Experimentando o particular: a micro-história no fazer historiográfico brasileiro

AutorVitor Hugo Bastos Cardoso
CargoHistoriador e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC
Páginas269-271
EXPERIMENTANDO O PARTICULAR: A MICRO-HISTÓRIA NO
FAZER HISTORIOGRÁFICO BRASILEIRO
Vitor Hugo Bastos Cardoso1
ALMEIDA, Carla M. Carvalho de; OLIVEIRA, Mônica Ribeiro de (Org.) Exer-
cícios de micro-história. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2009.
Ao longo dos últimos vintes anos, dentro daquilo que poderíamos chamar
de circuito historiográfico brasileiro, a palavra “micro-história” vem soando cada
vez mais alto como voz ativa na prática, ou até mesmo, ainda que de forma
incipiente, no debate e diálogo entre os pesquisadores nacionais. Até o momento
ainda não se fez um reflexão sistemática, ao menos aqui deste lado do Atlântico
Sul, sobre os limites, alcances e as possibilidades das implicações deste novo
método em história no contexto da pesquisa histórica brasileira.
Se esta reflexão ainda não conseguiu atingir a sua forma “madura” e am-
pliada, certamente isso estará por acontecer nos próximos tempos. É pelo menos
o que sugere o novo livro organizado pelas historiadoras Carla M. Carvalho de
Almeida e Mônica Ribeiro de Oliveira, “Exercícios de micro-história”, publicado
pela editora da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no ano de 2009. O livro é resul-
tado das reflexões que foram desenvolvidas junto ao “II Colóquio do Lahes:
Micro-História e os Caminhos da História Social” no ano de 2008, nas depen-
dências da Universidade Federal de juiz de Fora (UFJF), e organizado pelo Labo-
ratório de História Econômica e Social (LAHES), instituição da qual fazem parte
as organizadoras. Este colóquio surgiu como um espaço exclusivo de discussão
sobre as metodologias de pesquisa em história econômica e social no Brasil.
A formação de ambas as historiadoras segue a linha de estudos de uma
história de cunho “econômico” e “social” das sociedades brasileiras dos séculos
XVIII e XIX. Ambas possuem doutorado em história pela Universidade Federal
Fluminense (UFF) e atuam como professoras do programa de pós-graduação em
história da UFJF. Mônica Ribeiro é autora de “Negócios de famílias: mercado,
terra e poder na formação da cafeicultura mineira 1780-1870” e organizou
também com Carla Carvalho de Almeida “Nomes e números: alternativas me-
todológicas para história econômica e social”, o primeiro livro que se origi-
nou do debate promovido pelo LAHES. Por sua vez, Carla de Almeida é autora
1 Historiador e Mestrando do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC. Email:
vitorhgcardoso@yahoo.com.br

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