Debates - 8 DE MAIO DE 2023 $1ª SESSÃO ORDINóRIA

Data de publicação11 Maio 2023
SeçãoCaderno Legislativo
10 – São Paulo, 133 (78) Diário Ofi cial Poder Legislativo quinta-feira, 11 de maio de 2023
8 DE MAIO DE 2023
34ª SESSÃO ORDINÁRIA
Presidência: EDUARDO SUPLICY, REIS, CONTE LOPES
e MAJOR MECCA
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - EDUARDO SUPLICY
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - REIS
Assume a Presidência.
4 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
8 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
10 - LUCAS BOVE
Por inscrição, faz pronunciamento.
11 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
GRANDE EXPEDIENTE
12 - EDUARDO SUPLICY
Por inscrição, faz pronunciamento.
13 - MAJOR MECCA
Assume a Presidência.
14 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
15 - GIL DINIZ
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Lucas Bove).
16 - CONTE LOPES
Assume a Presidência.
17 - LUCAS BOVE
Por inscrição, faz pronunciamento (aparteado pelo deputado
Gil Diniz).
18 - GIL DINIZ
Para comunicação, faz pronunciamento.
19 - LUCAS BOVE
Para comunicação, faz pronunciamento.
20 - REIS
Por inscrição, faz pronunciamento.
21 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Comenta o pronunciamento do deputado Reis.
22 - REIS
Para comunicação, faz pronunciamento.
23 - GIL DINIZ
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de lideranças.
24 - PRESIDENTE CONTE LOPES
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do dia 09/05, à hora regimental, com Ordem do
dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão o Sr. Eduardo
Suplicy.
* * *
- Passa-se ao
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
O SR. PRESIDENTE - EDUARDO SUPLICY - PT - Presente o
número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados, sob a
proteção de Deus, damos início aos nossos trabalhos. Esta Pre-
sidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e recebe
o expediente.
Vamos chamar os oradores inscritos no Pequeno Expe-
diente desta sessão de 08 de maio de 2023: Deputado Agente
Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado Luiz Claudio Marcolino.
(Pausa.) Deputada Beth Sahão. (Pausa.) Deputado Jorge Wilson
Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputado Gil Diniz. (Pausa.)
Deputado Donato. (Pausa.) Deputado Paulo Mansur. (Pausa.)
Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Teonilio Barba.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) Deputado Rafael Sarai-
va. (Pausa.) Delegado Olim. (Pausa.) Major Mecca. (Pausa.)
Simão Pedro. (Pausa.) Thainara Faria. (Pausa.) Analice Fer-
nandes. (Pausa.) Capitão Telhada. (Pausa.) Professora Bebel.
(Pausa.)
Lucas Bove. (Pausa.) Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Ediane
Maria. (Pausa.) Carlos Giannazi. (Pausa.) Deputado Paulo Reis.
Tem V. Exa. a palavra pelo tempo regimental de cinco minutos.
O SR. REIS - PT - SEM REVISÃO DO ORADOR - Cumprimen-
tar o público presente, os integrantes da Polícia Civil, os inte-
grantes da Polícia Militar. Cumprimentar todos os funcionários
desta Casa, o presidente Eduardo Suplicy e todos aqueles e
aquelas que nos acompanham pela Rede Alesp.
Eu quero aqui avisar a todos que, na data de amanhã, às
17 horas e 30 minutos, nós vamos estar aqui, no Plenário Fran-
co Montoro, fazendo o debate sobre o PLC 75, que é o PLC que
trata da recomposição das perdas salariais dos policiais civis,
policiais militares e dos policiais técnico-científicos. Os policiais
penais ficaram de fora, mas eu já, inclusive, recebi o telefonema
do Fábio, que pertence à categoria e que também vai estar pre-
sente na data de amanhã.
Então, inclusive, quero aqui avisar ao deputado Conte
Lopes, que acabou de chegar, dessa plenária amanhã no Franco
Montoro, deputado, para discutir, debater a questão do reajuste
ou da recomposição das perdas salariais, que está produzindo
uma insatisfação generalizada em todos os integrantes da
polícia.
Os veteranos da Polícia Militar, o segundo-sargento, o
segundo-tenente, que tiveram reajuste muito aquém do neces-
sário, do possível, muito aquém; a Secretaria de Segurança os
deixou de lado. A diferenciação entre os policiais civis, que,
quando eu somo todo o reajuste da Polícia Militar e da Polícia
Civil, tem, sim, uma grande diferença. Tudo isso está gerando
esse debate, a insatisfação.
Eu acredito que é muito importante que aquelas pessoas
que não estão satisfeitas, não estão contentes com o que o
Governo fez, com o que a Secretaria de Segurança Pública fez,
possam estar presentes aqui amanhã, às 17 e 30, para partici-
par desse debate.
Nós vamos ouvir todos os representantes das classes, dos
sindicatos - sindicato dos delegados, sindicato dos escrivães,
sindicato dos investigadores, sindicato da Polícia Penal, as clas-
ses, as associações de classe, o sindicato dos peritos, que inclu-
sive esteve conversando comigo na semana passada. Então, é
muito importante que todos possam estar presentes, sim, para
a gente debater esse projeto.
A ideia nossa, deputado Conte Lopes, é tirar uma comissão,
marcar uma agenda com o Sr. Governador, Tarcísio de Freitas,
e levar o justo pleito ao Sr. Governador, para que se corrija.
Alguma coisa ele já mandou aqui, uma correçãozinha, que é a
questão dos policiais militares.
O Governo estava estabelecendo aí uma alíquota de 10,5%
em torno de todos os seus proventos quando, na legislação
atual, essa alíquota está em torno de 11% quando o policial
ganha acima do teto, aquela diferença acima do teto.
não pôde estar presente em virtude de uma gripe forte, mas
estará à frente também do sindicato no próximo período.
E esses dias eu estava conversando com a Ivone na quadra
e falei: “Ivone, a gente fez muita luta durante 2004 e 2010,
quando eu estava na presidência do sindicato. E nós tivemos
várias conquistas nesse período.
Mas daqui a 100 anos, quando a pessoa olhar para a histó-
ria, vai olhar para a história dos bancários e falar: ‘O Luiz Clau-
dio Marcolino, de 2004 a 2010, foi o último presidente homem
no Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região’”. De
alguma forma, estarei na história desse sindicato.
Quando a Juvandia assumiu a presidência - e ela fala isso
em todo lugar que vai, é correto -, nós ficamos durante 87 anos
em que quem conduziu e coordenou o Sindicato dos Bancários
foram homens, mesmo quando as mulheres, em um período
atrás, não tinham direito a fazer concurso público.
Passaram a fazer concurso público, passaram a ingressar na
categoria bancária. Hoje, as mulheres são a maioria na catego-
ria bancária, mas não tinham assumido a presidência.
E na década de 90... E eu falo para vocês que estão che-
gando agora que o nosso sindicato tem uma marca talvez
diferente dos outros, que a gente preza muito pela renovação.
Se a gente olhar aqui as gerações que aqui estão, nós temos
dirigentes novos.
Eu assumi a direção do sindicato com menos de 30 anos,
a presidência. A Juvandia e a Ivone também. Então, nós fomos
presidentes muito novos do nosso sindicato. Então, uma das
tradições é a questão da renovação.
Uma outra tradição que nós tivemos no sindicato é que
nós sempre defendemos que o conjunto do sindicato tem que
defender todas as políticas. Nós, da década de 90, reunimos
o Coletivo de Gênero do sindicato e falamos: “Não são só as
mulheres que têm de cuidar não só do 08 de março, mas da
discussão de gênero. É do conjunto do sindicato”.
Com os trabalhadores negros, também foi a mesma coisa.
Falamos: “Não são só os negros que têm de cuidar da política
antirracismo no nosso sindicato, tem que ser o conjunto de
toda diretoria”. Não é só quem representa a população LGBT
que tem que discutir as questões em relação a LGBT em nosso
sindicato: tem que ser o conjunto de toda diretoria.
Nós tivemos, na década de 90 também - o Gilmar deve se
lembrar desse processo - em que a maioria dos nossos bancá-
rios eram caixas e escriturários. Caixas e escriturários, naquele
período, eram 90% da categoria.
Tínhamos dois ou três gerentes em uma agência e 40 ou
50 caixas e escriturários em uma agência bancária. E aí nós
debatemos naquele momento que era importante que o sin-
dicato representasse o conjunto dos funcionários, seja caixa,
escriturário ou corpo gerencial.
Hoje nós entramos em uma agência bancária, a maioria
que há em uma agência bancária hoje é o corpo gerencial. E
se não fosse essa leitura estratégica da década de 90, hoje
nós não teríamos mulheres ocupando espaços, negros ocu-
pando espaços, corpo gerencial ocupando espaço sentindo-se
representado pelo sindicato, que foi uma leitura estratégica. É
mesma leitura estratégica que agora a Ivone e a Juvandia tra-
zem em relação às novas tecnologias.
O Gilmar fala um pouco da mudança da categoria bancá-
ria, mas eu lembro que, quando eu entrei no banco em 89, eu
entrei no caixa eletrônico, e a gente supria o caixa eletrônico
do banco Itaú.
Havia só 72 caixas eletrônicos. Aí na década de 90 e nos
anos 2000, espalharam-se caixas eletrônicos em todo lugar.
E todo mundo falava que o caixa eletrônico vai substituir a
categoria bancária.
Aí nós vimos em 92 que os bancos começarem o aten-
dimento telefônico. Nós tínhamos, até pouco tempo atrás,
lugares com sete mil trabalhadores atendendo o telefone. Então
diminuiu o trabalhador da agência bancária, mas aumentou o
trabalhador em atendimento telefônico, no caixa eletrônico, na
área de sistema. Então, a categoria bancária vai migrando.
Quando eu assumi o sindicato em 2004, nós tínhamos 97
mil bancários. Eu deixei a presidência do sindicato em 2010,
nós tínhamos 134 mil bancários. Pulou de 97 mil para 134 mil
bancários, e vem se mantendo boa parte desses bancários até
então. Por que aumentou o número de bancários de 2004 a
2010?
Porque nós tivemos um governo democrático e popular que
tinha crédito para pessoa física, crédito para agricultura, crédito
para financiamento imobiliário, tínhamos crédito para micro e
pequena empresa. Então o crescimento do País e o aumento
do crédito em abundância fez com que aumentasse também a
categoria bancária.
Nós tínhamos acordos coletivos em que a cada ano
aumentava o número do Banco do Brasil, aumentavam os
trabalhadores da Caixa Econômica Federal, porque tinham pro-
gramas sociais e era necessário pagá-las pela Caixa Econômica
Federal. Então foi aumentando o número de agências e o núme-
ro de trabalhadores. Então tudo isso é história.
E tudo isso é importante que vocês, que estão chegando
agora para conduzir o sindicato pelos próximos 100 anos,
façam o que sempre fizemos, tanto com Juvandia como com a
Ivone, com o Gilmar, com Vaccari, com Berzoini, com Augusto
Campos, com Luiz Gushiken e agora com a Neiva, que vai assu-
mir a presidência: o tempo todo ir discutindo, olhando o atual
momento. Olhar para o passado, que é importante, do que foi
feita a construção, mas sempre pensar as ações para o futuro.
Foi desse jeito que o Sindicato dos Bancários de São Paulo,
Osasco e Região sempre foi um dos sindicatos mais fortes, não
só daqui de São Paulo e do Brasil, mas de toda a América Lati-
na, e se quiser, podemos falar de todo o mundo.
Porque hoje nós só temos no mundo três grandes sindica-
tos que são hoje de esquerda: no Brasil, os bancários; na Espa-
nha, as comissões obreiras; e os italianos da CGIL. O restante
dos bancários do mundo basicamente são trabalhadores de
direita, são sindicatos de direita.
Então nós temos a honra e o orgulho de fazer parte de
uma categoria revolucionária, que ajuda não só nas construções
de políticas para a categoria bancária no Brasil, mas a gente
ajuda a construir também esse diálogo no mundo. E vocês serão
o nosso futuro nos próximos 100 anos.
Com certeza vocês estarão trilhando o caminho que nós já
trilhamos e agora está nas mãos de vocês conduzir o sindicato
por mais 100 anos. Muito obrigado pela presença de cada um
e de cada uma de vocês. E aqui nós concluímos a nossa sessão
solene. (Palmas.)
Esgotado o objeto da presente sessão, eu agradeço às
autoridades, à minha equipe, aos funcionários do serviço de
som, da taquigrafia, da fotografia, do serviço de atas, do Ceri-
monial, da Secretaria Geral Parlamentar, da imprensa da Casa,
da TV Alesp e das assessorias policiais Militar e Civil, bem como
a todos que, com suas presenças, colaboraram para o pleno
êxito desta solenidade.
Está encerrada a presente sessão.
Muito obrigado a todos e todas. (Palmas.)
Lembrando que hoje também, às 15 horas, teremos uma
audiência pública em que discutiremos que temos um processo
aqui na Assembleia contra a privatização da Linha 9 da CPTM
e a retomada também das linhas 8 e 9 de novo para o governo
do estado. Então quem puder, compareça às 15 horas na sessão
solene contra a privatização da CPTM.
Queria solicitar que todos viessem aqui à frente para a
gente fazer a nossa foto oficial dos 100 anos do Sindicato dos
Bancários de São Paulo, Osasco e Região. Às 14 horas, a sessão
solene. E citar também o presidente Cleyton, presidente do Sin-
dicato dos Bancários de Mogi.
* * *
- Encerra-se a sessão às 11 horas e 25 minutos.
* * *
E vou deixar a última despedida para o meu líder, Paulo
Fiorilo.
Você permite, Marcolino?
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Claro.
O SR. PAULO FIORILO - PT - Eu agradecer ao Suplicy, que
não vai me fazer cantar “O Homem na Estrada”, porque eu ia
estragar o discurso dele. Parabéns ao Sindicato dos Bancários,
parabéns à direção e aos funcionários. Cem anos de luta. O
sindicato, que tem uma história e que tenho certeza de que vai
continuar sendo nossa referência nessa luta.
E eu tive o prazer de acompanhar vários dos represen-
tantes do sindicato no Parlamento, na Câmara de São Paulo e
agora aqui. Então, para mim é uma honra muito grande, são
quadros fundamentais. Termino dizendo que comentei com
Douglas que o Sindicato dos Bancários nos dá uma lição, que é
a possibilidade de ter presidentas na direção.
Parabéns, a luta continua.
Suplicy, parabéns. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Obrigado, Paulo Fiorilo, que é o nosso líder. Obrigado, Suplicy,
hoje um dos deputados mais assíduos aqui desta Casa.
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - DANIELA SANTANA -
Convidamos também, para uma breve saudação, Douglas Izzo,
presidente da CUT de São Paulo. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Enquanto o nosso presidente Douglas Izzo chega à tribuna,
quero citar aqui também a presença do representante do depu-
tado Enio Tatto, assessor Nicolas, e, representando o deputado
estadual Maurici, Natanael Boldo. Com a palavra, Douglas Izzo,
presidente da Central Única dos Trabalhadores do estado de
São Paulo, com o qual pude dividir a vice-presidência nesse
último período.
O SR. DOUGLAS IZZO - Bom dia aos companheiros, bom
dia às companheiras. Quero saudar aqui os presidentes, né?
Gilmar aqui, que deu uma aula de história do século, porque ele
falou desde 22 até chegar aos dias atuais.
Cumprimentar meu companheiro, vice-presidente da CUT,
que nós elegemos deputado estadual, importante ter a repre-
sentação dos trabalhadores aqui na Assembleia Legislativa,
meu companheiro Luiz Claudio Marcolino, e parabenizá-lo por
esta solenidade.
Cumprimentar aqui a Ivone Silva, nossa presidente do Sin-
dicato dos Bancários. Cumprimentar a Juvandia, que também
foi presidenta aqui do sindicato. Hoje é a presidente da Contraf,
que é a Confederação dos Trabalhadores do Ramo Financeiro,
dos trabalhadores bancários de todo o Brasil.
E esse centenário é de luta, de muitas vitórias, uma luta
que se confunde um pouco com a história do Brasil. E eu fiquei
prestando atenção na militância naqueles quadros. Viu, Marly?
Você, que também faz parte da história da CUT. Eu costumo
dizer que a Marly é o “Google” da CUT: tudo que você pergun-
tar, ela te responde.
Mas os bancários apresentaram grandes quadros na his-
tória recente do Brasil: Gushiken, Berzoini, o Gilmar, o nosso
Marcolino. Então, não é, Daniel? É um sindicato que trouxe e
que tem sido muito importante na organização dos trabalhado-
res aqui no estado de São Paulo e uma grande parceria com a
CUT São Paulo.
Eu vou falar com mais propriedade da história recente
desse sindicato, de uma grande parceria com a CUT São Paulo,
uma parceria em que nós estivemos presentes aí na luta contra
o fascismo, na luta contra o golpe, que construímos duas das
maiores greves gerais do País, né?
Movimentos que tiveram um retrocesso com o impeach-
ment da presidenta Dilma Rousseff, mas que nós, em nenhum
momento - Gilvan, depois a Ivone - nós recuamos um milímetro
de fazer a luta política em defesa primeiro dos trabalhadores,
mas uma luta política em defesa da democracia, em defesa da
justiça social no nosso País.
E por sempre acreditar na luta é que nós, inclusive, defen-
demos aquele que é o maior líder operário do Brasil. Lá em
Curitiba, estivemos, com o apoio dos companheiros bancários,
dizendo: “Bom dia, boa tarde e boa noite, presidente”.
Conseguimos fazer a luta para provar que aquele julga-
mento foi uma farsa, Daniel, e construímos, dessa forma, um
movimento e recolocamos o Brasil na democracia e em um
governo de reconstrução nacional.
E eu quero encerrar aqui, obviamente, parabenizando esse
sindicato pelos 100 anos, mas dizer que o dia 1º de maio é um
dia de luta. E nós temos uma tarefa de fazer um grande 1º de
maio. Teremos a presença do presidente Lula nesse evento. É
um evento em que teremos o anúncio de medidas que aten-
dem às necessidades e às reivindicações dos trabalhadores
brasileiros.
Então, a tarefa do movimento é a tarefa de mobilizar, de
fazer um grande 1º de maio e mostrar para o Brasil e o mundo
que o Brasil mudou, que é um Brasil do acolhimento, que é um
Brasil que trabalha em direitos, que é um Brasil que constrói a
cada dia uma nova perspectiva para o seu povo e para os traba-
lhadores do Brasil.
Parabéns, Sindicato dos Bancários, parabéns, direção.
Continuamos juntos na luta. Aquele abraço. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - DANIELA SANTANA -
Convidamos então, para vir à frente, toda a Mesa Diretora, para
entregar uma homenagem ao deputado estadual Luiz Claudio
Marcolino.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Enquanto descemos para receber a placa, queria solicitar ao
pessoal que está no plenário, na parte de cima, nós estamos
quase no processo de encerramento da sessão solene, depois
vamos tirar uma foto coletiva com todos os presentes.
Então, quem puder, que está lá em cima, já ir descendo, para
depois a gente tirar uma foto coletiva com todo mundo aqui.
* * *
- É entregue a homenagem.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - DANIELA SANTANA -
Antes do encerramento, assistiremos a um vídeo sobre o futuro
do sindicato.
* * *
- É exibido o vídeo.
* * *
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - DANIELA SANTANA
- Para o encerramento desta sessão solene, ouviremos o depu-
tado estadual Luiz Claudio Marcolino.
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Obrigado. Queria também citar a presença do companheiro
Gilmar Mauro, que é coordenador do MST aqui, sempre junto
com a gente também na construção dessa luta. (Palmas.)
Também está aqui o Boldo, que é do Comitê Betinho, Silva-
na, presidente do PT de Guarulhos, também presidente. Também
o Paulo Salvador, que tem conduzido os trabalhos da rede Brasil
Atual e da TVT.
Então, para a gente, é muito importante fazer essa ação.
Quando a gente conversou com a Ivone, além da festa, que já
aconteceu nesta semana, que se fizesse também uma sessão
solene aqui na Assembleia Legislativa.
Como a Juvandia falou, nós fizemos aqui a de 90 anos, e
naquela época eu também estava como deputado estadual, e
para a gente foi muito importante aquela sessão solene.
Passaram-se dez anos, e nesses dez anos, tanto a Juvandia
estava como presidenta como a Ivone também assumiu a
presidência do sindicato nesse período. E para a gente ter duas
mulheres à frente do nosso sindicato nesse período - agora nós
teremos a terceira, a partir da semana que vem, também como
presidenta do nosso sindicato, a companheira Neiva, que hoje
rio - não é, Ivone? - que, quando nós entramos, estava lá e fazia
parte dessa história da retomada, que é o Nelson Silva.
Então, na pessoa do Nelson Silva, eu homenageio todos os
funcionários dos sindicatos nesses 100 anos de história, porque
eles foram extremamente importantes para a gente. (Palmas.)
É isso, gente.
Obrigada, Marcolino, e a Assembleia Legislativa por esta
homenagem. (Palmas.)
A SRA. MESTRE DE CERIMÔNIAS - DANIELA SANTANA
- Convidamos então, para uma breve saudação, o deputado
estadual Eduardo Suplicy. (Palmas.)
O SR. PRESIDENTE - LUIZ CLAUDIO MARCOLINO - PT -
Enquanto o Suplicy se dirige até a tribuna, quero citar aqui
também a presença do deputado estadual Paulo Fiorilo, uma
salva de palmas ao deputado que nos acompanha. (Palmas.) O
Wanderley Ramazzini, presidente do Sindicato dos Bancários de
Guarulhos, que está lá em cima, na galeria. (Palmas.)
Citar a presença da Aline Molina, presidente da Fetec da
CUT São Paulo. (Palmas.) Presença do Camilo Fernandes, presi-
dente da Afubesp, Associação dos Funcionários do Santander.
(Palmas.)
Também da Maria Rosalina Greguchi, que é a nossa tesou-
reira e também da Afubesp aqui de São Paulo. (Palmas.) O
Gheorge Vitti, que é o presidente do Sindicato dos Bancários do
ABC. (Palmas.)
Também presente o Belmiro, que está lá na galeria, tam-
bém o nosso secretário de Comunicação. (Palmas.) O Otoni,
coordenador da CUT ABC. (Palmas.) Fernanda Henrique, presi-
dente do PT de Ribeirão Pires. (Palmas.) Flávio Monteiro Mora-
es, diretor-presidente da Bancredi. (Palmas.) Antonio Marcelo
Benz Ribeiro, presidente da Abaesp, Associação dos Bancários
Aposentados de São Paulo. (Palmas.)
Amaro Pereira, presidente do Sindicato dos Vigilantes de
Barueri. (Palmas.) Daniel Calazans, secretário-geral da CUT, e
Renato Zulato, o nosso tesoureiro da CUT São Paulo, uma salva
de palmas, companheiros. (Palmas.) Marcelo Borges, coorde-
nador da Sub-7 da CUT Mogi das Cruzes. (Palmas.) E Leandro
Marafon, representando o delegado-geral Artur Dian. (Palmas.)
E mandou para a gente aqui uma carta o companheiro
Barba, que é o 1º Secretário hoje da Alesp: “Impossibilitado de
comparecer à sessão solene em comemoração aos 100 anos
do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, por
meio do companheiro da bancada, Luiz Claudio Marcolino,
cumprimento a presidenta do sindicato, companheira Ivone, em
nome de quem saúdo todas as demais autoridades presentes.
Parabenizo toda a categoria por esse século de lutas, no
qual bancárias e bancários levantaram bandeiras que serviram
de exemplo a todo movimento sindical nacional, constituindo-
-se hoje em um dos maiores sindicatos da América Latina.
Desejo que o próximo século seja de mais avanço para a
categoria e que junto possamos impulsionar as trabalhadoras e
os trabalhadores do estado de São Paulo a seguir conquistando
direitos que sirvam de modelo aos demais trabalhadores de
todo o Brasil. Deputado estadual Teonilio Barba”. (Palmas.)
Com a palavra, o nobre deputado Eduardo Suplicy.
O SR. EDUARDO SUPLICY - PT - Deputado Luiz Claudio
Marcolino, que coisa boa essa sua iniciativa de estar aqui come-
morando tão merecidos os 100 anos do Sindicato dos Bancá-
rios. Cumprimento a querida presidente Ivone Silva, do Sindica-
to dos Bancários, o Douglas Izzo, nosso presidente da CUT.
Queria, Paulo Fiorilo, convidá-lo para estar aqui ao meu
lado, porque você pediu para eu falar por você. No entanto,
só se você estiver aqui ao meu lado e eventualmente fazemos
um dueto.
Se eles pedirem, você canta comigo. (Palmas.) E Juvandia
Moreira Leite, que aqui relembrou tantas ocasiões em que eu
estive interagindo com vocês do Sindicato dos Bancários.
E desde que eu ingressei na vida pública... Vocês sabem
que é a segunda vez que eu venho para esta Casa. Em 76, com
40 amigos assim, mais ou menos, ajudei na eleição de Flávio
Flores da Cunha Bierrenbach para ser vereador.
Estávamos comemorando em uma pizzaria e eis que então
alguns companheiros vieram à minha mesa e disseram: “Olha,
os seus artigos na ‘Folha de S. Paulo’ sobre política econômica
estão sendo muito lidos, sobretudo pelos jovens. Seria bom
você pensar, em 78, em ser candidato”.
E eu então fui falar com André Franco Montoro, Ulysses
Guimarães, Plinio de Arruda Sampaio, Chopin Tavares de Lima:
“O que é ser um representante do povo, um deputado?”.
Interessei-me e, em 78, fui eleito pela primeira vez depu-
tado estadual para esta Casa. E naquela época eu interagia já
com um companheiro de vocês que foi presidente do Sindicato
dos Bancários, o Gilmar Carneiro, que foi meu aluno na GV.
(Palmas.)
Ele deve se lembrar de alguns momentos assim especiais,
porque certo dia eu convidei, para fazer uma palestra, o ex-
-presidente Jânio Quadros. E não era ainda eleito prefeito.
Eis que ele falou, e de repente o Gilmar teve um momento
de diálogo com ele assim muito firme, muito assertivo, como é
próprio da sua história. Mas, como ele falou, com Gushiken e
tudo, eu, professor na GV.
E daí quando eu fui em 79, por tudo que tinha acontecido,
nós aqui, deputados estaduais, alguns do MDB - tínhamos seis
-, que, pela solidariedade prestada aos indiciados na Lei de
Segurança Nacional, eu aqui fiz um discurso da história dos
13 indiciados, o Lula, Djalma Bom e outros que haviam sido
detidos.
Mas por tudo que aconteceu em 79, quando chegou o
segundo semestre, os que estavam formando o PT vieram a nós.
E eu, Irma Passoni, João Baptista Breda, Marco Aurélio Ribeiro,
Serginho Santos, Geraldo Siqueira: “Nós queremos que vocês
participem da fundação do PT”.
E eu procurei constar, não tinha ainda internet e tal: “Quem
votou em mim,” - tinha uns 78 mil por aí - “por favor, diga o
que vocês acham”. A maioria disse: “É o que nós esperamos
de você”.
E daí eu me tornei mais e mais companheiro de todos
vocês que estão aqui, sobretudo no início dos anos 80, a grande
batalha pelas “Diretas Já”. Em 79 aqui, nós não admitíamos de
maneira alguma - mas perdemos - que o Paulo Maluf indicasse
um prefeito não eleito pelo povo, que acabou sendo o Reynaldo
de Barros. Mas agora toda essa luta continua.
Permitam-me que eu lhes dê uma notícia: amanhã, Paulo,
não vou poder estar aqui, porque fui convidado pelo senador
Fabiano Contarato, da comissão que analisa medida provisória
para estudar tudo que aconteceu nessa medida provisória de 02
de março, assinada pelo presidente Lula, que restitui a Bolsa-
-Família e acaba com o Auxílio-Brasil, que o Bolsonaro quis pôr
no lugar.
E também diz que essa medida provisória trata do progra-
ma Bolsa-Família e do que está previsto na Lei nº 10.835 e na
Constituição Brasileira, que será a Renda Básica de Cidadania,
que até chegar à sua universalização... (Palmas.)
Eu quero lhes dizer que me senti honrado, porque o presi-
dente da comissão me convidou para amanhã, às 14h30, estar
lá falando no Congresso Nacional sobre a Renda Básica.
E eu vou explicar para eles que o dia em que tivermos a
Renda Básica, certamente, dada a percepção de muito maior
igualdade de direitos, vai diminuir significativamente a crimi-
nalidade, os assaltos, os roubos, os assassinatos e inclusive
aqueles que estão preocupando o prefeito e o governador no
centro da cidade.
Houvesse uma renda básica garantida, tantas mulheres
não precisariam vender o seu corpo para se prostituírem, para
dar de comer em casa, e tantos rapazes não precisariam por
falta de meios de ajudar no orçamento, não precisariam seguir
o exemplo do “Homem na Estrada”, que hoje não vou cantar
aqui, porque já estou abusando.
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quinta-feira, 11 de maio de 2023 às 05:05:32

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