Masterchef, todas as receitas
da Ana Maria Braga a gente assistiu.
Falei: “agora ficou linda a nossa profissão. Não vou sair
de casa, não pago pedágio, não faço revisão no carro. Nossa
Senhora!” Eu, particularmente, sofri um acidente em novembro
de 20... e agora?
Eu acho que foi novembro de 21. Eu sofri um acidente, deu
perda total no carro. Graças a Deus não aconteceu nada. E eu lá
no carro, não abria as portas, não abria nada. Eu rodei no meio
da Bandeirantes e fui para o barranco.
O carro não abria as portas e o cliente me ligando: “Ezio,
quanto custa isso?” Falei: “Acabei de sofrer um acidente, eu
preciso falar com o seguro.” “Não, mas tudo bem, Ezio. Quanto
custa isso?” Cara, isso aconteceu.
Falei: “Vim me socorrer você não quer vir, não é?” Mas
aconteceu, e até o seguro resolver - foi uma chatice isso - eu
fiquei quatro meses sem carro. Falei: “eu não vou comprar mais
carro. Não estou precisando sair, não vou sair, vou só alugar
carro.” Então, vai mudar tudo.
Peguei meus livros... até estava hoje vindo para cá escutan-
do um “audiobook” de um dos livros que eu li, acho que uns 25
anos atrás: O maior vendedor do mundo”, Og Mandino.
Quem não leu isso, leia! É sensacional. Então, foi esse e
o “Bíblia de Vendas” que eu falei assim: “Vou jogar fora. Isso
aqui vou tacar fogo, não dá nem para dar para ninguém.” E
numa repassada ali... sensacionais, muito atual! E vocês vão ver
ali na frente do que eu estou falando.
atrás do fax, “como esse negócio sai lá do outro lado?”. O fax,
o tal do Palm e o PT950, essa desgraça de celular, que aí come-
çou a nossa vida.
Acho que o Sidnei me cobrou, lá na apresentação de Ribei-
rão, o bipe. Eu me esqueci do bipe. Eu passei pouco tempo pelo
bipe, porque aquilo também atormentava a vida da gente. Aqui
começou a velocidade da coisa.
Esse PT950, quando eu comprei isso aí, paguei 1.200 dóla-
res. Tinha fila de espera e era raríssimo quem tinha. Então era
muito bom, porque custava caro. O cliente ou o nosso gerente
ia ligar para a gente, era muito cara a ligação, então era bem
objetivo.
Fala, fala, resolve, vamos embora, senão vai ficar mais caro
que o pedido. Bateria, para aguentar, você comprava um celular
e uma bolsa de acessórios, que eram 50 baterias. É, a verde
aguentava mais. Quinze carregadores, 150 baterias para você
trabalhar o dia inteiro. Era isso aí.
Só que antes de eu comprar esse celular, eu achei muito
engraçado, eu estive na Europa, acho que foi em 94 isso. Na
entrada do Vaticano, chamou-me a atenção que os camelôs e
as lojinhas em volta, tinham bastante, todos os camelôs tinham
celular.
Nas lojas, eu estava olhando, aquilo ali estava na faixa de
100 dólares. Falei, a hora em que isso chegar no Brasil vai aca-
bar o mundo. E hoje a gente vive isso, não tem como escapar.
Próximo slide, por favor.
Quem começou a trabalhar nessa época? Não tenha ver-
gonha de levantar. Lá em Ribeirão também me chamaram a
atenção porque eu me esqueci do Telex. O Telex eu não peguei.
Mas ali, para explicar para as crianças que começaram com
smartphone, estava a tecnologia da época.
Aquele negócio compridinho ali é o teclado, mais conheci-
do como caneta. Certo? Quando você a usava, você digitava e
aparecia naquela tela branca que é o talão de pedido.
Essa era toda a tecnologia. O tal do papel carbono, que se
alguém trabalhou em banco, a galera de banco era muito mal-
vada, mandava os novatos lavarem carbono, quem pegou isso,
era muita sacanagem. Então você punha o papel carbono entre
as duas folhas, assinava a via do pedido, a original ficava para o
cliente, a cópia era nossa.
Quando a tecnologia começou a chegar, a gente achava
algum hotel, ou uma estação, ou um correio, pagava um real,
sei lá o que, que era a moeda da época, para passar o fax para
o pedido ser mais rápido.
Senão nós fazíamos todo o setor, chegávamos à empresa
na sexta-feira ou na outra segunda-feira, entregávamos todos
os pedidos, ninguém estava te cobrando até isso. Você tinha
prometido 30, 60, 90 dias de entrega, todo mundo esperava.
Vocês se lembram disso? Todo mundo esperava e acontecia
normal.
Então era esse monte de equipamento e para substituir
aquela, para substituir não, deu origem àquela maleta de bate-
ria do PT950, era a nossa pasta daquela fichinha ali, que era
ficha de telefone público.
Então era dali que nós tínhamos comunicação com a
empresa, achava aquele negócio que chama telefone público,
orelhão. Existem alguns perdidos por aí.
Você tinha que ter uma cartela, um monte dessa ficha,
porque durava, se eu não me engano, um minuto e meio, uma
coisa assim, aí você ficava ligando, falando e aquilo só caindo.
Aí, você ia comunicando a empresa, o que estava acontecendo,
o que era urgente ou não. Então aí começou.
Atrás da gente vieram - pode mudar, por favor, acho que
tem a foto dele ali; não, tem o meu currículo - os representantes
comerciais, os caixeiros-viajantes que foram citados aqui. Achei
maravilhosa essa estátua, antes da gente veio esse pessoal, o
que muito me honra e muito me deixou feliz este convite.
Mais uma vez, obrigado, Manu, obrigado, Sidnei, toda a
bancada aqui pela honra de estar à frente de vocês, os guerreiros
desta profissão maravilhosa. Eu não tenho dúvida nenhuma de
que essa profissão é a locomotiva da economia de qualquer país.
Tudo o que acontece aqui, todos os materiais que estão por
aí passaram pela mão de um vendedor, de um representante
comercial. Então, se não fossem vocês, não estaria acontecendo.
Então uma salva de palmas para todos vocês. (Palmas.)
A Manu falou do meu currículo, só que o meu currículo, na
minha cabeça, é assim, desde lá de trás, dos nossos pais, até
como eu falei um pouco da tecnologia, ela vem melhorando.
Às vezes a gente se incomoda, porque não se adequa a
isso, mas ela vem melhorando. Você sabendo usar tudo o que
tem, ela vem para ajudar e vem para melhorar.
Então nós, como seres humanos, também temos a obriga-
ção de deixar um legado, deixar alguma coisa melhor para trás
quando a gente partir daqui. Então, o meu currículo é justamen-
te isso: eu deixar tudo que eu puder do que eu estudei, do que
eu li, do que passei fazendo as apresentações ou passando para
quem precisa, quem solicita.
O bom de ser palestrante é que eu preciso estudar mais o
tema que eu me proponho a falar e quando eu estou falando,
a minha boca está mais perto do meu ouvido, então eu escuto
primeiro que vocês; escuto dobrado, esse é o lado bom.
Mas eu tenho que trazer para o mundo aqueles “serezi-
nhos” ali melhores que eu. Esse é o meu currículo: deixar o meu
filho Thales, que é o maiorzão de barba; e a Laurinha que é a de
preto embaixo.
A Amanda é a nora; e a maravilhosa esposa, que conheci
na faculdade de educação física. Eu chegava de viagem cansa-
do, depois do dia inteiro, encostava o carro, e como a faculdade
era só 100 metros da minha casa, eu falei: “eu vou fazer essa
faculdade.”
Então, estava sendo preparado por alguém que eu fosse
para a faculdade estudar um curso - porque eu sempre gostei
de esporte - e conheci minha esposa maravilhosa lá, e ela é
meu diploma de educador físico. Eu já era vendedor antes,
acabei me formando, a gente se formou junto, foi uma festa
muito gostosa.
E estão ali a Laura e o Thales. O Thales hoje formado em
engenheiro de materiais e diretor de uma empresa, melhor que
o pai dele; a Laura se formando em medicina, entrando para o
quinto ano de medicina, melhor que o pai dela. A minha missão
está quase cumprida, ainda tem um pouquinho. Então, esse é o
meu currículo. Pode trocar, por favor.
E ali, o caixeiro-viajante. Esse camarada que desbravou,
vendedor de porta a porta. Não sei se vocês já assistiram
esse filme, é maravilhoso. Tem um filme do vendedor de porta
a porta, sensacional. Esse cara começou, desbravou, e assim
começa o processo de vendas, dentro do meu entendimento.
Nós começamos a trabalhar onde o nosso trabalho era
focado nos produtos. O que nós tínhamos que dar? Total aten-
ção, maximizar tudo que nós tínhamos para entregar o produto.
Por quê?
Porque a concorrência era menor, tinham poucos vende-
dores, poucas indústrias. Todo mundo comprava quase que
qualquer coisa. Então, a gente precisava focar nos nossos pro-
dutos, nas características do produto, para que o nosso cliente
comprasse.
Passada essa época - começando a aumentar o processo,
começando a aumentar tudo isso - nós entramos nessa fase
em que o foco já era o cliente. Começou a aumentar a nossa
concorrência, então nós escolhíamos o cliente: “esse eu vou
vender, esse eu não vou vender. Esse eu quero, esse eu quero,
esse eu quero.” Nós começamos a colocar - nós, indústria; nós,
vendedores - o foco no cliente.
E vem a outra fase - outro slide, por favor - que eu ima-
gino que é essa que nós estamos agora. Passamos do foco do
produto, para o foco no cliente, e agora nós entramos no foco
do cliente.
Agora o poder está na mão deles. Certo? Não sei se todos
concordam comigo, ou não. Mas, agora, é ele que enxerga a sua
empresa, o seu produto ou você, profissional: se você faz parte
a Lei 4.686, que deu início à regulamentação dessa antiga e
importante profissão, primeiros desbravadores.
Conhecidos como mascates, tiveram papel fundamental no
desenvolvimento das relações comerciais e foram responsáveis
por levar os produtos desenvolvidos nas indústrias paulistas por
esse Brasilzão de proporções continentais.
Abasteciam-se de produtos e retornavam seguindo roteiro
realizado anteriormente, gerando vínculos comerciais e de ami-
zades que perduraram pela vida toda, até mesmo por gerações.
Com o passar do tempo, surge a figura do caixeiro-viajante,
que, diferente do mascate, que vendia um produto adquirido de
forma prévia, o caixeiro-viajante passa a receber uma comissão
pelos pedidos que retira e envia à indústria.
Se no passado o mascate abriu as portas do desenvolvi-
mento comercial, o caixeiro-viajante surge para ser o elo entre
a indústria, o comércio e o consumidor.
Hoje o representante comercial desempenha um papel que
vai muito além do que simplesmente tirar um pedido. Com a
evolução tecnológica, nossa profissão se tornou cada vez mais
técnica e específica, para atender um consumidor cada vez mais
informado e exigente.
O representante comercial é um empreendedor nato, que
investe e espera colher os frutos da sua parceria, sempre reali-
zada a quatro mãos.
Somos a personificação da palavra resiliência, pois nos
reinventamos a cada dia, a cada semana, a cada mês. Quantos
aniversários, eventos escolares, apresentações em clubes deixa-
mos de nos fazer presentes porque estávamos em viagem ou
atendendo um cliente?
Não podemos nos esquecer dos heróis anônimos que
foram à luta de forma corajosa e responsável, garantindo que
a cadeia de abastecimento fosse mantida. As indústrias, os
comércios e os serviços foram equipados por conta da ação
direta dos representantes comerciais, que não fugiram da luta e
se mantiveram firmes.
Aos colegas que perdemos para a Covid-19, meus senti-
mentos aos familiares e meu respeito pela coragem, dedicação
e empenho à profissão.
Senhoras e senhores, finalizo agradecendo a oportunidade
de pertencer a uma profissão tão plural e dinâmica, que me
permite evoluir mês a mês. Somos o progresso e o desenvolvi-
mento deste País. Deus, pátria, família e liberdade.
Muito obrigado a todos. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY
- Vamos dar início à nossa primeira palestra. Convidamos o Sr.
Ezio Odorissio Junior para proferir a palestra “O representante
de alta performance”.
Currículo. Um jovem filho de empresário que decidiu sair
da zona de conforto e da empresa do pai para seguir carreira
solo e optou pela maravilhosa carreira de vendedor, hoje orgu-
lhosamente representante comercial.
Com o passar dos tempos, se aprofundou nos mercados de
atuação e identificou as dificuldades e necessidades dos clien-
tes em preparar, desenvolver e treinar suas equipes.
Buscou, no ano de 2010, buscar alternativas, cursos, livros
e formações para atender gratuitamente sua carteira de clien-
tes. Com o passar do tempo, a procura por seu trabalho aumen-
tou. Trabalha com desenvolvimento pessoal dos líderes e equi-
pes comerciais de vendas.
Por favor, Sr. Ezio. (Palmas.)
O SR. EZIO ODORISSIO JUNIOR - Boa noite. Esse pessoal vai
ficar todo nas minhas costas? Que beleza.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARI-
ZY - Fiquem à vontade, as mesas compostas, para ocupar
seus lugares aqui embaixo. Depois da palestra, podem ocupar
novamente.
O SR. EZIO ODORISSIO JÚNIOR - Porque senão eu fico de
costas, não é? Falta de educação, cheio de campeão, cheio
de modelo, e eu de costas para os caras. Preciso do apoio, da
energia dos meus colegas representantes comerciais. Ficar de
costas, ali, complica.
Eu vou falar do representante comercial de alta perfor-
mance. Mas me chamou atenção que a gente tem várias áreas
nesse ambiente, temos o deputado - muito obrigado pelo seu
trabalho - tem o pessoal da técnica, tem fotógrafo, tem um
monte de gente aqui dentro, um monte de profissional, os tra-
balhadores da Casa.
Então o que eu for falar aqui eu vou direcionar para o
representante comercial, mas eu peço que vocês entendam
para a profissão de vocês. O nosso cameraman ali, sensacional,
Brutos ou Pavarotti, os fotógrafos. Então levem para a profissão
de vocês também essa dica que eu vou dar. Vamos em frente.
Está bom?
Como a Manu falou - muito obrigado, Manu, pela apresen-
tação - eu comecei com 16 anos na empresa do meu pai, no
meio do carnaval. Eu estava lá preparando o meu arsenal de...
Deixe-me tentar ver um pouquinho da idade do pessoal aqui.
Bico de chupeta e bexiga. Eu estava enchendo-as para a
guerra de água na minha cidade, São Carlos, e meu pai falou:
“Está bom o carnaval?”. Falei: “Está ótimo, pai, está uma
beleza”. “Então aproveita, segunda-feira você começa a traba-
lhar”. Falei: “O que, pai? É carnaval, espera até quarta-feira.”.
“Segunda-feira, às sete horas, na empresa”. A casa caiu.
Eu tinha feito aquele curso maravilhoso do Senac. Quem
frequentou... Senai. Senac foi depois. Curso de datilografia
ASDF. Tem muita gente aqui que não vai entender o que estou
falando. E lá tinha também o curso de auxiliar de escritório
e loja. Então esse era todo o meu know-how para começar a
trabalhar.
“Pai, mas como eu vou rápido assim?” “A menina, a
secretária vai ter neném, você vai substituí-la”. Poxa, secretária,
naquela época, fazia tudo, não eram várias para cada setor. E
eu fui assumir o lugar da Josiane.
Graças a Deus, tinha apostila do Senai, porque eu fiquei
três, quatro dias com ela, e ela foi embora, e aquela apostila
não saía da minha gaveta. Meu pai: “Você precisa fazer nota.”.
Eu fazia nota. E para descobrir os códigos das notas? “Agora
você tem que preencher cheque com duas vias”.
Enfim, aí foi a minha carreira. Só que eu sempre fui muito
de pesquisar, buscar, ter informação. Meu pai era o administra-
dor da empresa, o sócio dele era mais comercial e produção.
Eram escritórios separados, a fábrica ficava embaixo, o
escritório em cima. Eu sempre descia para ver o que estava
acontecendo, ia lá aprender com o pessoal da produção, ia
conhecer a galera lá embaixo.
Lá embaixo tinha quem? Os representantes comerciais,
os vendedores. Então ali começou o meu contato, ali que eu
comecei a ter contato com essa classe. O curso de auxiliar de
escritório e loja era durante o dia.
À noite, tinha loja do Senai, que tinha curso de cabeleireira,
manicure, esses negócios, e quem quisesse poderia participar,
ficar na loja fazendo exercício prático, atendendo as mulheres.
Então comecei a vender a bobe, laquê, cortador de unha,
esses negócios todos. E era uma delícia, não era obrigado, mas
eu ia. Aquilo, depois, foi juntando, juntando. Falei, acho que
esse é o caminho.
Meu pai era administrador, eu não gostava. Aí comecei a
encostar mais no sócio do meu pai, que tinha mais contato com
os representantes, e essa paixão veio. Aí se foram 30 anos.
Talvez eu me lembre de falar alguma coisa ali, na hora em
que eu estiver no quadrante, de voltar a falar da empresa, por-
que eu saí de lá, eu vou tentar usar o exemplo do quadrante ali.
Pode trocar o slide, por favor? Então eu vou perguntar para
vocês, quem começou, não é quem pegou isso andando, quem
começou como representante comercial ou vendedor que tinha
esses equipamentos? Notebook, tablet, smartphone. Quem
começou a carreira nessa época? Dois, três, tem umas crianças
aqui. Bacana. Próximo slide, por favor.
E quem começou nessa época aí? Fax, aquele negócio dos
capetas, em que você punha o papel do lado, só tinha um fio
no negócio e saía papel do outro lado. A gente ficava olhando
Debates
7 DE OUTUBRO DE 2022
25ª SESSÃO SOLENE EM HOMENAGEM
AO DIA DO REPRESENTANTE COMERCIAL
Presidência: CASTELLO BRANCO
RESUMO
1 - CASTELLO BRANCO
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a composição da Mesa.
3 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Informa que a Presidência efetiva convocou a presente
sessão solene em "Homenagem ao Dia do Representante
Comercial", por solicitação deste deputado.
4 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, convida o público a entoar, de pé,
o "Hino Nacional Brasileiro". Anuncia a exibição de vídeo
institucional sobre o Conselho Regional dos Representantes
Comerciais do Estado de São Paulo - Core-SP.
5 - JOSÉ LUIZ ABRANTES PEREIRA
Representante comercial, lê texto acerca do Dia Estadual
do Representante Comercial.
6 - EZIO ODORISSIO JÚNIOR
Diretor da Ezio Representações e representante comercial,
profere palestra com o tema "O representante de alta
performance".
7 - SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ
Diretor-presidente do Core-SP, faz pronunciamento.
8 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Tece considerações sobre a importância dos representantes
comerciais para a economia. Relata o período em que se
dedicou à profissão citada. Lembra que a atividade de
representação comercial foi regulamentada durante o
governo Castello Branco. Presta homenagem ao Core-SP,
com a entrega de uma placa a Sidney Fernandes Gutierrez,
diretor-presidente da entidade.
9 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, informa a prestação de homenagem,
por parte do Core-SP, ao setor de atendimento da sede
da instituição, com a entrega de placa ao coordenador do
setor, Fabrício Santos. Anuncia a entrega de placa do Core-
SP em homenagem a Francisco Clemente, representante
comercial e conselheiro da entidade no triênio 2019-
2022; e a exibição de vídeo sobre a trajetória pessoal do
homenageado.
10 - FRANCISCO CLEMENTE
Representante comercial e conselheiro do Core-SP no
triênio 2019-2022, faz pronunciamento.
11 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia homenagem do Core-SP ao
deputado Castello Branco, com a entrega de um diploma.
12 - PRESIDENTE CASTELLO BRANCO
Agradece pela homenagem recebida.
13 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de troféus e
diplomas a diversos representantes comerciais registrados
no Core-SP.
14 - MANUEL RODRIGUES DE FREITAS
Representante comercial, faz pronunciamento.
15 - LUCIANO EDUARDO
Representante comercial, faz pronunciamento.
16 - MARCIO BALLAS
Palhaço, improvisador, apresentador e diretor, faz
apresentação com o tema "Improviso e criatividade".
17 - EMANUELLE MARIZY
Mestre de cerimônias, anuncia a entrega de lembranças a
Lucimare Ferreira Vilarino e Cáritas Benitez, eleitas para o
conselho do Core-SP no triênio 2022-2025, que agradecem
pela homenagem.
18 - SIDNEY FERNANDES GUTIERREZ
Diretor-presidente do Core-SP, faz pronunciamento.
19 - CASTELLO BRANCO
Faz agradecimentos gerais. Encerra a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Castello Branco.
* * *
O SR. PRESIDENTE - CASTELLO BRANCO - PL - Sob a pro-
teção e a bênção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos legis-
lativos desta noite, nos termos regimentais. Esta Presidência da
Assembleia Legislativa de São Paulo dispensa a leitura da Ata
da sessão anterior.
Senhoras e senhores, queridos convidados do Conselho
Regional de Representantes Comerciais do Estado de São Paulo,
esta sessão solene foi convocada pelo presidente desta Casa de
leis, o nobre deputado Carlão Pignatari, atendendo a solicitação
deste deputado, Castello Branco, com a finalidade de homena-
gear o Dia Estadual do Representante Comercial do Estado de
São Paulo, Core-SP.
Declaro aberta esta nobre sessão solene.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Convidamos a todos para, em posição de respeito, cantarmos o
Hino Nacional Brasileiro.
* * *
- É entoado o Hino Nacional Brasileiro.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Agradecemos ao maestro da sessão, do corpo musical da Polícia
Militar, primeiro-sargento PM, Sr. Geziel. Hoje é um dia muito
especial em que comemoramos o Dia Estadual do Representan-
te Comercial. Para você, que está acompanhando esta sessão
solene, convido para conhecer um pouco mais sobre a história
do Core-SP no vídeo que será apresentado agora.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - EMANUELLE MARIZY -
Convidamos o Sr. José Luiz Abrantes Pereira para a leitura do
texto alusivo ao Dia Estadual do Representante Comercial. O Sr.
José Luiz Abrantes Pereira é representante comercial há muitos
anos, com ampla experiência no segmento de motopeças.
O SR. JOSÉ LUIZ ABRANTES PEREIRA - Boa noite a todos.
Excelentíssimo deputado Castello Branco, proponente deste
ato; RC Sidney Fernandes Gutierrez, diretor-presidente Core-SP,
na pessoa do qual cumprimento todas as demais autoridades
presentes; Paulo Naoiaki, na pessoa do qual cumprimento os
demais integrantes desta mesa, RCs e demais convidados.
O dia primeiro de outubro foi declarado como o Dia Pan-
-Americano do Representante Comercial, em um congresso
realizado entre os dias 25 de setembro e 2 de outubro de 1937,
na cidade de Buenos Aires, na Argentina.
Nesse evento, além dos vários delegados pertencentes às
diferentes organizações na Argentina, em conjunto participaram
representantes do Brasil, Chile, México e Uruguai, todos com
o intuito de analisar e intercambiar suas experiências com as
problemáticas trabalhistas da América Latina.
Foi justamente nesse evento que ocorreu o fortalecimento
e o direcionamento para uma regulamentação legal, para prote-
ger, enaltecer o trabalho dos representantes comerciais.
Nada é por acaso. Quis o destino que hoje estivéssemos
aqui reunidos para comemorar o Dia Estadual dos Represen-
tantes Comerciais, cujo PL 17.407, de 2021, que institui essa
data no calendário oficial do estado de São Paulo, tem como
autor o excelentíssimo deputado Castello Branco, sobrinho-neto
do presidente Castello Branco, que, em 09.12.1965, sancionou
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de Sao Paulo - Prodesp
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sexta-feira, 21 de outubro de 2022 às 05:06:55

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