Conceição Evaristo

AutorRenata Queiroz Dutra
Páginas15-15

Page 15

“Eu quero pensar muito na necessidade também de a gente criar outros imaginários. Hoje se está falando muito de a gente criar novas narrativas. E eu acho também que a gente tem que criar outros imaginários. Então, por exemplo, aquele imaginário da mãe preta, grata dentro da fazenda, da mãe preta que fazia tudo pela sinhá... eu prefiro trabalhar com o imaginário

(que é o imaginário da ‘Nega fulô’ de Oliveira Silveira) que essa mãe preta que está ‘sim, senhor; sim, senhor; sim, senhora’ é aquela mulher que sabia o dia que o fazendeiro viajaria, que sabia o dia que a fazendeira estaria distraída e que batia tudo lá para a senzala. E dali se organizavam as fugas, os roteiros quilombolas. E a mãe preta voltava para a fazenda como se não tivesse...

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