Os estudos feministas e o racismo epistêmico
Autor | Giselle Cristina dos Anjos Santos |
Páginas | 9-31 |
GÊNERO | Niterói | v.16 | n.2 | p. 7- 32 | 1.sem. 2016 9
OS ESTUDOS FEMINISTAS E O RACISMO EPISTÊMICO
Giselle Cristina dos Anjos Santos
Universidade Federal da Bahia
E-mail: santos.gisellea@gmail.com
Resumo: Partindo da discussão sobre como a ciência moderna objetificou e
inferiorizou os saberes de grupos (mulheres, negros, indígenas, homossexuais,
não ocidentais etc.) definidos como os outros, este artigo analisa como a área
dos estudos feministas no Brasil se relacionou com o debate sobre relações
raciais e com o conceito de interseccionalidade. Essa questão é relevante
uma vez que o processo de racialização muda a forma como alguns grupos
de mulheres vivenciam a opressão de gênero. Por meio do debate sobre a
construção do campo da História das Mulheres na academia brasileira, discuto
a abrangência do debate racial na produção dos estudos feministas.
Palavras-chave: estudos feministas; racismo epistêmico; interseccionalidade.
Abstract: Having as a starting point the discussion on how the modern
scienc e has objectifiedand made inferiorthe knowledgeproduced by groups
(women,Blacks, natives, homosexuals,non-Westerners etc.) definedasthe
others,this article aims to discuss howthe field offeminist studies in Brazil
interrelates itself with the discussionaboutrace relationsandtheconcept
of intersectionality. This issue is relevant since theracialization process changes
the way somegroups of womenexperienceoppression.Through thedebate
aboutthe constructionof the fieldof theWomen’s HistoryinBrazilianacademy,
I discussthe scopeof theracialdebatein the productionoffeminist studies.
Keywords: feminist studies; epistemic racism; intersectionality.
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO