Editorial
| Autor | Equipe editorial |
| Páginas | 1-4 |
ISSN 1982-0496
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EDITORIAL
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Prezadas Leitoras, Prezados Leitores!
Em um contexto de divergência entre posições políticas progressistas e
conservadoras, a questão da interpretação dos direitos humanos ganha relevo. A crítica à
concepção liberal de direitos humanos, que enfatiza a autonomia individual, o livre arbítrio
e o espaço público neutro também pode conduzir a entendimentos que resguardam
posições progressistas, ou seja, a crítica ao pensamento liberal não é um campo exclusivo
do pensamento conservador.
A justiça de uma sociedade depende do reconhecimento de direitos universais, mas
também da orientação ao bem comum, à solidariedade e à pertença comum de todos os
cidadãos. Na perspectiva progressista, as críticas ao liberalismo se encontram na sua
insuficiência como liberdade negativa, pois a unidade da comunidade política depende de
um bem que não é puramente subjetivo, nem puramente objetivo, porém intersubjetivo.
Nesse sentido, a comunidade de cidadãos politicamente autônomos se constitui como um
bem à medida que oferece os pressupostos institucionais e materiais para todos poderem
se compreender como membros dessa comunidade dignos de valor. A pluralidade
associativa existente no interior da comunidade política forma um todo que se encontra em
constante processo de redefinição.
O artigo de Tomáš Ľalík sobre a concepção democrática de direitos humanos critica
a concepção liberal de direitos humanos em uma perspectiva conservadora, argumentando
em defesa dos direitos naturais da pessoa, que dizem respeito à proteção da ação humana
por meio da qual o indivíduo expressa e realiza a sua humanidade, tais como os atos de
pensar, de se associar, rezar e se expressar. Para o autor, os novos direitos humanos, tais
como o direito ao aborto, à eutanásia, ao casamento entre pessoas do mesmo sexo, à
adoção de crianças por estes casais, à barriga de aluguel, à mudança de gênero etc.,
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