Recife, 18 de janeiro de 2019 Diário Oficial do Estado de Pernambuco – Poder Executivo Ano XCVI • N0 13 – 3 Adaptação de “Vidas Secas” faz curta temporada na Caixa Cultural Recife Aquinta edição do Festival VerOuvindo de Filmes com Acessibilidade Comunicacional doRecife, que acontecerá de 23 a 28 de abril de 2019, está com inscrições abertas. Realiza- dores e profissi...

Data de publicação18 Janeiro 2019
Número da edição13
SeçãoPoder Executivo
Poder Executivo
Ano XCVI • Nº 13 Recife, 18 de janeiro de 2019
CERTIFICADO DIGITALMENTE
Recife, 18 de janeiro de 2019 Diário Oficial do Estado de Pernambuco Poder Executivo Ano XCVI N013 3
Adaptação de “Vidas Secas” faz curta
temporada na Caixa Cultural Recife
Aquinta edição do Festival VerOuvindo de Filmes com Acessibilidade Comunicacional do
Recife, que acontecerá de 23 a 28 de abril de 2019, está com inscrições abertas. Realiza-
dores e profissionais da acessibilidade comunicacional poderão inscrever filmes com au-
diodescrição na Mostra Competitiva e também participar da novidade deste ano, a I Jornada
VerOuvindo, com apresentação de trabalhos científicos e relatos de experiências. As inscrições
para a Mostra Competitiva vão até o dia 13 de fevereiro, e, para a Jornada, até o dia 28 de
fevereiro, ambas no site do festival.
Poderão participar da seleção para a Mostra Competitiva curtas-metragens de 5 a 25
minutos, que possuam o recurso de audiodescrição. Nesse caso, a premiação é feita à equipe
responsável pelo recurso, composta pelo audiodescritor roteirista e obrigatoriamente por um
audiodescritor consultor (uma pessoa cega ou com baixa visão).
Serão quatro categorias com premiação em dinheiro: Melhor AD de Animação, Melhor AD
de Documentário e Melhor AD de Ficção, com premiações de R$ 1.400,00; e Melhor Narra-
ção, cujo primeiro lugar receberá R$ 800,00. Por fim, o festival conta com a categoria de Me-
lhor do Júri, que receberá Troféu VerOuvindo.
TEATRO
5aedição do Festival VerOuvindo
tem inscrições abertas
I
Imagens impactantes, de extraordinária
beleza, transmitem a angústia e a
esperança sertanejas, que transcendem
o regionalismo geográfico e a temporalida-
de das épocas. Assim é o espetáculo Vidas
Secas, da companhia ítalo-brasileira Ca-
ravan Maschera, que a Caixa Cultural
Recife recebe, em curta temporada, de 17 a
26 de janeiro (quinta a sábado).
Pela primeira vez na Capital pernambu-
cana, a dupla formada pela italiana Giorgia
Goldoni e Leonardo Garcia Gonçalves
criou uma adaptação do clássico de Graci-
liano Ramos, com bonecos, máscaras e
sem palavras, na qual o foco é o diálogo
entre a memória cultural do público e os
sentimentos provocados pela encenação.
Em Vidas Secas, oito bonecos criados pela
dupla recontam a saga de família de re-
tirantes sertanejos obrigada a se deslocar,
de tempos em tempos, para áreas menos
castigadas pela seca. As marionetes foram
inspiradas em pinturas de Candido Porti-
nari e fotografias de Sebastião Salgado.
“Sabíamos, desde o início, que o dis-
curso literal e textual não seria suficiente
para fazer com que o público contempo-
râneo se emocionasse e fosse afetado pelo
texto. Suprimir a palavra é essencial para
dar espaço ao público, como parte
(re)criadora do texto e do contexto da
obra”, avalia Leonardo Garcia. “Sem as
palavras concretas ditas em cena, por meio
de bonecos e máscaras, dá-se ao público a
liberdade de imaginar e de se projetar
sobre os personagens e suas situações, vi-
vidas no decorrer da trama”, completa o
ator.
Em apresentações recentes na França,
Itália, Suíça e Eslovênia, espectadores es-
tabeleceram uma conexão imediata do es-
petáculo com os refugiados da Síria.
“Aquela família de retirantes ainda não é,
infelizmente, uma imagem anacrônica.
Sobretudo, a questão da incomuni-
cabilidade e da situação de extrema
repressão psicológica, física e emocional
exercida, não por uma pessoa, mas por um
contexto social, econômico e racial que
ultrapassa as fronteiras do sertão nordes-
tino do Brasil. Por isso, e infelizmente, a
identificação com a Guerra Civil na Síria
é também bem pertinente”, conclui
Leonardo.
F
OTO
: T
AMYRIS
Z
AGO
/F
UNDARPE
Bonecos, máscaras e ausência da palavra marcam o espetáculo teatral da companhia ítalo-
brasileira Caravan Maschera, que chega pela primeira vez à Capital pernambucana.
BONECOS recontam a
saga de família de
retirantes sertanejos
FOTO: MANUELASALAZAR/FUNDARPE
EMDEZEMBRO
passado, o
Festival recebeu
voto de
aplausos da
Câmara do
Recife
AEscola O Poste de Antropologia Teatral, localizado à Rua da Aurora, 529, Boa Vista, no Re-
cife, apresenta o espetáculo “Em Cada Encruzilhada uma História Dada – Um ensaio para
Eugênio Barba”, que está em cartaz até 27 de janeiro no espaço O Poste. Tratam-se de histórias
diversas que se passam em uma encruzilhada de variados tempos e espaços. Com fortes refe-
rências culturais da religião de matriz africana e outras culturas, a encenação vai apresentando
situações, nas quais personagens transitam antropologicamente revelando suas idiossincrasias.
O espetáculo também faz uma homenagem ao criador do teatro antropológico, Eugênio
Barba, do grupo dinamarquês Odin Teatret. Durante oito meses, os alunos/atuadores tiveram
aulas com um corpo docente de oito professores, nas disciplinas Ancestralidade Nagô, Danças
do Mundo, Artes Marciais, Teatro de Bali, História do Teatro, Equivalência Vocal e Interpre-
tação pelo viés antropológico.
As cenas foram construídas ao longo do processo de forma independente. Como não havia
um conceito inicial, a partir das técnicas aprendidas na escola, foi sugerido aos alunos que eles
desemvolvessem uma cena autônoma, criando uma partitura física e vocal para o seu
personagem dentro das técnicas antropológicas.
O Poste estreia “Em cada
encruzilhada uma história dada”
FOTO: DIVULGAÇÃO/FUNDARPE
ESPETÁCULO faz
referência às
religiões de
matriz africana

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT