Decisão Monocrática nº 51236805820228217000 Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Décima Oitava Câmara Cível, 18-07-2022

Data de Julgamento18 Julho 2022
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça do RS
Classe processualAgravo de Instrumento
Número do processo51236805820228217000
Tipo de documentoDecisão monocrática
ÓrgãoDécima Oitava Câmara Cível

PODER JUDICIÁRIO

Documento:20002441898
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

18ª Câmara Cível

Avenida Borges de Medeiros, 1565 - Porto Alegre/RS - CEP 90110-906

Agravo de Instrumento Nº 5123680-58.2022.8.21.7000/RS

TIPO DE AÇÃO: Bancários

RELATOR(A): Des. NELSON JOSE GONZAGA

AGRAVANTE: IRLANE VERA BUZATO MENDONÇA

AGRAVADO: BANCO DO BRASIL S/A

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO ORDINÁRIA INDENIZATÓRIA. GRATUIDADE JUDICIÁRIA. INDEFERIMENTO.

PARA A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE JUDICIÁRIA, É INDISPENSÁVEL QUE O REQUERENTE NÃO POSSUA CONDIÇÕES DE ARCAR COM AS DESPESAS PROCESSUAIS SEM PREJUÍZO DO SEU PRÓPRIO SUSTENTO OU DE SUA FAMÍLIA.
HIPÓTESE EM QUE NÃO FICOU COMPROVADA A CARÊNCIA FINANCEIRA, POIS A PROVA DOCUMENTAL ACOSTADA AO PROCESSO COMPROVA QUE A RECORRENTE RECEBE MENSALMENTE VALOR SUPERIOR A CINCO SALÁRIOS MÍNIMOS.

MANUTENÇÃO DA DECISÃO MONOCRÁTICA.

NEGADO PROVIMENTO AO RECURSO, POR DECISÃO MONOCRÁTICA.

DECISÃO MONOCRÁTICA

I - Relatório.

IRLANE VERA BUZATO MENDONÇA interpôs agravo de instrumento contra a decisão que, nos autos da ação ordinária movida contra BANCO DO BRASIL S/A, indeferiu o beneficio da gratuidade anteriormente concedido à parte autora, acolhendo a impugnação oposta pela instituição financeira.

Segue teor da decisão:

"Os documento juntados comprovam que a autora percebe rendimentos mensais superiores a cinco salários-mínimos, razão pela qual revogo o benefício da JG concedido na inicial.

Recolha as custas."

Em suas razões, sustentou que, embora perceba rendimentos equivalentes a 5,02 salários mínimos, é pessoa idosa de 76 anos, e possui custo de vida extraordinários. Ressaltou que, além dos critérios objetivos, devem ser ponderados os critérios subjetivos para a análise da concessão do benefício. Asseverou que está endividada, e por culpa da ré se viu obrigada a aderir um empréstimo junto à CEF. Ressaltou que possui ainda outros três empréstimos para manter os custos de vida. Afirmou que está caracterizada a sua hipossuficiência financeira, que está alicerçada na sua idade avançada, situação em que são presumidos os gastos elevados. Referiu que não há exigência de miserabilidade ou indigência para a concessão da gratuidade, bastando mera afirmação, conforme o novo Código de Processo Civil. Pugna pela concessão de efeito suspensivo ao recurso e, ao final, pelo seu provimento.

É o relatório.

II - Fundamentação.

Cuida-se de agravo de instrumento interposto contra a decisão que revogou o benefício da gratuidade à parte agravante, nos autos da ação ordinária que move contra a parte agravada.

Alega a agravante que percebe rendimentos equivalentes a 5,02 salários mínimos mensais, verba que estaria dentro dos parametros...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT