Prefácio

AutorHumberto Theodoro Júnior
PáginasXVII-XVIII
Tomei conhecimento da obra jurídica do autor quando li seu manual de
“Direito Processual Civil”, já em terceira edição. Impressionou-me a clareza de
suas ideias, aliadas a uma didática pouco comum nos trabalhos processualísticos
dos últimos tempos. Sem se perder em debates acadêmicos, muitas vezes insolú-
veis e quase sempre despidos de efeitos relevantes sobre a dinâmica do mundo em
que a lei processual tem de atuar, o autor consegue abrir e iluminar os caminhos
do aprendizado da técnica de atuação da jurisdição, oferecendo aos alunos dos
cursos jurídicos um instrumental valioso de iniciação cientíca.
Pude, na ocasião, acatar a análise da obra efetuada por seu ilustre prefacia-
dor, Magistrado e Professor Alberto Nogueira, no sentido de que o Professor
Antônio Pereira Gaio Júnior, em seu “Direito Processual Civil”, logrou combinar a
visão teórica (sem tecnicidades) com o espírito prático apresentando com clareza
(como se espera de um “manual”) a doutrina, “sem aprofundar a discussão teórica
que, de outro modo, prejudicaria o objetivo propedêutico da obra, o que deu ao
texto qualidade técnica (teoria do processo) e prática (como as ‘Primeiras Linhas
do clássico de Amaral Santos)”. O curso, segundo seu emérito apresentador, con-
tendo ao mesmo tempo “um trabalho tão simples (aspecto didático) e profundo
(raízes doutrinárias), não apresentou apenas um livro a mais na literatura proces-
sual brasileira, mas correspondeu a “algo novo e importante, capaz de contribuir
para sua renovação.
Procurando conhecer mais do trabalho doutrinário do autor, deparei-me com
seu precioso ensaio sobre a “Tutela Especíca dos Obrigações de Fazer”, também
já em terceira edição e pude conrmar o mérito da obra que o Prof. Antônio
Pereira Gaio Júnior vem produzindo. Como destacou Prof. Araken de Assis, ao
prefaciar a referida reedição, nas pegadas de Pontes de Miranda, os livros de di-
reito hão de ser leis aos juízes e advogados, como roteiro para as suas atividades.
“Os livros que não resolvem dúvidas, os livros sem valor prático, são livros de
metafísica ou de retórica jurídica; não são livros de ciência. É perder tempo lê-los
ou mencioná-los”. No testemunho de Araken de Assis, são essas virtudes que não
faltam à obra de Antônio Pereira Gaio júnior, onde se aliam o estilo primoroso e
claro e o predicado decisivo: a utilidade das lições divulgadas.
Prefácio
Book-JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS ESTADUAIS.indb 17 27/05/19 12:10

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