O modelo 'lean ux' e a experiência do usuário (UX) em perspectiva relacional
| Autor | José Luiz de Moura Faleiros Júnior |
| Páginas | 243-252 |
16 O MODELO “LEAN UX”
E A EXPERIÊNCIA
DO USUÁRIO (UX)
EM PERSPECTIVA RELACIONAL
José Luiz de Moura Faleiros Júnior
Doutorando em Direito Civil pela Universidade de São Paulo – USP/Largo de São
Francisco. Doutorando em Direito, na área de estudo ‘Direito, Tecnologia e Inovação’,
pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG. Mestre e Bacharel em Direito
pela Universidade Federal de Uberlândia – UFU. Especialista em Direito Digital, em
Direito Civil e Empresarial. Associado do Instituto Avançado de Proteção de Dados –
IAPD. Membro do Instituto Brasileiro de Estudos de Responsabilidade Civil – IBERC.
Advogado e Professor
Sumário: 1. Introdução – 2. A perspectiva relacional e o legal design: premissas essenciais
para a experiência do usuário – 3. O modelo “lean ux” e seus horizontes – 4. Perspectivas para
o amadurecimento da inter-relação com o usuário – 5. Considerações nais – 6. Referências.
1. INTRODUÇÃO
É inegável a proeminência que a expressão “experiência do usuário” tem gran-
jeado em anos recentes, embora não pertença, ainda, ao léxico jurídico. Bem ao
contrário, reverbera a intenção transformadora de adaptação do paradigma lastreado
no formalismo da Ciência Jurídica aos desafios do século XXI.
O surgimento de novas carreiras e de profissionais dedicados especificamente à
diagnose e ao alinhamento de pretensões corporativas aos interesses de seus inúmeros
stakeholders e, principalmente, de seus clientes, deriva da necessidade de propiciar
alavancagem empresarial e funcionalidade sistêmica às intenções, aos anseios e às
experiências de todos os envolvidos. Para isso, é vital que haja congruência de in-
tenções, o que se constata da observação desses citados elementos. Em discussões
sobre Legal Design, portanto, o debate em torno da experiência do usuário, conven-
cionalmente identificada pela sigla UX (de “user experience”, no inglês), pressupõe
a assimilação da insuficiência dos modelos relacionais tradicionais para viabilizar a
ruptura de paradigma que é imposta pela transformação contemporânea.
Nessa linha, compreender os impactos da conciliação das expectativas dos usuá-
rios com os interesses corporativos é o cerne da investigação técnica sobre os desafios
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