Discurso de posse do acadêmico Eduardo Henrique Raymundo Von Adamovich na Cadeira n. 36 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho - ABDT

Páginas367-371
Revista da Academia Brasileira de Direito do Trabalho 367
Discurso de Posse do Acadêmico Eduardo Henrique
Raymundo Von Adamovich na Cadeira n. 36 da
Academia Brasileira de Direito do Trabalho– ABDT
Em 4 de maio de 2018, realizada na oportunidade do 17º Colóquio da mesma Academia,
no Salão Nobre da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
Excelentíssimo Senhor Presidente da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, digníssimo jurista João de
Lima Teixeira Filho,
Excelentíssimo Senhor Vice-Diretor da Faculdade de Direito da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Prof.
Ivan Simões Garcia,
Excelentíssimo Senhor Acadêmico e Ministro do Tribunal Superior do Trabalho Alexandre de Souza Agra
Belmonte,
Excelentíssimo Senhor Procurador Sub-Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho da 1ª Região, Prof. João
Batista Berthier Leite Soares,
Excelentíssimos Senhores Acadêmicos presentes,
Senhoras e senhores,
É dia de grande alegria para mim este da posse na Cadeira n. 36 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho,
sede patrocinada por ninguém menos que Evaristo de Moraes e antes desempenhada unicamente por seu filho e
sucessor nas letras jurídicas do trabalho, Evaristo de Moraes Filho. Digo-o não só pela dignidade da escolha, mas
também pela felicidade do momento realizar-se nesta Casa, na qual ingressei em 1985 e graduei-me em 1990, sede
da memória de magníficos mestres e das lições que ainda fundamentam o tanto que me empenho na investigação
jurídica. É de graça também o momento, já que o faço antes saudado pelas generosas palavras do amigo Alexandre
Agra Belmonte, que além do decisivo apoio para a eleição que hoje se aperfeiçoa, acompanha meu trajeto desde a
época em que ingressamos juntos na magistratura do trabalho da 1ª Região, no Concurso de 1993. Não menos dig-
no de nota é ter tido igualmente precioso apoio e estar a presidir esta sessão o nobre jurista João de Lima Teixeira
Filho, continuador das “Instituições”, obra maior da juslaboralística nacional e pai do combativo advogado João
de Lima Teixeira Neto, aluno da primeira turma de Direito do Trabalho em que lecionei, por indicação da ilustre
Acadêmica Zoraíde Amaral de Souza, na hoje lamentavelmente extinta Universidade Gama Filho. Conto ainda
nesta mesa com a presença do empenhado Prof. Dr. Ivan Simões Garcia, a quem tive a honra de escolher, estando
então entre os membros da banca examinadora já de concurso público para professor adjunto desta Casa, em cujo
magistério ingressei, em primeiro lugar por concurso de provas e títulos, ainda em 2004, aprovado em conjunto
com o também presente Prof. João Batista Berthier Leite Soares.
Suponho credenciar-me à cátedra não tanto por títulos acadêmicos ou dignificações outras, pois sempre haverá
quem as tenha em mais elevado grau e robusta sofisticação. Penso poder fazê-lo por ter sedimentado essa minha
formação naquela que é a mãe de todas as nossas escolas jurídicas. Foi no doutorado nas Arcadas do Largo de São
Francisco que pude perceber, que a glória de um passado ou as mais elevadas honras da academia servem para
pouco ou nada, se não se mantém a cada dia viva a disciplina e a curiosidade do jovem estudante, de acordar cedo
para o trabalho e perder-se em horas e horas de prazerosa leitura; na busca de uma ideia, de um simples argumento,
nas mais variadas e díspares obras; na constatação de que a Ciência se faz mais pelo trabalho rigoroso e menos ou
nada pelo brilho. É na quixotesca conduta de vender ou deixar de comprar terras para comprar livros. Devo isso
a todo apoio que recebi nas Arcadas do meu estimado orientador e amigo, o Acadêmico Estêvão Mallet.

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