A (i)moralidade da colaboração premiada frente ao imperativo categórico kantiano - Uma análise filosófica

AutorMarcio Guedes Berti
CargoAdvogado
Páginas151-165
151
Revista Judiciária do Paraná – Ano XI – n. 11 – Maio 2016
A (i)moralidade da colaboração premiada frente
ao imperativo categórico kantiano – uma análise
losóca
Marcio Guedes Berti1
Advogado
Resumo: O presente artigo faz uma análise losóca acerca
da moralidade da delação/colaboração premiada frente ao
imperativo categórico kantiano.
1. Introdução
C  ,    é o principal conceito ético
do lósofo alemão Immanuel Kant (1724-1804), que consiste no dever
de agir de modo que a ação de um indivíduo possa ser traduzida como
uma lei universal.
Kant dividiu o imperativo categórico em três vertentes, sendo elas:
(i) lei universal – “Age como se a máxima de tua ação devesse tornar-
-se, através da tua vontade, uma lei universal”; (ii) m em si mesmo
Age de tal forma que uses a humanidade, tanto na tua pessoa, como na
pessoa de qualquer outro, sempre e ao mesmo tempo como m e nunca
simplesmente como meio”; (iii) legislador universal (ou da autono-
mia) – “Age de tal maneira que tua vontade possa encarar a si mesma,
ao mesmo tempo, como um legislador universal através de suas máxi-
mas”.
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