EDITORIAL

AutorHildete Pereira de Melo, Joao Bosco Hora Góis
Páginas5-6
GÊNERO | Niterói | v.16 | n.1 | p. 5 - 6 | 2.sem. 2015 5
EDITORIAL
O volume 16, número 1, da Revista Gênero, publica o Dossiê Ciências,
Tecnologias e as Relações de Gênero, organizado pela professora Hildete Pe-
reira de Melo. A origem deste dossiê foi a II Conferência Brasileira de Mulhe-
res na Física, realizada no Rio de Janeiro,em fins de novembro de 2015. Os
artigos são oriundos de pesquisas apresentadas nesta Conferência e, em sua
maioria, foram frutos do financiamento da Chamada MCTI/CNPq/SPM-PR/
Petrobras18/2013 – Meninas e Jovens fazendo Ciências Exatas, Engenharias e
Computação, que contou com aportes financeiros da Secretaria de Políticas
para as Mulheres da Presidência da República, do Conselho Nacional de De-
senvolvimento Científico e Tecnológico e da empresa Petrobras. Como seu
titulo indica, esta Chamada tinha como objetivo estimular uma política de
formação de mulheres para as carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e
Computação, atraindo tanto jovens universitárias como estudantes de ensino
médio das escolas públicas brasileiras. Os artigos aqui apresentados atestam a
eficácia desse tipo de política, uma vez que a leitura dos mesmos ilustra bem
a problemática que a Educação enfrenta no combate ao patriarcalismo ainda
presente em todo o processo educacional.
Os outros artigos que compõem este número da Revista Gênero abordam
aspectos relativos às relações de gênero no mercado de trabalho, políticas so-
ciais e a imprensa feminista.
O primeiro artigo, de Luana Passos, Conciliação entre trabalho e família e a
individualização das mulheres brasileiras, analisa as desigualdades de gênero no
Brasil e as políticas de conciliação entre trabalho e família que podem ser uti-
lizadas para dirimir as assimetrias entre homens e mulheres e entre as mulhe-
res. O trabalho discute as políticas de cuidados brasileiras e a relevância dessas
para o processo de individualização das mulheres. Conclui que as mulheres
ainda são penalizadas no mercado de trabalho e vivem relações assimétricas
no lar. Portanto, o processo de individualização apresenta-se como indispen-
sável para a redução das assimetrias de gênero e autonomia das mulheres na
sociedade.
O segundo artigo é de docentes da UFRJ e da UFF, Marta Castilho,
Hildete Pereira de Melo e Alberto Di Sabbato. Intitulado Trabalho produtivo e
reprodutivo na vida das operárias Manauaras, analisa a divisão sexual do trabalho

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