O poder de influência dos algoritmos no comportamento dos usuários em redes sociais e aplicativos
| Autor | Charles Emmanuel Parchen - Cinthia Obladen de Almendra Freitas - Andreza Cristina Baggio |
| Cargo | Doutor em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) - Doutora em Informática pela PUCPR. Professora Titular da PUCPR da Escola de Direito-Curitiba-Paraná-Brasil - Doutora em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2010) |
| Páginas | 312-329 |
Disponível em: www.univali.br/periodicos
Doi: 10.14210/nej.v26n1.p312-329
312
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Resumo: O presente artigo visa analisar o comportamento dos usuários da
Internet, considerando sua inserção no mundo tecnológico. A ausência de proteção
de dados e a mineração destes, a insubsistência da privacidade, hiperexposição
de intimidade são efeitos nefastos observados na modernidade, decorrentes
do acesso em massa à tecnologia e da busca incessante pela lucratividade. As
circunstâncias ora vivenciadas são graves e denota-se que o Direito, dentro de
suas limitações burocráticas e deliberativas sequer consegue acompanhar os
fatos e as relações que demandam salvaguarda. Desta forma, a presente pesquisa
será bibliográca, de método hipotético-dedutivo, e buscará características das
redes e seus principais modelos para permitir a identicação das redes sociais
ao respectivo modelo de negócios. No tocante a relação usuário-empresa, será
abordada a inuência dos algoritmos nas tomadas de decisão dos usuários, para
ao nal, demonstrar a responsabilidade dos algoritmos nos impulsos de maus
comportamentos dos usuários de redes sociais e aplicativos.
O PODER DE INFLUÊNCIA DOS
ALGORITMOS NO COMPORTAMENTO
DOS USUÁRIOS EM REDES SOCIAIS E
APLICATIVOS
THE POWER OF INFLUENCE OF ALGORITHMS ON USER BEHAVIOR IN SOCIAL
NETWORKS AND APPS
EL PODER DE INFLUENCIA DE LOS ALGORITMOS EN EL COMPORTAMIENTO DE
LOS USUARIOS EN REDES SOCIALES Y APLICATIVOS
Charles Emmanuel Parchen1
Cinthia Obladen de Almendra Freitas2
Andreza Cristina Baggio3
1 Doutor em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR). Mestre
em Direito Econômico e Socioambiental pela PUCPR. Especialista em Direito Processual Civil pela PUCPR e em
Direito Privado pela Universidade Gama Filho-RJ. Advogado. Professor do curso de Direito do Centro Universitário
Curitiba (UNICURITIBA), Curitiba-PR, Brasil. Professor do curso de Direito das Faculdades Santa Cruz - Curitiba-
PR, Brasil. E-mail: charlesadv@gmail.com
2 Doutora em Informática pela PUCPR. Professora Titular da PUCPR da Escola de Direito-Curitiba-Paraná-Brasil.
Professora Permanente do Programa de Pós-Graduação Econômico e Socioambiental (Mestrado e Doutorado) da
PUCPR- Curitiba-PR, Brasil. E-mail: cinthia@ppgia.pucpr.br
3 Doutora em Direito Econômico e Socioambiental pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2010), Mestre
em Direito Econômico e Social pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (2006), Professora no Curso de
Especialização em Direito Processual Civil em EAD UNINTER IBPEX. Associada ao Instituto Brasileiro de Política
e Direito do Consumidor - BRASILCON. Curitiba-PR, Brasil. E-mail: baggio.andreza@gmail.com
Doi: 10.14210/nej.v26n1.p312-329
Revista Novos estuDos JuRíDicos - eletRôNica, vol. 26- N. 1 - JaN-aBR 2021 313
Palavras-chave: Algoritmos; Comportamento; Mídias sociais; Aplicativos; Sociedade da
informação.
Abstract: This article analyzes the behavior of Internet users, considering their insertion in the
technological world. The absence of data protection, data mining, the lack of privacy, and the
overexposure of intimacy are the nefarious eects observed in modernity, due to the widespread
access to technology and the incessant search for protability. The circumstances experienced here
are serious, and it is denoted that the law, within its bureaucratic and deliberative limitations, is
unable to keep abreast of the facts and the relations that require safeguarding. This is bibliographical
study, using the deductive-hypothetical method. It searches for characteristics of the networks and
their main models that will allow the identication of the social networks to the respective business
model. In terms of the user-company relationship, the inuence of the algorithms on users’ decision-
making will be addressed, in order to demonstrate the responsibility of the algorithms in the impulses
of bad behavior of users of social networks and apps.
Keywords: Algorithms; Behavior; Social medias; Apps; Information society.
Resumen: El presente artículo aspira analizar el comportamiento de los usuarios en la Internet,
considerando su inserción en el mundo tecnológico. La ausencia de protección de datos y la
explotación de estos, la falta de privacidad, la hiperexposición de intimidad son efectos nefastos
observados en la modernidad, decorrentes del acceso en masa a la tecnología y de la busca
incesante por el lucro. Las circunstancias ora vivenciadas son graves y denotan que el Derecho,
dentro de sus limitaciones burocráticas y deliberativas no consigue acompañar los hechos y las
relaciones que demandan salvaguarda. De esta forma, la presente investigación será bibliográca,
de método hipotético deductivo, y buscará características de las redes y sus principales modelos
para permitir la identicación de las redes sociales al respectivo modelo de negocios. En relación
al usuario empresa, será abordada la inuencia de los algoritmos en las tomas de decisión de los
usuarios, con el n, de demostrar la responsabilidad de los algoritmos en los impulsos de malos
comportamientos de los usuarios de redes sociales y aplicativos.
Palabras clave: Algoritmos; Comportamiento; Redes sociales; Aplicativos; Sociedad de la
información.
INTRODUÇÃO
O mais recente relatório anual da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD TIC)
contínua do IBGE mostra que, para o ano de 2018, 74,9% dos domicílios brasileiros acessou a Internet
(web), sendo que três quartos da população de 181.869 milhões de pessoas com 10 ou mais anos de
idade, acessou a Internet. O percentual de jovens entre 18 a 24 anos que utilizaram a rede mundial
de computadores foi de 91%. Em relação ao ano anterior, chama a atenção o crescimento do número
de idosos (60 anos ou mais): de 31,2% no ano de 2017, para 36,7% em 2018.4
4 IBGE. Pesquisa nacional por amostra de domicílios – PNAD contínua. Ano 2018. Disponível em: https://ftp.
ibge.gov.br/Trabalho_e_Rendimento/Pesquisa_Nacional_por_Amostra_de_Domicilios_continua/Anual/Acesso_
Internet_Televisao_e_Posse_Telefone_Movel_2018/Analise_dos_resultados_TIC_2018.pdf, p. 61-64 Acesso em
10 dez.2020.
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