Debates - 9 DE FEVEREIRO DE 2023 $1ª SESSÃO ORDINóRIA DO PER�ODO ADICIONAL

Data de publicação18 Fevereiro 2023
SeçãoCaderno Legislativo
sábado, 18 de fevereiro de 2023 Diário Of‌i cial Poder Legislativo São Paulo, 133 (27) – 9
nesta coluna que está aí. Eu não sei se colocaram alguma foto
de acidente.
O correto seria você ter uma defensa metálica desta forma.
Pelo menos você iria ter menos impacto. E aqui seria uma
defensa metálica de uma estrutura já bem mais evoluída, em
que você tem uma amortização do choque. Então, fica aqui o
meu apelo, em nome dos motociclistas, que estão chamando a
atenção para um fato que vem ocorrendo por todas as nossas
rodovias.
Essas defensas metálicas: para vocês terem uma ideia, um
corpo que cai e bate nela acaba se partindo ao meio. Então,
acaba sendo um anteparo que para um carro resolve bem, mas
que para um motoqueiro complica muito. Então, se o Estado for
insistir nas defensas metálicas, que faça um segundo piso, para
que o motoqueiro não bata nessas colunas. E se possível utilizar
as tecnologias mais modernas, que estão aí.
E por último, só para terminar, deputada Janaina, me cha-
mou a atenção também que o motociclista e vereador Osni cha-
mou a atenção para a cobrança de pedágio dos motoqueiros.
Porque, quando eles param ali nas guaritas, eles são obrigados
a tirar o capacete – muitas vezes, têm que tirar a luva – para
poder fazer o pagamento. Às vezes tem óleo na pista, pode
escorregar. E tem muitos acidentes, já relatados, em que os
carros vêm e acabam abalroando a moto, causando acidente.
Já tem rodovias, como a Castello Branco, a Imigrantes, que
não cobram o pedágio dos motoqueiros. Acho que isso teria
que passar por um crivo maior. E, já que tem rodovias que não
estão fazendo essa cobrança – o motoqueiro passa ao lado –,
que possa ser instituído isso em todas as rodovias. Nós estarí-
amos evitando muitos acidentes e ainda deixando de conturbar
a já famigerada espera para fazer o pagamento do pedágio.
Muito obrigado.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a Lista Suple-
mentar de oradores inscritos no Pequeno Expediente, chamo
à tribuna o deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.)
O deputado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Carlos Cezar.
(Pausa.) Deputado Caio França. (Pausa.) E novamente o depu-
tado Carlos Giannazi, pelo prazo regimental de cinco minutos.
O SR. CARLOS GIANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas, eu
apresentei, em 2011, uma proposta de emenda constitucional,
a PEC no 15, de 2011. E ela já foi aprovada em todas as comis-
sões, já está pronta para ser votada aqui no plenário.
Ela garante a redução da jornada de trabalho - sem redu-
ção de salário, logicamente, e de nenhuma vantagem do cargo
- para servidores públicos estaduais que tenham filhos com
algum tipo de deficiência. Hoje nós já temos, inclusive, uma
lei federal que garante esse direito para os servidores federais.
O projeto que eu apresentei é de 2011 e está pronto
para ser votado. Nós tivemos agora uma decisão importante
que reforça o meu projeto, uma decisão do Supremo Tribunal
Federal. Saiu a publicação agora de um entendimento e eu,
inclusive, quero aqui repercutir uma matéria da Afpesp, que é a
Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo,
que também sempre defendeu essa proposta.
A matéria diz o seguinte: “STF é favorável à redução da
jornada para servidor que tenha filho com deficiência. A decisão
da Corte ainda não é definitiva”. Por que não é definitiva? Por-
que a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo recorreu por
meio de embargos de declaração.
O fato é que isso foi aprovado pelo Supremo Tribunal Fede-
ral agora, recentemente. “A pauta foi avaliada em sessão virtual,
entre 9 e 16 de dezembro do ano passado, com decisão plenária
por unanimidade. Na ação, com repercussão geral, o Supremo
Tribunal Federal estende aos servidores municipais e estaduais a
regra prevista na lei voltada ao serviço público federal, de modo
a garantir o direito das pessoas com deficiência”.
Continuando: “A sentença, contudo, não é definitiva. Isso
porque a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo, a PGE,
recorreu da decisão em 24 de janeiro”. Gente, isso é um absur-
do. Eu tenho dito já há muitos anos que essa PGE, essa Procura-
doria Geral do Estado sempre se manifesta contra o servidor do
estado de São Paulo. Ela incorpora a política de ódio contra os
nossos servidores, que é a política de ódio sobretudo do PSDB.
E agora também é do Tarcísio de Freitas, que vetou o nosso
projeto da aposentadoria especial para os diretores e superviso-
res de ensino da rede estadual. O projeto foi aprovado aqui na
Assembleia Legislativa recentemente por todos os deputados e
deputadas. Ele vetou com a mesma argumentação: a PGE.
A PGE incorporou, ela está viciada em prejudicar, em atacar
os direitos e a dignidade dos servidores públicos do estado de
São Paulo. Em todas as ações, ela se coloca contra. Eu não vejo
uma manifestação positiva da PGE em defesa dos nossos servi-
dores, é o tempo todo, até mesmo nesse caso.
Olha só: o Supremo decidiu, o Supremo julgou, estendeu o
benefício de uma lei federal para todos os servidores estaduais
e municipais, reforçou a nossa luta aqui na Assembleia Legis-
lativa para que a minha PEC nº 15, de 2011, fosse aprovada,
tivesse esse respaldo do Supremo Tribunal Federal. No entanto,
quem foi atrapalhar? A PGE, a Procuradoria Geral do Estado de
São Paulo, que, repito, apenas reproduz as orientações de ódio
contra os nossos servidores e as nossas servidoras.
Então isso é um absurdo. Inclusive eu já estou protocolan-
do um pedido em uma das comissões permanentes da Assem-
bleia Legislativa pedindo a convocação da procuradora geral do
estado de São Paulo, para que ela venha explicar essa política
de ódio, essa atitude nefasta, sádica e covarde que atenta con-
tra a dignidade de servidores que têm filhos com deficiência e
precisam cuidar dos seus filhos.
O nosso projeto garante que esse servidor possa ter uma
redução da sua jornada de trabalho sem prejuízo salarial para
cuidar do seu filho. É isso, é uma questão humanitária. O Supre-
mo já decidiu, mas não, a PGE, a Procuradoria Geral do Estado
de São Paulo, foi lá atrapalhar, fazer militância trevosa, nefasta,
perversa e sádica contra os nossos servidores, contra pais de
crianças com algum tipo de deficiência. Essa é a nossa PGE.
Essa orientação vem do governo, a gente sabe disso. É o
governo que orienta a PGE, mas a PGE não pode se curvar, não
pode ter esse tipo de comportamento. Nós vamos fazer uma
investigação, nós vamos tomar providências contra esse tipo
de decisão.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo aqui com a lista de
oradores inscritos de forma suplementar, chamo novamente o
deputado Dr. Raul, a princípio pelo prazo regimental de cinco
minutos, mas se V. Exa. precisar de um pouquinho mais, não
tem problema. Fique à vontade.
O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Nobre Presidente, colegas deputados e deputadas, novamente
eu queria agora chamar a atenção dos nossos entes deten-
tores das medidas do governo, e que vão liberar os recursos
financeiros, essa que é a verdade. Porque na ponta tem que ter
dinheiro, porque sem dinheiro você não faz nada, essa que é a
verdade.
Eu queria chamar atenção aqui para uma categoria que
todo mundo aplaudiu, todo mundo sentiu a grande necessidade
dessa categoria, que foram as enfermeiras, as auxiliares, os
técnicos de enfermagem, principalmente durante a pandemia.
Eu me lembro que um colega vereador pegou Covid, logo
no comecinho, e ele foi internado. A esposa me ligou e pediu
para que eu pudesse ir até lá para ver. E aquela coisa, estava
todo mundo com medo. Eu lembro que a minha esposa estava
do lado e falou assim: “mas você vai?”. Eu me senti como se eu
estivesse em um campo de batalha, como os nobres policiais,
porque têm momentos que você não tem escolha, você vai.
Você escolheu a sua profissão, e a sua profissão é exatamente
encarar esses desafios.
Nós pedimos a prorrogação, inclusive, desse concurso.
Ingressamos com uma representação no Ministério Público
Estadual, acionamos o Tribunal de Contas do Estado de São
Paulo para que o governo fizesse a chamada dos aprovados
para que nós pudéssemos colocar fim a esse processo de preca-
rização dessas contratações.
No entanto, nada foi feito, o governo se omitiu, o governo
atual também. Ao invés de pelo menos buscar uma saída digna
para esses servidores, está realizando agora um outro... um
processo seletivo simplificado por diretoria de ensino, ao invés
de tentar renovar os contratos desses servidores que estão hoje
na ativa, que terão seus contratos vencidos nos próximos dias,
alguns já venceram, cancelados por conta da própria Lei 1.093.
No entanto, a Assembleia Legislativa já voltou a funcionar
e é muito simples de se resolver isso: o governo pode enviar um
projeto de lei, prorrogamos a contratação desses servidores e
o governo pode também prorrogar o concurso por conta da....
Nós tivemos uma pandemia no Brasil, a Prefeitura prorrogou,
está chamando pessoas ainda do concurso de 2.015 por conta
da pandemia. O Estado pode também buscar essa alternativa;
há espaço para que isso ocorra, mas o governo vai fazer um
outro processo seletivo, e o mais curioso dessa – para concluir –
dessa portaria que foi publicada agora no dia 8, é que ele ainda
insiste no remanejamento, orientando as diretorias de ensino,
na prática, a retirar servidores de uma determinada escola para
cobrir uma escola que tenha menos servidor.
Primeiro que é importante que a Secretaria da Educação
saiba, acho que não está sabendo, que nós não temos nenhuma
escola talvez na rede estadual, ou quase nenhuma, na verdade,
com o módulo completo. Esses servidores não existem nessa
quantidade nas escolas. É muito difícil achar uma escola com
módulo completo, porque os salários são extremamente baixos
e os servidores não ficam, são poucos que ficam, principalmen-
te os contratados.
Então nós queremos exigir aqui da tribuna da Assembleia
Legislativa a realização de concurso público para os agentes de
organização escolar, a continuação da chamada do concurso de
2.018. Existe um debate que pode ser realizado e uma alterna-
tiva por conta da pandemia e a prorrogação dos contratos já
feitos que vencem agora, que já venceram ou estão vencendo.
Tudo isso é possível havendo o interesse político.
A Assembleia Legislativa já pode fazer as votações neces-
sárias para resolver essa gravíssima situação que tem preju-
dicado imensamente a rede estadual de ensino, e sobretudo
os nossos colegas servidores, agentes de organização escolar,
que têm os salários mais baixos do Estado, que são golpeados
constantemente pela própria Seduc, são enganados, passados
para trás o tempo todo.
Então é inconcebível. E são servidores importantíssimos no
funcionamento das nossas escolas, porque são eles que abrem
as escolas, fecham as escolas, eles cuidam dos alunos, dos pron-
tuários dos alunos, dos pagamentos dos professores.
A responsabilidade desses servidores é enorme. Então faço
essa exigência ao governo estadual, ao secretário da Educação
e ao governador Tarcísio. E gostaria que as cópias do meu
pronunciamento fossem enviadas ao governador, Tarcísio de
Freitas, e também ao secretário de Educação.
Muito obrigado, Sra. Presidente.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Solicito à Assessoria que encaminhe
a fala do parlamentar ao Sr. Governador, Tarciso de Freitas, e
também ao senhor secretário da Educação.
Seguindo com a lista dos oradores inscritos no Pequeno
Expediente, chamo à tribuna o nobre deputado Coronel Nishi-
kawa. (Pausa.) Deputado Marcos Damasio. (Pausa.) Deputada
Janaina Paschoal, sigo na Presidência, não farei uso da palavra.
Deputado Sebastião Santos. (Pausa.) Deputada Daniela Braga.
(Pausa.) Deputada Valeria Bolsonaro. (Pausa.) Deputado Reinal-
do Alguz. (Pausa.) Deputado Frederico d’Avila. (Pausa.) Depu-
tada Professora Bebel. (Pausa.) Deputado Tenente Nascimento.
(Pausa.) Deputado Conte Lopes. (Pausa.) Deputado Rodrigo
Moraes. (Pausa.) Deputada Leci Brandão. (Pausa.) Deputado
Jorge Wilson Xerife do Consumidor. (Pausa.) Deputada Marta
Costa. (Pausa.)
Encerrada a lista principal de oradores inscritos, abro a
lista suplementar, chamando à tribuna o nobre deputado Itamar
Borges. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Deputado
Dr. Raul. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco
minutos.
O SR. DR. RAUL - PODE - SEM REVISÃO DO ORADOR -
Nobre presidenta deputada Janaina, nobres colegas deputados
e deputadas. Eu gostaria de fazer uso... Uma boa tarde a todos,
primeiramente.
Gostaria de fazer uso – começando a minha fala – eu gos-
taria de ler um texto. Semana passada, eu fiz uma homenagem
ao ex-deputado Roberto Purini. Ele tem... a família acabou
enviando um texto para mim, que foi a última coisa que ele
escreveu. Achei uma coisa bastante interessante.
Porque eu acho muito legal... duas coisas que me chamam
bastante a atenção quando se tem alguém com mais idade,
você senta e começa a ouvir. É uma coisa bonita de ver. Quando
eu era vereador, eu criei, em Bauru, a Medalha Sebastião Paiva,
exatamente para isso, para você homenagear aquelas pessoas
que Deus conseguiu fazer com que eles chegassem aos 100
anos de idade.
A exemplo do que a rainha da Inglaterra fazia, quando os
seus súditos conseguem chegar aos 100 anos de idade, rece-
biam da rainha da Inglaterra, agora provavelmente do rei, um
telegrama parabenizando a pessoa de ter conseguido chegar
aos 100 anos de idade. E a Medalha Sebastião Paiva foi uma
honraria criada exatamente para isso.
Na época, existiam 34 pessoas, na cidade de Bauru, com
100 anos de idade. E a coisa mais bonita que tem é você ver a
família toda reunida, os netos, os bisnetos, e dar a palavra para
uma pessoa dessa. Vocês não têm ideia de quanta coisa bonita
sai. Eu gostaria de ler então o que ele disse assim:
“Se eu morresse amanhã, o que diriam os que, no convívio,
me acompanharam? ‘Homem de fé, correto, cumpridor dos seus
deveres’. E outros tantos, que comigo não viveram, talvez acele-
rassem: professor, advogado, jornalista, e outros afazeres. E eu
me pergunto: deixaria algum legado?
Casei-me há 57 anos, constituí família, aprendi, legislei,
ensinei, vida pública, sonhei, plantei árvores, cozinhei, fiz poe-
sias. Dezenas de vezes, laureado por serviços prestados. E ao
próximo sempre amei, respeitei e não julguei. Quatro filhos:
Roberta, Renata, Roberto e Renato. Todos criados com muito
amor. São os meus sucessores. Também dois netos, o Filipe e a
Isadora, muito queridos. É um fato.
A palavra do Mestre, sempre proclamei e as vivenciei.
Enfim, o que será que diria o meu Criador? Provavelmente,
iria dizer: ‘Sei quem foi, conheci-o muito bem. E sempre o
abençoei’.”
Eu volto agora novamente ao início: “o que diriam os que,
no convívio, me acompanharam?”. Deputado Roberto Purini, eu
diria, e agora eu digo, em nome de Bauru e da minha família:
muito obrigado. Então, fica aqui minha última homenagem ao
deputado Roberto Purini.
Eu gostaria de puxar um tema aqui: agora cedo, eu fiz uma
reunião com diversos vereadores, que vieram das mais diversas
cidades. Vieram o vereador Osni, que é o presidente da Câmara
de Piratininga, o vereador Paulo Edvan, de Agudos, e os vere-
adores Tiago e Luiz, de Cafelândia, que pertencem também ao
Podemos. E começamos a fazer algumas discussões.
O Osni é motociclista. E me trouxe um problema sério, que
são as defensas metálicas que estão nas nossas rodovias. Não
sei se a TV Alesp tem condição de projetar. Aqui: isto é uma
defensa metálica, que se apresenta na maior parte das nossas
pistas. O motoqueiro, quando cai da moto, vai com o corpo
PEQUENO EXPEDIENTE
* * *
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Presen-
te o número regimental de Sras. Deputadas e Srs. Deputados,
sob a proteção de Deus, iniciamos os nossos trabalhos. Esta
Presidência dispensa a leitura da Ata da sessão anterior e
recebe o expediente. Imediatamente, dou por aberto o Pequeno
Expediente, iniciando a leitura dos oradores inscritos neste dia
9 de fevereiro, chamando à tribuna o nobre deputado Paulo Fio-
rilo. (Pausa.) Deputado Dr. Raul. (Pausa.) Deputada Maria Lúcia
Amary. (Pausa.) Deputado Edson Giriboni. (Pausa.)
Deputado Agente Federal Danilo Balas. (Pausa.) Deputado
Rafael Silva. (Pausa.) Deputado Castello Branco. (Pausa.) Depu-
tado Delegado Olim. (Pausa.) Deputado Edmir Chedid. (Pausa.)
Deputado Itamar Borges. (Pausa.) Deputada Carla Morando.
(Pausa.) Deputado Carlos Cezar. (Pausa.) Deputado Caio Fran-
ça. (Pausa.) Deputado Dr. Jorge do Carmo. (Pausa.) Deputado
Major Mecca. Vossa Excelência tem o prazo regimental de cinco
minutos.
O SR. MAJOR MECCA - PL - SEM REVISÃO DO ORADOR
- Boa tarde, Sra. Presidente, a todos os nossos irmãos funcioná-
rios da Assembleia Legislativa, que nos dão suporte ao trabalho
parlamentar, os meus irmãos policiais militares aqui, os policiais
civis, a todos os que nos acompanham pela TV Alesp. Essa
semana nós falávamos aqui, acompanhando até uma fala do Dr.
Raul, a respeito da situação dos funcionários públicos, questão
de saúde, citei aqui uma reunião que tive com o Comando da
Polícia Militar a respeito do Hospital da Polícia Militar.
Como é comum no estado de São Paulo, os problemas,
parece, que só tomam proporção e a conta fica para os usu-
ários, fica para o povo do estado de São Paulo, fica para o
cidadão de bem trabalhador. Neste momento, novamente os
nossos policiais militares e os seus familiares estão extrema-
mente apreensivos. Venho recebendo inúmeras mensagens e
telefonemas no meu gabinete, no meu telefone particular, a
respeito de uma nota que foi lançada pelo Hospital Cruz Azul
desde ontem à noite, falando que o Hospital deixaria de receber
usuários vindos do Cruz Azul Saúde. Isso gerou um desconforto
e um temor para todos os familiares de policiais militares que
pagam esse convênio.
Eu quero esclarecer a todos que, por meio do meu gabine-
te, hoje pela manhã, nós oficiamos a diretoria do Hospital Cruz
Azul do convênio Cruz Azul Saúde para que eles deem explica-
ções a todos vocês do que está acontecendo dentro do Hospital
Cruz Azul e dentro desse referido convênio. Para quem não
conhece o Hospital Cruz Azul: ele se sustenta com um recurso
que é descontado do salário de cada policial militar todo mês.
Qual é o valor desse desconto? Dois por cento do padrão que
recebe o policial.
As dificuldades são enormes, por quê? Há 28 anos o poli-
cial militar não tem reajuste salarial. Então as perdas infla-
cionárias do operador de Segurança Pública, dos policiais, em
São Paulo, são enormes, ultrapassam 80% quando essa conta
é realizada. Então esse desconto também, esse recurso que é
destinado ao Hospital Cruz Azul para atender os familiares dos
policiais militares acaba sendo pequeno, porque utensílios e
insumos hospitalares para pagar médico, enfermeiro e toda a
equipe para trabalhar no hospital, tudo subiu, o preço está lá
em cima. O senhor pode dizer melhor a respeito disso, né?
Então, o atendimento dos nossos familiares está bastante
precário e o hospital passa por uma dificuldade grande. Ontem
à noite eu liguei, conversei com o comandante geral da Polícia
Militar, o coronel Cássio, que junto com o coronel Freixo, o sub-
comandante, já está adotando medidas para que esse problema
seja solucionado até o final do mês de fevereiro, e o Hospital
Cruz Azul não deixe de atender os familiares e policiais milita-
res e até mesmo policiais militares que pagam esse convênio
Cruz Azul Saúde.
Nós estamos aqui no gabinete, toda a equipe empenha-
da e acompanhando esse problema pari passu para que as
consequências não recaiam sobre os policiais militares e seus
familiares, porque já não basta o flagelo que nós vivemos no
estado de São Paulo junto aos nossos policias por questões
financeiras, de assistência médica, questão de Saúde, o nosso
pessoal tem ainda mais esse problema a ser resolvido, tem mais
essa dificuldade.
Então quero deixar um recado a todos: que nós estamos
acompanhando, o comando da Polícia Militar já interveio na
questão e isso será resolvido, estamos acompanhando. Um
grande abraço a todos e contem com o nosso trabalho parla-
mentar, aqui, para cobrar o governo, cobrar todos os órgãos que
devem prestar serviço ao povo do estado de São Paulo.
Muito obrigado, Sra. Presidente, muito obrigado a todos.
A SR. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Seguindo com a lista dos oradores
inscritos no Pequeno Expediente, chamo à tribuna o nobre
deputado Carlos Giannazi, que terá o prazo regimental de cinco
minutos.
O SR. CARLOS GINANNAZI - PSOL - SEM REVISÃO DO
ORADOR - Sra. Presidente, Srs. Deputados, Sras. Deputadas,
telespectador da TV Assembleia, ontem foi publicada uma
portaria da CGRH, da Secretaria da Educação, Portaria nº 4, que
trata de procedimentos referentes ao processo seletivo simpli-
ficado para a contratação de agentes de organização escolar.
É um absurdo isso, Srs. Deputados e Deputadas, porque
os agentes de organização escolar, os servidores do quadro de
apoio escolar, que a gente classifica em QAE e QSE, são os mais
afetados pela política de ódio do governo estadual. São aqueles
que estão recebendo há muitos anos os piores salários, que têm
os salários mais arrochados e defasados, talvez de todo o fun-
cionalismo público estadual. Eles não conseguem ganhar nem o
salário mínimo de tão grave que é a situação.
Sem contar os golpes que receberam dos últimos governos,
foram vítimas de vários golpes: do golpe do abono Fundeb,
que não chegou até hoje para esses servidores, da dificuldade
da evolução na carreira, da progressão, do reenquadramento,
e isso nós já denunciamos exaustivamente aqui na Assembleia
Legislativa. Já realizamos audiências públicas e nada foi feito
até agora, mas essa portaria representa também esse descaso
porque nós temos servidores que estão trabalhando hoje por-
que foram contratados pela Lei nº 1.093.
Esses contratos estão vencendo, e a nossa luta é para
que haja, pelo menos até a chamada do concurso, que é o
ideal... Nós defendemos o ingresso na carreira do magistério
e no funcionalismo público como um todo através do concurso
público, de provas e títulos como determina a Constituição
Federal, a nossa Constituição Estadual também. A contratação
feita por uma lei como essa, nº 1.093, deveria ser uma exceção,
deveria ser usada só em caso de extrema urgência. O correto é
o governo realizar periódicos concursos públicos para todas as
áreas para que os servidores não fiquem reféns dessa situação
de quarentena, duzentena, de interrupção dos contratos. Isso
prejudica não só o servidor, mas a prestação de serviço público
de qualidade para toda a nossa população.
E nesse caso quem paga a conta, além do servidor, é a
educação, são os nossos alunos, as nossas crianças, os nossos
jovens, os nossos adolescentes que estudam na rede pública
de ensino porque esses profissionais que eu citei, os agentes de
organização escolar têm uma função muito importante dentro
das nossas escolas. São educadores também, são educadoras,
e é muito importante que eles tenham estabilidade, que eles
sejam concursados.
No entanto, o governo, ao invés de realizar concursos, de
chamar os aprovados, nós temos aproximadamente 16 mil
vagas, cargos vagos nessa área do QAE. E o governo... nós
tínhamos um concurso até agora vigente, e o governo não fez
as chamadas adequadas, não chamou em número suficiente
para preencher.
serem vitimadas aí por catástrofes climáticas, evidentemente,
fenômenos da natureza.
As pessoas, muitas vezes, moram de forma irregular, por
falta de alternativas. Moram na beira do córrego, moram nas
encostas, moram em áreas que, evidentemente, não são locais
adequados e apropriados para se estar, conviver com a sua
família, mas a falta de políticas públicas, a falta de investimento
na Habitação, a falta de condições para que as pessoas...
E eu não acredito que as pessoas que moram nessas condi-
ções tenham a casa em uma área regularizada e morem ali por
opção. Não acredito nisso, porque nós temos um déficit habita-
cional muito grande no estado de São Paulo - no Brasil, como
um todo, mas em especial no estado de São Paulo.
Foi aprovado nesta Casa, neste plenário, um projeto de
minha autoria que tem esse espírito de autorizar o estado de
São Paulo a criar um programa de remoção segura, protetiva
e humanizada para evitar que cenas como as que a gente tem
visto todo ano se repitam.
De ontem para hoje, choveu bastante. Hoje, amanheceu,
em algumas cidades, em especial o município de Franco da
Rocha, novamente... No ano passado, aconteceu uma catástrofe
lá, pessoas morreram; acho que, salvo melhor juízo, 18 pessoas
vieram a óbito. De ontem para hoje, a cidade estava totalmente
inundada, totalmente cheia de lama. Graças a Deus, não acon-
teceu, desta vez, nenhuma fatalidade, mas é fruto novamente
dos problemas que o nosso Estado tem de falta de um progra-
ma que possa garantir que a gente evite cenas como essas todo
ano, todo período de chuvas.
Por isso, eu vim nesta tribuna para fazer um apelo ao
governador, que ainda não se manifestou sobre esse projeto,
evidentemente, porque tem uma lista que ele está seguindo a
sequência, que foi aprovada aqui. Mas eu quero fazer um apelo
para que o governador, a assessoria técnico-jurídica, mas em
especial o governador, porque ele é o detentor da possibilidade
de sancionar ou de vetar, que pense um pouco no que está
acontecendo no nosso Estado e no que acontece todos os anos.
Um estado como São Paulo, com um Orçamento que foi
aprovado aqui por nós - votamos contrário, mas foi aprovado
pelos parlamentares aqui -, um Orçamento de 317 bilhões.
Portanto, o segundo maior orçamento do nosso País, depois da
União, é do estado de São Paulo. Não é possível que a gente
veja cenas como essa se repetirem.
Por isso, faço um apelo aqui ao governador: que sancione
esse projeto para que ele se torne lei, para que se crie esse
programa, para que, no próximo ano, no final deste ano, no
começo do próximo ano, a gente mitigue essas situações. O
estado de São Paulo tem as condições de mitigar cenas como
essa, para que a gente evite que muitas pessoas também per-
cam suas vidas.
Esse é o espírito do projeto. Esse é o espírito, a intenção, o
que o legislador estava pensando quando apresentou esse pro-
jeto de lei. Graças a Deus, eu tive aqui a aprovação dos pares,
por isso, eu quero, mais uma vez, pedir ao governador que olhe
com carinho e que olhe para essas cenas que se repetem todos
os anos no nosso Estado.
Não permitamos, em um estado tão rico como o nosso
Estado, com a grandeza que ele tem, com as riquezas que nós
temos, que as pessoas percam suas vidas, seus pertences. E que
possamos evitar que essas cenas se repitam nos próximos anos.
Por isso, quero concluir dizendo da minha alegria de poder
ter apresentado um projeto dessa natureza, com esse espírito,
com esse propósito. Eu tinha outros projetos para colocar em
votação mas escolhi este com esse propósito mesmo, exata-
mente por conta do período, para que a gente tivesse uma
política definida com esse propósito, evitando cenas lastimáveis
que ainda poderão acontecer, infelizmente. O período de chuvas
vai continuar até março. A gente sabe que tem chuvas de verão
ainda, mas que a gente possa, nos próximos anos, não ter mais
situações como essas que a gente já viu aqui no estado de São
Paulo.
Muito obrigado, Sra. Presidenta.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - Nós
agradecemos, Sr. Deputado. Cumprimentamos V. Exa. pela
importante pauta levantada.
O SR. JORGE LULA DO CARMO - PT - Presidenta, se não
houver oradores inscritos – não sei se ainda há oradores inscri-
tos – e havendo acordo de lideranças, eu pediria o levantamen-
to da presente sessão.
A SRA. PRESIDENTE - JANAINA PASCHOAL - PRTB - É
regimental. Sras. Deputadas, Srs. Deputados, havendo acordo
de lideranças, esta Presidência, antes de dar por levantados os
nossos trabalhos, convoca V. Exas. para a sessão ordinária de
amanhã, à hora regimental, sem Ordem do Dia.
Um excelente fim de dia a todos, uma boa noite e até
amanhã.
Está levantada a presente sessão.
* * *
- Levanta-se a sessão às 15 horas e 36 minutos.
* * *
9 DE FEVEREIRO DE 2023
7ª SESSÃO ORDINÁRIA DO PERÍODO
ADICIONAL
Presidência: JANAINA PASCHOAL
RESUMO
PEQUENO EXPEDIENTE
1 - JANAINA PASCHOAL
Assume a Presidência e abre a sessão.
2 - MAJOR MECCA
Por inscrição, faz pronunciamento.
3 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
4 - DR. RAUL
Por inscrição, faz pronunciamento.
5 - CARLOS GIANNAZI
Por inscrição, faz pronunciamento.
6 - DR. RAUL
Por inscrição, faz pronunciamento.
7 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Endossa o pronunciamento do deputado Dr. Raul.
Cumprimenta Lucas Bove, eleito deputado estadual no
último pleito eleitoral, presente no plenário.
8 - CONTE LOPES
Por inscrição, faz pronunciamento.
9 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Corrobora o pronunciamento do deputado Conte Lopes.
Manifesta-se contra a doação de recursos financeiros para
usuários de entorpecentes. Alega que a prática favorece o
tráfico de drogas.
10 - CONTE LOPES
Para comunicação, faz pronunciamento.
11 - CONTE LOPES
Solicita o levantamento da sessão, por acordo de
lideranças.
12 - PRESIDENTE JANAINA PASCHOAL
Defere o pedido. Convoca os Srs. Deputados para a sessão
ordinária do período adicional do dia 10/02, à hora
regimental, sem Ordem do Dia. Levanta a sessão.
* * *
- Assume a Presidência e abre a sessão a Sra. Janaina
Paschoal.
* * *
- Passa-se ao
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sábado, 18 de fevereiro de 2023 às 05:06:18

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