Centro de educação Paulo Freire de Ceilandia (CEPAFRE)
| Autor | Maria Madalena Tôrres, Danielle Estrêla Xavier |
| Cargo | Mrofessora Aposentada da Rede Pública de Ensino do DF. Sócia-fundadora-integrante da Direção do Cepafre e da Coordenação Coletiva do Movimento por uma Ceilândia Melhor (Mopocem)/Professora da Rede Municipal de Educação de Cristalina-GO. Vice-presidente do Cepafre |
| Páginas | 37-64 |
Revista Direito.UnB | Maio - Agosto, 2022, V. 06, N. 2 | ISSN 2357-8009Revista Direito.UnB | Maio - Agosto, 2022, V. 06, N. 2 | ISSN 2357-8009
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CENTRO DE EDUCAÇÃO PAULO FREIRE DE CEILÂNDIA
(CEPRAFE): 32 ANOS ALFABETIZANDO JOVENS, ADULTOS
E IDOSOS TRABALHADORES E SUA RELAÇÃO COM A
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
PAULO FREIRE EDUCATIONAL CENTER OF CEILÂNDIA
(CEPRAFE): 32 YEARS PROVIDING LITERACY FOR YOUNG
PEOPLE, ADULTS AND OLD WORKERS AND ITS RELATIONSHIP
WITH THE UNIVERSITY OF BRASÍLIA
Maria Madalena Tôrres
Mrofessora Aposentada da Rede Pública de
Ensino do DF. Sócia-fundadora-integrante da
Direção do Cepafre e da Coordenação Coletiva do
Movimento por uma Ceilândia Melhor (Mopocem)
E-maill: magdalatorres@gmail.com
https://ORCID.org/0000-0002-8215-0664
Danielle Estrêla Xavier
Professora da Rede Municipal de Educação de Cristalina-GO.
Vice-presidente do Cepafre.
E-mail: cepafre@gmail.com
https://ORCID.org/0000-0002-8215-0664
RESUMO
Este artigo apresenta a história de 32 anos do Centro de Educação Paulo Freire de
Ceilândia – Cepafre e suas relações com a Universidade de Brasília – UnB, com um
panorama histórico da sua origem e trajetória, expansão local, nacional e internacional
no que tange ao trabalho de alfabetização de jovens, adultos e idosos, suas parcerias,
avanços, dificuldades, intensificadas no contexto da Pandemia e as contribuições
jurídicas do Núcleo de Prática Jurídica da UnB à alfabetização de jovens, adultos e idosos
do Cepafre – Ceilândia/DF.
Palavras-Chave: Histórico do Cepafre, Alfabetização de Jovens e Adultos, Parcerias
com a UnB e outras entidades, Pandemia.
Recebido: 25/04/2022
Convidado
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ABSTRACT
The article presents the history of 32 years from Education Center Paulo Freire of
Ceilândia - Cepafre and its relations with University of Brasília - UnB, taking a historical
panorama of its origin and trajectory, expansion (local, national and international), about
the education of youngs, adults and elders, their Partnerships, growth and difficulties,
increased by context of pandemic and law contributions of Legal Practice
Keywords: History of Cepafre, Literacy of youngs and adults, Partnerships with UnB and
other entities, Pandemic.
1. Breve Hitórico do CEPAFRE
O Centro de Educação Paulo Freire de Ceilândia (Cepafre), antes mesmo de sua
fundação em 02 de setembro de 1989, traz em sua história uma relação muito próxima
e fecunda com a Universidade de Brasília (UnB), visto que é resultado da iniciativa do
Núcleo Paulo Freire de Alfabetização de Adultos, composto por mestrandos da Faculdade
de Educação da Universidade de Brasília (FE/UnB) e estudantes da extinta Escola Normal
de Ceilândia que, em 1985, iniciaram uma experiência de alfabetização de adultos,
baseada na metodologia do educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira (LEI
Nº 12.612, de 13 de abril de 2012).
Atualmente, o Cepafre é composto por 16 associados, sendo cinco integrantes da
Diretoria (presidente, vice-presidente, tesoureiro, secretária e vogal), três do Conselho
Fiscal e mais oito associados que, juntos, compõem a Assembleia Geral como órgão
máximo, deliberativo e soberano, a qual define o planejamento anual das atividades,
aprecia e aprova a prestação de contas, bem como as diretrizes e prioridades a serem
encaminhadas pela diretoria da entidade.
A metodologia de alfabetização de jovens, adultos e idosos trabalhadores adotada
nos Círculos de Cultura pelo Cepafre é desenvolvida com base nos princípios freirianos
da meducação libertadora, tendo como foco a aprendizagem pela descoberta. Nesse
sentido,
O Círculo de Cultura é considerado um encontro entre sujeitos de culturas:
alfabetizandos, alfabetizadores e observadores, no qual cada um tem sua
experiência para trocar e, com isso, cada um desses sujeitos se enriquece com
a experiência do outro. É uma dinâmica que recupera o princípio básico da
convivência em grupo, respeitando as diferenças de escolaridade, gênero, idade,
cor, religião, ou qualquer outra diversidade. É o espaço onde tais diferenças são
assumidas como fator positivo de troca entre sujeitos que têm suas próprias
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