Homo academicus: resenha

AutorElaine de Oliveira Lucas
Páginas153-156
153
Enc. Bibli: R. Eletr. Bib. Ci. Inf., ISSN 1518-2924, Florianópolis, v. 17, n. 33, p. 153-156, jan./abr., 2012.
Encontros Bibli: revista eletrônica de biblioteconomia e ciência da informação, v. 17, n.
33, p. 153-156, jan./abr., 2012.ISSN 1518-2924. DOI:10.5007/1518-2924.2012v17n33p153
BOURDIEU. Pierre. Homo academicus. Trad. Ione Ribeiro Valle; Nilton Valle, Rev. Téc.
Maria Tereza de Queiroz Piacentini. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2011. 314 p. ISBN 978-85-
328-0576-8
No campo da Ciência da Informação, as obras e o pensamento de Bourdieu aparecem
timidamente conforme podemos constatar em uma rápida pesquisa exploratória / documental.
Timidamente para um autor que trata de tantos assuntos que nos dizem respeito, entre eles o
campo científico recheado de capital cultura objetivado. Atrevo-me a falar um pouco da
obra Homo Academicus - recentemente lançada em língua portuguesa - ofereço a obra com
breve apresentação do autor.
Pierre Bourdieu nasceu em Denguin, cidade localizada em uma região rural do
sudoeste da França em 1º de agosto de 1930 e morreu em 23 de janeiro de 2002 em Paris. Foi
considerado um dos intelectuais mais influentes do seu tempo e é o cientista social mais
citado do mundo. Publicou dezenas de livros sendo que alguns merecem destaque aqui, entre
eles a obra Les héritiers [Os herdeiros] que escreveu em coautoria com Jean-Claude Passeron
em 1964, que dá inicio às obras de maior repercussão na sua produção, e é também o marco
inicial das discussões sobre capital cultural e as estruturas de ensino. Em 1970, publica um
novo sucesso intitulado La reproduction [A reprodução], onde apresenta a noção da
violência simbólica também em coautoria com Passeron. Durante a década de 70, Bourdieu
concentrou-se em estudos sobre os processos de diferenciação social que culminaram na obra
La distinction [A distinção] publicada em 1979. Em 1980, apenas um ano depois, publicou Le
sens pratique [O senso Prático] com intuito de situar sua sociologia genética como, segundo
dizem alguns autores, ou como preferia o próprio Bourdieu - no caso de rótulos - um
estruturalismo construtivista ou construtivismo estruturalista. Em 1984 publica Homo
Academicus, que trata do sistema universitário francês do ponto de vista do poder simbólico
que possui e da violência simbólica que exerce. Veio ainda Le Pouvoir Simbolique [O Poder
simbólico] em 1989 e Raisons pratiques [Razões práticas] em 1994, além de várias outras
obras que reproduziram conferências feitas por ele e que, muitas vezes, introduzem suas
ideias de forma peculiar para não especialistas. Das obras citadas acima, apenas duas delas
ainda não possuíam traduções lusófonas até 2011: Les héritiers e Homo academicus. Ao fim

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