Placemaking nas cidades: a transformação do espaço público na sociedade da informação / Placemaking in cities: the transformation of public space in the information society

AutorGreice Patricia Fuller, Alessandra Arantes Sutti
CargoPós-Doutora pela Universidad de Navarra (ESpanha) com bolsa da CAPES. Doutora e Mestre em Direito das Relações Sociais pela PUCSP com bolsa CNPq. Professora dos cursos de graduação e especialização da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUCSP) - Departamento de Direito Penal e Processual Penal. Professora do Programa de Mestrado em ...
Páginas1660-1686
Revista de Direito da Cidade vol. 13, nº 3. ISSN 2317-7721
DOI: 10.12957/rdc.2021.44787
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Revista de Direito da Cidade, vol. 13, nº 3. ISSN 2317-7721. pp.1660-1176 1660
PLACEMAKING NAS CIDADES: A TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO PÚBLICO NA SOCIED ADE DA
INFORMAÇÃO
PLACEMAKING IN CITIES: THE TRANSFORMATION OF PUBLIC SPACE IN THE INFORMATION SOCIETY
Greice Patricia Fuller
1
Alessandra Arantes Sutti
2
RESUMO
O objetivo deste trabalho é demons trar que as cidades sofreram grandes transformações ao longo do
tempo e, por serem consideradas um organismo vivo, precisam ser retroalimentadas constantemente.
Essa retroalimentação, por sua vez, adentra na Sociedade da Informação com a exigência de se respeitar
o direito à cidade, que deve ser saudável, segura, resiliente, caminhável, inteligente e sustentável, ou seja,
em homeostase. Tal comprovação se deu por meio de estudo de cunho analítico qualitativo, analisando -
se o tema a partir de pesquisas bibliográficas e documentais, onde se verificou que o comportamento dos
indivíduos e suas ações estabelecem a transformação do espaço público, gerando maior fluidez, conforto
e pertencimento, ou seja, qualidade de vida. Conclui-se que o êxito dessa qualidade de vida nas ci dades
contemporâneas depende da transformação dos espaços públicos por meio do placemaking, considerado
o processo de inserção da escala humana entre o pl anejamento urbano e os padrões de uso das cidades
e, como ferramenta social, contribui para a transformação de um mero espaço em um lugar de encontros,
sentidos e conectividade.
Palavras-chave: Cidades, Qualidade de Vida, Espaços Públicos, Placemaking, Sociedade da Informação.
1
Pós-Doutora pela Universidad de Navarra (ESpanha) com bolsa da CAPES. Doutora e Mestre em Direito das
Relações Sociais pela PUCSP com bolsa CNPq. Professora dos cursos de graduação e especialização da Ponti fícia
Universidade Católica de São Paulo (PUC SP) - Departamento de Di reito Penal e Processual Penal. Professora do
Programa de Mestrado em Direito da Sociedade da Informação e da graduação(Direi to Processual Penal e Direito
Ambiental) do Centro Universitário das FAculdades Metropolitanas Unidas ( FMU). Afiliação:Pontifícia Universidade
Católica de São Paulo (PUCSP), Centro Univ ersitário das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU) Lattes:
http://lattes.cnpq.br/7129039334107416. ORCID: http://orcid.org/0 000-0002-9510-3437 E-mail: greicepf@uol.
com.br
2
Professora Universitária. Mestre em Direito, subárea Sociedade da Informação, pós-graduada em Direito Ambiental
e Di reito do Consumidor pelas Faculdades Metropolitanas Unidas - FMU. Pesquisadora em Direito, Sociedade e
Tecnologia. Graduada em Direito pela Instituição Toledo de Ensino - ITE Araçatuba. Afiliação: Centro Universitário
das Faculdades Metropolitanas Unidas (FMU). Lattes: http://lattes.cnpq.br/7365550572573363. ORCID:
http://orcid.org/0000-0002-946 5-4325. E-mail:alessandracr.arantes@gmail.com
Revista de Direito da Cidade vol. 13, nº 3. ISSN 2317-7721
DOI: 10.12957/rdc.2021.44787
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Revista de Direito da Cidade, vol. 13, nº 3. ISSN 2317-7721. pp.1660-1686 1661
ABSTRACT
The objective of this study is to demonstrate that the cities hav e suffered great changes over time and,
because they are considered as a living organis m, need to be constantly feedback. This feedback, by its
turn, enters in the Information Society with the requirement to comply with the right to the city, that
must be healthy, secure, resi lient, walkable, intelligent and sustainable, i.e., in hom eostasis. Such
corroboration is made by means of an analytical and qualitative study, analyzing the theme from
bibliographic and documentary research where it was found that the behavior of indivi duals and their
actions provide the transformation of public space, generating greater fluidity, comfort and belonging,
i.e., quality of life. It is concluded that the success of the quality of life in contemporary cities depends on
the transformation of public spaces through Placemaking, considered the process of insertion of the
human scale between the urban planning and usage patterns of the cities, and as a social tool, contributes
to the transformation of a mere space into a place of meetings, senses and connectivity.
Keywords: Cities, Quality of Life, Public Spaces, Placemaking, Information Society
INTRODUÇÃO
O presente trabalho persegue um objetivo geral, que é reconhecer a transformação das cidades,
que passaram da era moderna à Sociedade da Informação, identificando alguns pontos históricos desde
o seu surgimento até o momento onde as cidades passaram a ser não mero espaço para viver e trabalhar,
mas, principalmente, um espaço de convívio s ocial, acarretando a criação de políticas urbanas que não
necessariamente transformaram as cidades para melhor, como será demonstrado, pois há indicativos de
aumento da pobreza, da desigualdade socioeconômica, do desemprego e até mesmo da violência.
Por sua vez, o objetivo específico é perfilhar como essa transformação pode lograr êxito nos
espaços urbanos públ icos por meio do placemaking, aqui caracterizado como uma ferramenta
transformadora do uso do solo pelos cidadãos-usuários com finalidade de lhes garantir o direito à cidade,
que expressa o direito à criação de conexões sociais nos espaços públicos.
A justificativa da análise crítico-reflexiva do direito à cidade sintetiza a busca de efetividade das
diretrizes gerais preconizadas no Estatuto da Cidade (Lei 10257/2001), notadamente em seu art. 2º, inciso
I, que traz a garantia intergeracional desse direito aos cidadãos.
A Sociedade da Informação, por sua vez, potencializa o direito à cidade diante de insumos
informacionais e o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação ( TIC) no planejamento urbano,
inserindo nos espaços públicos a participação-cidadã como elemento intrínseco à qualidade de vida
urbana.

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