Os coletivos como sujeitos multitudinários na perspectiva de uma democracia radical e constituinte

AutorFernando Hoffmam
CargoDoutor e Mestre em Direito Público pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS); Bolsista PROEX/CAPES; Membro do Grupo de Pesquisa Estado e Constituição e da Rede Interinstitucional de Pesquisa Estado e Constituição, vinculados ao CNPQ e à FDV/ES; Professor Adjunto I do Departamento de Direito da Universidade Federal de Santa Maria (UF...
781
Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, Vol.13, N.02, 2022, p.781-807.
Fernando Hoffaman
DOI: 10.1590/2179-8966/2020/50931| ISSN: 2179-8966
Os coletivos como sujeitos multitudinários na perspectiva de
uma democracia radical e constituinte
The collectives as multitudinous subjects in the perspective of a radical and constituent
democracy
Fernando Hoffmam1
1 Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Sul,
Brasil. E-mail: ferdhoffa@yahoo.com.br. ORCID: https://orcid.org/0000-0002-2211-9139.
Artigo recebido em 12/05/2020 e aceito em 22/12/2020.
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.
782
Rev. Direito e Práx., Rio de Janeiro, Vol.13, N.02, 2022, p.781-807.
Fernando Hoffaman
DOI: 10.1590/2179-8966/2020/50931| ISSN: 2179-8966
Resumo
O presente artigo tem como escopo compreender os coletivos enquanto novos
movimentos sociais sob o prisma da “multidão” na perspectiva de um projeto
democrático constituinte e radical. Para tanto, se objetiva compreender a “multidão”
como um novo sujeito político, e nessa trilha identificar os coletivos enquanto novos
movimentos sociais para então responder ao questionamento sobre os coletivos
poderem ser compreendidos enquanto sujeitos político-sociais multitudinários, tendo
como espaço-tempo de ação uma democracia radical e constituinte. Para responder a
esse questionamento utiliza-se como referencial metodológico, teórico-analítico o
materialismo histórico no viés de Antonio Negri, em que o método considera o
antagonismo entre uma subjetividade criativa e uma subjetividade constituída pelo
capital. É neste sentido que se estabelecem as novas categorias de análise que permitem
dar conta de novos sujeitos sociais (a multidão/o comum) e compreender os coletivos a
partir dessas categorias em antagonismo às subjetividades “imperiais”.
Palavras-chave: Coletivos; Democracia; Multidão; Poder Constituinte; Subjetividades.
Abstract
This article aims to understand the collectives as new social movements from the “crowd”
view in the perspective of a constitutive and radical democratic project. Therefore, the
objective is to understand the “crowd” as a new political subject, and in this way to
identify collectives as new social movements, to then answer the question about the
collectives being understood as multitudinous political-social subjects, with the space-
time of action a radical and constituent democracy. To answer this question, the historical
materialism used by Antonio Negri is used as metodological, theoretical-analytical
framework, in which the method considers the antagonism between a creative
subjectivity and a subjectivity constructed by the capital. It is in this way that the new
categories of analysis are established that allow to handle with new social subjects (the
crowd/ the common) and to understand the collectives from these categories in
opposition to the “imperial” subjectivities.
Keywords: Collective; Democracy; Crowd; Constituent Power; Subjectivities.

Para continuar a ler

PEÇA SUA AVALIAÇÃO

VLEX uses login cookies to provide you with a better browsing experience. If you click on 'Accept' or continue browsing this site we consider that you accept our cookie policy. ACCEPT