Caboclo Pedra Preta, uma história que não se apaga

AutorJulio José Araujo Junior
Páginas293-295
293
Caboclo Pedra Preta, uma história que não
se apaga176
Em Duque de Caxias, a prefeitura pretendia
construir uma creche no local onde estão as ruínas do
terreiro da Gomeia, mas recuou após forte mobilização
social. Nesse lugar baixou o caboclo Pedra Preta,
patrono da roça da Gomeia, e o seu sacerdote, João Alves
de Torres Filhos (1914-1971), o Tata Londira, que se
tornaria conhecido como Joãozinho da Gomeia - o rei do
candomblé. A atuação da sociedade civil e o
posicionamento firme das instituições do sistema de
justiça impediram que ocorresse mais uma violência
contra as religiões afrobrasileiras na Baixada fluminense.
Ao desconsiderar a importância do terreiro da
Gomeia para supostamente implementar uma política
educacional, a prefeitura de Duque de Caxias renegaria
as memórias e histórias que se constroem às margens da
história oficial. Em vez de sublinhar a importância da
cultura do povo banto em nossa formação, o município
176 Artigo escrito em coautoria com Fernando Sousa, cineasta
documentarista e diretor-executivo da Quiprocó Filmes, e Tata Luazemi,
sacerdote de candomblé de Angola do Abassá Lumyjacarê Junçara, em
Nova Iguaçu.

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT