Gênero, políticas públicas e serviço social

AutorLuciana Zucco, Teresa Lisboa, Magali Almeida
Páginas3-6
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GÊNERO | Niterói | v. 22 | n. 2 | p. 3-6 | 1. sem 2022
APRESENTAÇÃO
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GÊNERO, POLÍTICAS PÚBLICAS E SERVIÇO SOCIAL
Organizadoras: Profa. Luciana Patricia Zucco (UFSC), Profa. Teresa Kleba
Lisboa (UFSC), Profa. Magali da Silva Almeida (UFBA)
A Revista Gênero tem proporcionado importantes discussões sobre as
leituras de gênero e suas interseccionalidades, visibilizando temas e deba-
tes que emergem no cotidiano de trabalho profissional dos/as assisten-
tes sociais e na produção de conhecimento acadêmico do Serviço Social,
convergindo para abordagens interdisciplinares e críticas no âmbito dos
estudos de gênero e dos feminismos. No Brasil, o atual cenário de forta-
lecimento do neoconservadorismo ampliou significativamente os ataques
e retrocessos a diferentes áreas dos direitos sociais conquistados pelos
movimentos sociais nas duas últimas décadas. As pautas de desmontes
envolvem o gênero, asexualidade, as mulheres e população LGBTQI+ e o
antirracismo, através de lutas históricas por reparação social a negros(as),
povos tradicionais, e, simultaneamente, a Seguridade Social e a focalização
da proteção social na extrema pobreza. Logo, projetar pesquisas e traba-
lhos desenvolvidos nesse (campo temático) debate é resistir e reafirmar
uma produção de conhecimento comprometida com a equidade de gênero,
raça-etnia, sexualidades e classe e políticas sociais públicas. Nesse sentido,
destacamos a importância da transversalidade de gênero e étnico-raciais,
resultante dos acordos internacionais dos anos de 1990, como responsa-
bilidade dos governantes para a eliminação das desigualdades de gênero,
e estratégia de incorporação do princípio de gender mainstreaming pelos
Estados. No contexto das políticas para mulheres em âmbito mundial,
esta estratégia prevê a incorporação da perspectiva de gênero em todas
as áreas de políticas públicas, com a finalidade de melhorar as condições
de vida e a inserção das mulheres nas relações sociais. Ressalta-se, com o
mesmo peso de importância, a III Conferência Mundial contra o Racismo,
a Discriminação Racial, aXenofobia e Formas Correlatas de Intolerância
promovida pela ONU, em 2001. Esta insta os Estados-Nação no com-
bate a todas as formas de discriminação e preconceito raciais, através de
políticas públicas, iniciandoum grande debate, principalmente na América
Latina, a respeito da implementação de políticas de ação afirmativa.
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