Resenha: Garcia, Rafael de Deus. Tecnologia e gestão da prova no processo penal. minas gerais: editora dplácido, 2017

AutorEvandro Piza Duarte - Pedro Argolo Costa
CargoDoutor em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre pela Universidade de Santa Catarina. Professor de Processo Penal e Criminologia na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Professor na Cátedra Brasil sobre Relações Raciais (Capes) na Universidade Nacional da Colômbia (2014). Coordenador do Centro de Estudos em ...
Páginas34-37
34
RESENHA
GARCIA, RAFAEL DE DEUS. TECNOLOGIA E GESTÃO DA PROVA NO
PROCESSO PENAL. MINAS GERAIS: EDITORA DPLÁCIDO, 2017.
Evandro Piza Duarte 36
Pedro Argolo Costa 37
Neste trabalho, fruto do mestrado em Direito na Universidade de Brasília, o Prof.
Rafael de Deus Garcia se volta àquela que parece ser uma questão fundamental do nosso
tempo: a maneira pela qual as tecnologias e o avanço informacional reorganizam nosso
cotidiano e, sobretudo, como a tecnologia é apresentada como uma “solução milagrosa” dos
problemas penais. No nível mais estrito do problema, o que surge é a preocupação acerca dos
avanços tecnológicos e sua participação, ou ainda, seu reforço ao aparato repressor da política
de drogas, maximizando a eficiência de higienização e controle social sobre os excluídos.
O itinerário proposto por Rafael vai da filosofia de Heidegger e Merleau-Ponty à
pesquisa empírica e volta, já que a discussão filosófica vai aparecer novamente em sua
caracterização do inquérito enquanto dispositivo de conservação, na crítica empreendida à
racionalidade instrumental que norteia o uso das tecnologias no processo penal ou mesmo na
análise, já ao final, da dimensão constitucional do problema. Garcia está interessado, como ele
próprio diz, mais pelo não dito que o propriamente dito e todo esse background por ele
mobilizado servirá para que, ao longo das páginas deste trabalho, possa se esgueirar pelas
frestas, fissuras e inconsistências de certo discurso oficialesco acerca do uso das tecnologias
no processo penal.
Tão logo adentramos ao primeiro capítulo, somos apresentados à delimitação
conceitual da tecnologia feita por Garcia, que procura fugir dos maniqueísmos fáceis e se
36 Doutor em Direito pela Universidade de Brasília (UnB). Mestre pela Universidade de Santa Catarina.
Professor de Processo Penal e Criminologia na Faculdade de Direito da Universidade de Brasília. Professor na
Cátedra Brasil sobre Relações Raciais (Capes) na Universidade Nacional da Colômbia (2014). Coordenador do
Centro de Estudos em Desigualdade e Discriminação da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília
(CEDD/FD/UnB) e do Núcleo de Estudos Maré sobre Cultura Jurídica e Atlântico Negro. Integrante do Grupo
de Investigación sobre Igualdad Racial, Diferencia Cultural, Conflictos Ambientales y Racismos en las Américas
Negras-IDCARÁN da Universidade Nacional da Colômbia.
37 Advogado, bacharel em Direito pela Universidade de Brasília (UnB, integrante do Centro de Estudos em
Desigualdade e Discriminação da Faculdade de Direito da Universidade de Brasília (CEDD/FD/UnB) e do
Núcleo de Estudos Maré sobre Cultura Jurídica e Atlântico Negro.

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