Editorial

AutorRaimunda Nonata do Nascimento Santana, Salviana de Maria Pastor Santos Sousa Santos Sousa
CargoAssistente Social. Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora aposentada da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas (PPGPP) da UFMA. E-mail: nonatasantana@gmail.com - Assistente Social. Doutora em Políticas Públicas pela Universidade ...
Páginas7-10
EDITORIAL
Raimunda Nonata do Nascimento Santana
1
Salviana de Maria Pastor Santos Sousa
2
A edição v. 25, n. 1, janeiro/julho 2021 da Revista de Políticas Públicas (RPP) traz ao debate
público o tema: “POLÍTICAS PÚBLICAS EM TEMPOS DA PANDEMIA DE COVID-19: dinâmicas, contradições e
enfrentamentos em defesa da vida e dos direitos”. A escolha desse tema tem fulcro na ideia de que a crise
sanitária em curso desnudou fragilidades e dissensões de que se nutre a ordem capitalista para legitimar a
produção desenfreada e promover a enorme concentração de riqueza, apontada como causa primordial da
catástrofe ecológica que, conforme Santos (2020) se anuncia iminente1. Em resposta aos movimentos
insurrecionistas que se adensam, em nível global, a estratégia ultraliberal em ascensão, vem buscando
estimular, de um lado, o ódio de classes e, de outro, o uso extremo da função coercitiva do Estado para refrear
essas formas de contestação. O propósito é manter a atual ordem social, portanto, o sentimento de pertença e
de segurança aos historicamente privilegiados e que se expressam através do sagrado, da hierarquia, da religião
e da tradição (MBEMBE, 2016, p.2)2. A pandemia vem colocando em risco este senso comum de segurança, na
medida em que se aguça sua periculosidade em contexto de tensão global, secundada por problemas nas
economias nacionais. Isto porque o hiperconsumo, chave basilar para a mobilização da demanda nos circuitos
do sistema, ao s e tornar inoperante nas limitadas condições impostas pela ação do vírus, não só aponta para a
possibilidade de bancarrota de organizações envolvidas em diferentes níveis da produção e da comercialização
de produtos, como provoca o aumento do desemprego e da pobreza (SOUSA, 2020)3.
Nesse novo contexto, as próprias noções de solidariedade, diante das ameaças a vida, têm sido
testadas. Ora, como impossibilidade concreta de praticar o isolamento social recomendado, por alguns que
precisam deslocar-se para o exercício laboral, sobretudo considerando os altos índices de destituição em país es
da América Latina, África e Ásia. Ora, por aqueles que negam a periculosidade do vírus e, portanto, optam por
1
Assistente Social. Doutora em Serviço Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Professora aposentada
da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e colaboradora do Programa de Pós-Graduação em Políticas Pública s
(PPGPP) da UFMA. E-mail: nonatasantana@gmail.com
2
Assistente Social. Doutora em Políticas Públicas pela Universidad e Federal do Maranhão. (UFMA). Professora aposentada
da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e permanente do Programa de Pós-Graduaçã o em Políticas Públicas
(PPGPP) da UFMA. E-mail: salvi200@globlo.com

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