Diário Oficial Estado de Pernambuco Poder Executivo Recife, terça-feira, 12 de novembro de 2019Ano XCVI • N0 216 CERTIFICADO DIGITALMENTE Paulo Câmara faz balanço das ações no litoral para comissão do Senado Praias pernambucanas que foram atingidas pelo óleo estão próprias para o banho Governador se reuniu com parlamentares para relatar o trabalho desenvolvido em Pernambuco para comb...

Data de publicação12 Novembro 2019
Número da edição216
SeçãoPoder Executivo
Poder Executivo
Ano XCVI • Nº 216 Recife, 12 de novembro de 2019
CERTIFICADO DIGITALMENTE
Diário
Oficial
Estado de Pernambuco
Poder Executivo Recife, terça-feira, 12 de novembro de 2019
Ano XCVI • N0 216
CERTIFICADO DIGITALMENTE
Paulo Câmara faz balanço das ações
no litoral para comissão do Senado
Praias pernambucanas que foram atingidas
pelo óleo estão próprias para o banho
Governador se reuniu com parlamentares para relatar o trabalho desenvolvido
em Pernambuco para combater efeitos do desastre ambiental.
O
g
overnador Paulo
Câmara, ao lado do
secretário estadual de
Meio Ambiente e Sustentabili-
dade José Bertotti, recebeu, na
última sexta-feira (8), a comis-
são especial de senadores que
monitora o vazamento de óleo
nas praias do Nordeste. Estive-
ram no Palácio do Campo das
Princesas os senadores Fabia-
no Contarato (ES), Jean-Paul
Prates (RN), Randolfe Rodri-
gues (AP) e Humberto Costa
(PE), além de representantes
da bancada na Câmara Federal,
como os deputados João Cam-
pos, Carlos Veras e João Daniel
(SE). No encontro, Paulo Câ-
mara fez um balanço das ações
do Governo Estadual para dar
combate ao desastre ambiental
provocado pelo derramamento
de óleo no litoral.
De acordo com José
Bertotti,
o governador apre-
sentou as iniciativas que vêm
sendo desenvolvidas no Esta-
do desde o dia 2 de setembro,
momento-chave em que se
descobriu que o óleo que atin-
giu o litoral de Pernambuco
não era o mesmo do vazamen-
to da Refinaria Abreu e Lima.
“Nesse momento, solicitamos
ao Ibama e à Capitania provi-
dências para que de imediato o
Plano Nacional de Contingên-
cia fosse colocado em prática”,
afirmou Bertotti, que criticou a
demora de resposta do Gover-
no Federal e a falta de identifi-
cação concreta desse caso.
“Da nossa parte, pudemos
documentar, entregamos uma
pasta com todos os ofícios
que foram feitos pelo Estado:
à Marinha, ao Ministério do
Meio Ambiente, ao Ministério
da Defesa e à Agência Nacio-
nal de Petróleo. E levantamos
as questões que são mais im-
portantes em nossa opinião. A
primeira medida, o Governo
Federal só tomou 37 dias de-
pois, fazendo com que uma
comissão fosse instaurada para
identificar a fonte do vazamen-
to. Infelizmente, até o momen-
to não temos uma informação
precisa de qual é a fonte do
vazamento”, lamentou o secre-
tário de Meio Ambiente, que
seguiu falando sobre as ações
do Governo Estadual.
“Temos equipes mobiliza-
das em todas as praias atingi-
das, fazendo monitoramento
principalmente das áreas mais
sensíveis, que são 14, bem
como os estuários que foram
afetados, nossos arrecifes e
nossos corais. Existem equi-
pes de mergulhadores fazendo
ações para retirada do mate-
rial, coleta de água, coleta de
análise, para dar mais tranqui-
lidade à população”, acrescen-
tou Bertotti.
Para o senador Humberto
Costa, os esforços desenvol-
vidos pelas comunidades, pre-
feituras e Governo do Estado
merecem destaque. “Por parte
do Governo Federal, houve
apenas um esforço maior da
parte da Marinha. Em relação
à produção de informações ou
a um empenho mais efetivo
por parte dos órgãos nacionais,
isso foi muito pouco. Particu-
larmente, do Ministério do
Meio Ambiente. Faltam infor-
mações, faltam documentos
oficiais, falta o apoio para que
esse trabalho venha ser feito, e
principalmente, faltam medi-
das que possam minimizar o
drama, para além do desastre
ambiental, que é a precarieda-
de da situação econômica das
comunidades que sobrevivem
tanto das atividades de pesca
quanto do turismo”, argumen-
tou o parlamentar.
Humberto Costa comentou
ainda as ações futuras que de-
verão ser empenhadas em Bra-
sília pela comissão. “Vamos
levar primeiro essa avaliação
de uma subestimação por par-
te do Governo Federal do que
aconteceu e também propostas
para que haja socorro urgente
e imediato aos trabalhadores
e àqueles que dependem da
pesca e do turismo”, disse.
De acordo com o senador, é
preciso garantir algum tipo de
suporte emergencial, de recur-
sos ou empréstimos para essas
comunidades, especialmente
os pescadores, uma vez que
a quantidade de profissionais
cadastrados no seguro-defeso
é muito pequena. “É preciso
fazer alguma coisa nesse sen-
tido. É preciso produzir análi-
ses urgentes que comprovem
a qualidade dos frutos do mar,
para que a atividade econômi-
ca possa acontecer”, finalizou.
S ouviram de Paulo Câmara explicações sobre as iniciativas adotadas
pelo Estado diante da demora de reação por parte do Governo Federal
F: H R/SEI
O Governo de Pernam-
buco divulgou, na última
sexta-feira (8), o resultado
das análises de água das
praias atingidas por petróleo
vindo do alto-mar. Foram
examinadas amostras de 16
praias e todas foram consi-
deradas próprias para o ba-
nho. Os estudos, realizados
pela Agência Estadual de
Meio Ambiente – CPRH em
parceria com outras institui-
ções, não detectaram pre-
sença de hidrocarbonetos,
compostos orgânicos encon-
trados no petróleo e que, em
grandes concentrações, po-
dem causar danos à saúde.
Duas baterias de análises
foram realizadas com amos-
tras colhidas nos dias 24, 26
e 31 de outubro. Os laudos
saíram simultaneamente.
A pesquisa mais recente
teve à frente o Instituto de
Tecnologia de Pernambuco
– Itep, que avaliou as amos-
tras coletadas nos dias 26 e
31 de outubro no litoral dos
municípios de São José da
Coroa Grande (foz do Rio
Persinunga), Tamandaré
(Boca da Barra, Carneiros
e Tamandaré), Ipojuca (Ma-
racaípe e Muro Alto), Cabo
de Santo Agostinho (Suape,
Gaibu, Itapuama e Paiva),
Jaboatão dos Guararapes
(Barra de Jangada), Paulis-
ta (Janga e Pau Amarelo),
Goiana (Itapessoca) e Ilha
de Itamaracá (Jaguaribe e
Forte Orange).
O estudo envolveu a
análise de 21 compostos da
cadeia de hidrocarbonetos
policíclicos aromáticos (ti-
dos como HPAs) e o grupo
conhecido por BTEX (Ben-
zeno, Tolueno, Etilbenzeno
e Xileno). O Itep avaliou
todo este conjunto de subs-
tâncias para as amostras de
águas colhidas no dia 31 e
apenas do grupo BTEX para
o material recolhido no dia
26. Em ambos os casos, os
níveis desses compostos
são tão baixos que os equi-
pamentos não conseguiram
detectar. Isso se deve a dois
fatores: tempo de exposição
do material no ambiente e a
hidrodinâmica das marés.
os pesquisadores do
laboratório da OrganoMAR
(UFPE) avaliaram as amos-
tras colhidas no dia 24 de
outubro, fazendo o diagnós-
tico específ‌i co para o grupo
de HPAs.

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