Os signos da cultura POP no grafite palestino: circulação e ativismo digital em perspectiva
| Autor | Vitoria Paschoal Baldin |
| Cargo | Bacharel. Mestranda em Ciências da Comunicação, Universidade de São Paulo, Escola de Comunicação e Artes, Pós-graduação em Ciências da Comunicação, São Paulo, SP, Brasil. |
| Páginas | 133-151 |
Esboços, Florianópolis, v. 50, n. 29, p.133-151, jan./abr. 2022.
ISSN 2175-7976 DOI http://doi.org/10.5007/2175-7976.2022.e82690
artigo
original
Artigo
original
OS SIGNOS DA CULTURA
POP
NO
GRAFITE PALESTINO: CIRCULAÇÃO E
ATIVISMO DIGITAL EM PERSPECTIVA
The signs of pop culture in Palestinian graffiti: circulation and digital
activism in perspective
Vitória Paschoal Baldina
https://orcid.org/0000-0002-2487-9123
E-mail: vitoria.pbaldin@gmail.com
a Universidade de São Paulo, Escola de Comunicação e Artes, Pós-
graduação em Ciências da Comunicação, São Paulo, SP, Brasil
DOSSIÊ
Radical History em Contextos Globais
Esboços, Florianópolis, v. 50, n. 29, p. 133-151, jan./abr. 2022.
ISSN 2175-7976 | DOI http://doi.org/10.5007/2175-7976.2022.e82690
Vitória P. Baldin
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RESUMO
No processo de ativismo palestino atual, as redes sociais são uma importante ferramenta para a circulação, disseminação
e engajamento coletivo em torno de imagens que pautam as diversas demandas por autonomia estatal, com ênfase na
necessidade da aplicação das normas propostas pelos Direitos Humanos nesses locais. Diversos grafites produzidos nos
Territórios Palestinos Ocupados, especialmente na Cisjordânia, utilizaram-se de elementos provenientes do repertório da
cultura pop norte-americana, dialogando diretamente com a estratégia de ativismo digital palestino. Essas expressões
são aplicadas na arquitetura urbana, registradas e, estrategicamente, passam a circular no âmbito virtual, alcançando
públicos transnacionais potencialmente amplos. Dessa forma, o presente estudo objetiva analisar as correlações entre o
grafite e ativismo digital palestino, compreendendo a forma pela qual ele é utilizado idealizando alcançar e engajar o
público internacional na causa nacional palestina. Para tanto, partiu -se do exame do panorama do ativismo digital,
estabelecendo, a partir de um exemplo pontual, a observação da conexão entre o grafite e as plataformas digitais. Na
sequência, descrevemos e analisamos os grafites que mobilizam os signos da cultura pop, enfatizando as formas pelas
quais tais elementos são mobilizados de maneira associada à causa e demandas palestinas. Portanto, argumentamos
que a utilização desses elementos nos grafites é estratégica, possibilitando que o público transnacional se relacione com
as demandas palestinas a partir de seus próprios referenciais estéticos e discursivos.
PALAVRAS-CHAVE
Palestina. Grafite. Ativismo digital.
ABSTRACT
In the current Palestinian activism process, social networks are an important tool for the circulation, disseminat ion and
collective engagement around images that guide the various demands for state autonomy, with an emphasis on the need
to apply the norms proposed by Human Rights in these places. Several graffiti produced in the Occupied Palestinian
Territories, especially in the West Bank, used elements from the North American pop culture repertoire, directly dialoguing
with the Palestinian digital activism strategy. These expressions are applied in urban architecture, registered and,
strategically, start to circulate in the virtual sphere, reaching potentially broad transnational audiences. Thus, this study
aims to analyze the correlations between graffiti and Palestinian digital activism, understanding the way in which it is used,
idealizing to reach and engage the international public in the Palestinian national cause. To do so, we s tarted from an
examination of the panorama of digital activism, establishing, from a specific example, the observation o f the connection
between graffiti and digital platforms. Next, we describe and analyze the graffiti that use the signs of pop culture,
emphasizing the ways in which such elements are mobilized in association with the Palestinian cause and demands.
Therefore, we argue that the use of these elements in graffiti is strategic, enabling the transnational public to relate to
Palestinian demands from their own aesthetic and discursive references.
KEYWORDS
Palestine. Graffiti. Digital activism.
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