Decisão Monocrática nº 51434803820238217000 Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, Décima Segunda Câmara Cível, 24-05-2023

Data de Julgamento24 Maio 2023
ÓrgãoDécima Segunda Câmara Cível
Classe processualAgravo de Instrumento
Número do processo51434803820238217000
Tribunal de OrigemTribunal de Justiça do RS
Tipo de documentoDecisão monocrática

PODER JUDICIÁRIO

Documento:20003823375
Poder Judiciário
Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul

12ª Câmara Cível

Avenida Borges de Medeiros, 1565 - Porto Alegre/RS - CEP 90110-906

Agravo de Instrumento Nº 5143480-38.2023.8.21.7000/RS

TIPO DE AÇÃO: Transporte de coisas

RELATOR(A): Des. OYAMA ASSIS BRASIL DE MORAES

AGRAVANTE: FUTMED TRANSPORTES RODOVIARIOS LTDA

AGRAVADO: C.S. MENDES TRANSPORTES LTDA

AGRAVADO: YARA BRASIL FERTILIZANTES S/A

EMENTA

AGRAVO DE INSTRUMENTO. TRANSPORTE DE COISAS. VALE-PEDÁGIO. INSURGÊNCIA CONTRA INDEFERIMENTO DA AJG PARA PESSOA JURÍDICA. DOCUMENTOS JUNTADOS QUE NÃO BASTAM PARA JUSTIFICAR A CONCESSÃO DO BENEFÍCIO PLEITEADO. AUSÊNCIA DE PROVA CONTUNDENTE A AMPARAR A PRETENSÃO AO BENEFÍCIO.

AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO.

DECISÃO MONOCRÁTICA

FUTMED TRANSPORTES RODOVIÁRIOS LTDA interpõe agravo de instrumento contra decisão que, nos autos da ação de reparação de danos, indeferiu a concessão da gratuidade judiciária, nos seguintes termos:

Vistos.

A concessão da assistência judiciária gratuita para pessoa jurídica é medida excepcional. Cito, nesse mesmo sentido, precedente do TJRS:

AGRAVO DE INSTRUMENTO. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO ORDINÁRIA. PESSOA JURÍDICA. GRATUIDADE DA JUSTIÇA. DEFERIMENTO. A CONCESSÃO DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA, APESAR DE NÃO SER VEDADA ÀS PESSOAS JURÍDICAS, APENAS EM HIPÓTESES EXCEPCIONAIS ENCONTRA GUARIDA. OU SEJA: A REGRA É A SUA NÃO-CONCESSÃO, SALVO PROVA CABAL DA NECESSIDADE DO BENEFÍCIO. NESSA LINHA, OS TERMOS DA SÚMULA Nº 481 DO STJ. HIPÓTESE EM QUE A PARTE AGRAVANTE COMPROVA A EFETIVA NECESSIDADE DO BENEFÍCIO, POIS A DOCUMENTAÇÃO ACOSTADA DEMONSTRA A IMPOSSIBILIDADE DE CUSTEAR AS DESPESAS DO PROCESSO. AGRAVO DE INSTRUMENTO DESPROVIDO. (AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 70074514480, DÉCIMA SÉTIMA CÂMARA CÍVEL, TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RS, RELATOR: MARTA BORGES ORTIZ, JULGADO EM 08/09/2017)

Assim, por se tratar de medida excepcional, deve estar claramente demonstrada a impossibilidade financeira da Pessoa Jurídica de arcar com as custas processuais, conforme dispõe a Súmula nº 481 do Superior Tribunal de Justiça:

Faz jus ao benefício da justiça gratuita a pessoa jurídica com ou sem fins lucrativos que demonstrar sua impossibilidade de arcar com os encargos processuais.

No caso dos autos, verifico que a demandante acostou documento que não possui o condão de demonstrar a alegada hipossuficiência, já que, além de ter apresentado um balancete desatualizado (2021) demonstrou um patrimônio líquido de R$ 165.348,98 (evento 6, OUT2).

Sendo assim, considerando o montante referente às custas iniciais (R$ 563,80) entendo que não encontra-se suficientemente comprovada a hipossuficiência da parte autora em arcar com as custas.

Dessa forma, INDEFIRO o pedido de gratuidade judiciária à parte demandante.

Ademais, nos termos da última decisão, defiro o parcelamento das custas iniciais em 02 parcelas mensais e sucessivas.

Intime-se para que, no prazo de 15 dias, recolha as custas iniciais ou a primeira parcela do parcelamento concedido (sendo a segunda parcela após decorridos 30 dias), sob pena de cancelamento da distribuição.

Sustenta que o pedido vem amparado por farta prova documental, considerando que trouxe aos autos todos os documentos que tinha ao seu...

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT