As intermitências das aspas: a leitura em Ana Cristina Cesar
Autor | Davi Pessoa Carneiro Barbosa |
Páginas | 117-138 |
BOLETIM DE PESQUISA NELIC
V° 9 - N° 14
Ahead of print
DO COMEÇO AO FIM DO POEMA
Alberto Pucheu
BOLETIMDEPESQUISANELIC:EdiçãoEspecial
V°3–DossiêAnaCristinaCesar
Artigos
AINTERMITÊNCIADASASPAS
AleituraemAnaCristinaCesar
DaviPessoaCarneiroBarbosa
2010.1
Artigo – A INTERMITÊNCIA DAS ASPAS – Davi Pessoa Boletim de Pesquisa NELIC – Edição Especial V. 3 2010.1
Ler é fazer nosso corpo trabalhar.
Roland Barthes
Como colocar o corpo para trabalhar através da leitura?
Como escrever a leitura? Aliás, como escrever sobre a leitura de
uma escritura que nos suscita sempre outras leituras? Como
não se deixar tomar pela autoridade de uma leitura e fazer com
que nossa leitura também possa imprimir algo de novo, ou
talvez, algo nem tão novo assim, no próprio texto que lemos?
Estas perguntas se tornam mais que prementes ao discutirmos o
aspecto estético que a leitura nos indica. Mas há outro aspecto
que deve ser lido simultaneamente com aquele, e que nem
sempre é discutido pela crítica literária, ou seja, a ética da
leitura, ou a leitura que nos exige uma postura ética. Alguns
escritores, como Marcel Proust, Italo Calvino, Ricardo Piglia,
entre outros, discutiram as questões colocadas acima e muitas
outras tanto em suas ficções quanto em seus ensaios críticos,
ou melhor, através de suas ficções teóricas ou teorias ficcionais.
Obviamente não podemos deixar de lado todo o esforço de
Roland Barthes ao colocar o leitor e a leitura em foco, indicando-
nos uma espécie de teoria da leitura. Barthes aprofundou temas
117
Para continuar a ler
PEÇA SUA AVALIAÇÃO