Decisão Monocrática nº 50005954720168210080 Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Oitava Câmara Criminal, 05-07-2022

Data de Julgamento05 Julho 2022
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça do RS
Classe processualApelação
Número do processo50005954720168210080
Tipo de documentoDecisão monocrática
ÓrgãoOitava Câmara Criminal

PODER JUDICIÁRIO

Documento:20002299681
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

8ª Câmara Criminal

Avenida Borges de Medeiros, 1565 - Porto Alegre/RS - CEP 90110-906

Apelação Criminal Nº 5000595-47.2016.8.21.0080/RS

TIPO DE AÇÃO: Furto Qualificado (Art. 155, § 4º)

RELATOR(A): Des. LEANDRO FIGUEIRA MARTINS

APELANTE: CASIMIRO DE MEDEIROS (RÉU)

APELADO: MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL (AUTOR)

EMENTA

APELAÇÃO CRIMINAL. CRIME CONTRA O PATRIMÔNIO. FURTO TENTADO. EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO.

De acordo com o disciplinado no artigo 109, inciso VI, do CP, tendo decorrido prazo superior a 3 (três) anos entre a data da publicação da sentença condenatória e a presente, configurou-se, a partir do consignado no artigo 117, inciso IV, do CP, a prescrição da pretensão punitiva pela pena em concreto, devendo ser extinta a punibilidade (artigo 107, inciso IV, do CP).

EXTINTA A PUNIBILIDADE PELA PRESCRIÇÃO. MÉRITO PREJUDICADO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

I - O MINISTÉRIO PÚBLICO ofereceu denúncia contra CASIMIRO DE MEDEIROS, afirmando estar incurso nas sanções do artigo 155, § 4º, incisos I e II, combinado com o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal (CP), pela prática do seguinte fato descrito na denúncia (processo 5000595-47.2016.8.21.0080/RS, evento 3, PROCJUDIC1, fls. 2/4):

"No dia 19 de março de 2016, por volta das 18h30min, na Linha Borguetto, no Município de Arroio do Meio/RS, nas dependências da residência da vítima Claudete Bortoncello, o DENUNCIADO deu início ao ato de subtrair, para si ou para outrem, mediante rompimento de obstáculo e escalada, coisas alheias móveis consistentes em: 01 (uma) mochila Mormay, cor preta e cinza, 01 (um) notebook marca Acer, 02 (duas) máquinas fotográficas e 02 (dois) aparelhos celulares (fl. 04). O crime não se consumou por circunstâncias alheias à vontade do agente, qual seja a intervenção de terceiros, que avistaram o ACUSADO na posse destes objetos, com o intuito de subtraí-los, o abordaram e o perseguiram durante a fuga.

Naquela oportunidade, o DENUNCIADO, aproveitando-se da vigilância diminuída do local, deslocou-se até a residência da vítima e mediante escalada e o rompimento de uma janela, a qual foi entortada e quebrado o vidro (fotos das fls. 28/31), adentrou no dormitório da residência. Ato contínuo, separou os objetos supramencionados no interior da mochila. O ACUSADO ao ser surpreendido por terceiros, empreendeu fuga, abandonando a res furtivae no local.

O DENUNCIADO foi reconhecido pelas testemunhas Douglas Bortoncello Botassoli, Walter Bortoncello e Milton Bortoncello, consoante autos de reconhecimento de pessoa por foto das fls. 10, 11 e 27 do IP.

O ACUSADO é reincidente específico, consoante folha de antecedentes criminais das fls. 42/43 dos autos".

Recebida a denúncia em 26/08/2016 (processo 5000595-47.2016.8.21.0080/RS, evento 3, PROCJUDIC1, fl. 50, e PROCJUDIC2, fl. 1) e produzida a prova, a pretensão, nos seguintes termos, foi julgada parcialmente procedente (processo 5000595-47.2016.8.21.0080/RS, evento 3, PROCJUDIC2, fls. 40/44):

"Ante ao exposto, JULGO PARCIALMENTE PROCEDENTE a denúncia para CONDENAR o denunciado CASIMIRO DE MEDEIROS como incurso nas sanções do art. 155, caput, na forma do art. 14, inciso II, ambos do Código Penal.

Passo à individualização da pena.

O sentenciado é pessoa pobre e trata-se de crime contra o patrimônio sem o emprego de violência ou grave ameaça, sendo que a culpabilidade (grau de reprovação de sua conduta) não é exacerbada. O denunciado apresenta vários antecedentes criminais Não há informações significativas nos autos sobre a personalidade e a conduta social. O motivo é o normal ao tipo penal, qual seja, a obtenção de proveito patrimonial. As consequências não foram graves. Não há circunstâncias relevantes. A vítima não contribuiu para a ação delituosa.

Assim, tendo presente que os critérios judiciais do art. 59 do Código Penal são levemente...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT